Para alguns, Animal, para outros, Bacalhau. Para o mundo, Edmundo.
Foi prometido por ele e tudo levar a crer que ontem, na fatídica derrota do Vasco para o Vitória, o atacante Edmundo tenha se despedido dos gramados. Dos brasileiros, certamente.
Para Edmundo nunca houve o meio termo. De herói a vilão num piscar de olhos, num drible desconcertante, num golaço ao estilo Pelé, num decisivo pênalti perdido, num soco dado, num tapa recebido, em uma fatídica condução automobilística.
Edmundo foi brilhante do jeito que foi, mas não foi tudo o que poderia ter sido. Multicampeão por Palmeiras e Vasco, ficou devendo em suas passagens pela Europa, por outros clubes brasileiros e pela seleção brasileira, ainda que a camisa 7 amarelinha deveria ter sido sua em 98.
Colecionador de inimigos dentro dos gramados. Colecionador de tantos outros admiradores de sua personalidade amigável fora deles.
Edmundo poderia ter sido craque nível Romário, nível Ronaldo. Poderia ter sido Bola de Ouro “N” vezes, e de fato foi e de forma incontestável, quando em 1997 fez uma temporada de Pelé.
Mas ele não ficou no apenas “poderia”. Edmundo foi muitas coisas. Edmundo foi ídolo na mais pura concepção da palavra para as torcidas de Palmeiras e Vasco.
No Vasco ele foi criado e mesmo em suas tantas andanças pelo mundo, nunca esqueceu de seu berço tão amado.
Disse Edmundo uma vez “O Vasco é uma paixão como a que sentimos pela nossa mãe, você não escolhe, apenas ama. O Palmeiras é o amor que sentimos pela esposa. É o amor que você escolhe pro resto da vida”.
Ele merecia ter saído do Palmeias com um título, como tanto queria. Não merecia ter se despedido do Vasco e do futebol brasileiro com o rebaixamento de seu amor "de berço".
Existe ainda a possibilidade de que ele jogue uma temporada nos EUA. Mas sua passagem no futebol já foi escrita. Ela pode ser narrada de forma trágica pelos que o odeiam. Mas pode ser escrita de uma forma linda e com tantos feitos, por todos aqueles que amam o Animal, que amam o Bacalhau, que amam o Edmundo, o camisa 7.
2 comentários:
Eu posso não ter pego ele na época em que melhor atuou, mais eu estava lah no ombros do meu tio quando ele voltou, em um jogo beneficiente em 2006 msm, não esqueço dele me falando olha lah o Edmundo vai entra e quando olho vejo aquela figura imponente que tanto representa o meu Palmeiras.
Obrigado Edmundo em nos trazer tantas alegrias voce è animal.
Foi triste ver ele chorando ontem.
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