31 de mai. de 2010

Café com Leite: Professores de História

Texto: Beto Almeida
Foto: Tom Dib (para o Lancenet!)


            E domingão teve sardinha no menu, aquele trivial que todo corintiano está acostumado a degustar quando joga contra o time da Baixada, com direito a goleada e show de dança do escrete mosqueteiro, que jogou o verdadeiro futebol bailarino.
            Senti que as coisas iam dar certo logo pela manhã, o dia estava lindo, inspirador mesmo, atraindo aquelas boas energias para o meu lado. E as coisas só melhoraram quando o Todo-Poderoso anunciou sua escalação para o início da partida: Mano Menezes teve uma iluminação e resolveu sair jogando com dois armadores no meio de campo, Danilo e Bruno César (!), em lugar daqueles três volantes que estávamos habituados. Vai ver ele também acordou inspirado como eu.
            A verdade é que demorou pro comandante da nossa esquadra fazer isso. Com o elenco que o Timão tem, não é preciso ter medo desses times da moda. A nossa camisa tem história, nossa torcida impõe o medo, ainda mais num bando de moleques. E foi com esse espírito que iniciamos a peleja, partindo pra cima e dominando as ações do jogo.
            E foi nessa toada que logo aos dois minutos o Corinthians abriu o marcador: Bruno César, que semana passada estaria no banco, chutou de fora da área, o goleiro peixeiro, abalado pelo Pacaembu quase lotado, soltou a bola nos pés de Jorge Henrique, o Baixinho Onipresente, que está em todos os lugares do campo. Aí é caixa, contabiliza o 1 x 0 e manda um torpedo pruma viúva do Pelé.
            E a aula de História pros meninos da vila continuava... O professor Roberto Carlos cruza uma bola na cabeça do Onipresente, por capricho da natureza, bateu na trave. Uuuuuuuu... É nóis.
            Mas é aquilo: o Corinthians sai na frente e depois relaxa. O time teve um branco e permitiu ao Santos ter a posse de bola. Que vacilo, os caiçaras partiram pro ataque e começaram a sufocar nossa equipe, até que Marquinhos, melhor jogador do Santos em campo, fez um gol. O juiz não validou o lance, marcando impedimento.
            Aí começou a choradeira santista, com jogador indo pro vestiário falando de complô da arbitragem       para favorecer o Corinthians. Bullshit, o jogador tava impedido mesmo, e o lance era difícil. Aquela coisa de negar a realidade quando ela é desfavorável. E pautar a imprensa para o resto da semana.
            Começa o segundo tempo com o time praiano melhor em campo, tanto que aos sete minutos André empata o jogo. Então, o erro fatal – a molecada da vila comemora com uma dancinha ridícula na frente da maior torcida do mundo. Aqui ninguém leva desaforo pra casa. O sangue ferve, os ânimos se acirram. O Todo-Poderoso se transforma: parece o exército grego pronto para devastar Tróia.
            O castigo foi cruel. Em menos de um minuto Bruno César, futuro camisa 10 da seleção brasileira, anota o segundo gol corintiano. A massa delira, eu também. Mas ainda é pouco para tamanha afronta. Queremos mais, podemos e teremos. Porque somos melhores, somos Corinthians, uma religião ludopédica.
            Ficou claro que de Moby Dick aquela baleia não tinha nada. Para você ter uma idéia de como a coisa ficou feia pro lados dos sardinhas: o Ralf, quem diria, fez jogada de craque e marcou um golaço. É impressionante como evoluiu o futebol deste garoto. Ele anulou o Neymar (quem?) que teve de sair mais cedo pra chorar no vestiário. O incensado Ganso (quem?) não deu as caras na partida, dando munição pro Dunga justificar a não convocação deles pra Copa. Coisa que Roberto Carlos não fez. Em excelente cruzamento pela esquerda, o xará do Rei serve uma bola na cabeça de Paulinho, que marca o quarto gol corintiano, encerrando a pescaria.
            Magnânimo, o Timão permitiu aos caiçaras o segundo gol no final da partida. Coisas de professores de História, passando a mão na cabeça dos meninos que aprenderam uma baita lição.

Sampa Noise - Morno!




São Paulo e Guarani entraram em campo nesse domingo e fizeram um jogo bem democrático, que traduzido para língua futebolística quer dizer um jogo bem morno.

Tão morno que tive que me convencer a assistir ao jogo até o final.

O Guarani atacou muito bem o São Paulo, mas sem sucesso. Houve muitos erros de passes para os dois lados. O jogo foi bastante movimentado no meio-campo onde a bola ficava a maior parte do tempo.

São Paulo se mostrou um time seguro na defesa mesmo com a saída de Alex Silva que deixou o campo com o supercílio aberto com um corte profundo depois de uma disputa de cabeça na defesa. Já com 5 desfalques, Richarlysson, Rodrigo Souto, Cicinho, Marlos e Miranda, o time do Morumbi se comportou muito bem, tanto na defesa como no meio-campo.

Um jogo digno de um empate, sem muitas emoções, sem muitas jogadas empolgantes, sem brilho individual.

Os dois lances que mais empolgaram a torcida foram duas bolas nas traves, uma do lado do São Paulo e outra do time do Guarani.
São Paulo entra em campo no dia 02/06/2010 às 21h50 no Serra Dourada contra o time do Goiás.

Dica musical do dia: Danny Breaks Volume 1 (logistics_remix)

30 de mai. de 2010

Menino da vila: Vitória corintiana incontestável, apesar dos erros da arbitragem.





Texto: Gregório Possa
Foto: Terra



O Clássico dessa tarde no Pacaembu teve um sabor especial para os corintianos, que depois da derrota para o Santos no Paulistão - com direito a chapéu e dançinhas - esperavam anciosamente a hora da revanche, e ela veio com mais de 25 mil corintianos apoiando incansavelmente a sua equipe e mostrando que a ressaca pós Libertadores faz parte do passado. Do outro lado os pouco mais de 2 mil santistas acreditavam em mais uma vitória dos meninos e na possibilidade de tomar a liderança do rival.

Com uma marcação impecável desde o começo do jogo, o Corinthians neutralizou a equipe santista e não demorou para abrir o placar. Logo no primeiro minuto, Bruno César chutou forte de fora da área, o goleiro Felipe rebateu nos pés de Jorge Henrique, que mesmo concluindo mal contou com nova falha do arqueiro santista e fez 1x0 para os alvinegros do Parque São Jorge. Os garotos Ganso e Neymar eram anulados pela marcação corintiana, era a hora dos coadjuvantes da equipe da baixada entrarem em cena e logo após o gol corintiano, Marquinhos, depois de bom chute de longe, obrigou o goleiro Felipe a trabalhar pela primeira vez no jogo. Antes do primeiro lance polêmico da partida, o Corinthians criou mais uma chance com Jorge Henrique, que recebeu cruzamento de Roberto Carlos e cabeçeou a bola na trave. Aos 27 minutos, Sálvio Espinola, o árbitro da partida, anulou gol legítimo de Marquinhos, impedindo o empate santista que poderia mudar a história do jogo. O Santos sentiu a equipe do Corinthians recuada e por pouco não conseguiu o empate, após corte feito pelo goleiro corintiano, Neymar dominou a bola, driblou Felipe e bateu por cobertura, Chicão, de cabeça evitou o gol.

Na volta para o segundo tempo, o Santos voltou ligado e empatou a partida aos 12 minutos, Marquinhos achou André livre, este bateu fraco no cantinho do goleiro Felipe. Na comemoração, para variar um pouco, nova dançinha. Porém mal deu tempo de comemorar, na única boa jogada de Jucilei em todo o jogo, o Corinthians achou seu gol, o jogador corintiano cruzou, Elias deslocou Edu Dracena e a bola sobrou para Bruno César que fuzilou o goleiro santista. 2x1. A partir daí o jogo ficou aberto, Dorival Jr. sacou o garoto Neymar, completamente apagado no jogo e colocou Mádson - que voltava ao time após puxão de orelha do comandante e da diretoria santista. De nada adiantou o 3° gol corintiano saiu nos pés de Ralf, que após drible no defesor santista deu um belo toque no canto de Felipe, com direito a provocação a torcida santista, já que Dentinho e o autor do gol corintiano simularam uma pescaria. O Santos reagiu e criou duas ótimas chances uma nos pés de Marquinhos, que exigiu outra boa defesa do goleiro corintiano e a outra nos pés do baixinho Mádson que perdeu gol incrível na cara de Felipe. No final do jogo mais dois gols, um pra cada lado, Paulinho de cabeça fez 4x1 para o Corinthians e Marcel usando do mesmo recurso do volante corintiano diminiu para equipe visitante e o placar final foi mesmo de 4x2.

Após a bela vitória, o Corinthians permanece na liderança isolada do Brasileirão com 13 pontos e enche de esperança o torcedor corintiano, que após ver a equipe manter a tradição e ser eliminada da Libertadores, espera ao menos o quinto título da competição nacional. O Santos, que não estava em boa tarde, viu o resultado ruir mais uma vez diante de sua fraca defesa e o instável desempenho de seu goleiro que oscila entre boas e péssimas atuações. Com a derrota a equipe da vila caiu para a oitava posição no campeonato e busca sua recuperação contra o Cruzeiro na Quarta-Feira no Mineirão.

Apesar da fraca arbitragem que prejudicou a equipe da vila em pelo menos três lances cruciais, o Corinthians teve seus méritos e com uma marcação muito forte conquistou a vitória de forma incontestável, cabe ao Santos, analisar os erros dessa partida e voltar a apresentar o bom futebol que o credenciou como o melhor time do Brasil da atualidade. O futebol ofensivo e alegre, que todo brasileiro gosta de ver, foi protagonizado pelos meninos da vila na maior parte do ano, porém tudo tem um preço, a defesa torna-se vulnerável e o Santos ao mesmo tempo que faz muitos gols, também toma muitos gols e nem sempre consegue compensar no ataque, os erros da defesa. Vale ressaltar que a equipe da vila perde quando pode perder, foi assim na Copa do Brasil, no jogo de volta contra o Guarani e nos jogos de ida contra Atlético-MG e Grêmio e agora no Brasileirão contra o Corinthians, porque além de jogar bonito o Santos demonstra eficiência e muita maturidade para assimilar as derrotas e seguir em frente. Parabéns ao Corinthians que utilizou com extrema eficiência a única forma de bater os meninos da vila que é jogar pra frente assim como eles. E ao Santos - Campeão Paulista e finalista da Copa do Brasil - o meu muito obrigado, por revolucionar o futebol nacional em 2010, atacando seus adversários a todo momento mesmo correndo riscos, proporcionando alegria a todos os torcedores que gostam do futebol bem jogado e mostrando ao mundo a verdadeira essência do nosso jogo - a arte e a ofensividade, caracteristicas tipicamente brasileiras.



CORINTHIANS 4 X 2 SANTOS
Felipe, Jucilei, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Elias, Bruno César (Paulinho) e Danilo; Jorge Henrique (Iarley) e Dentinho (Paulo André). Felipe, Pará (Marcel), Edu Dracena (Zezinho), Durval e Léo; Arouca, Wesley, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso; Neymar (Madson) e André.
Técnico: Mano Menezes. Técnico: Dorival Júnior.
Gols: Jorge Henrique, a 1 minuto do primeiro tempo, André, aos sete, Bruno César, aos oito, e Ralf, aos 21, e Paulinho, aos 39, e Marcel, aos 42 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: William, Bruno César, Chicão (Corinthians); Neymar (Santos).
Estádio: Pacaembu. Data: 30/05/2010. Horário: 16h . Árbitro:Salvio Spinola Fagundes Filho (Fifa-SP). Auxiliares: Ednilson Corona (Fifa-SP) e Vicente Romano Neto (SP). Público: 27.681 pagantes. Renda: R$ 825.707,50.

27 de mai. de 2010

Menino da vila: 3 jogadores de saída da Vila Belmiro

Texto: Gregório Possa
Fonte e Foto: Globoesporte.com

A equipe santista confirmou nesta quinta-feira, o empréstimo dos pouco aproveitados: Rodrigo Mancha e Maikon Leite, que atuarão no Grêmio Prudente e Atlético-PR respectivamente. O volante santista foi barrado após péssima atuação contra o Grêmio na 1° partida da semifinal da Copa do Brasil e não tinha mais clima pra seguir na equipe da vila, já Maikon Leite desde que chegou ao Santos em 2008 não conseguiu se firmar, devido a uma série de lesões que comprometeram seu trabalho, agora ele tentará obter êxito na equipe paranaense da mesma forma que ocorreu com Wesley, que saiu como um jogador renegado e voltou como peça essencial no time.

Outro jogador que está de saída da equipe é o goleiro Fábio Costa que desde sua contusão no brasileiro do ano passado não conseguiu voltar a equipe e perdeu a vaga de titular para Felipe que vem acumulando boas atuações, o goleiro campeão brasileiro e bi campeão paulista pelo Santos deve seguir para o exterior

Café com Leite: Pedra no Sapato

Texto: Beto Almeida
Foto: Celio Messias (para o Lancenet!)


            Você sabe quem é Guillermo Cañas? Se não sabe, explico. Tenista argentino, hoje aposentado, que nunca teve muito destaque no circuito profissional. Ganhou alguns bons torneios, porém nenhum de grande importância. Você sabe quem é Roger Federer? Se não sabe, explico. Tenista suíço, maior jogador em atividade atualmente, detentor de vários títulos do Grand Slam, quebrou quase todos os recordes do esporte e é considerado por muitos o maior tenista de todos os tempos.
            “Mas essa não é uma coluna sobre futebol?”, você me pergunta. Respondo: É, sim. E, se faço essa introdução, é por um bom motivo. Pois, veja bem: Guillermo Cañas, o tenista mediano, é conhecido justamente por vencer quase todas as partidas que disputou com Federer, o melhor do mundo. Tal qual o Grêmio Prudente (ex-Barueri) é lembrado por ser uma pedra no sapato do Corinthians.
            Sim, ladies and gentlemen, todos nós temos um nêmesis, aquela coisa que, por menor que seja, nunca conseguimos superar. Aquele cisco no olho que para os outros sai com um leve sopro, nós temos de enfiar a cara no ventilador. E ele teima em nos incomodar. Parece existir só pra isso, ser uma maldição na vida da gente. Mesmo na forma de um time de futebol.
            Pois assim é o Grêmio Prudente (ex-Barueri). Sempre deu trabalho ao Todo-Poderoso, apesar de ser uma equipe nanica. São bem organizados, jogam direitinho e tal. Mas, poxa vida, é um time tão mequetrefe que vive de alugar seu nome para uma cidade ou outra. Pode?
            Pode, e confesso que assisti o jogo de ontem apreensivo. Sabia que esse time ia dar trabalho pro Timão. Ainda mais quando nosso técnico insiste em escalar três volantes pra sair jogando. Não deu outra, o jogo começa bem equilibrado, mas aos 17 minutos o Grêmio consegue o primeiro gol da partida com Wanderley. Eu já sabia, e confesso que até fiquei curioso para saber como o alvinegro reagiria saindo atrás do marcador – teria capacidade de resistir ao golpe?
            Teve, manteve a tranqüilidade e, aos trancos e barrancos, conseguiu o empate num lance de bola parada: Defederico (muito ansioso querendo mostrar jogo, foi regular) cruzou bola na área que Chicão ajeitou para Willian marcar, aos 32. Aí a torcida se empolgou, o time cresceu e passou a jogar melhor. Só que do outro lado tava a tal pedra no sapato, e aí...
            Aí que o Grêmio Prudente (ex-Barueri) volta a fazer das suas e anota mais um gol com Diego em cobrança de falta, aos 44 minutos. Os times vão pro intervalo, eu vou pra padaria tomar café e aproveito pra fumar um cigarrinho no caminho. Tava nervoso.
            Os times voltam, eu volto, começa o segundo tempo. O Corinthians fez uma alteração: Jucilei no lugar de Moacir, que não foi bem. Volta logo, Alessandro. E eu preocupado, porque o Mano insistia com os três volantes. Mas o Timão estava melhor em campo, tinha posse de bola, porém nenhuma criatividade para chegar ao gol. Parecia o São Paulo jogando. Ou seja, qualquer coisa era mais interessante que ver TV naquela hora.
            E foi o que fiz, procurar no YouTube alguma música com o título “Pedra no Sapato” pra ilustrar a coluna. Então fui surpreendido pela expulsão de Mano Menezes por cornetar o juiz. Vendo que a vaca ia pro brejo, colocou Jorge Henrique e Bruno César, que deviam ter começado a partida, nos lugares de Defederico (deprimido pela não convocação para a seleção argentina) e Elias.
            E Bruno César mostrou que tem estrela: na primeira vez que tocou na bola, cobrando uma falta, fez o gol de empate, num desvio do zagueiro do time que agora é de Presidente Prudente.
            O fato é que a entrada desses dois jogadores melhorou muito a movimentação do time, que passou a pressionar muito mais o adversário. Meteu uma bola na trave, e no final quase Jucilei consegue a vitória, numa bola que passou rente a meta do goleiro Márcio.
            Foi por pouco, bem pouco, que não conseguimos mais uma vitória. Tudo bem, um empate fora de casa não é mau negócio, mas do outro lado estava o Grêmio Prudente (ex-Barueri). Nossa pedra no sapato.
            

Chazinho de Coca - Mãe Dinah Strikes Again (ptII)

O São Paulo estancou o AVC ontem, ao vencer o Palmeiras por 1X0, no Morumbi. Mantendo por mais um ano o tabu palmeirense no estádio tricolor, já que o próximo e último encontro entre ambos, em 2010, deverá ser no Pacaembu. O Palmeiras não vence o SP no Morumbi desde 2002, nos 4X2 com gol antológico de Alex.

Um Choque-Rei sem realeza, sem brilho, sem nada. Quase sem torcida. Tomando emprestadas as palavras de Mauro Beting – Um 0X0 com gol.

Os gênios da CBF adoraram. Só mesmo sendo muito gênio para marcar um clássico desse tamanho em uma quarta-feira, há dias de uma Copa do Mundo. 15 mil pagantes foi até demais.

1º tempo de domínio tricolor. 2ª etapa ligeiramente alviverde. Placar justo. Com futebol injusto, indigno em ostentar as camisas das duas instituições.

O Dido irá trazer em sua coluna mais detalhes da partida.

Aqui vou me reservar a espinafrar a genialidade dos organizadores do campeonato. A falta de ação da diretoria palmeirense que apesar da pífia jornada, tem coragem de dizer que o elenco é bom. Do juizão que deixou de dar pênalti que foi e deu um que não foi. Dos jogadores do Palmeiras que perderam 6 dos últimos 7 pênaltis dados ao time.

Eu que sempre fui exímio batedor de faltas e pênaltis, sinto-me ultrajado ao ver o nível técnico dessa boleirada de hoje que sequer fazer um golzinho de penalidade consegue.

Ok, relevem essa última passagem.

O São Paulo ficou na dele, não foi espetacular, longe disso. Mas ganhou e com justiça. Espetacular foi Ceni, que evitou um gol de pênalti ilegítimo – “Ahhh, Everthon!”

Se o Palmeiras não trouxer jogadores que cheguem para vestir a camisa e sair jogando, irá brigar na metade de baixo da tabela. Com muita, mas MUITA força de vontade pode pensar em Sulamericana. Pouco para um clube desse tamanho.

E é por falar em reforços verdes que eu encarno novamente a Mãe Dinah.

Ano passado eu cravei apenas interpretando fatos, notícias, dito pelo não dito, conversinhas tortas e conclusões inconclusivas, que Muricy Ramalho seria técnico do Palmeiras. Isso quando o próprio e a diretoria verde diziam o contrário. E depois cravei a chegada de Vagner Love, quando a conversa mole da cúpula verde também indicava o oposto.

No caso Muricy, a queda de Luxemburgo logo após a saída de Muriçoca do SP, já deu metros de pano para manga. A desculpa de que Luxa lesou a hierarquia pelo simples fato de tomar as dores do clube no caso Keirrison soou bastante estranho, convenhamos. Logo depois Muriça passou a ser nome de consenso no Verdão. Mas a tal da vontade da família do técnico e o próprio dizendo que queria férias, jogavam água no chope verde. Depois vieram conversinhas moles de Belluzzo e Muricy por telefone, via Rádio Bandeirantes, marcando uma cerveja e uma mortadela, como forma de tirar um lazer por que era todo mundo “muito do bem”. Já era mais do que sinal de que a contratação iria sair. Eu cravei num dia, dois dias depois ela saiu mesmo.

No caso Love a mesma coisa. Belluzzo disse no famoso dia do “Fico” que iria trazer um grande atacante da Eurásia. Claro que todo mundo pensou em Love. No dia seguinte chegou Robert, do futebol mexicano. O que segundo TODOS, era a certeza de que Love não viria. Só que se esqueceram que o México não fica na Eurásia. Então apostei na chegada do “artilheiro da folia” e acabou acontecendo mesmo.

Situações bastante parecidas, para não dizer idênticas, as que acontecem hoje nos casos Felipão e Kleber Gladiador.

Surgiu ontem a informação de que o Palmeiras já havia fechado com Kleber. Mais tarde a direção desmentiu. Todo mundo disse que era conversa e que Kleber, se vier, só no ano que vem.

Pelo Cruzeiro Kleber está há 2 ou 3 jogos de completar os 6, que o impediriam de acertar com outro clube brasileiro esse ano. Vamos esperar. Mas se ele “sentir uma fisgada” nos próximos jogos e ficar de fora, lembrem-se do que estou dizendo.

O caso Felipão é ainda mais emblemático.

Felipão rescindiu contrato lá no Bunyodikrsnzckzavosvsks e na sequência Antônio Carlos caiu no Palmeiras. Demitiram o cara por ele ter chamado a atenção dos jogadores em um caso de indisciplina. O que deveria ser aplaudido e não motivo de demissão. Depois Felipão passou a ser nome cantado pelas alamedas esverdejantes do Palestra Italia (já saudoso).

Conversa vem e vai. Em um dia está próximo, no mesmo dia está longe e no seguinte ele vem para ser zagueiro. Uma enxurrada de informações desencontradas.

Bem, ontem a direção verde descartou Scolari, alegando que o Messias preferiu seguir as vontades de sua família em permanecer na Europa. Então já começaram a pensar em efetivar Parraga e tudo mais. Exatamente como aconteceu com Jorginho no caso Muricy. O mesmo roteiro, o mesmo cenário, só que com personagens diferentes.

Vou cravar então, ainda que baseado muito na vontade de torcedor, mas também na interpretação isenta que meu papel de blogueiro exige: Kleber e Felipão (e também Valdívia) chegam ao Palmeiras após a Copa.

Anotem e depois me cobrem. Ou não.

Mãe Dinah desencarnando.

Cheers,

Menino da vila: Em noite do Guarani, Deu Santos.












Texto: Gregório Possa
Foto: Globoesporte.com

O Cenário da partida indicava ao torcedor a certeza de mais uma vitória tranquila, afinal de contas o Santos atuava em seus domínios, os meninos estavam de volta a campo e o adversário era o Guarani, aquele mesmo time que sofreu impiedosos 8x1 há tão pouco tempo atrás pelas oitavas de final da Copa do Brasil, porém a única semelhança com aquele jogo foi o adversário vestido com as cores bugrinas, já que nenhum dos 11 titulares do Bugre que entraram em campo nessa noite estiveram presentes naquela partida.

A primeira etapa mal começou e logo aos 2 minutos, Neymar - com suas belas trancinhas - recebeu lançamento de Ganso e após limpar o zagueiro, chutou fraco no canto para abrir o placar. A impressão de uma nova goleada santista logo se desfez, o Guarani impôs seu jogo e com jogadas de muita velocidade conseguiu criar 3 chances em 3 minutos, obrigando Felipe a executar algumas boas defesas. O Santos errava passes e a fraca retaguarda santista que vem incomodando a torcida desde o começo do ano, falhava constantemente e logo o Bugre empatou em bela cobrança de falta do bom e velho Baiano que apesar da idade continua correndo feito um menino e batendo muito bem na bola. 1x1 na Vila.

Na volta do intervalo, quem esperava uma melhora da equipe do Santos se enganou de novo, o Bugre continuou com o mesmo folêgo da etapa inicial e com uma marcação muito forte não deixou a equipe da casa jogar, percebendo a apatia da equipe, Dorival Jr. resolveu alterar as coisas e caiu no vicio dos técnicos brasileiros, tirou Marquinhos aos 10 min e colocou Zé Eduardo - se a coisa já estava feia, porque não mudar o time no intervalo de jogo ? A alteração, de ínicio, até surtiu efeito mas a noite não era dos meninos e logo o Santos voltou a jogar mal. Neymar abusava dos dribles e era facilmente neutralizado pelos bugrinos, aliás o garoto apresentou um semblante fechado durante a partida, talvez abalado ainda pela punição sofrida recentemente e foi substituído aos 29 min por Marcel. Quando o jogo encaminhava-se para um empate morno, a eficiência prevaleceu sobre a técnica e o Santos concretizou sua vitória com dois gols depois dos 40 minutos, um em jogada de Léo pela esquerda que cruzou na cabeça de Marcel e o outro em uma falha de Fabão que deixou o autor do 2° gol santista ajeitar para André, que mesmo concluindo mal anotou o 3° gol alvinegro.

O placar engana quem não acompanhou a partida, o Guarani até então invicto no campeonato mostrou que pode dar trabalho durante a competição e por pouco não beliscou um ponto na Vila Belmiro. Com a vitória a equipe santista assumiu a vice-liderança do Brasileirão com oito pontos, dois a menos que seu próximo adversário - o Corinthians - que não tem mais 100% de aproveitamento. Apesar do fraco futebol apresentado a torcida santista saiu satisfeita da Vila Belmiro já que em um campeonato longo de pontos corridos, o que vale são os 3 pontos.



FICHA TÉCNICA

SANTOS 3 X 1 GUARANI
Felipe, Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Wesley (Rodriguinho), Marquinhos (Zé Eduardo) e Paulo Henrique Ganso; Neymar (Marcel) e André Douglas; Rodrigo Heffner, Fabão, Ailson e Márcio Careca; Renan, Baiano (Fabinho), Paulo Roberto e Preto (Heverton); Mazola (Ricardo Xavier) e Roger.
Técnico: Dorival Júnior Técnico: Vagner Mancini
Gols: Neymar, 2. Baiano, 37; Marcel, 41, André, 43 do segundo tempo
Cartões amarelos: Roger, Preto (Guarani), Léo, Pará, Edu Dracena (Santos)
Público e renda: 5.146 pagantes/R$ 143.715,00
Estádio: Vila Belmiro, em Santos. Data: 26/05/2010. Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa/SP). Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior e Dante Mesquita Júnior (ambos de SP)

26 de mai. de 2010

Chazinho de Coca - Copa do Mundo no Brasil. Chega de pão e circo.

E continua a novela sobre a utilização ou não do Morumbi para a abertura e mesmo para os demais jogos da Copa do Mundo no Brasil em 2014.

Como já deixei claro aqui mais de uma vez, não sou contra o Brasil receber os maiores eventos do planeta, esportivos ou não. Sou frontalmente contra as pessoas que já estão envolvidas na Copa e também nas Olimpíadas.

Nada irá ocorrer sem a participação de nossos políticos, presidentes de federações, de comitês e de nossa confederação de futebol. Além dos baba-ovos e capachos dos mesmos. Uma cambada que irá deitar e rolar no dinheiro público e realizar conchavos de todos os tipos.

A Fifa torna a Copa do Mundo em um evento altamente custoso. Cria uma série de regras a serem seguidas e que tornam inviável o evento para a maior parte dos países do mundo.
Ainda assim ela criou um rodízio de continentes, como forma de diversificar as culturas que irão receber o evento. Antes disso a ocorrência de Copas na Europa era motivo de criticas de toda parte.

Mas se por um lado ela viabiliza esse rodízio, por outro ela acaba por impedir que países em regiões menos favorecidas do planeta possam bancar o evento. O seu caderno de encargos é o mesmo para a Europa, para a África e para a América do Sul. Oras, é mais do que evidente que mesmo após o boom do crescimento de regiões como o Brasil, ainda estamos distantes de ter as mesmas condições estruturais dos europeus, por exemplo.

Se a intenção da Fifa com esse rodízio é boa, então que ela crie cadernos distintos, de acordo com a região que irá receber a Copa. Caso contrario, não passará de conversa para boi dormir. Ou então uma chance de fazer a festa com a politicagem local. Fico com a 2ª opção.

Vale atentar o leitor que entre as obrigações desse caderno da Fifa está a garantia de que o governo local irá isentar a Fifa e seus parceiros de impostos referentes a todos os serviços e produtos relacionados a Copa. Mamatinha, não?

O Brasil é o auto proclamado país do futebol. Se olhar pelas conquistas da seleção, faz sentido. Em qualquer outro aspecto do esporte, há controvérsias. Mas tudo bem, ela volta ao país após mais de 50 anos.

O Brasil é um país de extensão continental, mas onde a prática do futebol se notabiliza por centros de destaques. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia possuem a nata dos grandes clubes. Das grandes massas. Nesses locais o futebol é disputado ao longo de todo o ano. Seus clubes estão nas séries A, B e C do Campeonato Brasileiro. Disputam a Libertadores e a Sulamericana sempre com destaque. Há centros “menores”, mas que possuem grandes clubes, com grandes torcidas. Com grandes estádios, que é o que se busca para a Copa. Goiás, por exemplo.

A farra da Copa no Brasil começa já pela distribuição das sedes. Construir uma Arena em Brasilia e deixar Goiás de fora é uma tremenda bola fora. Claro, obra de manobras políticas, de favores e agrados.

Outro ponto conflitante é a não utilização do Engenhão no RJ. Construído para o último Pan, é um estádio moderno, que com poucas alterações poderia receber facilmente partidas da Copa. Sua construção já se deu sob um derrame de dinheiro público. Onde o orçamento foi estourado por mais de uma vez. Mas a sua não utilização na Copa, sob o pretexto de que o RJ já conta com o Maracanã é absurda. O transforma em um enorme elefante branco, só utilizado pelo Botafogo, que hoje arca com seus custos. Um gasto inútil, para uma competição já inútil como é o Pan.

Ninguém imagina uma Copa no Brasil sem o Maracanã como palco principal. Mas se o RJ possui dois estádios quase prontos para a Copa, por que não utilizá-los? Por que construir uma mega arena na Amazônia, onde não há um único clube dentro das 3 principais divisões do país? Uma Arena que após a Copa ficará as moscas. Que após a Copa será um elefante branco na floresta. Para que gastar milhões em algo que se tornará inútil após sua breve utilização?

O mesmo acontece em SP, onde o Morumbi é o grande (em tamanho) palco para uma Copa. O São Paulo Futebol Clube se diz disposto a arcar com os custos da reforma com dinheiro de investidores e do BNDES. Em comparação aos gastos que as arenas da CBF/Fifa terão, o custo da reforma do Morumbi serão trocados.

Em São Paulo também haverá, a partir de 2012, a mais moderna arena da América Latina – a Arena Palestra Italia. Uma reforma toda bancada por um grande parceiro trazido pelo Palmeiras, a construtora W-Torre. Sem uma única moedinha do dinheiro público, nada. Para 45 mil espectadores devidamente acomodados, poderia muito bem receber jogos da Copa. Enquanto o Morumbi, com sua capacidade para receber mais de 60 mil pagantes, seria o palco de abertura.

É tudo tão lógico, que o fato de não acontecer assim por si só já dá a certeza de que não é exatamente trazer a Copa do Mundo ao Brasil o interesse dos que estão envolvidos.

A notícia de hoje do jornal “Lance!” dá como palavra da CBF de que o Morumbi não será sequer palco da Copa. Que para tal será construída uma Arena em Pirituba, com capacidade de, pasmem, 45 mil espectadores.

Mas a Fifa não exige estádio de 65 mil lugares para palco de abertura?

Terá o fato de Juvenal Juvêncio e Luiz Gonzaga Belluzzo, presidentes de São Paulo e Palmeiras, na eleição para residente do Clube dos 13 terem optado por apoiar um candidato diferente de Ricardão Teixeira, influenciado nessas decisões? Além, lógico, das tantas outras já citadas acima?

Não sou contra a Copa do Mundo no Brasil. Sou a favor do Brasil, em todos os sentidos. Copa com essa cambada envolvida não pode ser boa para o país.

Chega de pão e circo.

Vamos aguardar os próximos capítulos dessa novela sem graça.

24 de mai. de 2010

Sampa Noise - Produtivo e certeiro.



O São Paulo entrou em campo para disputar mais uma partida do certame brasileiro contra o Internacional que também será seu adversário nas semi-finais da Copa Libertadores da América.

Então, o São Paulo terá uma classificação fácil na Libertadores?

Não irá não. Lembrando que ontem por motivo de cansaço não entraram na partida como titulares o Alecsandro, D'Alessandro, Nei e Andrézinho. Mas no segundo tempo entraram e modificaram o time na forma de jogar, atacando bem mais o Tricolor Paulista.

Já para o time do São Paulo, a tarde foi de muita segurança e pontaria. A defesa, como já vem mostrando em alguns jogos, esteve onipresente e totalmente intransponível. Alex Silva e Miranda passam confiança para seus companheiros de equipe, levando todos no setor a trabalhar com um pouco mais de conforto e presença.

Mesmo tendo sido substituído ainda no primeiro tempo por motivo de dores, Miranda deu lugar a Xandão, mas não tive a impressão de que havia mudado o poder de marcação e eficiência do time.

Cicinho e Junior Cesar seguraram bem o tranco pelas laterais e obtiveram sucesso em muitas de suas subidas pelas alas.

Rodrigo Souto e RicharLysson ajudaram muito o setor defensivo, desarmando e já armando o time para o contra-ataque que era puxado por Hernanes ou Marlos com muita velocidade e precisão nos passes.

Fernandão buscou jogo e teve êxito em atuar com pivô. Dagoberto foi veloz, preciso e artilheiro. Rogério Ceni fechou o gol nas sequencias de chutes do time adversário.

O primeiro gol são-paulino veio logo depois de uma pressão do Internacional, em uma falta a favor do São Paulo na entrada da área. Hernanes, que está novamente em uma grande fase, chutou a bola que bateu na barreira voltou para ele que já emendou outro chute e a pelota passou por entre a barreira e entrou no canto de Abbondanzieri que demorou a cair.

O segundo gol aconteceu após uma bola lançada para o ataque. Dagoberto em disputa com dois jogadores se afastou e os dois adversários trombaram deixando a bola livre para Hernanes que lançou Dagoberto, Hernanes correu para receber o passe do lado esquerdo e cruzou para Fernandão que ampliou o placar dentro do Beira Rio e marcou seu primeiro gol com a camisa tricolor.

O São Paulo marcou seus primeiros 3 pontos no Campeonato Brasileiro e com a pausa na Libertadores por conta da copa, pode jogar mais com o time titular no certame.

Dica musical do dia: LEMON D - Urban Style Music

Café com Leite: No Sufoco


Texto: Beto Almeida
Foto: Junior Lago (para o Lancenet!)

            O Timão jantou o Fluminense e faturou mais três pontos no Pacaembu, a torcida agradece e acende uma vela pra São Jorge, só pra garantir. A maré tá boa, mas todo cuidado é pouco nessas horas, e toda reza vale.
            E São Jorge tem de ser muito guerreiro mesmo, considerando a quantidade de secadores que estão zicando o Todo Poderoso. Conheço gente que não assiste o jogo do próprio time, mas vê as pelejas do Timão só pra ficar secando, ô raça. Já estamos acostumados com a quizumba, e dou a dica, água de alfazema depois do banho que a zica não cola em quem tá cheiroso. E as mulheres gostam.
            Esse é meu jeito, cada um carregue seu patuá como lhe aprouver, mas parece que o encosto que colocaram no escrete alvinegro para a disputa da Libertadores parece ter vazado pra bem longe, coisa boa. Então é aproveitar a fase e prosseguir na rotina de vitórias pra acumular o maior número de pontos possíveis, criando uma vantagem confortável em relação aos adversários. Coisa que o Palmeiras fez ano passado, no período Pré-Vexame.
            Mas tô aqui pra falar do jogo, também. Como dizia, a vítima da vez foi o Fluminense, vulgo Tricolor Carioca, comandado pelo técnico de nome esquisito, Muricy Ramalho. Fui lá no dicionário e eis que:

murici
  sm (tupi murisí) Bot
1 Arbusto da família das Malpighiáceas (Byrsonima crassifolia) da América tropical. Tem folhas verde-escuras, lustrosas na parte superior e sedosas na inferior, flores amarelas em racimos, e por fruto uma drupa carnosa amarela, comestível; murici-do-campo, murici-da-praia, murici-de-tabuleiro.
(Fonte: Dicionário Michaelis)

            Tem outras acepções, mas tudo em torno desse tema. Tai, o cara tem o nome de um arbusto, vai ver foi concebido sob a sombra de um, ficou a homenagem. Sanada a dúvida, vamos continuar com a minha análise da partida, ou seja, buscar no dicionário o significado da palavra Gum, nome de um zagueiro do time do técnico de nome esquisito. Em vão, tal palavra não existe no dicionário, ou seja, sua origem é um mistério ainda a ser desvendado.
            Times perfilados, toca o Hino Nacional, acaba o Hino Nacional, começa a partida, acaba a luz em casa. Vou ter de ver a peleja na padaria, acompanhado por um bando de secadores. Antes de sair de casa tomo um banho e passo água de alfazema pelo corpo, quase perdi o primeiro gol (e único) da partida, aos 11 minutos, numa cobrança de falta do corintiano Chicão. A mocinha que atende no balcão até faz uma gracinha:
            - Huuum, tá cheiroso o moço hoje...
            O jogo tava movimentado, o Fluminense cresceu na partida e teve algumas chances de gol, quer dizer, até fizeram um gol. Rodriguinho marcou mas, segundo o bandeira, estava impedido. Não estava, o que foi suficiente pra todo mundo falar que o Todo Poderoso só ganha com a ajuda da arbitragem. Pura bobagem, os juízes são tão incompetentes que erram pra todo mundo, como verificou-se no segundo tempo.
            Pois é, vamos a ele: o Fluminense voltou melhor, até obrigou Felipe a fazer um pênalti em Fred, que estava impedido, anulando o lance. Aí o Mano colocou Tcheco e Defederico na equipe, nos lugares de Jucilei e Dentinho. Era uma tentativa de dar maior posse de bola ao time, são dois jogadores que prendem muito bem ela nos pés. O Defederico é gênio e vai ser melhor do mundo, anotem aí. Provou isso mais tarde, quando foi derrubado na área pelo Gum, o zagueiro de nome insondável. Só que o juiz pisou na bola: não deu o pênalti e ainda amarelou o argentino, acusado de fazer simulação. Quem tinha de ser expulso de campo era o juiz, que papelão.
            Aí foi segurar o resultado até o final, coisa de time dirigido pelo Mano. Haja sufoco! Mas conseguimos e, mesmo com a equipe não jogando bem, fizemos mais três pontos e continuamos com 100% de aproveitamento. E claro, a liderança do campeonato. Tá valendo. 

23 de mai. de 2010

Palestra Italia - Um sentimento que em todos nós se fortalece.

Vou falar de um amor. Do nosso. O maior amor de nossas vidas. De nossas vidas alviverdes.

Amores cada um tem os seus. Mas há um único que é verde e de todos nós. Um amor inexplicável, enorme, infinitamente crescente, independente de fase, de momento, de time. Um amor gigantesco que nos abraçou desde o nascimento, talvez já determinado antes disso.

Não por acaso o amor da minha vida divide comigo o maior amor de nossas vidas.

Amor – a palavra. É ela que explica o abraço coletivo, de milhões, de cada um que compõe esses milhões.

O Palmeiras é o amor da minha vida que eu compartilho com todos os verdes do mundo. Com os 20 mil que se despediram de nosso teto, de nosso território, de nossa casa, de nosso santuário. Dos 20 mil vezes milhões em suas casas, com seus ouvidos no radinho, com os olhos na TV, com o coração na boca, com o Palmeiras na alma.

A fase não é da melhores. E daí?

Quem é que tem o privilégio de ter um Palmeiras na vida?

Só quem tem o Palmeiras em sua vida sabe dar o valor as nossas histórias, aos nossos ídolos, a nossa casa. Suada casa. Histórica. Memorável. Palco de lindas passagens, de outras nem tanto. Mas ela é nossa. Muito nossa.


Assim como eu tenho, acredito que cada um dos verdes do mundo tem o seu canto no Palestra. Ou tem todos. Todos têm o Palestra acolhedor. Lindo, simpático, único. Só nosso.

Na despedida vencemos o imortal por 4X2 em nosso território eterno.

Mas cadê a crise? Que crise?

Imortal é o sentimento que nos conduz. Imortal é a razão desse sentimento.

Aqui é Palmeiras! Aqui é “Parmera!”, como dizia o meu saudoso e corintianissimo avô Tozzo. Aqui é Palestra – Italia.

Ouvindo narrações do Pai do Gol eu escrevo essa coluna. Passagens históricas. De “Paulistinhas” (como dizem alguns adversários). De Brasileirões. De Copas. De Libertadores. Aliás, Paulistinha “aqui para vocês!”. É Paulistão. Com o coração aberto. Enorme, orgulhoso. Sendo verde, sendo Palmeiras.

A saudosa casa fecha. Irá reabrir linda, moderna, do tamanho de seu proprietário. Do tamanho dos que a abraçam. Ela irá reabrir nossa. Como sempre foi. Como sempre será.

O velho Palestra não sai de cena. Sai de férias. Sai de foco. Não tem inferno de sapo nenhum por lá. Tem emblema. Tem torcida. Tem Palmeiras.

Não sai de cena. Não sai da minha cabeça. Não se desprende do meu coração.

Está nas emocionadas lagrimas que se desprendem dos olhos desse fanfarrão que lhes descreve essa epopéia. Das que saíram ontem dos olhos do meu sobrinho Fellipe. Palestrinamente educado. Da minha sobrinha Babi. Do meu pai Gilberto, que ao lado da tia Rita continua acompanhando o nosso Palmeiras lá do céu. Da tia Nenê. Do tio Jura. De toda a minha estirpe palestrina.

Nosso Palestra Italia irá seguir sua sina. Seguirá crescente. Como o time que nele desfila os seus encantos. Como o sentimento que em nós todos se fortalece.


Inter de Milão - A CAMPEÃ


FC Internazionale Milano
Campeã da EUFA Champions League 2009/2010




Diante de um Santiago Bernabéu completamente lotado de metade azul e metade vermelho! A Inter fez valer seu futebol, com um time formado praticamente de brasileiros e argentinos, e por tráz um sagaz cerébro portugues, fizeram 2 a 0 diante de um esforçado e limitado (muito pela ausência de Franck Ribéry) Bayern de Munique.

O jogo começou estudado, apesar da enorme posse de bola alemã, a Inter era objetiva, quando com a bola e não ficava tocando de lado, e foi assim, em chutão de Julio Cesar pra frente achou a cabeça dele Diego Milito, numa tabela marota com Sneijder, toca na saida do goleiro Butt, 1 a 0 no placar e o resultado começa a se desenhar.



O segundo tempo começa igual, pressão alemã, e a defesa "italiana" de José Mourinho. A inter como uma cobra esperando a presa se segura! Cambiasso deixou Maradona certamente de cabelo em pé, numa das melhores partidas de sua carreira, passes precisos, chutões pra longe da área na hora certa e uma aplicação tática que Dieguito deve desconhecer! E quando os alemães conseguiam passar pela defesa da Inter tinha que superar o melhor goleiro do Mundo, Julio Cesar com pelo menos 2 defesas chave garantia o gol Milanês!



Mas o dia ja tinha DONO, Diego Milito, a fera estava impossivel! E no segundo tempo, num passe do quase "volante" Etoo, garantiu ao zagueiro Van Buyten alguns meses de pesadelo, numa jogada que entrará pra historia, puxa de um lado, zagueiro do outro, chute pro gol! Gol! 2 a 0 Inter! E a taça mais valiosa do futebol vai passar um ano na Italia!

Se nós aqui temos um técnico turrão, o que dizer de um que deixa o ótimo Milito em grande fase no banco?! Abre o olho Maradona!!!




Azar o dele, sorte dos outros! Pois Milito demonstrou que sabe muito bem tratar a gorduchinha! Que gande atuação desse Argentino, que até ontem muita gente nem se dava conta que ele existia no mundo da bola! O que não faz um titulo!

Parabéns FC Internazionale Milano!

Parabéns José Mourinho! O técnico deu uma aula de conduta, abrindo aos jogadores antes da partida que ja estava contratado pelo Real Madrid e mesmo com tanta gente bisbilhotando, só garantiu a todos oficialmente a transferencia no final da partida!

22 de mai. de 2010

Menino da vila: Sem estrelas, Santos vence a primeira no Brasileiro




Texto por: Gregório Possa
Foto: Globoesporte.com


Antes de comentar o que ocorreu de melhor na partida de hoje entre Atlético-GO e Santos, vale uma menção ao ocorrido nesta semana com alguns dos principais jogadores santistas - Neymar, André, Mádson e Ganso - que chegaram atrasados a concentração e foram duramente punidos por Dorival Jr (além de multa, foram cortados da partida de hoje). Há quem conteste a punição imposta pelo comandante alvinegro, mas como forma de evitar privilégios - já que os jogadores envolvidos na polêmica tem maior impacto na mídia - e colocar todos os jogadores no mesmo patamar de importância dentro do grupo, considero a punição válida. Somando isso ao desfalque de Robinho que está com a seleção brasileira em Curitiba, o Santos veio a campo com a seguinte equipe: Felipe, Pará, Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Arouca, Wesley, Marquinhos e Zezinho; Marcel e Zé Eduardo.

Mesmo com tantos desfalques o Santos teve a primeira chance do jogo com Marquinhos que cobrando falta, exigiu uma bela defesa do eficiente goleiro do Atlético-GO. Os santistas ainda tiveram uma chance nos pés de Zé Eduardo que bateu cruzado pra outra bela defesa de Márcio e um pênalti não marcado pelo árbitro em cima de Wesley. O time da casa só teve sua primeira chance quase aos 30 minutos com Thiago Feltri, mas parou no goleiro Felipe, a última jogada a ser destacada na primeira etapa foi o gol perdido por Marcão camisa 9 do time goiano que na cara do goleiro santista chutou pra fora de forma bisonha pondo fim á um equilibrado primeiro tempo.

O jogo não empolgava nem torcedores goianos nem torcedores santistas, o Atlético parava na falta de qualidade de seus jogadores e o Santos na falta de entrosamento do time em meio a tantos desfalques. Na volta para o segundo tempo os alvinegros impuseram seu jogo e não precisaram de muito esforço para comandar a partida, após duas magistrais defesas do camisa 1 do time goiano em chutes de Marquinhos, o Santos abriu o placar em sua mais eficiente jogada - o contra-ataque, Wesley recebeu passe do próprio Marquinhos e acertou lindo chute da entrada da área abrindo caminho para vitória santista. Poucos minutos depois a equipe alvinegra teve um gol anulado corretamente pela arbitragem, alegando toque de mão do jogador Marquinhos. Porém a demora em invalidar o lance causou uma confusão desnecessária. O Santos continuou atacando e conseguiu o segundo gol, dessa vez totalmente legal, com Zé Eduardo que recebeu passe preciso de Alex Sandro e completou para o gol. Em sua única chance na segunda etapa os goianos diminuíram com Boka que após nova falha da retaguarda santista completou para o gol na saída de Felipe. O ponto positivo da partida foi a comprovação de que o Santos tem sim um elenco forte que pode conciliar mais de uma competição já que no segundo semestre além das finais da Copa do Brasil terá o restante do Brasileiro e a Copa Sul-Americana.

Agora o Santos receberá mais um recém promovido a Série-A, o Guarani, quarta-feira na Vila Belmiro e tentará emplacar sua segunda vitória no campeonato para dar uma tranqüilidade á equipe que domingo que vem enfrentará o Corinthians. Antes de finalizar quero registrar aqui meu elogio á alguns jogadores que estão mostrando um belo e eficiente futebol mesmo sem o estardalhaço da mídia, são eles: Wesley, Arouca e Pará, estes considerados coadjuvantes da equipe vem dando suporte ás estrelas do time e na ausência delas decidem os jogos a favor do Santos. Parabéns.

20 de mai. de 2010

Chazinho de Coca - Ganso joga bola.

Ganso joga bola , não levanta a gola. Ganso levanta a bola.

Ganso não dança, faz dançar. Dança o marcador que lamenta o fato de seu fardo.

Dança quem em lista fez Ganso dançar. Dança quem com Ganso poderia dançar.

Ganso apagado é luz para o seu time. Ganso iluminado é estelar para a seleção. Ilumina os caminhos de um time campeão. Leva as trevas o pobre rival sem ação.

Ganso não levanta a gola. Levanta os olhos, ergue a cabeça, conduz a bola. Acerta o passo. Acerta o ângulo.

Ganso cerra os punhos, salta, soca o ar. Lembra “Ele” ao comemorar.

Gola é coisa para rock star. Bola é coisa para quem sabe jogar.

Ganso joga.

Sampa Noise - Soberano!


O São Paulo teve uma postura soberana sobre o cruzeiro.

Vamos começar com o setor que da mais tranqüilidade para os torcedores:

A Defesa:

A 1 semana atrás diziam que o jogo do São Paulo com o Cruzeiro seria o duelo da melhor
defesa contra o melhor ataque da Libertadores.

O time do São Paulo se deu melhor, com uma defesa impecável, uma marcação forte e bem postada.

O ataque do Cruzeiro ia e voltava tendo muitas dificuldades para entrar na área do São Paulo, se por uma lado tinha Thiago Ribeiro, também tínhamos do mesmo lado esquerdo Alex Silva, e se o mesmo tentava jogadas pela direita dava de frente com Miranda, qual seria a melhor opção, bom se houvesse uma o Cruzeiro não achou.

Parabéns a defesa São Paulina, que vem transmitindo para os torcedores muita segurança.

Um setor que vem crescendo de produção é:

O meio campo:

No inicio do ano, nos primeiros jogos do São Paulo, todos nós reclamávamos de um meio campo lento, sem poder de marcação, apático e sem inteligência.

Pois bem, com a entrada de Marlos e Rodrigo Souto o meio campo ganhou pelo setor do Rodrigo Souto, um ótimo poder de marcação, e com Marlos velocidade e inteligência.

Ontem o meio campo desempenhou uma ótima partida, roubando a bola do adversário e partindo em ótimos contra ataques, ou até mesmo recuperando a bola com Hernanes e partindo em disparada para o ataque ou tabelando com Marlos ou até mesmo com Fernandão.

Richarlysson voltou a jogar em sua posição de origem, e fez uma boa partida.

Laterais:

Temos pela esquerda Cicinho, que já foi um jogador importante para o São Paulo,
hoje não tem o mesmo efeito que tinha, marcou muito bem ontem, se apresentou poucas vezes ao ataque, mas quando chegou não conseguiu cruzar a bola corretamente para área Cruzeirense.

Já Junior Cesar, esse vem jogando demais, fez um lindo lance de habilidade pela lateral próximo a linha de fundo dando uma bela de uma sainha no zagueiro, invadiu a área e tocou para trás para Hernanes acertar um belo chute no angulo do Goleiro Fabio.

Ataque:

Há tempos não vejo um ataque rápido e inteligente no Tricolor, não desmerecendo o futebol do Washington, que já foi um bom jogador, já fez boas partidas, marcou muitos gols, mas convenhamos que seu ciclo no São Paulo já acabou.

Fernandão chegou e mudou a cara e a forma do São Paulo de jogar.

Mostrou que veio pra ficar, quando deu os dois toques dos 2 primeiros gols marcado pelo São Paulo em Minas, e ontem deu um toque preciso de cabeça para Dagoberto que matou no peito invadiu a área e tocou por cima de Fabio, fazendo um bonito gol.

Veja os gols:


Um time que dominou a raposa, e conquistou sua classificação com louvor vencendo os 2 jogos.

Na partida de ontem, ainda vimos um erro da arbitragem que expulsou Kleber com 1 minuto de jogo, jogada que pra mim só merecia um amarelo, mas sabemos que, o jogador quando já é visado pela arbitragem e tem um histórico de expulsões bem acentuado, acaba chamando a atenção, para esse tipo de lance.

Agora os torcedores só teram o gostinho de ver o São Paulo jogar pela Libertadores depois da copa do mundo.

E deixou aqui a questão:

O time está embalado, está com moral, e depois da copa, será que
irá voltar a jogar como mesmo empenho e futebol?

Dica musical do dia: Rusko - Hold On (feat. Amber Coffman) (Sub Focus Remix)

Menino da vila: Noite épica no templo sagrado







Texto: Gregório Possa
Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com



Antes de relatar o grande espetáculo presenciado na Vila Belmiro, uma breve apresentação, já que esse é o meu primeiro post no Ferozes. Meu nome é Gregório, tenho 17 anos, aspirante a jornalista e vou acompanhar o alvinegro praiano atualizando não só o torcedor santista mas todos que gostam do bom futebol.

Bom vamos ao que realmente importa, a partida desta noite teve tons dramáticos, com um Santos extremamente nervoso e afobado no primeiro tempo e o Grêmio esbanjando experiência e calma, tanto que dominou as ações desde o começo e obrigou o Santos a se defender dando a impressão de que estava jogando em seus domínios. A primeira boa chance da equipe da baixada só ocorreu nos pés de Neymar que após confusão na entrada da área chutou para bela defesa do goleiro Victor (melhor jogador gremista em campo).
A torcida santista que lotou o estádio sentiu o mau momento da equipe e com apitos e muita festa incentivou seus jogadores que se não melhoraram tecnicamente compensaram o fraco primeiro tempo na raça e na vontade, evitando o pior. Ao fim do primeiro tempo todo o torcedor santista deve ter se perguntado: Aonde estaria o time que encantou o Brasil com seu futebol moleque que impusera medo em todos os seus adversários ? Será que a série de 6 jogos de resultados ruins e apenas uma vitória, seria o indício de um mau momento da equipe da vila ?
Bom, o Santos tratou de responder a todas essas perguntas no segundo tempo e iniciou os 45 minutos mais importantes do ano com atitude, técnica e muita raça mostrando que acima dos Meninos da Vila existem os Homens da Vila e o seu maestro mesmo realizando uma partida longe do esperado acertou belo chute da entrada da área e mostrou ao Presidente do Grêmio - infeliz em suas palavras e declarações durante a semana -exatamente com quem eles estavam lidando.
Com o resultado o Santos mandou na partida e não demorou para fazer o segundo gol, se o gol de Ganso já seria digno de ser o Lance Luckscolor, imagine então a pintura de Robinho que após passe de André deu um único e mágico toque na bola deixando o frustrado goleiro Victor sem reação. 2x0 Santos e a festa estaria armada. Porém o Imortal tricolor como é apelidado por seus torcedores achou seu gol em uma falha do goleiro Felipe que não encaixou a bola após cobrança de falta e Rafael Marques com facilidade diminuiu a vantagem alvinegra aos 29 min.
O Santos nem teve tempo de sentir o gol, a noite era mesmo dos Meninos e após roubada de bola na defesa executaram sua última e mortal jogada para sacramentar a classificação, Marcel deu belo passe pra Wesley que driblou o zagueiro e o desesperado goleiro Victor - que tentou uma ultima investida saindo do gol - e tocou para o gol vazio. Ainda deu tempo do atacante Marcel perder um gol incrível mas nada que apagasse o brilho da noite épica no templo sagrado.
Mais uma vez o Santos jogou bonito e foi eficiente, essa vitória fica como um recado ao técnico Dunga que privou a nossa seleção do espetáculo. Agora a equipe da Vila descansa durante a Copa e aguarda a final em agosto para escrever mais um belo capítulo nesse 2010 tão glorioso.

17 de mai. de 2010

Coluna Café com Leite: Como eu gosto dos domingos


Texto: Beto Almeida
Foto: Ricardo Rímoli (para o Lancenet!)


E vai lá que o Timão foi pro Sul ganhar mais 3 pontos e, de quebra, a liderança isolada do Brasileirão, com 100% de aproveitamento. Foi, viu e venceu: todo mundo falava que o Grêmio não perdia no Olímpico, coisa que nem o timinho da moda conseguiu, patavinas, quando o Todo Poderoso tá com vontade de jogar bola, sai de baixo, que ninguém segura.
E o jogo começou assim, com o Corinthians partindo pra cima, que gaúcho só sabe fazer churrasco. Não demorou pra essa pressão dar resultado, e aos 5 minutos Ralf fez de cabeça numa cobrança de escanteio realizada por Dentinho. A gente sabe que alguma coisa tá mudando no Parque São Jorge quando até o Ralf faz gol: o Mano esqueceu aquele esquema zé-mané que ele inventou e voltou a jogar com três atacantes, sem abrir mão de usar três volantes (Ralf, Jucilei e Elias), claro. É a escola Dunga da obviedade fazendo sucesso. No caso, o sacado foi o meia Danilo, que deu lugar para Jorge Henrique, que é muito mais rápido e marcador.
Depois do gol o time relaxou e o Grêmio passou a ter mais posse de bola. Só que não fez nada com ela, então fica assim o resumo do primeiro tempo. Bem, melhor que ter de assistir o jogo do Palmeiras, né?
No segundo tempo o Grêmio voltou com Jonas no lugar de Douglas, que devia estar arrependido de deixar o Timão pra embarcar naquela barca furada. O time sulista ganhou mais mobilidade, porém permitindo contra-ataques feitos com velocidade pelo time alvi negro. E num deles, o matador Souza fez o segundo gol do time paulista, aproveitando com classe uma falha da zaga gaúcha. Deve ter baixado o Cabloco Ronaldo nele.
Pra variar o Mano resolveu dar uma força pro adversário e colocou Danilo no lugar do Jorge Henrique. Porra, Mano! Aí, não... O baixinho não é o mesmo do ano passado, mas corre, apóia e marca melhor que qualquer um que foi craque no tricolixo. Acabou que o Corinthians viu sua vantagem diminuir aos 30 minutos, com Maylson. Aí foi segurar o placar até o final, tarefa não tão difícil. Corinthians 2 x 1 Grêmio, beijos e abraços e mais 3 pontinhos, com a liderança assegurada.
E, como se não bastasse, as gazelas voltaram a me fazer sorrir: perderam pro Botafogo, hahahahaha... Velhos hábitos não mudam. O domingo foi bom.

Som na caixa, DJ!

Chazinho de Coca - Vasco 0X0 Palmeiras. Um jogo para encher o Dunga de orgulho.

Protesto da torcida do Vasco em São Januario, mas que serve para refletir o momento das duas equipes.

Texto: João Paulo Tozo
Foto: Gilvan de Souza (paa o Lancenet!)


“Se o time for reforçado, pode brigar para ser campeão ou por uma vaga na Libertadores. Mas, com esse time, precisamos esperar para ver o que vai acontecer”

O sempre sincero goleiro Marcos do Palmeiras sintetizou o que tem sido o seu Palmeiras, após mais uma partida medonha tecnicamente.

Medonha do Palmeiras, medonha do Vasco, mandante do “jogo”.

Antônio Carlos tem transformado o Palmeiras em um time difícil de tomar gols. Com isso ele debita da conta do setor ofensivo, praticamente inexistente nas últimas partidas.

Para o torcedor acostumado a grandes jogos entre Vasco e Palmeiras, grandes times de um lado e de outro, assistir o que se viu ontem é de chorar de tristeza.

Armado com 3 volantes: Marcio Araujo, Pierre e Marcos Assunção e com o ótimo lateral direito Vitor visivelmente constrangido em ultrapassar o meio campo, o Palmeiras armou-se para não sofrer gols. Marcar gol era um objetivo distante de ser prioridade. Armado com apenas Cleiton Xavier na criação e apostando na velocidade de Everthon, a pobreza técnica do Palmeiras mostrou-se evidente. Não é um time de cabeças de bagre, mas não há um único capaz de desequilibrar em jogada individual, nada. Xavier poderia ser, mas está em ma fase. Já Everthon ainda não embarcou o seu futebol, esquecido na Europa.

Reclamar do Robert como, se a pelota não chega até o cara?

Já o Vasco ainda é o time da Série B. E é um time de série B.Esperando que Felipe Coutinho tire alguma carta da manga. Ao menos na partida de ontem a manga de Felipe estava curta.

Apesar do domínio territorial na 1ª etapa, o Vasco pouco incomodou Marcos. Incomodou muito a sua torcida, que realizou uma série de protestos.

Na 2ª etapa, talvez enxergando o quanto parecia ser inofensivo o adversário, o Palmeiras postou-se mais a frente. Vitor deve ter sido autorizado por Tonhão a romper a barreira do meio campo e enfim as jogadas aconteceram. Marcio Araujo estava afim de jogo e era dos pés dos dois que as coisas aconteciam. Ainda que timidamente.

Quando Gaucho resolveu aumentar a volúpia ofensiva do Vasco, o Palmeiras passou a tomar conta do jogo.Cleiton Xavier e Robert quase marcaram aos 20 e aos 26 minutos.

Com posse de bola, mas sem saber o que fazer com essa posse, o Palmeiras alugou meio campo.

Tonhão ainda mandou a campo Marquinhos e Bruno Cesar, em trocas de seis por meia dúzia com Everthon e Robert. Alterações que, lamentavelmente para quem assistiu ao jogo, não agregaram nada.

Um jogo que não agregou nada a quem assistiu. Que agregou somente um ponto para cada lado na tabela do BR10. Que debitou brilho da conta histórica dos dois gigantes do futebol.

Um jogo pra quem não gosta de futebol, mas adora volantes. Um jogo para encher Dunga de orgulho.

Despeço-me da ferocidade que nos acompanha ao som do Alice in Chains - Take Her Out.

Cheers,

13 de mai. de 2010

Sampa Noise - Estreia de gala!


Finalmente, São Paulinos, o Tricolor do Morumbi fez a boa partida que todos esperavam.

A peleja rolou entre Cruzeiro e São Paulo ontem no Mineirão, uma partida que, durante um bom tempo, deixou dúvidas nas cabeças dos São Paulinos.

De um lado, o melhor ataque do campeonato. Do outro, a melhor defesa do certame.

Mesmo com a ausência de Miranda na defesa tricolor, o São Paulo se defendeu como um gigante.

Xandão estava bem colocado ao lado de Alex Silva. Richarlysson, embora não tenha inspirado confiança, fez uma boa partida. Cicinho quase não apareceu no ataque. Júnior César apoiava muito como sempre. Hernanes foi um gigante no meio-campo, ajudando a desarmar e criando boas oportunidades. Rodrigo Souto, apesar de desarmar muitas das jogadas do Cruzeiro, não fez uma boa partida, não conseguindo sair com a bola sem errar o passe. Marlos fez, como diríamos, uma partida fantástica. Dagoberto correu, tabelou e marcou o primeiro gol.

Fernandão foi "sem comentários": estreia de gala, jogou muita bola, correu muito, ajudou a defesa, mostrou vontade, apetite pela bola e pela vitória. Deu os dois passes para os gols do Tricolor. O primeiro, um passe por cima da defesa Cruzeirense, achando Marlos na linha de fundo, que cruzou para o gol de Dagoberto. Já o segundo gol foi uma pintura: um passe de calcanhar que deixou Hernanes de frente para o goleiro, que bateu no canto esquerdo do guarda redes da equipe cruzeirense. Veja os gols



Realmente um São Paulo diferente, com velocidade e inteligência no ataque.
Fernandão, ontem, mostrou realmente sua vontade de jogar no São Paulo. Não basta dizer "Quero jogar no São Paulo". Tem que mostrar que quer, correr, ser raçudo e, acima de tudo, ser capaz de jogar pelo grupo. E ele demonstrou todas essas qualidades ontem.

Parabéns, Fernandão, pela ótima estreia no São Paulo.

O time todo está de parabéns. mostrou que tem brio, força e raça para ganhar de
qualquer time na Libertadores, basta não deixar essa vontade morrer.

No Morumbi, o São Paulo poderá perder até por 1 gol de diferença.

Fui questionado sobre qual era minha opinião, agora, sobre Ricardo Gomes. Eis aqui minha resposta: Fernandão, ontem, salvou não apenas a glória e a reputação do tricolor. Salvou também o pescoço do técnico que, para mim, ainda deve sair, sim.

Não gosto dele como técnico, pois é fraco para um time de tanta expressão.

Tenham um bom dia. Agora vou tomar meu café-da-manhã com uns pãezinhos de queijo.

Dica musical do dia: DJ Hazard - Platinum Shadows

Chazinho de Coca - Grêmio 4X3 Santos. Um jogaço que o Dunga não assistiu.


Texto: João Paulo Tozo
Foto: Ricardo Rimoli (para o Lancenet!)
Um jogo fantástico ontem no Olímpico deixou o Santos com boas chances de chegar as finais da Copa do Brasil. Apesar da derrota.

Um jogo sensacional, cheio de alternativas, com jogadas de brilho, de talento, de raça, de superação. O que mais uma vez mostra que para se ter um time forte e chegar aos resultados não são necessários ter 277 volantes. O jogo de ontem entre Grêmio X Santos o Dunga com certeza não assistiu. Nem deveria, já que não é daquilo que ele gosta.

Já o joguinho pífio de seu seguidor Kleberson na derrota do Flamengo na Libertadores ele dever ter acompanhado de perto. Orgulhoso da lastimável jornada de seu pupilo. E aplaudido. Palmas para o Dunga também.

Olímpico lotado é o tipo de cenário que mesmo os mais preparados craques sabem respeitar.
Alguns deles até sentem a pressão. Não PH Ganso. Cracaço, bolão, jogadorzaço, maestro de um baita time. Jogador para qualquer escrete do mundo. Menos para a seleção do Dunga.

O Grêmio bem que tentou imprimir seu jogo no início. Mas logo aos 15 minutos, em escanteio vindo da direita, Vitor falhou, e Andre completou para o gol vazio. O gol deixou os gremistas desorientados em campo. E o Santos imprimiu o seu jogo alucinante.

Bicões para cima começaram a acontecer na zaga gremista. Isso com vinte e poucos minutos de jogo.

Em uma dessas pixotadas a bola ficou com Ganso, que achou André entrando livre. Passe na medida para o centroavante tocar na saída de Vitor.

O Grêmio só ameaçava nas bolas paradas. Em uma dessas, Douglas obrigou Felipe a fazer grande defesa. No rebote Borges perdeu o gol.

Na sequencia William Magrão fez boa jogada individual e foi derrubado por Durval, dentro da área. Pênalti – batido por Jonas e defendido por Felipe.

Aliás, se o Santos já era um timaço que necessitava de goleiro, a partir do jogo de ontem passou a ser completo. Isso, claro, se Felipe mantiver o nível do jogo no Olímpico.

Na sequencia ao pênalti perdido, Ganso quase marca gol de placa, encobrindo Vitor e mandando a pelota no travessão.

A partir disso Felipe assumiu o papel de principal nome do Santos. Aos 26 e aos 38, operou 2 milagres em disparos de Borges.

Na 2ª etapa, talvez tentando esfriar o jogo, o Peixe cedeu campo ao Grêmio. Dorival mandou Rodrigo Mancha no lugar de Marquinhos e aí a vaca quase foi para o brejo.

Na 1ª jogada em cima de Mancha, Douglas deu passe perfeito para Borges descontar. E logo em seguida, Jonas passou por Mancha e achou Borges, que empatou a peleja.

Vendo que o Grêmio achou o jogo exatamente em cima de Mancha, Dorival sacou o cara e mandou Rodriguinho em seu lugar. O volante obviamente ficou “P” da vida e demonstrou toda sua raiva no banco de reservas.

Dorival começou a perder a mão. O jogo tinha dono. O dono do mando. O dono do Olímpico.

Em menos de 10 minutos o Grêmio virou o jogo. Um golaço de Jonas no ângulo de Felipe quase derruba o estádio.

Hugo que vinha sumido, tabelou com Jonas aos 31 minutos do 2º tempo. Da ótima tabela, saiu passe para mais uma vez Borges, marcar o seu 3º gol, o 4º do Grêmio. Aí sim, uma situação muito boa para os mandantes. Ruim para o Peixe.

Ruim até os 37 minutos. Quando Robinho marcou um golaço, matando a bola no peito e fuzilando Vitor.

Aí os defensores do Dunga irão dizer “Tá vendo, o Robinho é da igreja do Dunga e fez o que fez.”

Ninguém duvida da condição técnica do Robinho. Mas em todo o jogo foi a única aparição digna de elogios do camisa 7 santista. Se o Santos traz para a baixada um ótimo resultado, deve-se a genialidade de Ganso, ao oportunismo de André e aos milagres de Felipe.

Como eu já disse algumas vezes. Para ganhar desse Santos, o adversário precisa marcar muitos gols. Mesmo quando perde o Peixe faz chover gols. Vide as derrotas para Palmeiras, Santo André e a de ontem. Se puxar aí na temporada tem mais.

Um jogaço! No duelo que deve apontar o campeão da Copa do Brasil.

Um jogaço que com certeza quem gosta de futebol assistiu. O Dunga não.

Acompanhe aqui o que técnico da CBF perdeu:


Despeço-me da grande nobreza que nos acompanha ao som do Suede – Pantomime Horses.



Cheers,

Da paixão

Finda a ressaca da eliminação do Todo Poderoso na Copa Libertadores da América (torneio meia-boca em que só fomos desclassificados porque não avisaram que o primeiro jogo com o time da calculadora - cuja torcida só faz número - ia ser uma partida de pólo-aquático) é hora de reavaliar todo o planejamento feito até agora para o ano do Centenário.
Vencer o Brasileirão tornou-se uma obrigação: nossa única oportunidade de ganhar um título este ano. Começamos bem, vencendo o Atlético Paranaense e garantindo três pontos em casa. Mas o adversário perdeu pro Palmeiras recentemente, ou seja, trata-se duma galinha morta. Assisti ao jogo e vi que o time ainda continua burocrático e previsível, sem a raça e a vontade de vencer que estamos habituados e esperamos ver de nossos jogadores.
Estreamos camisa nova, coisa boa para um recomeço. Mas o que fizeram com o nosso Manto Sagrado dá uma idéia da minha visão sobre o principal erro da atual gestão que comanda o clube: lotearam nossa camisa vendendo espaço publicitário até debaixo do sovaco. Transformaram nosso time numa máquina de ganhar dinheiro, muito lucrativa, mas fria e distante da massa fanática e doente pelo Timão.
Os preços abusivos cobrados pelos ingressos acabaram afastando os torcedores comuns das arquibancadas. O que antes era ato de fé passou a ser passeio turístico. A nossa vantagem é que a torcida corintiana é tão maravilhosa que mesmo esses turistas são corintianos, ou seja, uma multidão apaixonada que grita o jogo todo. Porém não criam o hábito de assistir vários certames no ano, e não tem coisa mais brochante que ver o Pacaembu com aqueles espaços em branco onde devia ter um monte de gente pulando e empurrando o time.
O elenco também tá inchado. Nada me tira da cabeça que algumas contratações foram feitas de forma equivocada. O Edu e o Marcelo Matos nem estão sendo aproveitados. Quais intenções motivaram essas contratações, então? Mistério... É óbvio que precisa haver uma reformulação, prometida pro 2º semestre. Mas o que me deixa puto é que a grana que o clube investiu nesses caras podia ser utilizada para trazer o Tevez de volta ao seu lugar de direito.
O Mano Menezes também pisou na bola gigante, montando um esquema de jogo de time gaúcho, que se pretende cerebral e eficiente. Traduzindo: segura na defesa e torce pro ataque fazer um gol. Só que ele não tá no São Paulo, aqui é Corinthians, mermão. A gente joga pra cima dos caras, com a faca nos dentes e dando show. Quem veste esta camisa não tem medo de enfrentar o adversário só porque tá na casa dele.
A verdade é que sou um romântico incorrigível. Há muito o futebol deixou de ser paixão pra se tornar um negócio. No mundo inteiro. Mas, uma coisa eu sei: se escrevo, o faço com paixão. Se amo uma mulher, o faço com paixão. Porque tudo que se faz com paixão, se torna mais gratificante e prazeroso. Não importa ganhar ou perder, mas há de se praticar a entrega apaixonada.

12 de mai. de 2010

Chazinho de Coca - Uma seleção de volantes. Culpa de Ricardo Teixeira.

Quando se pensa em seleção, seja ela do que for, imagina-se a escolha das melhores peças, animais, vegetais, pessoas, jogadores – de futebol, inclusive.

Mas para que essa escolha possa se aproximar do que se entende por justiça, o selecionador deve também ter sido escolhido baseado em seus êxitos, em seus trabalhos anteriores.

No caso mais específico da seleção brasileira de futebol, o sujeito responsável por selecionar os melhores atletas do país deve também ser o melhor ou estar entre os melhores do país.

Dunga sequer era técnico de futebol quando Ricardo Teixeira, o dono da CBF e conseqüentemente do futebol brasileiro, o chamou para assumir o principal posto do esporte que é a paixão nacional.

Então antes de qualquer cornetagem, vamos debitar da conta da CBF do Ricardão a culpa por qualquer insatisfação gerada pela seleção escolhida pelo capitão do tetra.

Feito isso, vamos tentar pensar com a cabeça do Dunga.

Como jogador Dunga foi um voluntarioso volante, aguerrido, comandante em campo. Seu principal mérito não era como jogador, mas como líder.

Marcou uma era de futebol pouco vistoso do Brasil, a chamada “era Dunga”. Depois conquistou o tetra, numa seleção que tinha Romário e Bebeto como estrelas.

Não por acaso o selecionado de Dunga tem a sua cara. Uma zaga praticamente irretocável, deixando margem para discussão apenas na sua lateral esquerda e na opção por Doni no gol, sendo que o cara sequer joga em seu time.

O meio campo de Dunga é de fazer chorar qualquer admirador de um futebol de passes, triangulações, vistoso, de arte, de fazer chorar qualquer admirador do futebol brasileiro. O único verdadeiro meia desse time é Kaká. Cracaço! Mas que vem de uma temporada irregular, além de seguidas contusões. Se Kaká vier a faltar ou se necessário for dar mais qualidade ao setor, Dunga terá de improvisar.

Não, não me venha dizer que Elano é meia. Não é. Julio Baptista muito menos. Exceto Kaká, todo o resto do setor é formado por VOLANTES. Sejam 1º´s ou 2º´s, mas volantes. Volantes, como foi Dunga. Dunga que não tem em seu meio sequer um “Dunga”, no quesito entrega.
Muito menos um Mauro Silva, menos ainda um Mazinho. Ambos, 2º´s volantes na Copa de 94. Ambos, melhores que todos os volantes que Dunga chamou.

Sequer igualar aquela seleção que já era bastante pragmática Dunga conseguiu.

O ataque de Dunga não é lá tão passível de críticas. Mas levar Grafitte e ao mesmo tempo vender o papo de coerência é demais pra minha cabeça. Nada contra a opção. Grafitte vem bem no futebol alemão.

Mas com Dunga Grafitte teve apenas UMA oportunidade e jogou somente vinte e poucos minutos.

Diego Tardelli foi chamado mais de uma dezena de vezes e também vem bem no futebol brasileiro.

Pesou o que aqui? O país onde cada um exerce o seu jogo? O futebol alemão é realmente a cara do Dunga. O brasileiro não.

Se a justificativa para não levar Ganso (e Neymar) é a tal da experimentação e Grafitte carimbou sua passagem para a África atuando somente vinte e poucos minutos, então para mim a palavra de ordem de Dunga é a “incoerência”.

Torcer para essa seleção do Dunga será realmente um exercício patriótico para mim. O meu lado passional, muitas vezes ufanista, irá me dizer – “Vai Josué, tabela com o Gilberto Silva e arma pro Julio Baptista marcar um gol de placa”. Já o racional, antes de duvidar que a cena descrita possa ser capaz de acontecer, irá juntar forças com o lúdico, onde pensarei que se essa seleção faturar o hexa, o verdadeiro futebol brasileiro terá saído derrotado, levantando a taça uma seleção de volantes que bem poderia ser a seleção alemã – com todo o respeito que os tricampeões mundiais merecem.

Obrigado Ricardo Teixeira.