O ano ia findando bucólico para a metade vermelha dos pampas. Apesar de um grande investimento o Inter fazia uma campanha irregular no brasileirão, com pouquisimas chances de título e vida durissima para chegar à libertadores. Foi ai que os colorados voltaram seus olhos para a américa do sul. Afinal, não seria nada mal fechar o ano ganhando um torneio continental, não é?
O Inter foi, passo a passo eliminando adversários até chegar no temido Boca - que calou-se perante o Gigante Vermelho. Veio a final com o Estudiantes, o Inter fatura a primeira partida fora de casa. Bastava ratificar o título no jogo de volta, em casa?
Não. A vitória veio na prorrogação - e com muito mais emoção que se supunha. Após perder no tempo normal pelo placar mínimo, o Inter, com gol chorado de Nilmar no final do tempo-extra, sagrou-se o primeiro time brasileiro campeão da Sul-Americana.
É bom se dizer que a dificuldade não se deu pelo habitual menosprezo que algumas equipes brasileiras tratam o adversário quando estão em situação de vantagem (algumas até o fazem em situação de desvantagem, né Fluminense). O time do Inter, tomado da seriedade habitual do futebol gaucho, pressionou intensamente o Estudiantes no primeiro tempo, criando um sem número de oportunidades de gol. A trave, no entanto, estava ao lado dos portenhos e impediu a abertura do placar Colorado.
O segundo tempo foi de menos oportunidades. O Estudiantes aproveitou aquela que teve e marcou - viria o drama? O Inter tentou alguns avanços mas mais na base do desespero do que com coordenação tática - sem sucesso, a partida foi para a prorrogação.
No tempo extra o Estudiantes não chegou a assustar a torcida colorada em momento algum. O Inter, por sua vez, aproveitou a um rebuliço na área após cobrança de escanteio e Nilmar, heroicamente, empurrou a pelota para as redes.
A partir dai a torcida colorada explodiu no Gigante da Beira-Rio e empurrou o Inter para a consagração, reafirmando a condição do time do Sul como um dos mais representativos do Brasil no cenário internacional.
A questão que fica é: será que após a vitória de um time brasileiro, a Sul-Americana emplaca no cenário nacional?
FFC registrando a torcida do Inter no jogo de ontem - numa churrascaria, obviamente.
4 de dez. de 2008
Os dois lados da moeda: ...e a America do Sul é colorada!!!....
Marcadores:
Copa Sul-Americana,
Internacional - RS
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Uma final é empolgante em qualquer ocasião, seja qual for o campeonato. Final é final, mallander e me prove o contrário.
O problema da sulamericana é que ela só emploga na final, não por ser a sulamericana, mas por ser uma final.
Ela pode sim, ser muito interessante. Desde que adequada devidamente ao calendário, desde que os ganhos financeiros sejam mais válidos (2 milhões de reais não paga a folha salarial do Inter) e principalmente, que sua disputa leve o vencedor a algo maior ou seja, que leve para a Libertadores. Precisa de outros ajustes, que dependem tbm de ajustes na própria Libertadores, mas rolando, já seria um belo começo.
Mas isso não tira o mérito dos vermelhos do sul. Único clube brasileiro a fechar o ciclo de títulos disponíveis atualmente. Sim, atalmente, pois em outras épocas, outros times já chegaram a essa condição.
Paraéns ao Inter.
Parabens ao Inter, mas o time é muito maior do que uma sulamericana. É um time para lutar pelo titulo.
Acredito que a sulamericana continuara na mesma no cenario brasileiro, nao valendo nada.
Titulo Brasileiro que no caso nao coloquei.
Foi um jogão... o adversário não era um timinho, Veron ainda joga muita bola, mas o Inter é um timaço, não tinha como não levar.
Um time com Guiñazu, D'Alessandro, Alex e Nilmar passar um ano em branco seria um pecado...
Postar um comentário