21 de abr. de 2008

Chazinho de Coca - Pimenta nos olhos dos outros é refresco!


Pimenta nos olhos dos outros é refresco!


Não, não irei falar a respeito do caso do tal gás de pimenta, nem da queda de energia, nem mesmo da “agressão” de Rogério Ceni em Valdívia. Esses assuntos são sim importantes e fizeram parte da história de um dos mais eletrizantes clássicos dos últimos anos. Mas a história foi protagonizada por Palmeiras e São Paulo, dois gigantes, duas bandeiras, duas camisas das mais importantes do mundo. A visão são-paulina foi escrita com maestria na coluna “La Mano de Dios” do Fábio. Confesso que dificilmente vou conseguir ser tão racional quanto ele, mas vou tentar.

Não por acaso, desde o final da partida, muitos palmeirenses amigos vieram conversar comigo a respeito do jogo. O sentimento que pude notar em todos, foi o de que toda a coletividade palestrina está sim, de alma lavada! Fosse o jogo de ontem contra o Corinthians, apesar da enorme rivalidade, o gosto não teria sido o mesmo. O Timão encontra-se hoje alguns degraus abaixo de SP e Palmeiras. O Timão não tem uma história recente de grandes duelos contra o Verdão. O time do Parque São Jorge esteve em alta exatamente quando o do Palestra Itália esteve em baixa. O Palmeiras ressurgiu como uma fênix no cenário da bola, mas em contrapartida o Corinthians despencou.
O time da moda (no bom sentido), aquele que vinha sendo o bicho papão, o time a ser batido era exatamente o São Paulo. Mas não apenas isso, o tricolor do Morumbi vem há tempos sendo a pedra no sapato palmeirense. Eliminações consecutivas na Libertadores. Derrotas tanto fora quanto dentro de casa. Gozações, ironias, galhofas vindas tanto da torcida, quanto do elenco e principalmente, da diretoria são-paulina.

O Alviverde imponente sendo colocado como clube ultrapassado em todas as ocasiões. A defesa que ninguém passa sendo facilmente vencida pelos até então imbatíveis atacantes tricolores. A linha e os atacantes de raça, demonstrando muita raça sim, mas pouca inspiração e quase sempre não fazendo frente às muralhas são-paulinas.

Mas mesmo nessas situações, a Torcida que canta e vibra esteve ao lado do time, sempre empurrando, acreditando, demonstrando amor. Já era mais do que hora de receberem algo em troca.

Pois desde os 4X1 da 1º fase do campeonato paulista, a torcida sentiu que esse Palmeiras era sim diferente dos de temporadas passadas. Era esse sim, o time ideal para retomar a dianteira, de fazer frente a qualquer um, mesmo ao até então, quase imbatível São Paulo. Era hora da retomada da dignidade, era chegada a hora de voltar ser Palmeiras.
Não bastava apenas vencer o São Paulo, tinha sim que vencer e mostrar-se superior. Ser favorito e fazer valer essa condição. Ver o goleiro adversário falhar e o seu, fechar o gol. Sentir que sua estrela é sim mais decisiva que a deles. E notar que a reação negativa do adversário ao final da partida nada mais era do que a constatação de que no campo, na bola, no futebol, hoje, inegavelmente, o Palmeiras é superior.

O alviverde Imponente trouxe de volta a alegria para aquela que nunca o abandonou, aquela que é e sempre será a Torcida que canta e vibra.

Falta agora poder, enfim dizer, que de fato é campeão!

Ao som dos gênios Miles Davis & John Coltrane – Round Midnight

Grande abraço,

9 comentários:

Anônimo disse...

é esse mesmo o sentimento da torcida João. vencer o sp hoje satisfaz bem mais do que o corinthians.

parabéns pelo blog...

Anônimo disse...

Sem dúvidas o Palmeiras foi superior. Raça, determinação e show de Valdívia e companhia para cima dos "pó-de-arroz".

Espero cantar We are the champions do Queen nesta final!

Anônimo disse...

q bom ver q o São Paulo FC, é mais importante q o campeonato paulista.......

Anônimo disse...

*ps Jão parabens pela coluna, hoje a noite começamos a nossa discussão na facul....
abraços.....

Anônimo disse...

Ser campeão é muito mais importante do que apenas eliminar o SP. Mas não podemos negar que ficou muito mais gostoso agora.

Johnny.

Anônimo disse...

Só um detalhe: acho que a nossa estrela, estrela tricolor, é mais decisiva do que a de vocês.

A nossa estrela, apesar dessa falha na semi-final do Paulista, fechou o gol na libertadores e na final do último campeonato mundial, enquanto a de vocês, se bem me lembro, deu o gol da derrota ao Manchester United na final do mundial.

Assim, estrela por estrela, acho que a nossa é muito mais, mas muito mais mesmo, decisiva!

Como eu te amo tricolor!

Anônimo disse...

A nossa estrela é pentacampeã com a seleção brasileira, enquanto a de vcs lustrava e amaciava a chuteira da nossa. O Marcos é o único goleiro da história a ser eleito o melhor jogador em uma edição de libertadores(99). O Marcos falhou sim no jogo contra o Manchester, mas o Ceni falhou na final da liberta contra o Inter.

Não dá nem pra comparar. Trata-se de um goleiro muito bom, Ceni e de um mito debaixo das traves, Marcos.

A comparação do Ceni tem que ser com o Veloso e olhe lá.

PS: tá claro que as estrelas citadas no texto são Valdívia e Adriano e não os goleiros citados. Entrou num mérito não citado na coluna.

Parabéns pela coluna, pelo blog e Avante Palestra, meu amor!

Carmo.

Anônimo disse...

Acho que a questão da estrela é de interpretação, já que a frase vem seguida da alusão aos goleiros, que, para mim, são as verdadeiras estrelas e ídolos de ambos os times. Não sei qual foi intenção do autor, mas o texto da margem à interpretação.

Voltando aos goleiros, de São Paulo e Palmeiras, ainda acho que o nosso, quando mais precisamos, foi mais decisivo.

Não falei de seleção e nem da qualidade deles, já que o Marcos é melhor debaixo da traves, enquanto o Rogério, acredito eu, é mais equilibrado, já que hábil na saída de bola, além de ser um excelente goleiro.

E, mito, aquele que sempre lembraremos, acho que será o Rogério, porque não é qualquer um que faz a quantidade de gols que ele fez na carreira.

Anônimo disse...

Acho que a questão da estrela é de interpretação, já que a frase vem seguida da alusão aos goleiros, que, para mim, são as verdadeiras estrelas e ídolos de ambos os times. Não sei qual foi intenção do autor, mas o texto da margem à interpretação.

Voltando aos goleiros, de São Paulo e Palmeiras, ainda acho que o nosso, quando mais precisamos, foi mais decisivo.

Não falei de seleção e nem da qualidade deles, já que o Marcos é melhor debaixo da traves, enquanto o Rogério, acredito eu, é mais equilibrado, já que hábil na saída de bola, além de ser um excelente goleiro.

E, mito, aquele que sempre lembraremos, acho que será o Rogério, porque não é qualquer um que faz a quantidade de gols que ele fez na carreira.