31 de ago. de 2010

CHAZINHO DE COCA - O MAIOR RIVAL

Texto: João Paulo Tozo

Não há razões para tratá-lo bem. Não há espaço para ele e o meu. Não há motivos para que ele se vanglorie em cima de alguém que menos vezes venceu. Não há razões para que eu o parabenize, mas sim relembre toda vez que por causa do meu, ele sofreu.

Intransferível sentimento somente a ele pertencente.

Por que os outros são rivais, são triviais. Ele é inimigo de alma, de história, de bola.

O meu não é o maior porque ele existe. Mas ele é grande como é porque é o maior rival do meu.

O meu já seria o maior existisse ele ou não. Mas a rivalidade que alimenta a história, que se arrebenta de glória, essa não seria tão vistosa fosse ele qualquer outro time da moda.

O Centenário é seu. Mas a rivalidade é nossa. Sofisticada, atemporal, temperamental.

Obrigado meu Palmeiras por ser o maioral.

Parabéns Corinthians por ser nosso eterno maior rival.

POST – IT SOBRE OS ESTÁDIOS DELES: DESORDEIROS PÚBLICOS. MANDATÁRIOS DO PÃO E CIRCO.


- Por que a reforma de um estádio que já existe para a Copa custaria 600 milhões, sendo que um estádio que será levantado do zero custará “apenas” 350 milhões?

- Baseado nas questões acima, o que será feito de tão fora do comum na reforma do Maracanã que irá gerar um custo de mais de 1 BILHÃO?

- Por que para o estádio do clube X, todos os projetos apresentados não servem e para o clube Y o seu projeto não precisou nem existir para receber o aval da mesma entidade que vetou os projetos do time X?

- E o projeto de reforma do estádio do time K, que é anterior a qualquer conversa furada de Copa do Mundo e que já havia sido aprovado. Por que agora surgem CADES, PAVES, e sabem-se lá mais O QUES que solicitam relatórios absurdos como a previsão do número de pessoas que irão de carro nos futuros eventos que irá receber. Ou até mesmo um estudo para prever o nível de decibéis que serão gerados pelos fogos de artifício e possíveis vuvuzelas em dias de jogos? O estádio existe desde 1900 e guaraná (que até lhe concede nome) com rolha e nunca precisou dessas patacoadas. Todos os estádios que estão em funcionamento hoje, funcionam desde sempre sem que se tenha apresentado nenhum número de estudo cretino desse tipo.

- Grupo de moradores que adquiriram suas moradias, empresas, escritórios em torno de estádios hoje vem reclamar dos mesmos? Os estádios lá estavam muito tempo antes de seus edifícios, casas e seja lá que edificação for.

- E Shopping Center não atrapalha trânsito? Suas obras não alteram as rotinas desses moradores? Quem são esses moradores?

- Por que mandatários públicos envolvem-se com mandatários privados, com mandatários que em nada mandam, com mandatários que mandam há anos sem compromisso com qualquer democratização do órgão do mandão?

Por que mandar é palavra de ordem que causa desordem – pública, ética e moral?

Por que os porquês nunca ganham respostas?

Quem é que gosta de pão e circo? Você gosta?

Eu não.

30 de ago. de 2010

CHAZINHO DE COCA - A ESTABILIZAÇÃO DA GANGORRA E O 1º DOS MUITOS PASSOS RUMO AO G4.




Texto: João Paulo Tozo
Imagem: Agência Estado

O Palmeiras tem ido do céu ao inferno de uma rodada a outra. É capaz de obter resultados sensacionais como a implacável e irretocável classificação à próxima fase da Sulamericana contra o Vitória em uma semana, e de perder de forma lamentável para o, até então, lanterna do BR10, Atlético GO, em casa e no dia do aniversário.

É uma gangorra que prejudica visivelmente o time no BR10, onde a regularidade é sempre preponderante para se manter no pelotão da frente.

Ainda assim, com a vitória de ontem contra o Galo, o Verdão ficou a 3 pontos do G4. Condição a qual Felipão acredita que sua equipe tenha condições de chegar e lá ficar.

Entretanto, a diferença para o líder já é de 14 pontos. O que impacta diretamente no discurso de Felipão quando diz que o time irá melhorar, mas que dificilmente chegará a brigar pelo título.
Sejamos realistas. A realidade Verde, hoje, é Sulamericana. E friso o HOJE, já que o BR10 é longo e ainda nem chegamos a sua metade.

É bom também que se tenham os pés no chão avaliar a vitória de ontem.

O Atlético MG é o time com a pior defesa do Campeonato e o que mais perdeu– já são 11 derrotas.

Fruto de mais um “excelente” trabalho do “Pofessô” Luxa, o Terno, que mais uma vez desfez todo o trabalho de seu antecessor, contratou quem bem quis, levou até o cada vez mais ineficiente Diego Souza para o time, mas mesmo assim afunda mais e mais o time na lama do G4.

O Verdão venceu, de virada e fez um 2º tempo muito bom. Assunção mais uma vez esteve muito bem. Kleber como sempre foi decisivo. Valdívia começa a se achar no time e as perspectivas são sim muito boas. Mas vencer o atual Atlético MG é obrigação de qualquer time que almeje algo grande na competição. Como é o caso do Palmeiras.

A diferença para o líder é de 14 pontos. Mas pode cair para 11, em caso de vitória verde contra o líder Fluminense, jogando fora de casa.

Páreo duríssimo. Mas a dureza do prélio não é algo que deva assustar o Palmeiras.
Os cariocas já não devem contar com o Maracanã e isso fatalmente deverá impactar no rendimento do time, que sistematicamente tem contado com grande torcida em seus jogos no Maraca. O fator casa é de extrema importância em um campeonato de pontos corridos.

11 pontos são 4 jogos, num total de 20 restantes. Complicado de tirar? Muito. Mas o próprio BR por pontos corridos nos tem mostrado ao longo dos anos que não há diferença impossível de se tirar.

O 1º passo a se dar na busca dessa complicada missão é não deixar que a gangorra técnica do time desça como desceu contra o Atlético GO. Esse 1º passo passa necessariamente pela vitória diante dos líderes na próxima rodada.

Despeço-me do amigo que nos acompanha com o petardo sonoro do Alice in Chains – Sunshine:


Cheers,

Sampa Noise - Um jogo para dar motivação?



Na rodada do fim de semana do Brasileirão, o São Paulo enfrentou o Fluminense que é o atual líder do campeonato.

O jogo começou bem para o Tricolor paulista. Logo aos 7 minutos de jogo, Rogério Ceni cobra falta com estilo da entrada da área e Fernando Henrique salta para colocar para fora.

2 minutos após a cobrança de falta de Rogério Ceni, o Fluminense ataca, Júlio César recebe o passe de Conca, cruza rasteiro e Deco, com liberdade, completa para marcar seu 1º gol com a camisa do Tricolor carioca. Daí em diante, o São Paulo se acuou e ficou mais preocupado em levar outro gol do que empatar o jogo, mas aos trinta e quatro minutos do 1º tempo o São Paulo reagiu. Rogério Ceni cobra uma falta, tira a bola da barreira e bota no canto de Fernando Henrique.

O Fluminense sai com a bola, o São Paulo recupera, Rycharlisson lança a bola para Fernandão na área, o goleiro Fernando Henrique sai mal e o atacante tricolor confere o gol, com uma cabeçada certeira. Virada para o Tricolor paulistano no 1º tempo, não que tenha jogado bem o 1º tempo inteiro, mas quando decidiu não deixar o Fluminense jogar. Foi preciso.
Já no 1 minuto do 2º tempo, ataque do Fluminense. Diogo invade a área pelo flanco direito e é desarmado, mas a bola sobra para Rodriguinho que chuta e obriga Rogério Ceni a praticar uma linda defesa. O Fluminense pressiona.

Aos 6 minutos, cruzamento na área, Conca mergulha e manda à esquerda do gol do São Paulo. O Fluminense era só pressão e o São Paulo parecia não saber como sair com a bola. E todos sabemos, água em pedra dura ...

Aos catorze minutos do 2º tempo, cobrança de falta para área, Leandro Euzébio toca de cabeça na bola mandando para o gol.

O empate era um bom resultado para o São Paulo, afinal de contas vamos ser realistas, com o futebol que vem apresentando após ter sido eliminado da Libertadores da América, não tem agradado nem o mais fiel e otimista dos torcedores.

E o resultado podia ter sido pior se não fosse ele, sempre ele, "Rogério Ceni".
Pênalti marcado a favor do Fluminense. Rycharlisson desvia a bola com a mão, dando a chance do fluminense ampliar o marcardor e deixar o São Paulo de vez com o pé na lama.

Washington vê nesta hora a chama da vingança brilhar e parte para a batida do pênalti. Rogério Ceni parado sobre a linha mostrando ao atacante que foi rejeitado pelo São Paulo o lado direito de seu gol. E Washington com sangue nos zóio bateu no lado esquerdo. A bola viaja na direção do gol e Rogério Ceni defende o pênalti, que vê seu companheiro de time chutar o rebote para escanteio.

Ainda no final da partida, o São Paulo perde uma chance incrível com Marcelinho que recebe a bola cruzada por Jorge Wagner e bate de primeira para a linha de fundo.

Jogo para dar motivação, sem ilustres torcedores, afinal foi contra o líder do campeonato que ainda tem 3 pontos de vantagem sobre o Corinthians. Um jogo aguerrido que mostrou que ainda resta personalidade e garra no time do São Paulo.

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26 de ago. de 2010

CHAZINHO DE COCA – NOVENTA E SEIS VEZES, OBRIGADO.

Texto: João Paulo Tozo

Noventa e seis anos não são nada perto da eternidade que lhe espera. Mas é tanta coisa quando se é Palestra.

Noventa e seis dos anos mundanos. Noventa e seis dos anos dos campos.

Noventa e seis que soa tanto. Mas que nada é quando se multiplica pelos milhões de sonhos, milhões de mantos, milhões de encantos.

Noventa e seis anos do Palestra dos que já se foram. Do Palmeiras dos que hoje vibram, dos que hoje cantam. A Sociedade dos que por ti se eternizam.

Noventa e seis anos vezes os meus, vezes os seus, vezes os nossos anos. Noventa e seis vezes milhões. Milhões de vidas, milhões de almas que vivem a sua aura.

Tantas são as palavras a disposição. Mas nenhuma delas serve para descrever a importância de seus noventa e seis anos de paixão.

Obrigado. Talvez seja o sentimento de gratidão o que hoje devemos lhe direcionar.

Obrigado por existir. Por ser nosso. Por ser gigante. Por ser infinito dentro de cada um de nós que escrevemos com nossas vidas, a sua.

Obrigado por ser infinito dentro dos seus noventa e seis anos. Obrigado por ser Palmeiras.

23 de ago. de 2010

Café com Leite: Freguês, agradecemos a preferência!

Texto: Beto Almeida
Foto: UOL

“Ôôôôôôô, nosso freguês voltou...” cantava a torcida alvinegra num Pacaembu de 30 mil pessoas que assistiam um clássico chamado Majestoso, aquele protagonizado por Corinthians e São Paulo – este que não veio ao jogo, aquele aplicando sonora goleada acompanhada dos gritos de olé dos fiéis discípulos de São Jorge que voltaram muito felizes pra casa, de metrô, busão, carros, motos e – pasmem – até mesmo a pé, meio de locomoção pouco praticado nas pirambeiras ao redor do estádio.
O placar de 3 x 0 para o Timão até que foi tímido diante do massacre imposto aos tricolores da Vila Leonor, devotado freguês da venda corinthiana, onde sempre volta pra comprar derrotas e é sempre bem atendido. Aquele chocolate suíço que todo mundo gosta.
E a massa de corinthianos agradece o show, um balé digno do Bolshoi e do Grupo Corpo e outras companhias famosas, até Mano Menezes compareceu aos camarotes da casa de espetáculos para matar saudades do time que o alçou à Seleção Brasileira.
- Aí, deixa de enrolar e fala como foi o jogo!
Tá bom, caro leitor, caríssima leitora, falo.
As duas equipes entraram em campo acompanhados dos respectivos mascotes, perfilaram-se e entoaram o hino nacional. O juiz jogou a moeda pro alto e a saída de bola coube ao time do São Paulo. Aqui se encerra a participação do tricolor na partida.
O Todo-Poderoso foi pra cima dos bambis (alcunha dada aos são-paulinos pelos torcedores rivais) numa verdadeira blitzkrieg, ou seja, serviu o trivial costumeiro. O domínio do Timão na partida era evidente e o primeiro gol alvinegro saiu aos 21 minutos, num chute de fora da área de Elias, bem no canto esquerdo do goleiro-ícone Rogério Ceni.
É agora que faço minha análise tática das equipes:
- O técnico corinthiano Adilson Batista mandou muito bem tirando o Danilo do meio-campo, substituindo-o por Jucilei e colocando Elias para jogar mais adiantado. Com essa mudança o Maior de Todos ganhou mais velocidade neste setor do gramado, com Elias e Jucilei chegando de surpresa no ataque e livres de marcação. Foi aí que o Corinthians ganhou o jogo.
- Torcedor tricolor, me desculpe, mas fazer uma análise tática da equipe da Vila Sônia é uma tarefa mais difícil que fazer campanha para eleger o Serra presidente do Brasil.
Depois deste brilhante aparte no texto, onde o autor nos brinda com a chave para a compreensão da partida, continuamos com a programação normal – o passeio corinthiano na avenida tricolorida, pois que Elias marca seu segundo gol no certame aos 41 minutos.
E assim foi o primeiro tempo.
Pois é, jogar com time pequeno dá nisso, alegria da Fiel Torcida que não parava de cantar nas arquibancadas, mesas de bares e sofás de sala em todo o país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza. Mas que beleza!
O segundo tempo não foi diferente do anterior, o massacre corinthiano continuou sangrento e sanguinolento, o goleiro Rogério Ceni operou mais milagres miraculosos e Jucilei fez o terceiro gol alvinegro, para alegria da torcida e aqueles clichês todos que costumo escrever nestas horas.
Aí o grito de olé imperou e ao time do São Paulo só restou torcer pro jogo acabar logo e não tomar mais umas bolas na rede. Coisa normal.
E o jogo acabou, a rodada também. O Timão está em segundo lugar no Campeonato com 31 pontos, dois pontos atrás do Fluminense que teima em ficar na liderança mesmo sendo dirigido pelo Muricy Ramalho, rei do chuveirinho e das goleadas de 1 a 0. Vá lá, tem muitos jogos ainda e o Tricolor carioca ainda vai dar seus tropeços.
Resta-me agora agradecer ao Timão pelo sono tranqüilo e as alegres mensagens de vivas enviadas pelos amigos ao meu celular. Essas pequenas alegrias não têm preço.

Sampa noise - Sem identidade.



Ontem só vimos um time jogar no clássico Majestoso.

De um lado um time com força e do outro um time sem identidade, sem cara de time, sem cara de coletivo, sem cara de vencedor.

O Corinthians dominou o jogo, pressionou o São Paulo que não teve forças nem garra para sair desse sufoco. Uma defesa perdida, sem comando, uma defesa dominada pelo time alvinegro.

Era como se houvesse uma barreira no meio-campo impedindo o São Paulo de atacar e nas poucas chances que o time teve, desperdiçou.

Parabéns ao Corinthians que soube jogar um bom futebol e superar a defesa patética do São Paulo de ontem.

10 jogos sem vitória do São Paulo no clássico. Isso mesmo! Quase 4 anos sem ganhar 1 partida se quer. No ritmo que anda, a aproximação da zona de rebaixamento deixa os são-paulinos assustados, e se continuar nesse ritmo e com esse futebol medonho e sem nada de bom, quem sabe...

Elias provou que adora fazer gol no São Paulo e ontem no clássico marcou 2. Jucilei fechou o clássico marcando o 3º.

Enquanto isso, nós continuamos sem técnico, sem confiança e sem futebol. O São Paulo tem que se mexer. Se não pegamos a vaga para a Sul-Americana, mas mesmo você continua acreditando que o São Paulo vai conseguir uma vaga entre os 4 primeiros colocados do Brasileirão, é porque você é guerreiro companheiro.

Eu não acredito nessa classificação, no máximo o São Paulo consegue participar da Sul-Americana ou da copa do Brasil, e que venha, afinal não temos esse título ainda, né?

Dica musical do dia: Pendulum - Set Me On Fire.

20 de ago. de 2010

CHAZINHO DE COCA - É PALMEIRAS. E BASTA!




Texto: João Paulo Tozo
Imagem: Ari Ferreira (p/ o Lancenet!)

Rivais tentaram diminuir o feito nas mídias sociais - “É só a 1ª fase da Copa Sulamericana”. Tentaram, em vão, tripudiar em cima do épico êxito – “palmeirense acha que venceu o Real Madrid”.

Tentarão, em vão, sempre que algo gigantesco como o de ontem ocorrer, usar o “não” como ferramenta de desapropriação da alegria coletivamente verde.

Estão certos – eles . Estão certos os palmeirenses.

Cada um na sua. Cada um com a sua paixão. Cada um com o seu costume.

Alguns gostam de comemorar suas vitórias sobre o Real Madrid. Esses, pobres torcedores, pouco comemoram, pouco vivenciam o cenário sugerido – se é que houve um dia. Mas se assim são, vamos respeitá-los.

Outros tripudiam vociferando feitos do passado nem tão remoto de sua agremiação, mas ainda assim, passado. Sinto por eles. Mas de toda forma, devemos respeitá-los.

A vida é assim, ou deveria ser assim. Um mútuo respeito. O pleno entendimento das diferenças que nos cercam. Que nos tornam indivíduos coletivamente associados à determinada causa.

“Diminuir” é uma palavra que não rima com os personagens do épico. Com o cenário da epopéia.

“Diminuição”, quando tentada pelo piadista oportunista, ainda que rimando em sua terminação, cai em desuso quando se tenta associá-la a Marcão, a Felipão, a Verdão – a Paixão, a Coração.

Sinto por eles que não vibram com uma virada de seu time. Sinto pelos que não enxergam em atos, em fatos, em pactos, algo muitas vezes maior do que vencer a final do campeonato.

No dia em que o Palmeiras voltou a ser Palmeiras – e chutou para o canto o frágil discurso dos que buscam cunhar a “Lusinha do séc. 21” a todo custo e que com isso desmerecem não só o gigante, mas também a Associação que cede seu nome e sua história à essa piada sem graça – no dia em que Felipão resgatou o espírito de seu Verdão vencedor e campeão. Que o Bigode, diferente de qualquer outro treinador, comandou não só time em campo, mas regeu magistralmente sua filarmônica de arquibancada – no dia em que um Santo de pluralidade inquestionável comemorou mais uma de suas datas marcantes e associáveis a cada Marco que se tornam Marcos – Esse foi o dia em que o palmeirense deve ter sentido pena. Pena do seu amigo que não entende essas coisas, que não vive essas situações – ou não gosta delas. Pena do rival que, na encolha, sentiu inveja do amigo palmeirense.

É uma pena – para eles – que seu sangue não ferva ao “menor” êxito de seu time. Que seja preciso algo “grande”, como um Real Madrid (sic), aparecer em sua vida para que sua alcunha de torcedor torne-se válida da boca para dentro.

E é e sempre será uma delícia para o palmeirense o fato de que o Palmeiras é grande o suficiente para se bastar. Sem que sejam necessárias terminações, complementações.

É Palmeiras. E basta!

Mas eu não espero que “eles” entendam isso.

19 de ago. de 2010

CHAZINHO DE COCA - A PERSONIFICAÇÃO DO AMOR PALMEIRENSE.



Texto: João Paulo Tozo
Imagem: Lancenet!

Vou abrir um pouco do meu lado torcedor ao amigo que me lê.

Torcer e rezar, ao menos para mim, são ações conflitantes. Penso com meus botões que, se há a reza, há a crença nos princípios de igualdade perante Ele – não importa quem Ele seja, a qual religião pertença ou mesmo que formato tenha.

No futebol quando torcemos no sentido de empurrar nosso clube ao êxito, imediatamente anulamos qualquer princípio de igualdade ao próximo – neste caso, próximo é o adversário. Nossa idéia é que o nosso seja vitorioso e o do outro seja o derrotado. Independente de merecimentos ou do raio que o parta.

Fazer sinal da cruz, pedir benção ao craque do time, prometer seja lá o que for em troca de uma vitória, não são ações que me aproximam da sensação da vitória do meu time.

Meu time. Meu clube. Minha história.

Enxergo-me como um conflito ambulante. Se me prender a questão levantada nos parágrafos acima então, como devo proceder?

Volto a perguntar e completo a questão:

COMO PROCEDER quando se torce por um clube que está nas mãos de uma divindade?

Literalmente em suas mãos. Literalmente uma divindade. Literalmente alheio a qualquer co-relação religiosa.

Ainda assim, um santo.

Eu não rezo para que o Palmeiras vença seus jogos. Mas eu peço a proteção a São Marcos.

Eu posso. O amigo alviverde pode. O brasileiro pôde em 2002.

Santo faz milagres.

Marcos tem as suas assinaturas milagrosas que enchem as retinas dos palmeirenses. Milagres empunhados a mãos lesadas, a mãos pesadas, a mãos santificadas.

Os santos carregam em suas vidas as marcas do sofrimento. Marcos as carrega em suas cicatrizes – pinos, placas, parafusos.

Todas elas, cicatrizes, pinos, placas e parafusos adquiridos em prol de algo maior que todos nós. Algo que só não é maior do que a paixão que sentimos por esse algo. Esse algo que é sim maior que o Marcos. Mas que encontra em Marcos a personificação maior do amor que o palmeirense tem pelo Palmeiras.

As palavras escapam por entre meus pensamentos entorpecidos pela paixão ao Verde, pela admiração ao Santo, pela magnificência de pertencer a essa estirpe.

As emoções transbordam e enlaçam meus dedos quando não enxergo em minhas palavras aqui escritas a homenagem nem mesmo próxima do merecimento da figura analisada.

Por que Marcos é um cara só. Mas é sozinho a síntese de toda a paixão e devoção que o palmeirense tem pelo Palmeiras.

16 de ago. de 2010

Folha seca: O fantasma do Barradão

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Texto: Gregório Possa

Todo nós temos algum lugar que não nos traz boas lembranças, só de lembrar temos calafrios e por mais que você tente tudo que acontece nele, dá errado. Pois bem, para o Santos este lugar se chama: Estádio Manuel Barradas, mais conhecido como Barradão.

Mas peraí ! Recentemente fomos Campeões da Copa do Brasil em pleno Barradão. Sim, nós fomos, mas trazendo na bagagem mais um resultado negativo. O fato é que desde 2004 não vencemos a equipe baiana em seus domínios e por mais que em algumas possibilidades estivemos perto disso, os deuses da bola conspiram contra e o Vitória sai vencedor.

Com alguns desfalques importantes, o Santos entrou em campo com uma postura mais conservadora, apenas com Ganso para articular o meio campo e três volantes que saiam pouco, por isso o Vitória dominou as ações e mesmo sem jogar uma partida brilhante abriu 2×0 em poucos minutos. A marcação do time baiano neutralizava completamente a única opção de ataque do Santos que era seu camisa 10, Paulo Henrique dominava a bola e já estava cercado por 3 ou 4 jogadores.

No final do primeiro tempo os alvinegros conseguiram diminuir com Marcel, após chute forte de Ganso que foi rebatido por Lee nos pés do autor do gol santista. Pelas circunstâncias o 2×1 ficava de bom tamanho para o Santos, mas em uma falha infantil de Danilo o Vitória armou um contra ataque mortal e ampliou ainda na primeira etapa, apesar de o tempo prometido pelo árbitro já ter se esgotado a mais de um minuto.

Percebendo a dificuldade de sua equipe em criar jogadas, Dorival Jr. colocou Marquinhos no lugar de um dos volantes e o Santos cresceu no jogo. Maranhão recebeu cruzamento da esquerda e encheu o pé, a bola explodiu na trave e saiu, foi o anúncio da reação. Aproveitando-se do bom momento, o comandante santista fez mais uma alteração certeira e sacou Marcel para a entrada de Mádson que logo de cara lançou de forma brilhante o atacante Zé Eduardo, este bateu cruzado, no ângulo, sem chances para Viáfara. O empate era questão de tempo, mas como tudo insiste em dar errado quando se trata de jogos no Barradão, Edu Dracena tratou de comprovar essa tese e colocou a mão na bola dentro da área, além do penâlti, o zagueiro santista foi expulso e brecou a reação de sua equipe. Schwenck bateu e deu números finais a partida (4×2). Marquinhos ainda teve tempo de ser expulso deixando o Santos com 9 até o fim da partida.

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Ganso sempre cercado por mais de um jogador, preço por seu talento.

O resultado manteve o Santos na 11° posição com 18 pontos e afastou o Vitória da zona de rebaixamento. Se por um lado, mesmo com o revés, a equipe santista está a 3 pontos do G4 e com um jogo a menos, do outro, a distância para a zona da degola também parece curta, apenas 4 pontos.

A possibilidade de saída dos principais jogadores, a vaga na Libertadores assegurada e as duas conquistas em tão pouco tempo acabam por tirar um pouco do foco da equipe para o restante do ano. Temos um exemplo recente disso: o Corinthians ano passado conquistou o Paulistão e a Copa do Brasil, sofreu pela perda de seus principais jogadores e não mostrou forças no restante da temporada.

Os artistas estão indo embora e o espetáculo se acabando, triste realidade do futebol brasileiro.

Café com Leite: Engenheiros do Avaí

Texto: Beto Almeida
Foto: Cristiano Andrujar/Lancenet

Pois é, a secadeira foi geral e a zica rolou solta pro lado do Timão que foi à Florianópolis enfrentar o Avaí por não sei qual rodada do Brasileirão.
O time catarinense, comandado pelo simpático técnico Antonio Lopes, começou o jogo de forma arrasadora, fazendo um gol logo aos 10 minutos. Eita! Geralmente é o Corinthians que começa melhor as partidas, mas qual o quê, o escrete alvinegro estava perdido em campo, precisou do técnico Adilson Batista ir pra beira do campo acertar o posicionamento dos jogadores de meio.
Aí sim, depois da bronca o time passou a jogar melhor e conseguiu o empate com um gol dele, o astro da camisa número dez, Bruno César. Taí, o cara joga muito, daqui a pouco vai colocar o Ganso no banco de reservas da seleção brasileira, anota aí.
Pausa pro intervalo comercial da Sessão da Tarde.
Os times voltam pro segundo e quem estava armando altas confusões em campo era o juiz que estava todo atrapalhado na marcação. Mas, tudo bem, juiz erra mesmo, não é desculpa pra derrota, isso é coisa de cholorados.
Bom, voltando ao jogo jogado, corrido e burilado, o Avaí volta melhor em campo, ora pois. E o time do delegado faturou dois gols no nosso caixa, aproveitando vacilos da nossa defesa. Que estava uma porcaria, diga-se de passagem.
Aí o Todo-Poderoso acordou e foi pra cima. Aos 30 minutos nosso camisa 10, sempre ele, faz mais um gol, diminuindo a vantagem do Avaí para um gol e dando esperanças pra torcida que conseguiria arrancar o empate.
Qual o quê, apesar da vontade o jogo acabou com a vitória do Avaí mesmo.
Agora é esperar semana que vem e ficar de olho no Fluminense que abriu quatro pontos na liderança do campeonato. O importante é não deixar o tricolor carioca desgarrar muito, pra isso o Corinthians tem de ganhar o próximo jogo contra o São Paulo, fiel freguês.

CHAZINHO DE COCA - O RETORNO DO PALMEIRAS “FELIPÔNICO”.


Texto João Paulo Tozo
Imagem: Ari Ferreira (p/ o Lancenet!)

O torcedor alviverde pode até ver seu time ser eliminado da Copa Sulamericana na quinta-feira, mas certamente terá absorvido pela captação de suas retinas o Palmeiras guerreiro e de busca incessante pelo êxito. Verá em campo o Palmeiras de Felipão.

A apatia que abate o time há anos foi uma parda recordação na partida de sábado contra o Atlético PR.

Ainda que tenha aberto o placar logo de cara, houve o tempero dramático típico dos épicos “felipônicos, quando Tadeu foi infantilmente expulso logo no início da 2ª etapa.

Houve as alterações prometidas por Felipão – Pierre, Vitor e Everthon foram sacados. Fabrício, Marcos Assunção e Luan entraram. Desses, Fabrício e Assunção foram destaques. Luan, ainda cru, deu lugar a Everthon, que entrou com a faca entre os dentes e mostrou postura diferente da que vinha desempenhando nas últimas partidas.

Um 3-5-2 que virava 4-4-2 quando Fabrício caia pela esquerda e Araujo postava-se à direita.

Ao invés de 4 volantes como no 1º jogo contra o Vitória, o time entrou com Tinga na armação. Assunção e Rivaldo variando as subidas e melhorando consideravelmente o abastecimento do ataque. A dupla de frente, entretanto, não esteve bem.

Dos pés de Tinga saiu o cruzamento na medida para a “bicuda” de cabeça de Danilo – jogador símbolo desse novo Palmeiras de Felipão.

Saiu também dos pés de Tinga o passe perfeito para o gol –em posição de impedimento- de Everthon.

Friso o “impedimento”, pois mesmo no êxito o atacante mostrou a sua costumeira ansiedade.

Entretanto finalizou como se deve, como se espera de um atacante de bom nível como é o seu caso.

E teve Felipão expulso.

É ou não é um cenário típico dos épicos protagonizados pelo treinador e sua trupe de jogadores guerreiros?

É bom o amigo palmeirense preparar a alma e coração para quinta-feira.

Apatia e corpo mole deixam de fazer parte dos ingredientes desse caldo alviverde. Em sés lugares entram brio e determinação. Finalizando com a qualidade que esse time tem sim e que já demonstrou que pode unir o útil (brio e raça) ao agradável (técnica).

Despeço-me do amigo que nos acompanha ao som do mestre Miles Davis com Nuit Sur Les Champs – Élysées (take 2)
http://www.youtube.com/watch?v=DvG1y84enbo

Cheers,

13 de ago. de 2010

Menino da vila: À espera de um milagre

santos1x3avai sulamericana 300x178 Folha seca: À espera de um milagre !

Texto: Gregório Possa
Fotos: Globoesporte.com

Entra em campo o Campeão Paulista e Campeão da Copa do Brasil 2010 !
O otimismo estava estampado em cada torcedor presente, as duas conquistas enchiam os jogadores de moral. Nada poderia estragar mais uma bela noite do Santos…infelizmente só até o juiz apitar.

Os pouco mais de 7.000 torcedores acompanharam uma partida que destoou completamente das atuações santistas ao longo do ano. A primeira etapa apresent0u: um adversário totalmente ligado no jogo e um Santos sem qualquer inspiração e foco na vitória. Tanto que logo aos 16 minutos a equipe visitante abriu o marcador com Rudinei, após falha da zaga e do goleiro Rafael. Com a vantagem o Avaí recuou e cometeu seu único erro durante toda a partida, coube aos alvinegros partir para cima e por pouco não empataram com Marcel em cabeçada certeira para defesa de Zé Carlos e com Mádson que dentro da pequena área rebateu um cruzamento da direita e a bola tirou tinta da trave.

Com a necessidade de ao menos virar a partida e jogar por um empate na Ressacada, Dorival Jr. trouxe a campo no segundo tempo uma equipe que tinha mais a cara do Santos, com Neymar e o maestro Paulo Henrique Ganso. De nada adiantou, os talentosos meninos da vila pouco puderam fazer diante do ímpeto ofensivo do Avái que ampliou o marcador com um golaço de Vandinho por cobertura. Felipe que havia entrado no lugar de Rafael (contundido, após lance com Durval) teve de buscar a bola no fundo das redes.

O Santos ainda diminuiu com Zé Eduardo que recebeu passe açucarado de Neymar e fuzilou o goleiro catarinense. O tento anotado pelos santistas anunciava uma reação, mas o mar não estava pra peixe e quem marcou de novo foi o Avaí com Vandinho que aproveitou mais uma bobeada da defesa santista e só empurrou para o gol vazio a bola rolada da direita pelos pés de Róbson.

Realmente foi uma noite para esquecer, além da derrota e da ”quase” eliminação da Copa Sul Americana, já que o Santos precisa vencer por 3 gols de diferença lá em Santa Catarina, a equipe ainda teve a baixa do goleiro Rafael que saiu de campo com lesão na cabeça, após choque com Durval. Os exames realizados após o jogo constataram um leve traumatismo craniano e o jogador não enfrenta o Vitória no próximo domingo pelo Campeonato Brasileiro.
rafael ae300 Folha seca: À espera de um milagre !
Não se deve jogar todo o trabalho do ano por uma simples atuação infeliz, aliás esse é o preço que toda equipe grande paga por se manter no topo durante a temporada, os adversários veem o Santos como o time a ser batido e por isso jogam suas vidas para vencer o melhor time do Brasil na atualidade. Essa motivação ”extra” foi apenas um detalhe para o Avaí, pois a equipe mostrou que tem qualidade e deve brigar na ponta da tabela no Brasileirão.

Como estava presente no Pacaembu na noite de ontem pude presenciar um fato lamentável para o futebol brasileiro. O novo estatuto do torcedor que ”proíbe” a ação de cambistas parece ser só fachada. Quando estava na fila para adquirir meu ingresso, reparei que ao meu lado, os cambistas agiam livremente com a polícia a menos de 10 m deles. O fiscal que estava ”orientando” os torcedores incentivava a compra daquele ingresso e dizia ”aproveita, você não vai pegar fila, é o mesmo que se compra na bilheteria”.

Pode acreditar, ainda teremos a Copa no Brasil em 2014 !

12 de ago. de 2010

Chazinho de Coca - A vida dura de Felipão.

Este é o atacante Everthon. E sim, ele esteve em campo ontem. Pode acreditar.


Texto João Paulo Tozo
Imagem: Romildo de Jesus (p/ o Lancenet!)

Rivaldo, “o original”, rescindiu seu contrato com o Bunyodkor e acendeu a esperança de boa parte da torcida alviverde em revê-lo vestindo a camisa com a qual conquistou o BR94, o Paulistão de 96, dentre outros títulos. Mas Felipão tratou de jogar um balde de água fria nas esperanças desse torcedor e descartou o retorno do meia.

Bem no dia em que o seu Palmeiras estreou com derrota na Copa Sulamericana, tida por muitos como a prioridade do ano, além de estrear o Rivaldo “genérico”.

Alguém sabe me dizer se essa declaração de Felipão foi antes ou depois da partida contra o Vitória?

Caso tenha sido antes, certamente ele está revendo esse posicionamento.

Sem Kleber e Lincoln, Felipão armou o Palmeiras com QUATRO volantes e com Tadeu no ataque, teoricamente ao lado de Everthon – na prática atuando sozinho, como já vem atuando Kleber.

Ou seja, sem a criatividade necessária para fazer a bola chegar a frente e sem ter quem saiba o que fazer com ela nos raros momentos em que a Jabulani de plantão rompeu a barreira defensiva do Vitória.

Não deve estar sendo fácil ser o Felipão. Mas ele faz certo quando pede que as críticas sejam voltadas a ele. Então façamos o que pede o Chefe.

Quatro volantes contra o Vitória?

É certo que o empate fora de casa é bom negócio nesse tipo de competição. Mas ele tem que acontecer por acaso, não por obra do planejamento. Empatar jogando bem é diferente de empatar jogando por ele. Até por que jogar pelo empate aumenta as probabilidades de derrota, como ocorreu ontem. Você mantém o rival mais tempo próximo de seu gol. Em contrapartida, quando se joga buscando a vitória, ocorre o oposto. Pensamento óbvio e que o amigo palmeirense, inteligente que é, deve saber de trás para frente. Só o inseri aqui para ilustrar o que vi ontem no Barradão.

Vejam, caríssimos alviverdes que aqui também lamentam mais esse pífio resultado do Palmeiras, não estou criticando o trabalho de Felipão, nem tenho moral para isso e nem quero fazê-lo, mas penso, se o Tinga é o único articulador disponível e ele está como opção, porque não usá-lo desde o princípio?

Rivaldo, o “genérico”, foi escalado como meia. Mas o próprio já disse que sua posição é de 2º volante.

Os recentes êxitos do mundo da bola tem nos mostrado que a tendência é que os meias sejam adaptados como volantes, e não o contrário. É a nova prática do futebol ofensivo. Vide a Espanha campeã do Mundo.

Pierre e Edinho são ótimos, mas um ou outro. Os dois juntos é muita volúpia destrutiva e nenhuma criativa.

Recua o “genérico” para fazer a função com Edinho ou Pierre, entra com o Tinga e deixa o Araujo flutuando em campo como no clássico contra o Corinthians, que não por acaso foi a melhor partida dele no Palmeiras e a melhor do time sob o comando de Scolari.

Não deve estar sendo fácil ser o Felipão. Mas e ser palmeirense, tem sido fácil? Pergunto aos amigos que acompanham esse espaço virtual.

Vale a pena comentar sobre a atuação do Everthon? Creio ser melhor deixar para quando ela acontecer.

Tadeu isolado, e desolando a torcida e Felipão, obrigou o técnico a olhar para o banco. Então ele vê que tem como opção o simpático Max, velho conhecido do torcedor. Não pelos gols e por boas jornadas, pelo contrário.

Pobre Felipão, que vida dura.

É bem verdade também que os gols do Vitória saíram em jogadas de bola parada. Mas se aconteceram é por que alguém as possibilitou. É por que o adversário manteve-se muito tempo próximo a área alviverde. É por que Max, ao contrário do que dizem as más línguas, sabe sim marcar seus gols. Ainda que contra.

E o amigo me pergunta por que iniciei a coluna ponderando sobre o Rivaldo, o genuíno.

É por que com 38 anos, ainda que jogue 50% do que já jogou, ele tem espaço em qualquer time do Brasil e na maior parte dos times do planeta. E nesse Palmeiras, sobretudo no Palmeiras de ontem, sem Kleber, sem Lincoln e ainda sem Valdívia, o “Genuíno” joga com uma das pernas amarrada.

Felipão disse ontem ao final do cotejo: “Se não dá com A e com B, tento o C e o D. Se não houver melhora, o que pode piorar? Zero.”

Bem que esse C ou D poderia ser o R de Rivaldo, o original.

E bem que hoje a diretoria poderia apresentar uns 10 Valdívias.


Pensando nas mudanças necessárias ao Verdão e já pensando em deixar os nobres alviverdes e demais entusiastas da bola em boa companhia, despeço-me da camaradagem ao som do grande David Bowie – Changes:


Cheers,



10 de ago. de 2010

Menino da vila: Campeões de tud...(o) !


O leitor que acompanha a coluna do Santos aqui no Ferozes deve estar se perguntando o significado do título desse post. Pois bem, nesta quinta feira o Santos inicia sua jornada em mais uma competição no ano, a Copa Sul Americana, que agora tem um grande atrativo para os clubes participantes: a tão sonhada vaga na Libertadores. Ora, então pra que se preocupar com isso ? Afinal de contas, o alvinegro praiano já possui sua vaga na competição mais importante do continente e deve focar suas forças na busca pelo Brasileirão, para assim alcançar a tríplice coroa.

O raciocínio é bem lógico, mas se pensarmos em termos de história, o título da Sul Americana seria muito importante, já que é a única taça ausente na gloriosa prateleira de títulos da equipe santista. Podemos ser ”campeões de tudo”, assim como o Internacional e como o futebol nos reserva coincidências incríveis, caso o Santos conquiste esse feito e o Inter vença a Libertadores teremos o encontro desses gigantes na Recopa Sul Americana do ano que vem.

Para quem era a 4° força do futebol paulista no início da temporada e já conquistou duas taças, porque não sonhar com mais essa glória ?

Quinta feira – 21h50 – Pacaembu
Santos x Avaí – Estréia na Copa Sul Americana
A história começa a ser contada…






Café com Leite: Falemos sobre Corinthians e Flamengo




Texto: Beto Almeida
Foto: Wagner Carmo/Vipcomm

Ah, Corinthians, meu sangue ferve por você que eu te amo meu amor, não fique triste se não vi seu último jogo contra um time de camisa listrada amarela e azul, uma camisa tão feia, mas tão feia que evoca o futebol dos anos 90, aquele futebol de Dungas e Lazaronis, algo assim como o calcio, que meu corretor ortográfico insiste em acentuar agudamente, robô idiota, não estou falando do mineral tão bom para nossos ossos, do ofício e não oficiosos também; mas do bom e velho e feio futebol italiano.
Tudo isso pra dizer que a camisa usada pelo Flamengo lembra o fardamento do Parma, um time mequetrefe da Bota. Parece que o amarelo e o azul eram as cores originais da camisa do Flamengo e dá pra entender porque alguma alma de bom senso resolveu mudar para o vermelho e o negro, que sempre imaginei uma homenagem à Stendhal, tal qual a bandeira da Paraíba, a bandeira mais bacana desse Brasilzão junto com a de Pernambuco, a bandeira onde está escrito NEGO, que sei tratar-se de uma negação, mas que prefiro associar à NÊGO de neguinho mesmo, que é como me chama carinhosamente uma amiga, “Vem cá meu nêgo e dá-me um abraço!” e o abraço é gostoso e preguiçoso e tal.
Parece que o Todo-Poderoso também vai fazer uma camisa comemorativa dos cem anos de existência do clube, aniversário que se comemora dia 1º de setembro deste 2010. Vazou na Internet uma foto do suposto uniforme que será utilizado pela equipe em ocasiões pra lá de especiais:

Coisa mais feia só a do Flamengo mesmo, né? Não à toa as duas equipes têm o mesmo fornecedor de material esportivo.
Com a vitória sobre os urubus somamos 28 pontos e estamos em segundo lugar, atrás do Fluminense que tem 29 pontos. Como o Fluminense é treinado por Muricy Ramalho, deve rolar uns empates por aí, de modo que podemos assumir a liderança novamente. Na boa, um time treinado por alguém que diz que “futebol não é espetáculo, quem quiser ver espetáculo que vá ao teatro” não merece ganhar nada. Mas vão ao teatro, pessoal, tem muita peça boa na cidade, algumas com preços populares.
Até o Mano escalou a seleção brasileira com uma formação ofensiva. Ta vendo como foi bom a Espanha ganhar o Mundial? Aquele papo de futebol bonito não ganha campeonato parece estar com os dias contados, a moda agora é todo mundo falar mal da retranca na imprensa esportiva ou não. Aí a seleção da Itália ganha o Mundial de 2014 e batata, todo mundo começa a falar que futebol feio que é eficiente.
Ah, esse gado humano que age bovinamente, seguindo aquela programação básica em nosso cérebro condicionado a dizer sempre as mesmas coisas, gostar das mesmas coisas e pensar as mesmas coisas de sempre.


9 de ago. de 2010

Intervalo Musical - Ferocidades nas pick ups ! - MENINAS DO ROQUE @Funhouse

No dia 11 de Agosto, Quarta-feira, acontecerá a 2ª Edição da festa MENINAS DO ROQUE
desta vez no sobradinho de chão quadriculado que eu adoro, a FUNHOUSE.


Proposta da festa: "as mulheres tomam conta da discotecagem"
Mulheres que sabem fazer barulho e são capazes de tocar o terror na pista com muito rock, sem perder a feminilidade.

Assim como na edição anterior, tive a honra de ser escalada para fazer parte deste time de mulheres que batem um bolão nas pick ups.

ESCALAÇÃO:
Denise Lopes (milo)
Karen Bachega (ferozes f.c.)
Andréia Rocha e Marina Lomaski (roquete)
Paula Micchi (dj club)
Amanda Tedesco (cb)

Entrada 10 pilas e lista 7$
Info Lista:
hotcoldnights@gmail.com
assunto : MENINAS DO ROQUE.

Serviço:
MENINAS DO ROQUE NA FUNHOUSE!
11/8 - quarta-feira
a partir das 22:00hrs
Entrada: 10$ - lista 7$
Aceitamos todos os Cartoes de Crédito e Débito:
Rua Bela cintra, 567
Info.
http://funhouse.com.br/
http://twitter.com/hotcoldnights

Intevalo Musical - The Suburbs @Arcade Fire

O recém-lançado "The Suburbs" é o 3º albúm da banda Arcade Fire, merecedor de infinitas audições, mas aviso que você pode se apaixonar logo na primeira.


Arcade Fire ficou famoso por suas magníficas apresentações ao vivo e pelo uso do grande número de instrumentos musicais. Além de guitarra, baixo e bateria, temos o prazer de ouvir em suas músicas, piano, violino, viola, xilofone, teclado, acordeão e harpa, tudo muito bem acompanhado por vozes em perfeita harmonia. E graças a banda, finalmente, o Canadá aparece na cena musical mundial.

2004 a banda lança o primeiro álbum, "Funeral", nome escolhido devido às diversas mortes de pessoas próximas aos integrantes banda, que ocorreram durante a gravação. Logo na 1ª turnê da banda, o gênio David Bowie percebeu o talento dos músicos e chamou a atenção das grandes gravadoras. Na seqüência Bono Vox, que é bastante esperto, convida a banda para abrir os shows do U2 no Canadá, e elege a música "Wake Up" como tema de abertura da turnê Vertigo. Isso é pouco comparada as inúmeras criticas positivas da imprensa, aliás, não me lembro de ler uma crítica negativa.

2007 vem "Neon Bible" o segundo álbum, gravado em uma igreja comprada pelos próprios integrantes, motivados pela acústica. Este disco estréia na 1ª posição das paradas de álbum do Canadá e em 2º lugar na Billboard Top 200.

No Brasil, apresentarem-se em outubro de 2005 no Rio de Janeiro (dia 22), em São Paulo (dia 23) e em Porto Alegre (dia 25) durante o Tim Festival. Na ocasião, Win cantou uma versão da "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, que está no lado B do single "Cold Wind", lançado na Inglaterra


2010 é o ano do "The Suburbs", que veio ratificar a idéia que, Arcade Fire não brinca com música !
Um petardo que supera todos os trabalhos anteriores, algo que eu considerava quase impossível acontecer, mas acredito ter encontrado uma explicação para tal superação: ‘As faixas são inspiradas em cartas de amor do Liceu, mas mais do que isso, o disco relata a nostalgia e ansiedades da infância nos subúrbios’. Essa declaração explica toda a emoção que as músicas deste disco transmitiram para mim, e música é emoção, seja lá qual for, (assim como no futebol, que transmite emoção, seja lá qual for). Empty Room elegi minha música para dançar, Sprawl II a melhor música do disco e City With no Children a música que me leva para passear sem sair do lugar. A única coisa que me incomodou, é que o disco tem 16 músicas, achei um pouco longo.
A banda manteve todas as qualidades já citadas, porém algo que achava incrível agora veio com arranjos maduros e com ainda mais harmonia, que cercam composições autênticas, determinando originalidade e qualidade incontestável.
Mais uma vez, temos um disco com músicas para qualquer ocasião.

DJ, toca esta por gentileza.

Chazinho de Coca - Verdão não encontra o “pequeno detalhe” e mais uma vez fica só no empate.


Texto: João Paulo Tozo
Foto: G1


Lincoln foi um dos nomes do jogo contra o Corinthians no clássico da semana anterior. Coube a ele fazer a ligação entre meio e ataque.

Ontem Lincoln não esteve em campo contra o Goiás. O Palmeiras teve enormes dificuldades para fazer a bola chegar a Kleber e Everthon. Ainda que Márcio Araujo possa fazer essa função, não é sua principal virtude.

Tinga e Marcos Assunção poderiam fazê-la, mas estes começaram no banco. Então coube ao Verdão pressionar as saídas de bola do Goiás.

12 minutos da 1ª etapa, Kleber – sempre ele – roubou a bola próximo a área adversária. Everthon pegou o rebote e acertou um petardo de fora da área. Belo gol que coroava a superioridade palmeirense.

O Goiás, que não faz boa campanha, sentiu o gol e perdeu-se em campo. Chances para matar o jogo começaram a aparecer ao Palmeiras. Como contra o rival da semana anterior, como contra o Botafogo, enfim, como vê sendo de praxe. Como de praxe o time não foi eficiente no ataque. Como de praxe Everthon voltou a insistir em ficar impedido.

Ao final da 1ª etapa, vendo que Palmeiras não conseguia agredir como deveria, apesar de mandar em campo, o Goiás saiu de seu campo de defesa e passou a pressionar. Deola começou a aparecer e não por acaso acabou sendo o melhor do time.

Vitor ganhou destaque no cenário da bola por sua vocação ofensiva em sua faixa de campo. Foi por isso que ele foi contratado, mas não é isso que ele vem fazendo. Sua timidez tem prejudicado o jogo por aquele lado. Não foi a toa que contra o Corinthians o lado esquerdo esteve mais forte, sobretudo quando Marcio Araujo encostou em Armero.

Felipão pediu, insistiu, mas Vitor permitiu-se ficar preso e por isso foi sacado para dar lugar a Marcos Assunção, já aos 16 da 2ª etapa.

Oras, se é para ter um lado direito burocrático, que a burocracia aconteça com alguém que detenha melhor passe, coisa que faltou muito ao Verdão.

Neste momento do jogo o Goiás já era melhor em campo. Romerito e Felipe davam o tom forte ao agora rápido ataque rival.

Felipão tentou tirar seu ataque do impedimento e mandou Luan no lugar de Everthon. A estréia do rápido atacante não foi suficientemente boa para dar luz ao apagão ofensivo que se abateu no time.

Aparentemente o 1X0 era goleada para o Palmeiras e o recuo tornou-se irritantemente evidente. Mais ainda quando Kleber deu lugar a Tinga.

Tinga tinha mesmo que entrar e ajudar o time a sair daquela situação de antifutebol. Apesar de ter ganho notoriedade na Ponte atuando como 2º volante, Tinga é meia de ofício e poderia ter feito o papel do contundido Lincoln. Só que agora ele armaria jogo para quem? Luan, que fazia sua estréia e não havia entrado bem?

Ainda assim, apesar de todo o absurdo recuo palmeirense, o Goiás padecia de sua incapacidade técnica e tropeçava nas próprias chances. O empate só poderia mesmo sair em falha palmeirense. E ela veio, como um castigo dos deuses da bola ao time que pratica o antifutebol, quando não necessita fazê-lo. Vide a Holanda na final da Copa.

Cruzamento na área, falha de todo sistema defensivo, gol “contra” de Assunção.

Depois o time resolveu atacar. Mas restando 2 minutos? Teve todo e toda a condição para buscar o 2º gol. Não era na base do desespero que iria conseguir.

Felipão disse que ao longo da semana que só faltava um “pequeno detalhe” para o time vencer seus jogos.

O detalhe deve ser tão pequeno que o time não consegue encontrá-lo.

Baixas:

Kleber está fora das próximas 3 partidas do Verdão. As duas contra o Vitória pela Sulamericana, já que a Conmebol lhe aplicou dois jogos de suspensão, ainda pela expulsão na Libertadores quando atuava pelo Cruzeiro. E do jogo contra o Atlético PR, pelo 3º amarelo recebido ontem.

Lincoln e Marcos ainda se recuperam de suas lesões. Acho que para o jogo de quarta-feira pela Sulamericana nenhum dos dois atua.

Valdivia, que finalmente assinou contrato, deve ter condições de jogo só em 20 dias. Palavras de Felipão.

Logo é bom o time ter todo o zelo com essas duas partidas eliminatórias pela competição Sulamericana. Já que no BR10, pelo menos por enquanto, a disputa de título está bem distante.


Despeço-me dos nobres ferozes que nos visita com um petardo do Muse – Feeling Good:



Cheers,

6 de ago. de 2010

Sampa Noise - De cabeça erguida.



Acaba o sonho de mais 1 título da libertadores.

Ontem entraram em campo pelo último jogo da fase semi-final da Libertadores, São Paulo e Internacional.

O São Paulo entrou em campo precisando ganhar de 1 a 0 para levar o jogo para os pênaltis e logo que começou vimos que seria um jogo tenso e de muitos lances de arrepiar.

O São Paulo precisando da vitória entrou em campo valente, correndo por todos os lados do campo e sempre esbarrando na defesa do Internacional.

A solução era a bola alçada na área e foi por esse caminho que o São Paulo achou o 1º gol numa falta que Hernanes cobrou para dentro da área e o goleiro Renan bateu roupa e a bola sobrou para Alex Silva que só encostou na bola que caprichosamente bate na trave e entra. Falha do goleiro e mérito de Alex Silva por estar próximo ao lance.

O Inter veio pra cima. Os dois times jogaram abertos e dispostos a marcar gols. Acabou o 1º tempo com o placar de 1 a 0.

No intervalo ao descer para o vestiário, Rogério disse que queria muito mais uma final e que iriam chegar. Porém a história foi diferente. Logo no início do segundo tempo, uma falta próxima à área do São Paulo, D'Alessandro bateu na bola que foi desviada por Alecsandro e entrou no canto de Rogério. Agora com o jogo em 1 a 1, a classificação estava na mão do Inter.

De imediato a resposta Tricolor veio. Confusão na área, a bola foi chutada e voltou para dentro da área do Internacional, sobrando no pé de Ricardo Oliveira que em posição legal marcou o segundo do Tricolor. Mas mesmo assim ainda não era suficiente para o São Paulo se classificar.

Ricardo Gomes tirou Cleber Santana, que apesar de não me agradar em nada fez uma boa partida ontem, e colocou Marlos. O São Paulo começou a criar chances. Em seguida Ricardo Gomes tirou Dagoberto e colocou Fernandinho, tirou Rodrigo Souto e colocou Marcelinho Paraíba, o que não resolveu muito.

O time correu batalhou e buscou o resultado, mas a bola não entrou no gol do Internacional.

Apesar da grande vitória e um grande jogo de ambos os lados, o São Paulo se despede da Libertadores de cabeça erguida.

Ano que vem, como já é tradição no São Paulo, iremos participar novamente e dessa vez sem algumas peças descartáveis do elenco.

E o rumo que o time vai ter agora?

O que nos reserva ainda esse ano?

O Brasileiro está rolando, agora o time terá que entrar de cabeça no campeonato, correr atrás do título, e conseguir a vaga para a Libertadores do ano de 2011, onde a história pode vir a ser diferente.

Dica Musical do dia: Dj Die & Interface feat William Cartwright A - Bright Lights (Rollers Mix)

5 de ago. de 2010

Menino da vila: Água é pra peixe ! Santos Campeão da Copa do Brasil !



Texto por: Gregório Possa
Fotos: Globoesporte.com


A segunda batalha válida pelas finais da Copa do Brasil apresentou um cenário bem adverso ao Santos, que foi a campo para encarar, além dos 11 jogadores rubro negros, os quase 30 mil apaixonados que lotavam as arquibacandas. A forte chuva que castigou a capital baiana e encharcou o péssimo gramado do Barradão não foi suficiente para tirar o título das mãos dos alvinegros, afinal de contas, água é pra peixe !

O espetáculo proporcionado pelas duas equipes foi fruto do esquema bem ofensivo de ambas, com três atacantes, a equipe santista mostrou que não foi a Salvador para segurar o resultado. Do lado do Vitória, Egídio pela esquerda e o camisa 10 Rámon comandaram as descidas do time ao ataque, que apresentou um volume de jogo intenso desde os primeiros minutos da partida.

A equipe baiana não converteu as chances que teve em gols e coube ao Santos abrir o placar no final da primeira etapa. Edu Dracena recebeu cruzamento de Neymar e acertou uma cabeçada inapelável, praticamente selando o destino da taça.

Precisando reverter uma vantagem de três gols dos alvinegros, o Vitória sufocou o Santos no segundo tempo e logo aos 10 minutos diminuiu o marcador com Wallace. Após o gol a partida ficou eletrizante, um piscar de olhos era o suficiente para perder lances de ataque dos dois lados. De um lado a trave salvava o time da baixada, do outro o goleiro Viáfara mantinha viva as esperanças dos baianos. Aos 32 minutos, Júnior recebeu passe de Neto Coruja e inscendiou ainda mais a partida. Restavam dois gols para o Vitória alcançar um milagre, mas também faltava pernas e futebol para tirar o título mais do que merecido das mãos do Santos.

A conquista inédita coroou um trabalho bem feito não só de jogadores e técnico, mas também da nova diretoria sob comando do presidente Luís Alváro, que assumiu o clube no começo do ano e em pouco mais de 6 meses devolveu ao torcedor a alegria e o orgulho de ser santista. Além da vaga na Libertadores 2011, o Santos se consolidou ao lado do Palmeiras como o maior campeão nacional do país, com 9 títulos (5 taças Brasil, 1 Robertão, 2 Brasileiros e 1 Copa do Brasil). A equipe tem tudo pra ultrapassar o rival se conquistar a tríplice coroa, talento pra isso tem de sobra. Os meninos não estão só encantando e jogando bonito, estão fazendo história !

As críticas ao longo do percurso, as oscilações, as polêmicas em volta dos jogadores, nada disso abalou o trabalho do Dorival Jr e de seus comandados, os meninos não abriram mão da irreverência e continuaram driblando e dançando, sem desmerecer nenhum adversário. Uma frase que ouvi em uma das matérias sobre o jogo enaltece de forma pertinente a conquista alvinegra: ''Nunca a Copa do Brasil, foi tão brasileira.'' De fato, o Santos fez ressurgir a verdadeira essência do nosso futebol e foi coroado com dois títulos, nada mais justo para quem melhor tratou a bola nesse ano de 2010.


Parabéns ao Santos e obrigado por mostrar ao mundo que é possível jogar bonito e ser campeão !


2 de ago. de 2010

Café com Leite: Sobre chorões, mafiosos e economistas e outras coisas

Texto: Beto Almeida 
Foto: UOL

            É pessoal, ninguém sabe, tenho vergonha de contar, mas sou economista. Tudo bem, não é algo assim tão horrível quanto ser são-paulino, mas não é tão legal quanto ser um jogador de futebol. Olha só o Bruno, ex-goleiro do Flamengo, saindo em tudo que é capa de revista e tal, se fosse um economista ia aparecer na seção Dinheiro, aquela que ninguém lê.
            O bacana disso é que posso dar umas dicas de investimento e nem ficar constrangido, tenho uma aura de credibilidade, essa coisa que no Brasil se costuma comprar em cartório e tem de ser assinada e carimbada e diplomada.
            Pois aqui vai minha dica de investimento do dia: comprem ações de fábricas de chupetas, minha gente! Só a chupeta pra parar com o berreiro dos anti-corintianos que estão num chororô só, não chororó - como insiste grafar o corretor ortográfico do meu Word.
            Assim é a sina alvinegra: quando ganha ou empata é tudo graças aos erros da arbitragem, que sempre favorecem o Todo-Poderoso. Quando perde é cavalo paraguaio mesmo.
            O Timão é a equipe das mutretas, esquemas e armações. O Kia Joorabichian, empresário iraniano, não pode pisar nessas tropicais terras, com o risco de ser preso. Envolveu-se em transações milionárias usando o clube como intermediário. Trouxe Tevez e Mascherano, jogadores da seleção argentina, para o Corinthians com dinheiro lavado no petróleo russo, hoje é refugiado na Inglaterra e, como Juvenal Juvêncio, deve dar suas bicadas num bom “scotch” legítimo escocês. É a globalização, meus amigos, que traz a riqueza e o progresso ao nosso mundo, pois imaginem que não muito tempo atrás jogador era comprado para time brasiliano com dinheiro lavado no leite italiano, esqueminha regional, e refugiado tinha de se contentar em dar umas bicadas num “scotch” paraguaio e olhe lá.
            É claro que minto, refugiado e exilado sempre se deram bem, em sua maioria. Quem se lasca mesmo é a massa estrangeira, mesmo que em seu próprio país, que ainda bebe sua cachacinha e fuma o cigarro mais barato, torcendo pra não ser confudida com um terrorista ou outro tipo de meliante. Os suspeitos de sempre.
            Mas divago, falava do Corinthians, esse time que mancha o panteão de clubes nacionais com suas jogadas sujas. Agora pensam construir um estádio, provavelmente com dinheiro público, coisa que nunca aconteceu nesse estado de São Paulo. Parece que só falta um laudo, e não é o Laudo Natel. Antigamente tudo era mais fácil, pois é.
            O Corinthians compra, corrompe, macula os campeonatos que participa. Ainda não conseguiu comprar uma Libertadores da América graças aos esforços da CONMEBOL, instituição acima de qualquer suspeita e zelosa da dignidade do esporte em nosso continente.
            Mas vá lá que já falei demais de futilidades políticas e policiais e menos de futilidades que passam dentro de campo. Pois ontem teve clássico, o chamado derby paulistano. Caras, gosto muito desses anglicismos no futebol, esporte bretão.
            O derby paulistano é o jogo entre Corinthians e Palmeiras, praqueles que não sabem. Foi o jornalista Thomaz Mazzoni quem batizou a rivalidade, em referência à mais importante corrida de cavalo do mundo, o Derby de Epsom. Isso aí segundo o Wikipedia.
            Bem, num Pacaembu esvaziado pela presença de 20 mil bebês-chorões e alguns milhares de fiéis, o Corinthians entrou em campo com seus quatorze jogadores, os onze regulares, goleiro mais linha; e os outros três que eram o juiz e mais dois bandeirinhas. No lado do Verdão, o técnico Luis Felipe Scolari inovou e mostrou porque merece ser o técnico da seleção brasileira na Copa de 2014: entrou com os onze pernas de pau de sempre, porém com dois goleiros - Deola e o colombiano Pablo Armero, que também atuava pela lateral esquerda. Essa visão tática original vai revolucionar o futebol mundial, a laranja mecânica de Rinus Michels será legada ao esquecimento. Senhoras e senhores, Scolari é gênio.
            Não demorou muito pro esquema palmeirense funcionar. Num cruzamento na área dos presuntinhos o Armero desvia a bola com o braço, inspirado talvez em seu conterrâneo Higuita, que deixou saudades e é autor da defesa mais sensacional de todos os tempos: o “Scorpion Kick”, técnica aprendida com Chuck Norris e Bruce Lee durante as gravações de Fist of Fury, ou algo assim. Filmão, recomendo. Tem o Bruce Lee, poxa.
            O fato é que o juiz corinthiano não viu a infração, devia estar amarrando a chuteira na hora. Sabia que o Roberto Carlos ia ser má influência pra equipe!
            Segue que dominamos os primeiro vinte minutos até fazer o gol, finalmente. Numa bela jogada de contra-ataque Jorge Henrique faz um golaço de letra. Tava um centímetro impedido, qualquer um viu, mas o juiz era nosso, toma essa! É nóis!
            Aí vem o tradicional apagão pós-gol...
            E, claro, o Todo-Poderoso deixa o adversário empatar. E olha que o juiz nem deu impedimento pra ajudar a gente, ele deve ter apagado junto com o resto do time.
            Aí veio o segundo tempo e o Palmeiras veio melhor. Fizeram três gols, o juiz anulou todos. Não importa que ele acertou todos os lances, ele era nosso e ponto final. A Rede Globo agradece a audiência e os operários do meu Brasil trabalham mais felizes na segunda-feira. Time de massa é isso, minha gente.
            O empate tava bom pra todo mundo, mas o Coringão é o time da virada. Num contra-ataque que seria mortal, Pablo Armero novamente mete o braço na bola, impedindo o gol alvinegro. E a partida acabou no 1 x 1 mesmo.
Scolari, parabéns. Esse teu esquema de dois goleiros funcionou com perfeição, não vejo a hora de todos adotarem essa brilhante filosofia de jogo.
            Já o esquema corinthiano de comprar os juízes mostrou não ser tão eficiente assim. É, antigamente tudo era mais fácil.

Menino da vila: No Santos, talento é fartura.



Texto: Gregório Possa

A geração inesquecível que desfilou nos gramados de Vila Belmiro na década de 60 está na memória de todos, presentes ou não naquela época. O Santos revelou para o mundo craques inigualáveis que comandados por um tal de Pelé, conquistaram impressionantes 27 títulos em 15 anos. Dificilmente essas marcas serão repetidas e certamente não veremos mais aquelas camisas brancas desfilarem tão lindamente pelos campos do mundo a fora, porém a fábrica de craques do alvinegro praiano nunca parou de funcionar e até hoje o clube revela jovens talentosos que infelizmente pouco mostram seu futebol em solo brasileiro como na época.

Posterior a esse glorioso time, o Santos formou ao longo da história outras gerações de meninos da vila que colocaram a equipe novamente no cenário do futebol nacional. Em 1978, os garotos: Nílton Batata, Juary e João Paulo comandaram o alvinegro praiano rumo ao título paulista daquele ano, foi a primeira geração apelidada de meninos da vila. Em 2002, Robinho, Diego, Alex e Cia formaram o jovem time Campeão Brasileiro, desbancando todos os favoritos na reta-final do certame, alguns remanescentes dessa garotada ainda levariam o bi em 2004.

Em 2010, quando apontavam o Santos como a 4° força do futebol paulista na temporada, mais uma geração gloriosa emergiu, fruto de um trabalho de estruturação das categorias de base feito pelo ex-presidente Marcelo Teixeira, justiça seja feita a esse legado deixado por ele.

Os jovens Paulo Henrique Ganso, Neymar, André e Wesley fizeram renascer na mente do brasileiro a verdadeira essência do nosso futebol. Com goleadas históricas (9x1 sobre o Ituano, 10x0 frente ao Naviraiense, 8x1 sobre o Guarani) , dribles desconcertantes, muita irreverência e espontaniedade nas comemorações, a nova geração de meninos da vila orgulhou o torcedor santista e provou mais uma vez a tradição em revelar jogadores que o alvinegro praiano possui.

Infelizmente, vemos nossos clubes afundados em dívidas geralmente por investirem pesado em contratações caras e badaladas que muitas vezes não dão resultado. Nesses casos, as categorias de base são deixadas de lado e muitos garotos perdem a oportunidade de mostrar seu talento e acabam sendo ofuscados pela falta de estrutura da maioria dos clubes nesse quesito.

O Santos não está isento de dívidas, nem problemas financeiros, mas historicamente mostra que a solução pode estar ao alcance do clube, mesmo frente a turbulências e crises. O 2° lugar na Copa São Paulo e o título recente da Supercopa de Futebol Júnior, apontam mais uma promissora geração pelos lados da baixada, com nomes como: Alan Patrick, Renan Mota e Tiago Alves, além de meninos que ainda estão subindo para o juvenil: Jean Chera e Vitor Andrade. Ou seja, a fábrica de craques não tem data para fechar as portas, principalmente se administrações futuras forem iguais a atual gestão do presidente Luís Alvaro.

De fato, no templo sagrado de Vila Belmiro, está mais do que provado: ''Um raio não cai apenas uma vez no mesmo lugar, cai muito mais !''

Menino da vila: Santos ''B'' com cara de principal.



Texto: Gregório Possa
Foto: Globoesporte.com


O Santos entrou em campo contra o Prudente com uma equipe mesclada entre jogadores reservas e meninos das categorias de base. O torcedor santista que esperava um time desentrosado e sem a mesma técnica apurada de seus principais jogadores acabou por ter uma grata surpresa. As camisas listradas desfilavam em campo como se fossem usadas por Ganso, Neymar, Robinho e Cia.

A equipe alvinegra dominou a maior parte do jogo, tanto que logo aos 5 minutos, o volante/lateral Danilo acertou belo chute da entrada da área e abriu caminho para a vitória santista. Mesmo na frente o Santos continuou pressionando e criou mais duas chances com Zé Eduardo que foi vencido pelo goleiro adversário. Marquinhos - o destaque do jogo - ainda carimbou a trave em cobrança de falta.

Na segunda etapa o Prudente equilibrou o jogo, mas quem marcou foi o Santos, Marquinhos lançou Rodriguinho que bateu de primeira sem deixar a bola cair e fez o gol mais bonito do campeonato até então. Com a vitória praticamente assegurada, os alvinegros relaxaram na marcação e tomaram um verdadeiro sufoco nos minutos finais. Aos 38, Róbson descontou e incendiou a partida. Minutos depois, Léo cometeu penâlti em Henrique Dias, o lateral Paulo César (ex-Santos) cobrou e Rafael defendeu. A pressão continuava e o Prudente ainda teve tempo de colocar uma bola na trave e perder outro penâlti aos 48 minutos, dessa vez nos pés de Róbson, autor do primeiro gol.

Com a sofrida vitória, o Santos sobe para a 7°colocação na tabela com 18 pontos e ganha moral para o confronto decisivo contra o Vitória no Barradão, já o Prudente amarga apenas a 14° posição com 14 pontos, além de ter perdido a invencibilidade em casa neste Brasileirão.



GRÊMIO PRUDENTE 1 X 2 SANTOS
Giovanni; Paulo César, Leonardo, Anderson Luis e Diego (Róbson); Anderson Trindade (Henrique Dias), João Vitor, Marcelo Oliveira e Deyvid Sacconi (Araújo); Wesley e William Rafael; Maranhão, Bruno Aguiar, Vinícius e Léo; Rodriguinho, Danilo, Zezinho (Rafael Caldeira) e Marquinhos (Alan Patrick); Madson (Dimba) e Zé Eduardo
Técnico: Toninho Cecílio Técnico: Dorival Júnior
Gols: Danilo, aos 5 minutos do primeiro tempo; Rodriguinho, aos 21, e Róbson, aos 37 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Anderson Luís, Paulo César, William, João Vitor, Marcelo Oliveira, Henrique Dias e Leonado (GRP); Bruno Aguiar, Zezinho, Léo e Danilo (SAN).
Data: 1º de agosto. Estádio: Eduardo José Farah, em Presidente Prudente (SP). Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ). Auxiliares: Gilson Bento Coutinho (PR) e Márcio Luiz Augusto (SP). Público: 15.890 pagantes. Renda: R$ 213.350,00.

Chazinho de Coca - Palmeiras marca quatro gols, mas o clássico termina empatado em 1X1.



Texto: João Paulo Tozo
Imagem: Eduardo Vianna (p/ o Lancenet!)

O Palmeiras marcou quatro vezes, o Corinthians uma. Dos quatros gols verdes, três estavam em posição de impedimento e foram corretamente anulados pela arbitragem. O único gol do Corinthians aconteceu também em impedimento, entretanto a arbitragem errou ao validar o tento.

Houve erros para um lado e para outro – pênalti em Kleber e pênalti de Armero, entre outros menores. Mas esses salientados logo acima foram determinantes para a igualdade no placar.

Vacilo só do juizão?

Não foi ele que, sozinho, conseguiu quase encher uma mão na contagem de impedimentos. Everthon foi o autor de dois dos três gols impedidos. Foi também o pior alviverde em campo.

Fosse ele pouca coisa mais esperto e teria notado a linha de impedimento, aguardado e guardado os dois gols legitimamente. Eram lances fáceis. E tivessem acontecido limpamente e hoje não haveria discussão sobre a merecida vitória do Palmeiras no derby. Os 3X1 seriam incontestáveis. Um pouco elástico, talvez. Mas se houve um time merecedor da vitória, esse time não foi o Corinthians.

Estréia de Adilson Batista no comando alvinegro. Primeiro clássico de Felipão em seu retorno ao alviverde. Ingredientes não faltaram para que o jogo fosse grande, como sempre deve ser. E tivemos sim um bom jogo.

Nitidamente um jogo dividido em quatro partes. A 1º de domínio alvinegro. As outras três com superioridade do Palmeiras. Não por acaso o gol do Timão saiu na parte que lhe coube de domínio no jogo. Os gols do Verdão – os invalidados e o validado - saíram no restante do jogo ou nas partes onde o time verde esteve superior.

Jorge Henrique, Alessandro e Bruno Cesar deram o ritmo ao Corinthians. Curiosamente, ou não, o Timão foi melhor enquanto Bruno Cesar esteve ligado no jogo, tanto que o gol saiu de jogada dele. Seu futebol desapareceu na medida em que Kleber Gladiador chamava a responsabilidade do jogo verde. Ele, sozinho, bagunçou todo o sistema defensivo do Corinthians, amarelou a dupla de zagueiros e abriu buracos na retaguarda corintiana e que não foram aproveitados, sobretudo por Everthon, que perdeu uma meia dúzia de gols.

Mas o jogo ficou mesmo favorável ao Verdão quando Felipão mexeu taticamente no time. Marcio Araujo, o melhor do jogo, saiu da direita e postou-se como 2º volante, quase como armador, encostando mais em Armero e tornando o lado esquerdo do Palmeiras forte. O time passou a variar as jogadas pelas duas pontas e pelo meio.

Depois ambos os treinadores fizeram alterações discutíveis.

Adilson sacou Bruno Cesar, que mesmo desligado, ainda era a grande esperança do Corinthians em sair do esquema armado por Felipão. Defederico entrou em seu lugar e nada produziu.

Scolari por sua vez sacou Lincoln, outro bom nome do jogo e mandou Tinga a campo. Tinga entrou bem, mas o time perdeu a ligação rápida entre meio campo e ataque. Everthon que vinha muito mal, estranhamente continuou em campo – e ausente do jogo.

A minha leitura do jogo é essa. O empate não foi uma monstruosidade de injustiça, longe disso. Mas se houvesse um vencedor esse teria de ser o Palmeiras.

Despeço-me da nobre ferocidade que nos acompanha, deixando todos na companhia mais do que sensacional dos Rolling Stones, com o petardo Street Fighting Man:


Cheers,

Sampa Noise - Finalmente.



Finalmente o São Paulo saiu do jejum de vitórias no campeonato Brasileiro. Desde a volta do break da Copa do Mundo, o Tricolor não tinha encontrado seu futebol.


Tá certo que o primeiro tempo do jogo contra o Ceará foi horrível e forçou a torcida a gritar "Raça" e hostilizar Ricardo Gomes, o único a ser excluído dessa manifestação pacífica foi Rogério Ceni.


O São Paulo ontem, com Fernandinho pela esquerda e Ricardo Oliveira centralizado, deu bastante trabalho ao goleiro do Ceará. Com essa forma de jogar, o São Paulo trocou seu habitual 3,5,2 para o 4,4,2; com o Xandão como falso lateral e Jean como volante, o que deixou o time penso para o lado esquerdo onde saía a maioria das jogadas. O 1º tempo dava a impressão que o jogo seria 0 a 0 mas...


Hernanes no intervalo em entrevista disse: “O gol vai sair e vamos ganhar.”.


E realmente foi o que aconteceu. O São Paulo precisou de 2 minutos para liquidar a fatura contra o Ceará por 2 a 1. O primeiro gol saiu da cabeça de Fernandão, o segundo marcou a volta de Ricardo Oliveira que é lançado cara a cara com gol e só toca na saída do goleiro.


Após acertar que o São Paulo iria ganhar, Pai Hernanes ainda disse: “O São Paulo procurou o gol todo o tempo, não tínhamos feito um jogo assim desde a volta da copa. Valeu pelo espírito.”.


O time mostrou brio no segundo tempo, lutou muito para chegar a vitória. É o que queremos ver na quinta-feira contra o Internacional e não poderá ser diferente, afinal o Tricolor precisa de uma vitória de 1 a 0 para levar a decisão da vaga na final para os pênaltis, ou como todos os são-paulinos esperam, ganhar com a diferença de 2 gols e sem levar nenhum para se classificar para mais uma decisão.


Com certeza o jogo que mais mexe com a cabeça dos torcedores e deixa os nervos a flor da pele.


Com essa vitória sobre o Ceará, o São Paulo pulou de 15º na classificação para 9º.


Agora vamos torcer e rezar muito para que o São Paulo passe para a final da Libertadores.


Dica musical do dia: Witchcraft - Pendulum (Rob Swire's Drumstep Mix)