27 de dez. de 2010

Dos amores e das dores da bola.

"Já amei. Já odiei. Já gritei e às vezes choro vendo a bola correr no meio-campo. Nem mesmo das mais subalternas emoções da alma humana, o futebol tem me poupado o coração. Eu já sofri tanto vendo a bola correr no meio-campo que nem posso me queixar se um dia a morte vier me buscar no momento de um gol."

Armando Nogueira

22 de dez. de 2010

Folha seca: Balanço da temporada 2010 - PARTE I

Texto: Gregório Possa

Conforme prometido começarei hoje um balanço da temporada 2010 do Santos. Farei uma espécie de trilogia para resumir e destacar um ano inesquecível para todos os santistas do Brasil. Como 1° capítulo teremos a montagem do elenco alvinegro, a volta do craque Robinho, a conquista do título Paulista e parte da Copa do Brasil.

Apontado como 4° força do futebol paulista no ano, o Santos começou a preparação para as competições da temporada e depois de dois anos no ostracismo decidiu apostar nas categorias de base, montando uma equipe jovem, que segundo o próprio técnico, recém contratado, Dorival Jr. demoraria a engrenar e exigiria paciência da torcida.



Porém, ao contrário do que todos esperavam, o Santos engrenou logo na 4° rodada do Paulistão e virou a sensação do campeonato com um futebol ”moleque” e ofensivo protagonizado por Ganso, Neymar, André e Cia.

Desta forma, o Brasil inteiro pode reviver os tempos áureos do nosso futebol e independentemente de serem torcedores do Santos ou não, os apaixonados pelo esporte se emocionavam com as grandes jogadas, dribles, golaços e com a alegria dos Meninos da Vila.

A primeira grande conquista do Santos no ano foi a viabilização da volta do atacante Robinho, ídolo da torcida e um dos expoentes da 3° geração de meninos da Vila. A apresentação foi marcada por uma grande festa com a presença do rei Pelé e a chegada de Robinho em um helicóptero. Tudo que um verdadeiro craque merece!



A volta do atacante marcou o encontro de 3 gerações vitoriosas que passariam a jogar juntas em 2010: a geração de Giovanni, campeã ”moral” do brasileiro de 1995, a de Robinho e Cia, bicampeã nacional (02/04) e a de Neymar, Ganso, André e Wesley, que consagrariam a 4° geração de meninos da Vila.

Com o elenco formado, a equipe seguiu disputando o Paulistão e a Copa do Brasil simultaneamente.

O futebol encantador que o Santos vinha apresentando ganhou a classe e habilidade do príncipe da Vila e o quarteto de ataque formado por: Ganso, Neymar, André e Robinho passou a ser um inferno para as defesas adversárias.

A estreia do craque não poderia ter sido melhor. O clássico contra o São Paulo na Arena Barueri marcou o retorno do rei das pedaladas aos gramados brasileiros. Antes da partida ele avisou a Marco Aurélio Cunha (Superintendente do São Paulo): ”Se entrar eu vou dar trabalho”. Dito e feito, Robinho entrou na metade do segundo tempo e decretou a vitória alvinegra por 2×1 com um golaço de letra, após cruzamento de Wesley.

A partir daí foi um show atrás do outro e a trajetória santista até a conquista do título ficou marcada por placares elásticos e muita molecagem que encantaram o mundo da bola. Abaixo algumas goleadas aplicadas pelo Santos no Paulistão e na Copa do Brasil:

Paulista 2010
– Rio Branco 0 x 4 Santos
Copa do Brasil 2010
– Santos 10 x 0 Naviraiense
Paulista 2010 – Santos 5 x 0 Barueri
Copa do Brasil 2010
– Remo 0 x 4 Santos
Paulista 2010 – Santos 6 x 3 Bragantino
Copa do Brasil 2010 – Santos 8 x 1 Guarani
Paulista 2010 – Santos 9 x 1 Ituano
Paulista 2010 ; Santos 5 x 0 Monte Azul




Ao término da primeira fase do campeonato paulista, a equipe santista com uma campanha irretocável terminou como primeira colocada e enfrentaria o São Paulo nas semifinais. Os dois jogos, principalmente o segundo, marcaram uma das melhores atuações do Santos no ano e com o placar agregado de 6×2 os alvinegros despacharam o rival e foram a final encarar o Santo André, que aliás deu um trabalho imenso e valorizou muito a conquista do Santos. Com a vantagem de jogar por dois resultados iguais, o alvinegro praiano venceu a 1° partida por 3×2 e com a derrota na 2° pelo mesmo placar conquistou seu 18° título paulista.

SEMIFINAIS
São Paulo 2 x 3 Santos – Morumbi
Santos 3 x 0 São Paulo – Vila Belmiro



FINAIS
Santos 3 x 2 Santo André – Pacaembu
Santos 2 x 3 Santo André – Pacaembu



CAMPANHA DO SANTOS NO PAULISTÃO 2010:

23 Jogos
18 Vitórias
02 Empates
03 Derrotas
72 Gols Marcados
81% de Aproveitamento
Artilheiro: Neymar – 14 Gols

Com o título paulista assegurado, o Santos voltava suas atenções à Copa do Brasil que já estava em sua fase de quartas-de-final. No caminho rumo ao título os santistas já haviam batido Naviraiense (1×0 e 10×0), Remo (4×0) e Guarani (8×1 e 2×3).

O adversário da vez era o Atlético-MG de Luxemburgo, ex-técnico santista, que estava engasgado com o time da Vila e prometeu: ”Nós vamos eliminar o Santos”. Contudo, os meninos da vila não estavam a fim de se contentar apenas com o Paulistão e em dois jogaços despacharam o galo. No jogo de ida, 3×2 para os mineiros e na volta 3×1 para o Santos. Com isso, a equipe garantia sua vaga nas semifinais para encarar o Grêmio.

No próximo post, continuarei a falar sobre o maravilhoso 1° semestre do Santos e o desfecho da Copa do Brasil, além do início do Brasileiro até a parada para a Copa e como o Santos voltou para fechar o ano.

Aguardem o ”Balanço da Temporada 2010 – Parte II” !

FESTA DE FIM DE ANO DA MONSTER CLUB - ESPECIAL FEROZES FUTEBOL CLUBE

Localização: ASTRONETE BAR


Rua Matias Aires, 183
São Paulo, Brasil


Mais informações:
MONSTER CLUB - Especial FEROZES FUTEBOL CLUBE http://twitter.com/ferozesfc (ÚLTIMA FESTA DO ANO NO ASTRONETE)

Com decoração de terror, discotecagem rocker e filmes no telão, a festa agita as quintas da casa!

DJs residentes ANGELO MALKA http://twitter.com/angelomalka + MAURO BERTOLINO http://twitter.com/maurobertolino

DJs convidados FEROZES FUTEBOL CLUBE:




HUMBERTO LUMINATI http://twitter.com/humb_lumi & CID http://twitter.com/cidvale (PÓS)

Em comemoração ao término da 1ª temporada do programa na rádio, o Blog Ferozes FC (http://ferozesfc.blogspot.com ) irá distribuir cd´s com todas as trilhas sonoras do programa de rádio ao longo do ano. Serão 30 faixas de 30 bandas distintas. De Beatles a Wilson Simonal. De Stones a Chico Buarque. http://twitter.com/ferozesfc

http://www.facebook.com/l/89d813gbuRboa9MRrFo9RFoqpVA;ferozesfc.blogspot.com

INFO Abre 21h, DJs 23h, entrada grátis até 22h, depois $10 (porta) ou $15 (consumação) -


PROMO Com nome na lista fica $5 (porta) ou $10 (consumação) no souummonstro@hotmail.com

15 de dez. de 2010

CHAZINHO DE COCA - SOBRE UNIFICAÇÕES DE NACIONAIS, DE MUNDIAIS E BLA, BLA, BLAS

Ainda sobre a equiparação dos títulos nacionais, segue a minha opinião na coluna de ontem:
http://ferozesfc.blogspot.com/2010/12/chazinho-de-coca-comparadando-o.html

Dito isso novamente, venho aqui estimular o livre exercício de pensamento entre os caros.

Dom Pedro não foi presidente do Brasil, mas foi mandatário. Não havia república. OK. Logo não há motivos para dizer que os campeonatos nacionais anteriores a 1971 são igualmente importantes aos disputados após essa data, mas o foram em outros momentos e bla, bla, bla.

Este exemplo foi usado pelo PVC em sua coluna e parece que Marco Aurélio Cunha também fez usufruto do mesmo exemplo em uma de suas costumeiras galhofadas – andava meio sumido o vereador, não?

Bem, trata-se, de fato, de um exemplo aplicável. Também não vejo necessidade de dizer que é tudo igual. Para mim eles sempre foram importantes e mais, me davam argumento para dizer que o Palmeiras era campeão de todos os títulos nacionais possíveis e imagináveis. Coisa de torcedor, sabe como é que é, né?

Mas porque o vereador não vem a público explicar a razão pela qual o seu São Paulo faz tanta questão de se dizer tricampeão mundial, sendo que dessa edição organizada pela Fifa ele só tem um título?

“A Fifa unificou os títulos, seu Zé Mané!”

Oras, oras, estou apenas colocando a questão para discussão. Por que se a unificação dos nacionais não é válida, também não é a dos mundiais. Ou então ambas são. Ou então deixamos como sempre foi:

Palmeiras e Santos continuam com 9 títulos de âmbito nacional (sim, a Copa do Brasil também é nacional), mas do atual modelo de Brasileirão o Verdão tem 4 e o Peixe 2, da mesma maneira que o São Paulo tem dois títulos intercontinentais organizados pela montadora de carros e 1 pela Fifa. Ou então aceitamos AS DUAS unificações.

Para mim não muda nada. E para você?

CHAZINHO DE COCA - MAZEMBE FEZ HISTÓRIA



O Internacional perdeu para o Mazembe na semifinal do Mundial Interclubes. Uma decepção retumbante para o torcedor colorado, óbvio. Mas fracassou na temporada um clube campeão da América?

“Fracassou” é um termo pesado demais. Ele diminui o êxito que conduziu o clube ao jogo de ontem e mais, diminui o feito histórico dos africanos.

Saiba o amigo que me acompanha que ontem o Mazembe fez história em Abu Dabhi. Colocou pela 1ª vez o continente africano em uma final de mundial.

Sabe quando foi a única vez em que uma final da competição não teve um sul-americano e um europeu? Na conturbada edição de 2000, disputada no Brasil e que teve dois sul-americanos na final.

O Mazembe pôs fim a idéia dos que sempre se perguntam “o que asiáticos e africanos fazem no mundial?”

Eles disputam a final. Essa é a resposta.

É feito suficiente para por fim a outra atrocidade.

Ou alguém acha justo que o próximo clube africano tenha que disputar um jogo a mais que sul-americanos e europeus? Mantida a atrocidade, que então o próximo sul-americano dispute esse jogo. Ou o europeu, dependendo do que a Inter de Milão fizer hoje.

O Mazembe acabou com a fina casca de moralidade que dava aval a essa regra estapafúrdia.




14 de dez. de 2010

Folha seca: Os Reis do Brasil

Meus caros amigos santistas !

Primeiramente, quero pedir desculpas pela ausência das atividades do blog. Fiquei sem internet durante alguns dias e as provas de vestibulares e todo esse stress que permeia tal assunto me impediu de postar as notícias do nosso alvinegro praiano, porém nada melhor para retomar as postagens do que uma bela notícia para os santistas e outros torcedores do Brasil: a justa unificação dos títulos brasileiros.


Resumindo, com a tal legitimação concedida pela CBF somos, juntos com o Palmeiras, o maior campeão brasileiro do país. OCTA CAMPEÕES, de forma incontestável. Para explicar toda a situação de forma clara, abaixo teremos a matéria na íntegra extraída do Blog Primeira Mão do Jornalista Thiago Lavinas:

”A majestade vai assumir o trono também no Brasileirão. Pelé vai virar, ainda este mês, o “Senhor do Campeonato Brasileiro”. O anúncio será feito pela CBF, que vai oficializar a unificação dos títulos brasileiros de 1959 a 1970. Um velho pedido de Santos, Palmeiras, Fluminense, Bahia, Botafogo e Cruzeiro. Pelé será a grande atração da cerimônia que vai ser promovida pela entidade.

Com a mudança de critérios, o Santos vai passar a ter mais seis títulos nacionais e Pelé vai superar Zinho e Andrade, que com cinco conquistas atualmente são os maiores vencedores da competição. Além do Rei, Coutinho, o volante Lima e o meia Mengálvio participaram das seis campanhas de 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968.

O Peixe vai ser o maior beneficiado com a mudança da CBF. O Santos passará a ser o maior vencedor nacional com oito conquistas. O Palmeiras, que vai ter mais quatro títulos incorporados na história, também será octacampeão. Os dois rivais paulistas vão superar São Paulo e Flamengo, que atualmente são os maiores vencedores, com seis títulos cada.

O Bahia vai passar a ser considerado oficialmente o primeiro campeão brasileiro, mérito que atualmente pertence ao Atlético-MG, vencedor em 1971. Cruzeiro, Botafogo e Fluminense também vão passar a ter mais um título na coleção.”

O NOVO RANKING DE TÍTULOS:

Santos e Palmeiras – 8
São Paulo e Flamengo – 6
Corinthians e Vasco – 4
Inter e Fluminense - 3
Grêmio, Botafogo, Cruzeiro e Bahia – 2
Atlético-MG, Atlético-PR, Sport, Guarani e Coritiba – 1

Na próxima postagem farei um balanço geral da temporada 2010 e as perspectivas para 2011. Enquanto isso curtam mais um feito do gigante Santos Futebol Clube, que aliás, não cansa de fazer história.

IMORTALIZANDO O PAI DO GOL

O futebol nos concede craques dos campos que se tornam ídolos para uma vida inteira. Mas de tão generoso que é, nos dá também craques e gênios das palavras, dos textos, do gol falado, do gol narrado.

Tenho hoje 31 anos e desde a infância os gols da minha vida tem uma voz. Sempre a mesma voz.

Aprendi a admirá-lo através de uma paterna e alviverde influência. No início da adolescência, já devidamente influenciado, mas sem a companhia do influenciador, o adotei como o ídolo de fora dos campos.

Na tarde fria de 12 de junho de 1993 ele narrou O GOL da minha vida de tantos outros gols de uma vida.

Por causa dele tornei-me um viciado em rádio AM. Um louco pelas transmissões esportivas que chegam aos ouvidos pelas ondas do rádio. Tornei-me adepto do rádio na orelha e da TV no mudo em dias de jogos do Palmeiras. Do rádio na orelha e olhos no campo quando estou no Palestra ou onde quer que o Palmeiras esteja.

Não há paralelos vivos ou atuantes para exemplificar José Silvério. Na história são poucos. Na minha história não há nenhum.

Silvério, o Pai do Gol, agora é um imortal. É o campeão entre todos os campeões da narração esportiva. De tão fenomenal, deixa de ser concorrente no prêmio ACEESP e passar a ser troféu.

De agora em diante o Troféu de Melhor Narrador Esportivo passa a se chamar José Silvério. Os vencedores a partir de agora serão “José Silvério” por uma temporada.

Foram 10 premiações, sendo 7 consecutivas. Incomparável Silvério.

Ao Pai de todos os meus gols, os meus parabéns e o agradecimento por eles - por ele - por aquele do dia 12 de junho de 1993 em que ele soltou a sua voz.

CHAZINHO DE COCA - COMPARADANDO O EQUIPARADO

Enfim a CBF tomou uma atitude sobre a polêmica acerca da equiparação de todos os campeonatos disputados nacionalmente. Vitória dos que eram favoráveis.

O amigo que acompanha o que eu escrevo aqui ou em minhas redes sociais, sabe bem o que penso a respeito. Refresco então a memória dos que se esqueceram.

Palmeiras e Santos são os maiores campeões nacionais desde que esse âmbito passou a ser aplicado. São ao todo 8 títulos de amplitude nacional para cada lado.

Para o Palmeiras, metade disso conquistado dentro dos “atuais” moldes de nosso Campeonato Nacional. Nesse ponto o Santos tem 2.

Nunca foi colocada a prova a importância dos títulos do Roberto Gomes Pedrosa e da Taça Brasil. Como não será colocada se em algum tempo o Campeonato Brasileiro for aposentado também.

Ao mesmo tempo em que essa medida coloca tudo sob a mesma nomenclatura e dá a sensação de que a justiça foi feita, pode-se pensar que os mesmos que reivindicaram isso não davam o devido valor as suas próprias conquistas do passado. Conquistas que pavimentaram e traçaram o perfil de gigantes que seus clubes hoje ostentam.

Não vou entrar na pilha de ser contra ou a favor. Para mim dá na mesma.

Palmeirense que sou, continuo convicto na questão de que meu clube é o maior campeão nacional do Brasil, ao lado do Santos. Pouco importando se são Brasileirões, “Robertões”, “Tações” ou “Copões”.

Mas os exercícios que essa questão nos permite fazer são interessantes.

Existem os que acham que a fórmula define o paralelo entre as competições. O que penso ser até plausível. Nesse ponto a Taça do Brasil deveria ser equiparada sim a nossa atual Copa do Brasil. Isso tornaria Santos e Cruzeiros os maiores campeões desse torneio com 5 títulos cada. O Palmeiras teria 3.

Assim seriam unificados os títulos do Roberto Gomes Pedrosa com o atual Campeonato Brasileiro.

Isso faria de Palmeiras e São Paulo seus maiores campeões com 6 títulos cada.

Mas abre-se assim uma série de precedentes. O que fazer com a Copa dos Campeões que foi disputada no início dos anos 00´s e dava vaga na Libertadores? A Copa União é o que? E a João Havelange?

Como imaginar um clube sendo bicampeão brasileiro no mesmo ano? Sim, o Palmeiras é bicampeão brasileiro de 1967, onde conquistou a Taça Brasil e o Roberto Gomes Pedrosa.

Esse simples fato já não demonstra o amplo domínio que o Palmeiras exercia no cenário da Bola. Não é magnífico pensar assim?

Com a equiparação, todos os clubes campeões passam a ser detentores de todos os campeonatos nacionais, afinal virou tudo uma coisa só. Antes disso nem todos podiam se dizer campeões de tudo.

Vejam também que agora Pelé, Coutinho e Pepe passam a ser os jogadores mais vezes campeões do Brasileirão.

Já não eram os maiores antes de mudar a nomenclatura? Claro que eram.

Roberto Dinamite continua sendo o maior artilheiro do Brasileirão? Possivelmente não.

Essa é uma conversa que só vai servir para alimentar discussão de mesa de boteco. Para os que de fato pensam um pouco mais além do copo de cerveja, nada muda. Palmeiras e Santos já eram recordistas anteontem, independentemente da nomenclatura que se dê as competições.

Cheers,

10 de dez. de 2010

Sampa Noise – Mercado da bola.

Bom galera primeiramente quero pedir minhas sinceras desculpas, por não ter postado minha colunas a cerca do Tricolor paulista.

Mas voltando ao assunto futebol, temos que destacar fatos importante nessa minha ausência de seus monitores.

1º Assunto Richarlysson.

Deus ouviu minhas preces, não tenho muito o que dizer sobre a saída dele do clube, só ressaltar minha felicidade por isso, não jogava mais nem metade do que já jogou, não tinha mais a mesma garra, ou tinha demais.

Boa viagem para o Japão!!!

Isso mesmo Richarlysson fechou contrato com o clube Kashiwa Reysol do Japão.

Para mim é melhor assim, do outro lado do mundo.

2º assunto Miranda.

O Miranda é o tipo do jogador que fica e joga em qualquer clube do mundo, esse sim irá fazer muita falta para o clube, um jogador com história e conquistas.

Miranda ainda não fechou nenhum contrato mas esta cotado para jogar na Espanha no Atlético de Madrid ou Fluminense.

3º assunto : Quem vem.

Possivelmente o São Paulo irá fechar contrato com Juan que atualmente joga no Flamengo, o jogador já defendeu o clube, e empresário diz que contrato com o São Paulo seria a volta pra casa.

Mazola que defendeu o Guarani no Brasileiro de 2010 também volta para integrar o elenco para 2011.

Henrique que estava emprestado para o Vitoria também volta para o clube.

Possivelmente Leandro o grêmio também.

Marcelinho Paraíba emprestado para o Sport volta, mas bem que podia ficar por lá mesmo.

O São Paulo também tentara a contratação de Willians do Flamengo.

E Ricardo Oliveira pode ter a confirmação sobre sua permanência no São Paulo ainda essa sexta.

Vamos aguardar porque esse joga muito.

De resto, é torcer para que a diretoria São Paulina, faça as melhores contratações possíveis para um ano campeão.

Disputando a Sulamericana sim porque não, afinal temos que conquistar todos os títulos que pudermos, não precisamos ficar desesperados por não participar da Libertadores, já participamos de varias, faturamos 3, ao contrario de muitos tios centenários por ai.

Dica musical do dia para arrebentar com a sexta Break feat. DJ Die - Slow Down


8 de dez. de 2010

FUTECORE - DOIS MIL E DEZ EM PRETO E BRANCO



Texto: Leandro A. C. Rosa

Afastado por indisciplina? Deficiência técnica? Negociado com os Emirados Árabes? Em meio a boatos fundados, o Futecore retorna ao gramado verdinho do FEROZES FUTEBOL CLUBE falando sobre o desfecho do BR 2010, sobre Elias, Adriano, Libertadores e um tiquinho de carimbó.

A minha esperança de ser campeão durou pouco, amigos. Ao ouvir à transmissão do jogo Corinthians e Vasco pela rádio, em uma agradabilíssima pousada em Boracéia, pulei na piscina de manto sagrado e bêbado como um Gambá, ao saber que o Dinei do SEP metera um petardo no Tricolor das Laranjeiras, transformando o Timão no virtual campeão brasileiro outra vez. Mas era bom demais pra ser verdade, e tal como garrafas e copos d'àgua voadoras, nossas ilusões caíram por terra. Que porcaria.

Eu não vou falar de mala branca, eu não vou falar de entregada, tudo muito feio, tudo muito chato.

A semana passou como um tornado por mim, e aterrissei em Porto Alegre no domingo.
Eu, que não havia conseguido tempo para entrar no clima de decisão durante a semana, me deparei com uma legião de Gremistas fanáticos, fossem organizadas em direção ao Olímpico, funcionários do hotel onde fiquei ou concorrentes da vaga de emprego que me levara até lá.

Lembrei do último COR x GRE, no Pacaembu. Goláço de Douglas, VTNC, Douglas.
Pensei como a disputa por pontos corridos é legal, como o Campeonato Brasileiro é fantástico e equilibrado. Chegamos a última rodada com uma diferença de um ponto entre os três primeiros colocados. UM PONTO! Se Bruno Cézar houvesse convertido aquele pênalti contra o Grêmio, se tívessemos ganho algum jogo que empatamos, empatado outro em que perdemos. E o Cruzeiro pode dizer o mesmo. Detalhes que viram lances capitais, que decidem campeonatos, anos inteiros. Por essas e outras que amamos o futebol, meus caros. Por isso ele é uma metáfora para a vida, disse alguém.

Detalhes que fizeram com que eu e outros colegas fôssemos aprovados para a segunda fase da seletiva. E após extenuantes entrevistas e dinâmicas de grupo, finalmente pude curtir minha Patrícia (a cerveja) e assistir ao final do primeiro tempo de Fluminense 0 x 0 Guarani. Contagiado pela alegria e otimismo, vislumbrei novamente a possibilidade da conquista do título pelo Coringão!

O Flu jogava mal, estava muito nervoso, como esperado. O Guarani dava a impressão de conseguir segurar o empate, quem sabe fazer um golzinho? O Timão empatava com o Goiás B, mas para mim era questão de tempo para a virada heróica e definitiva.

Bom, todos sabem como terminou. Um gol de Emerson, o Fluminense de Muricy e Conca foi MERECIDAMENTE CAMPEÃO BRASILEIRO de 2010. Parabéns a um time regular, que soube superar os desfalques e que havia sido campeão pela última vez quando este escriba era apresentado ao planeta terra (não o festival). Tava na hora, hein pó-de-arroz.

Ano passado comemorei nas ruas do Leblon o penta rubro-negro com meus amigos flamenguistas. Esse ano, em um passeio as margens do Rio Guaíba, na bela POA ouvia-se rojões comemorando a (difícil) classificação do Grêmio a Copa Libertadores. Acho que sou pé-quente.

Ao Corinthians, sobrou um melancólico terceiro lugar e a obrigação de ganhar um mata-mata complicado para se garantir na competição sul-americana, em um grupo mais complicado ainda.


RETROSPECTIVA: Apesar do insucesso deste ano em relação a títulos, acho o saldo do centenário muito positivo. As ações de marketing foram em sua maioria muito bem sacadas, a festa do centenário foi um sucesso, a construção do CT Joaquim Grava, o anúncio da construção do nosso estádio e sua escolha à abertura da Copa do Mundo, tudo isso colaborou para a retomada definitiva do Orgulho Corinthiano, um sentimento que faz a torcida do SCCP ser diferente das demais. Afinal, somos a torcida que tem um clube, certo?

Dentro de campo também houve afirmação. A base montada Andrés Sanches, Antônio Carlos Zago e Mano Menezes em 2008, foi campeã com sobras da série B e finalista da Copa do Brasil. Em 2009, com peças de mais qualidade, o Timão foi Campeão Paulista de forma invicta e Campeão da Copa do Brasil. Por conta disso, jogou o BR 2009 com desleixo e terminou no 10º lugar.

Em 2010, apesar de ter contratado muitos reforços, o grupo se mostrou inferior ao de 2009. O time sentiu a falta de André Santos, Cristian e Douglas, e Ronaldo não consegui encontrar a boa forma do ano passado. Dos jogadores que vieram, vingaram Ralf, Jucilei e Roberto Carlos, esse último na minha opinião apenas parcialmente, assim como Danilo.
Bruno Cézar veio no segundo semestre e fez um grande campeonato, sendo eleito revelação. Júlio César se firmou. Tcheco, Iarley, Souza, Defederico, Edu e principalmente o técnico Adílson Batista se mostraram apostas erradas da diretoria. Ainda sim, o teve 100% de aproveitamento na primeira fase da Libertadores, e brigou pelo título do BR 2010 até a última rodada. o Corinhians hoje é um time respeitado e até odiado pelos rivais. Ótimo sinal.


2011- Os que se vão:
William se aposentou, e apesar de contestado, sou fã do nosso capitão nos últimos três anos. Figura ímpar no futebol brasileiro, articulado, inteligente e fã de Chico Buarque. Apesar da sua notória lentidão, tinha ótimo senso de posicionamento e era bom na bola aérea também. Acho que Paulo André pode substítui-lo à altura, mas sua liderança tranquila fará falta. Valeu Capita!

Elias, porém será a falta mais sentida. Hoje jogador de seleção, chegou ao Pq. São Jorge em 2008 e foi um dos pilares do time. Corinthiano roxo, honrou a camisa do Timão com muita raça e entrega. Mas também muita técnica, mostrada em jogadas rápidas e gols decisivos. Não acho que Paulinho possa ser um substituto à altura, aliás são poucos no futebol que exercem a função de Elias com tamanha competência, roubando a bola e conduzindo-a ao campo de ataque com extrema rapidez, e ainda chegando para tabelar e concluir. Boa sorte Elias, o Timão será sempre a sua casa.

Os dispensáveis, para mim, são:

Edu e Souza - altos salários, pouca produtividade.

Iarley - apesar de ter ajudado com uns golzinhos, e sempre demostrar raça, seu
declínio técnico é evidente. Não tem mais bola pra jogar no Timão.

Moacir: Macumbacir, galinha preta do nordeste, esse é zicado mesmo. Sai zica!

Defederico: apesar de ainda achar que ele deveria ter uma sequência de jogos pra provar sua ruindade, se for mesmo envolvido em um possível troca, adiós DVD.

A campanha #maiorquetudoisso. Mais sobre isso na ótima coluna do Caio Maia:


Mario Gobbi: só vai ser presidente um dia que tiver um besouro fumando maconha no meu olho. Opa, peraí...

2011 - Os que voltam:

Morais: Melhor que o Defederico. Bom banco.

Edno: Parece que recuperou um pouco do seu futebol no Botafogo. Também pode ser útil.

Marcelo Oliveira: Esse não deveria ter saído. Bom como volante, ótimo como lateral esquerdo. Bom banco pro RC, e futuro titular.

Éverton Ribeiro: Foi o 10 do São Caetano e não fez feio. Joga também na ala esquerda. Boa opção, tem futuro.

Bruno Otávio: Campeão em 2005 e primo do Ronaldo (goleiro). Pode ser banco do Ralf, mas não faço questão.

William Morais: Na verdade esse subiu da base esse ano e até fez gol, mas acho que deveriam ser dadas mais chances pra esse meia de 1,88m. Pareceu ser habilidoso e ter visão de jogo. Olho nele.

2011 - Os que podem vir:

Ronaldo: Se estiver em forma, sem lesões, será o maior reforço do futebol brasileiro. Torço pra isso, não só pelo Corinthians, mas porque o Fenômeno merece fazer sua última temporada digna de sua história no futebol.

Adriano: Pois é, parece que a coisa é séria. Se vier, treinar e pôr a cabeça no lugar, minha nossa senhora. Se Ronaldo estiver em forma também, já pode dar a Liberta 2011 pra gente.

Marcinho: Tite manda trazer seu ex-jogador do Qatar, eu mando ele se catar. Independente de ter feito bons jogos por Atlético-MG e Flamengo, não quero um mal-caráter desses no Timão. Vagabunda da turma do Bruno, que fazia festinha e batia em puta? Aqui não.

Cristian: Se voltar, vai ser muito bom. Imagino um meio campo com ele e Ralf, dando mais liberdade para o Jucilei. Também fez gols, na sua boa passagem por aqui. Será bem vindo de volta.

Formica: Não conheço picas, mas se for trocar pelo DVDerico, pode vir. Tenho até slogan: Formica, pior que tá não fica.


AMIGOS, é isso, peço desculpas pela ausência e pelo loooooongo post de hoje, mas espero ter compensado. E vamô que vamô!

Pra terminar, homenagem merecida. Valeu boca-torta!