29 de mar. de 2009

A novissima F1



A tônica nas alterações de regulamento da FIA nos anos recentes tem sido estimular a competitividade na F1. Depois de anos em que os avanços tecnológicos dominaram o cenário da competição, limitando a possibilidade de termos duelos acirrados dada a disparidade entre carros, a entidade optou por limitar a possibilidade de dispositivos em favor da disputa – o que nos trouxe a duas temporadas extremamente emocionantes em 2007 e 2008. A se confirmar o que vimos no GP da Austrália, realizado na madrugada desse sábado, 2009 será uma radicalização dessa tendência.

Primeiramente, temos um resultado inédito: nunca na história da F1 uma equipe estreante conseguiu fazer uma dobradinha em sua primeira prova. O fenômeno atende por nome de Brawn GP, surgida do espólio da Honda, que (teorias da conspiração à parte) deixou o Circo no final de 2008.

Na pré-temporada a equipe do mago Ross Brawn já obtinha tempos avassaladores com seu bólido. Sabe-se, no entanto, que quando a competição começa é que se pode mensurar as reais possibilidades de uma equipe, e a Brawn não desapontou: seus dois pilotos – Button e Barrichello – obtiveram (respectivamente) a primeira e a segunda posições no grid de largada. Os pilotos da equipe novata foram seguidos pela Red Bull de Vettel e pela BMW de Kubica. Os pilotos de destaque na temporada passada ficaram atrás: Massa em 6º., Alonso em 10. e Hamilton teria ficado em último, não fosse das desclassificações dos carros da Toyota, que os colocaram nas últimas posições do grid.

Button fez largada perfeita e não saiu da ponta até a bandeirada final. Barrichello, por sua vez, largou mal e caiu para a sétima posição. A corrida parecia perder seu ar promissor para o brasileiro, especialmente quando esse se envolveu em uma série de toques na primeira curva, que danificaram seu aerofólio dianteiro. Em um toque traseiro Barichello teve ainda o polêmico “difusor” (peça que seria diferencial do carro) danificado. Enfim. O fato é com com todos esses danos Rubinho conseguiu persistir na corrida até que, na parada regular nos boxes foi feita a troca do bico do carro.

Vettel foi outro destaque da prova, tanto pelo lado positivo quanto pelo negativo. Alternou nas primeiras voltas tempos mais rápidos com Jason Button mas, ao final, quando disputava a segunda posição com Kubica acabou saindo da pista, junto do polonês. Com isso Rubinho retomou o segundo posto firmando a dobradinha história da Brawn.

Os outros brasileiros: Nelsinho vinha fazendo boa corrida depois de uma grande largada mas abandonou, com alegados problemas nos freios. Massa também não completou, parando a aproximadamente 10 voltas do final. Para o torcedor brazuca resta a esperança de, pela primeira vez em quase 20 anos, termos dois brasileiros com possibilidades efetivas de vitória na categoria.

O terceiro lugar ficou, originalmente com a Toyota de Trulli, mas depois herdado por Hamilton devido à penalidade imposta ao piloto italiano.

Nenhum comentário: