O time do SPFC entrou em campo e em um contra-ataque em uma sobra de bola Jorge Vagner finalizou aos 4 minutos do primeiro tempo e fez o gol do time da capital paulista. O jogo demonstrou que se o São Paulo Futebol Clube deseja ser campeão precisa de mais futebol. Contra o Grêmio em casa o jogo não será tão fácil, e o meio de campo precisa se acertar.
Assim como no jogo anterior contra o Internacional o meio de campo deu um show de passes errados, lançamentos mal feitos e falha na disputa da bola aérea. Na parte da defesa o time tricolor se virou muito bem, o que safou a equipe de muitos ataques perigosos do Barueri, a marcação do time mostra o porque a defesa deles é considerada uma das melhores do campeonato.
Outro destaque da partida se dá no trio de arbitragem, que foi péssimo. Impedimentos inexistentes prejudicaram as duas equipes, mas o mais absurdo foi o pênalti que Renato Silva(SPFC) fez em Otacílio Neto(Barueri) e o juiz não marcou, o que claramente muda o rumo do campeonato, o fato deste colunista torcer pelo tricolor não muda o fato que o pênalti foi claro. O que assusta é que esses erros estão em todos os jogos, e não somente no jogo do time paulista. As pessoas falam em voltar para o sistema de mata-mata, encabeçado pelo lobby da TV Globo, mas vamos encarar um fato, para voltar a esse sistema a arbitragem brasileira precisa melhorar e muito, pois se o sistema voltar na situação atual os jogos das finais serão seriamente prejudicados com esse tipo de arbitragem.
O torcedor do tricolor vai pra casa com uma minhoca na cabeça, sabendo que precisa melhorar para disputar a sétima taça do clube, e torcer amanhã pelo Corinthians mesmo sendo contra sua natureza.
Vale a pena destacar a atuação dos jogadores Dagoberto e Hernanes, o primeiro que chutou uma bola na trave em uma jogada maravilhosa que faz lembrar o porque o nosso país se move pelo futebol, mas não só isso, ele estava em todos os lugares do campo, correndo o máximo possível e jogando com amor a camisa, o segundo fez lançamentos muito bons que não foram aproveitados pelos colegas de equipe. O destaque negativo do tricolor fica com o jogador Adrian González que não acertou nenhum passe, e quando digo não acertou não é pelo fato que não chegou ao jogador do seu time mas foram passes fora de tempo, cruzamentos na mão do goleiro adversário e falta de domínio da bola, coisa que pra posição de lateral é inaceitável já que 2 laterais e 1 tiro de meta se deram a falta de domínio de bola do lateral.
Uma dica de som para os leitores da coluna:
Nine Inch Nails + Peter Murphy
31 de out. de 2009
In loco Rua Augusta - Lado Centro / Três pontos merecidos?
30 de out. de 2009
DJ mais uma vez!
DJ Click (A.K.A Here) é um rapazote carimbado da agradável noite paulistana . Figura, possui a ginga e a peraltice necessária para organizar eventos bacanas.
Há tempos que não me meto com essa coisa de ser dj, mas continuo apurando meus ouvidos com o que há de agradável na música. E, partindo da temática NOVENTISTA da festa, sinto-me livre para descambar as musiquetas que embalam ótimos air guitars.
Sendo assim, basta ir a Audio Delicatessen no próximo sábado, curtir um som maroto, apreciar projeções do mestre Hitchcock, tomar umas cervejas geladas e, de repente, trocar umas idéias “futeboleiras” com a gente.
Não se esqueça de levar o flyer para poder pagar somente 10 notas de 1 real e curtir a noitada com a gente :)
Cheers,
Chazinho de Coca - De repente, líder!
Mas de repente, líder!
De repente o time não saiu atrás no placar. De repente foi conquistado em um só jogo, o triplo de pontos que se havia conquistado em 4 rodadas. De repente balançou-se a rede do adversário em 4 momentos. De repente Obina guardou a criança 3 vezes no gol do rival. De repente aconteceu uma performance de campeão durante os 45 minutos finais. De repente Diego Souza despertou e esbanjou seu ótimo futebol. De repente Ortigoza fez grande partida e deu dinâmica interessante ao ataque verde. De repente os suplentes de Pierre, Mauricio Ramos, Cleiton Xavier e de Edmilson deram conta do recado, com sobras.
E de repente os rivais ficaram para trás. E de repente a liderança que quase ganhou 3 cores, voltou a brilhar com o verde intenso.
E de repente a torcida......bom, o “de repente” não dá encaixe com essa torcida. Firme, forte. Outrora nas derrotas, hoje na vitória. Sempre presente. Empurrando o time que, DE REPENTE, voltou a dar pinta de campeão.
De repente você até quer dar uma sacada no jogão de ontem no Palestra:
Falando em campeão, tive como parceiro na feitura do post, Matt Bellamy e o seu fantástico Muse. Banda de cabeceira, banda de coração. No máximo do volume do meu tocador de mp3, Muse, com o petardo Invincible.
“Together we're invincible”
Cheers,
29 de out. de 2009
Do Populacho! - Pelo menos uma!!
Intervalo Musical - O diabo é o pai do rock
Existem muitas histórias e lendas na música, acontecimentos bizarros e grandes fatalidades que geram tristeza.
Sim, todos conhecem “A lenda da morte de Paul McCartney”, dizem que o atual Paul é um sósia do anterior. E sim, todos conhecem “A lenda Elvis não morreu”, dizem até que ele foi morar na Argentina, mas ninguém agüenta mais falar sobre estas lendas.
O universo musical é cercado de acidentes, assassinatos e suicídios, na maioria dos casos mortes estranhas e chocantes. A lista de engasgados com o próprio vômito e/ou por uso exagerado de drogas, ilícitas ou não, é imensa: Bon Scott, Jimi Hendrix, John Belushi, John Bonham e Sid Vicious, este tinha acabado de sair da prisão acusado de assassinar a facadas a sua namorada Nancy, um mistério que nunca foi provado, pois Sid jurava não lembrar de nada.
James Sheppard surrado até à morte. Ian Curtis e Paul Hester, enforcados. Kurt Cobain suicidou-se com um tiro. Johnny Ace brincou de roleta russa. Marvin Gaye baleado e morto pelo pai. John Lennon, assassinado por um fã, impossível medir a dimensão desta tragédia. Jeff Buckley afogou-se no rio Mississipi, para mim uma perda irreparável. Michael Hutchence, morto asfixiado enquanto masturbava-se em um quarto de hotel, “bizarríssimo”. E o gênio do pop Michael Jackson, a morte mais especulada de todos os tempos, história de vida conturbada e repleta de lendas sobre as transformações físicas do cantor.
Mortes difíceis de aceitar (só não vou citar o padre Adelir Antonio de Carli, também conhecido como “padre voador”, porque ele não era músico) são: Les Harvey, eletrocutado no palco por mexer em um microfone com os pés molhados, e Bob Marley, diagnosticado com câncer no dedão do pé direito, recusou-se a amputar o dedo, devido aos princípios rastafari.
Artistas, e em alguns casos fãs, não perdem tempo quando os assuntos são lendas e mistérios.
Mistério que existe há 14 anos é o desaparecimento do guitarrista e compositor do Manic Street Preachers, Richey Edwards. O seu carro foi deixado junto a uma ponte popular entre os suicidas, mas o seu corpo nunca foi encontrado. Desde então, muitos fãs garantem ter visto Richey em lugares como Ilhas Canárias e Goa. Ainda bem que a banda não acabou, pois está entre as minhas preferidas.
O álbum “Journal For Plague Lovers” do Manic Street Preacher, teve a capa censurada em diversas lojas por provocar sentimentos como angustia e perplexidade. Mas é nas letras que o nono álbum na discografia da banda revela sua força. Todas as canções foram escritas por Richey Edwards em uma espécie de diário que o músico deixou com o baixista Nicky Wire semanas antes de sumir, em fevereiro de 1995. Deixo aqui a música “Jackie Collins Existential Question Time” deste álbum.
Um desses mistérios insondáveis ganhou corpo com o documentário “Jandek on Corwood”. Jandek, veterando do blues e folk norte-americano, lançou 35 álbuns desde 1978. Recluso, ninguém sabe com certeza quem ele é. As capas dos discos não dizem nada sobre esta músico. O documentário é realizado recorrendo a testemunhos e opiniões de críticos, jornalistas e DJs, e também à única entrevista telefônica concedida pelo artista em 1985, e ainda assim, não se sabe se foi ele mesmo o entrevistado. Este Jandek sabe como estimular a curiosidade das pessoas.
Você já ouviu falar do “Enigma de Publius”? O enigma trata-se de um provável quebra-cabeça que teria sido montado pelo Pink Floyd nos últimos discos, havendo um possível prêmio para aquele que descobrir. Este enigma mobilizou milhares de pessoa em todo o mundo.
Quando o Kiss estava no auge da sua carreira, foram lançados HQ’s da banda. Houve rumores que os 100 primeiros exemplares tinham sangue dos integrantes da banda misturados à tinta da impressão. Gene Simons vomitando sangue e cuspindo fogo levou parte da opinião pública a chamar a banda de satanista, e o nome “KISS” chegou a ser interpretado como a sigla para “Knights In Satan’s Service” (Cavaleiros à Serviço de Satan).
Os Rolling Stones tem muitas “histórias”. As que envolvem o Keith Richards eu até acho graça, como ele ter trocado todo o seu sangue e ter cheirado as cinzas do pai. Mas Mick Jagger declarou que o fundador da Igreja de Satan, Antony LaVey, foi o inspirador da música Simpathy For The Devil, canção onde o personagem principal é o demônio cantando em primeira pessoa.
Black Sabbath, quero somente lembrar, pois o nome da banda e o vocalista Ozzy “príncipe das trevas mordedor de morcego” já diz tudo !
Eagles, aparentemente nada nesta banda remete ao assunto, mas descobriu-se que a música Hotel Califórnia possuía mensagens satânicas gravadas ao inverso e que tratava sobre a sede da Igreja de Satan, que havia sido anteriormente no hotel.
The Doors e seu vocalista Jim Morrison, sempre polêmico, casou-se em um ritual pagão com uma bruxa, além de dizer que trazia dentro de si o espírito de um índio feiticeiro.
AC/DC grava um álbum chamado “Highway to Hell” (Auto Estrada para o Inferno). Depois vem um famoso assassino psicopata conhecido como “Night Stalker” que, afirma matar influenciado pelas letras da banda. Não poderia ficar fora da lista dos malévolos.
Iron Maiden, tem como mascote um simpático morto vivo sempre associado a um demônio, chamado Eddie. Lança um disco com o nome “The Number of The Beast” (O Numero da Besta). Resultado: Apareceu em 1985 um garoto de 14 anos, com um grande “666” tatuado no peito, que matou 3 pessoas alegando estar dominado por Eddie.
E não pensem que o diabo é o pai somente do rock. Música erudita também pode ter má influência. Há 200 anos atrás, Nicolo Paganini, compositor e violinista considerado um gênio, usava cordas de tripa de carneiro em seu violino, até ai é somente estranho, mas a lenda sobre o encordoamento de seu violino vai além, dizem que ele substituía carneiro por humanos, ganhando uma sonoridade sobrenatural que levava as pessoas ao pavor ou ao êxtase.
No futebol, não lembro de histórias onde a bruxa estava solta em campo, mas uma que ficará na memória é a final do Paulistão 99, Corinthians x Palmeiras. Edílson jogador do Corinthians, conhecido como “O Capetinha”, briga com, Paulo Nunes, jogador do Palmeiras, conhecido como “O Diabo Loiro”. A briga entre o “capeta” e o “diabo” em campo, causou uma confusão generalizada acabando com o jogo antes dos 45 minutos.
Dos relatos acima, muitos são verídicos e trágicos. Outros somente lendários e que nunca serão comprovados, mas fica claro que muitas vezes a música provoca efeitos imprevisíveis. Acredito que a forma como a música “toca” o coração, a mente e a alma das pessoas, gera toda esta magia, seja ela boa ou não.
Este vídeo não é musical. É um curta em stop-motion do Tim Burton, uma homenagem ao consagrado ator Vincent Price, conhecido por contracenar em filmes de suspense e terror, narrado pelo próprio Price. Cinema também tem magia, mistério e terror. Adoro !
E você, lembra de alguma história bizarra ou lenda, da música ou do futebol ?
Happy Halloween !
Ósculos e Amplexos.
À Procura de Eric
O ídolo? O francês Eric Cantona, craque histórico do Manchester United. Temperamental, explosivo e polêmico, na mesma medida em que foi brilhante com as bolas nos pés. Uma personalidade digna de filme.
A seguir, segue uma crítica do filme feita pelo site OMELETE (http://www.omelete.com.br/). Mas, antes de acompanhá-la e aproveitando-me do tema, eu lhes pergunto:
Qual desses craques brasileiros e de temperamento e/ou trajetória semelhante ao de Cantona, você gostaria que virasse tema de filme?
-Edmundo
-Casagrande
-Serginho Chulapa
-Adriano
Você responde a enquete no canto superior direito do blog.
Crítica: À Procura de Eric
Comédia dramática mostra o jogador francês sob o ponto de vista de um fã
23/10/2009
Antes de mais nada, uma apresentação. Durante os anos 90, o Manchester United se consolidou como o time de futebol mais importante da Inglaterra, ganhando títulos e mais títulos. Um dos principais astros da equipe era um francês: Eric Daniel Pierre Cantona, ou Rei Eric, como os torcedores dos Red Devils cantam até hoje. Imponente em campo com a gola de sua camisa para cima e peito cheio, porém, Cantona tem como um dos lances mais famosos a voadora que deu em um torcedor do Crystal Palace, que lhe rendeu uma suspensão de 9 meses fora dos gramados. Na coletiva de imprensa, ele proferiu a célebre frase "Quando as gaivotas seguem o barco dos pescadores, é porque pensam que sardinhas serão atiradas ao mar", que encerrou a entrevista deixando jornalistas olhando uns para as caras dos outros. O longo período sem contato com a bola só aumentou a voracidade do francês, que ao retornar ao seu palco ajudou o time do norte da Inglaterra a criar uma hegemonia sem igual no futebol mundial.
Muitos destes gols ainda estão na mente dos amantes do futebol até hoje. O roteirista Paul Laverty e o diretor Ken Loach são dois deles. Os dois foram procurados por produtores franceses para montar um filme sobre a relação entre Eric Cantona e um fã e conseguiram criar uma história de amor, com comédia, drama familiar, amizade e, claro, futebol. E provando que são realmente apaixonados pelo esporte bretão, não tentaram mimetizar o imprevisível jogo, preferindo usar imagens de arquivo de lances protagonizados pelo francês.
O lado humano de À Procura de Eric (Looking for Eric, 2009) fica nas mãos de Eric Bishop (Steve Evets), um carteiro que sofre de ataques de pânico. Em uma das primeiras vezes que teve um destes surtos, Bishop saiu de casa, deixando para trás sua jovem esposa Lily e a recém-nascida filha. Vários anos se passaram, a menina está prestes a se formar na faculdade, mas para isso precisa da ajuda de seus dois pais para ajudar a cuidar de sua filhinha enquanto termina sua tese de conclusão de curso.
A imagem icônica de Cantona na parede do quarto de Eric Bishop mostra um cara extremamente confiante e é isso que Cantona tenta passar ao inglês. Em uma das cenas, o francês ensina seu fã a dizer "NON!" com ênfase e significado, o que o ajuda a colocar ordem em sua casa. Com a ajuda dos amigos do correio, ele resolve outros problemas pessoais, dando sentido à frase que abre o filme: um lindo passe de Cantona para um de seus colegas no Manchester United que termina em gol. "É preciso confiar nos amigos de sua equipe", profetiza o ex-jogador.
Além de fazer rir e emocionar, Loach e Laverty também aproveitam para tecer uma crítica ao atual estágio do futebol, em que clubes cobram fortunas de seus fãs, se tornam cada vez mais ricos e, consequentemente, elitistas, privando de suas arquibancadas o trabalhador comum, como os carteiros. E assim os dois provam mais uma vez que gostam e entendem de futebol.
Não apenas o que acontece dentro das quatro linhas e envolve 22 pessoas correndo atrás de uma bola, mas também de seus bastidores. E que também entendem e amam uma história bem contada, pois você não precisa saber nada disso para entrar no cinema e se divertir com o filme. Basta saber que Eric Cantona é uma lenda dos gramados que acaba de ser eternizado também na sétima arte. Que belo passe ele deu ao chamar Loach e Laverty para contar essa história!
Ferozes Futebol Clube é 1000!
Nem dois anos se passaram desde que iniciamos as galhofagens disfarçadas de colunas e já ultrapassamos a marca das 1000 - mil - M.I.L - 999 +1 postagens. Sensacional!
E foi justamente nossa novíssima contratação a responsável por atingir a marca - Sr. Angelo Bijelli, mais conhecido no submundo paulistano como Malka. No dia 22 de outubro de 2009, ele mandou a sua Rua Augusta in loco / Lado centro.
Maravilha carissimos companheiros de blog. Vamos pra cima que isso é só o começo :)
Rua Augusta in loco / Lado centro - O Gostinho da Taça
Hoje o torcedor tricolor amanhece com o gostinho de ser hepta-campeão brasileiro, e dizem que quando deixam o tricolor do morumbi gostar do campeonato ele não deixa a oportunidade de ser campeão de lado.
Saca só...a marotagem no ano passado foi a mesma, inclusive contra o Inter na 33a. rodada, o SPFC tomou a liderança, depois não saiu mais. Ontem o time todo dava entrevistas dizendo que todo jogo daqui para frente seria uma final, o São Paulo que faltava aos torcedores, com garra e determinação.
Quanto ao jogo, dou destaque a três pontos principais que marcaram a partida de ontem:
Bosco foi o nome do jogo, apesar de muitos torcedores torcerem o nariz para ele, nas duas últimas partidas que jogou salvou o time, principalmente na de ontem, onde a zaga ainda se encontrava desorganizada e o gol foi bombardeado varias vezes pelo tipo do Inter, e realmente em um jogo tenso como este parece que sua experiência contou mais que a habilidade de seu possível substituto, o goleiro Denis.
Os passes errados dominavam a partida. Fica difícil dizer qual time tem o pior passe, e o pior, os dois times estão na ponta do campeonato, foram quase 100 passes errados na partida, o que nos dá um panorama do absurdo que está acontecendo no futebol, muito nome e pouca bola.
Por último, vimos um D'alessandro perdido em campo que mais reclamava do qe resolvia, deu um chute de fora da área que passou longe, e reclamou dos companheiro e se jogou em campo, não queria dizer nada, mas “tinha que ser argentino”.
Quanto a posição temporária da tabela, o torcedor tricolor fica torcendo para os outros times tremerem hoje, e manter a posição de lider. Campeonato malandro, gingado e bonito, mas na boa? Muitas vezes acho que é muito para nosso coração de torcedor aguentar, seja quem está lá em baixo como quem está lá em cima.
Momentos do jogo:
Esta coluna foi escrita ouvindo: Queens of the Stone Age - You Think I Ain't Worth A Dollar, But I Feel Like A Millionaire
26 de out. de 2009
Do Populacho! - mais uma em casa!
Não foi desta vez que o Corinthians “encaixou" o jogo. Perdeu, em casa, para o Cruzeiro. Não deu para Ronaldo ou qualquer outro. Num jogo morno o Cruzeiro marcou o único tento do jogo em uma bela seqüencia de troca de passes.
O gol de Gilberto (CRU), verdadeira pintura coletiva, aos 40' do primeiro tempo parecia não ter preocupado os jogadores do Timão. A Raposa, no início do segundo tempo, parecia estar preparada para pressão. O jogo pareceu esquentar. O Corinthians tentou e tentou, mas parou, vez na zaga, vez no bom goleiro Fábio.
A partida esquentou mesmo com mais uma briga imbecil entre jogadores dos dois times. Tudo bem, não foi briga generalizada, mas poderia ter acabado mal. O que acabou mal foi o encontro, no centro de São Paulo, entre idiotas que se julgam torcedores, defensores de uma suposta honra "clubística" em, mais que torcer ou fanatizar, desfigurar a ‘cara’ alheia ou, pior, ceifá-los a vida. Imbecis! Como se fosse possível compensar a falta de intelecto, de humildade, de hombridade, com o sangue de outro sujeito, só pelo motivo, se é que existe um motivo, de a camisa ostentar outro símbolo. Outras cores. Outra paixão. Dementes! Não percebem que no dia seguinte vão todos, ou alguns dentre essa escória, acordar, pedir benção à mãe e ir trabalhar para garantir o pão?
Desabafo feito, a rodada terminou menos verde. Os clubes que estavam com certa distância se aproximaram do Palmeiras. O Verdão que se cuide...
Chazinho de Coca - Vermelho total no futebol europeu.
Mas falarei sim, de um momento mágico. Mais um oferecido pelo mais delicioso dos esportes.
O vôo da Águia da Vitória sobre o Estádio da Luz. Águia da Vitória que é o símbolo máximo do grande Benfica de Portugal. Clube que tradicionalmente brinda os amantes do futebol e deixa em estado de êxtase os seus torcedores com um sobrevôo fantástico de uma águia de verdade, sempre anterior ao início dos jogos no belo Estádio da Luz. A águia é da espécie “Imperial Ibérica (Aquila adalberti).” Coisa linda!
O Benfica que não passa pelo melhor de seus momentos, mas que busca retornar ao caminho das glórias e retomar o seu posto de gigante europeu.
O simbolismo da águia é lindo. A imagem é linda. O momento é mágico. Confira:
Continuando na Europa, mais precisamente na Inglaterra, pais dono do campeonato nacional mais legal do continente, o 2º mais legal do mundo, campeonato que teve nesse último domingo o grande clássico Liverpool X Manchester United.
Manchester buscando retomar a liderança do “Inglesão”, enquanto os donos da casa tentavam acalmar os ânimos de seu torcedor, que havia protestado antes da partida contra os donos do clube, os estadunidenses George Gillet e Tom Hicks, devido a pior sequencia de derrotas dos Reds nos últimos anos.
Bem, fato é que o 2º time mais legal do mundo entrou em campo já pressionado por esse protesto, além das quatro derrotas consecutivas, sendo 2 pelo campeonato inglês e duas pela Champions League. Com 15 pontos, ocupava apenas a 8ª colocação e ainda não contaria com o capitão Gerrard, lesionado.
Entretanto, o que se viu em campo foi um outro Liverpool, o verdadeiro Liverpool, melhor dizendo.
Os Reds não entraram na provocação da torcida adversária, que lançou centenas de balões vermelhos em direção a área de Reina, jocosamente remetendo ao gol do “artilheiro” Balão Vermelho, na rodada anterior. Pegando na saída de bola do Man. U e apostando na velocidade de Torres, o Liverpool foi mais perigoso ao longo de todo o jogo.
Aposta certeira, já que aos 19 minutos do 2º tempo, El Niño Torres abriu o placar. Foi seu 9º gol na competição, chegando a artilharia do campeonato.
O Man. U partiu no desespero e o clima esquentou. Vidic e Mascherano foram expulsos e aos 51 minutos, em grande jogada de Lucas, N´Gog deu números finais a vitória do grande Liverpool. Que agora ocupa a 5ª colocação com 18 pontos. O líder é o Chelsea com 24.
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Enquanto escrevo a coluna, escuto uma maravilha de banda que conheci no último sábado – Camera Obscura, com French Navy. Se liga no petardo:
Cheers,
22 de out. de 2009
Rua Augusta in loco / Lado centro - São Paulo Hepta campeão?
São Paulo Hepta-campeão?
Se você analisar os números é bem possível. Vamos aos fatos:
1-São Paulo F.C. despontou para o campeonato no final do primeiro turno, assim como o Goiás. Foi onde o time conseguiu mais vitórias.
2-Se comparado com os outros times na ponta do campeonato, o SPFC tem menos confrontos diretos com times da ponta da tabela, ou seja, os famosos jogos que valem 6 pontos, estão mais longe do time no momento, além do que teóricamente os adversários são mais fracos na ponta final do campeonato.
3-Fazendo uma análise rápida dos pontos ganhos no primeiro turno com os mesmos jogos para os seis primeiros times da tabela, o final do campeonato ficaria assim:
1o. São Paulo F. C. - 71 pontos
2o. Goiás – 67 pontos
3o. Palmeiras - 66 pontos
4o. Internacional - 64 pontos
5o. Flamengo - 60 pontos
6o. Atlético MG - 58 pontos
Esses números agradam o torcedor tricolor, porém não é motivo de comemoração antecipada. E porque?
O que vimos neste momento no campeonato brasileiro é um show de horror, os times parecem despreocupados com o caneco, as atuações das equipes “de ponta” vão de mal a pior, e muita coisa mudou do primeiro turno para cá, entre elas, técnicos, jogadores, táticas e principalmente mando de jogo.
Essas últimas rodadas vão despertar muitas emoções, sendo que dentre todas torcidas, uma só vai sorrir, e as outras irão chorar, até agora está muito difícil saber qual torcida fará que papel.
Enquanto escrevia ouvia: Blur – Parklife
Chazinho de Coca - O mundo verde está caindo.
Meu camarada de blog, empreitadas e outras predileções soltou essa aí de cima em seu twitter. Nem sei se a frase é originalmente dele, mas faz todo o sentido.
O que acontece com o time que lidera o BR09 há 16 rodadas? Ontem no Bruno José Daniel o Palmeiras não perdeu apenas o jogo para o Santo André, mas perdeu o espírito competidor que o acompanhou ao longo de toda a competição. Perdeu a aura de candidato máximo ao título. Perdeu a paciência que o torcedor vinha tendo há tempos, e há tempos que o time já demonstra a queda de rendimento que ontem atingiu seu ponto máximo.
Milton Neves disse que o Palmeiras perdeu “bovinamente”. Mauro Beting retrucou com números. Realmente, foram 13 finalizações verde contra 5 do Santo André, além de duas bolas na trave.
Mas foram uns 418 passes errados. 1.215.034 vezes onde o ataque Andreense se saiu melhor contra a ex-melhor zaga do BR09. Mas deu um número quase negativo de vezes onde se viu Diego Souza aparecer no jogo. Justo ele.
Seleção faz mal? Diego Souza desde que consolidou sua condição de postulante a vaga na Copa que não joga absolutamente nada no Palmeiras. Cleiton Xavier, que ontem saiu lesionado e deve ser mais um entre os 117 baleados do time, também não joga a mesma coisa desde que foi convocado por Dunga.
E o Armero? Santo Deus! O lateral esquerdo da seleção colombiana não acerta um cruzamento certo. Não domina uma bola que não seja na canela. E a cobrança é válida, pois ele já mostrou que sabe jogar. Todos eles sabem.
O Palmeiras teve ilhas de lucidez. Mais precisamente o lateral direito Figueroa, de onde surgiam as jogadas mais corretas do time. Além de São Marcos, que mais uma vez foi santo. Pobre santo.
Marcão disse ontem após o jogo que o time precisa sair na frente dos jogos. De fato, das últimas 14 rodadas, em 10 delas o Palmeiras saiu atrás. Mas antes buscava a superação. Agora não mais.
Dos últimos 12 pontos, apenas 1 conquistado. 4 jogos, 3 derrotas com nenhum gol marcado. Uma lástima. Números de time fadado ao rebaixamento.
Mas e Muricy Ramalho, qual a sua culpa no cartório? Vejamos.
Muricy está no comando do time há 17 rodadas. As 14 rodadas de dificuldades do time estão aí dentro dessas 17 “Muriçoquianas”. Até Muricy assumir, o time vinha de grandes vitórias, com boas performances contra Corinthians, Flamengo e Avaí.
“Ahhhh, então vamos crucificar o Muricy e trazer o Jorginho de volta ao comando.”
Claro que não!
Muricy não joga, não faz gol, não defende. A queda de rendimento de grande parte do time é evidente. Mas Muricy escala e ele pode e deve mexer no time, mas quase não mexe e quando o faz, faz mal, ou tem feito mal.
Não me entra na cabeça que ele não vê que Souza não pode sair jogando. O garoto sentiu a pressão e aquela brisa de possível candidato a bom jogador que ele soprou por rodadas, sumiu. Edmilson desde que voltou da contusão toma totó de todo mundo. A zaga está exposta.
Impressionante a falta que Pierre faz. Impressionante um time que quer ser campeão ser tão dependente de um volante.
Armero também não pode ser intocável.
Ok, as opções de elenco não são lá a salvação da lavoura, mas tem de se tentar algo. Escalar, assistir, lamentar, mascar e bufar não vai alavancar o time.
Mas ainda assim, apesar da brusca e patética queda de rendimento, o time permanece líder e permanecerá assim, independente do que aconteça na conclusão da rodada. O Palmeiras está mal, mas quem está atrás não faz por merecer nada além do que já tem. Os que fazem, ainda estão um tanto distantes.
Iluminado Palmeiras. Sortudo Palmeiras.
Mas até quando?
Enquanto aguardamos a resposta, você pode acompanhar o que rolou na partida:
E para dar uma aliviada no clima da coluna, para tentar aliviar a alma do palmeirense que hoje acordou de cabeça inchada, vou deixá-los com aquela que para mim é a melhor música do Killers – Smile Like You Mean It:
Cheers,
20 de out. de 2009
Intervalo Musical – Vamos Voltar à Pilantragem
Em maio deste ano, assisti no cinema o documentário 'Ninguém Sabe o Duro que Dei', e recomendo, goste você ou não de Wilson Simonal.
Vamos à apresentação: Wilson Simonal de Castro, cantor, brasileiro, (Rio de Janeiro, 23/02/1938 – 25/06/2000), filho de empregada doméstica, era cabo do exército antes de começar a cantar e deu “um duro danado” ate revelar-se um “showman”. Começou cantando calipsos e rock em inglês e, de baile em baile, foi descoberto pelo compositor Carlos Imperial, o pai da 'Pilantragem', que o levou para o seu programa de TV 'Os Brotos Comandam'. No auge da carreira apresentava o programa 'Show em Si Monal' (primeiro programa de TV apresentado exclusivamente por um negro no Brasil)
O que era a Pilantragem?
Movimento cultural idealizado por Carlos Imperial, à pedido de Simonal, era o samba inspirado no soul e no rock (fazendo concessão ao uso da guitarra elétrica nos arranjos). Segundo o próprio Carlos Imperial: “pilantragem é a apoteose da irresponsabilidade consciente”.
O documentário mostra a vida deste artista genial, capaz de reger um coro de 15 mil vozes no Maracanãzinho (esta cena no documentário é de arrepiar). Mas além de mostrar o sucesso, mostra também a decadência e a pergunta que nunca calou “Simonal era ou não era um dedo-duro do DOPS (Departamento da Ordem Política e Social)?”.
O Crime:
Simonal achava que seu contador o estava roubando, contratou dois agentes do DOPS para torturar seu contador. Simonal, que já não tinha uma posição política claramente definida na época, declara: “Ninguém mexa comigo porque eu tenho amigos no DOPS”. Processado sob acusação de extorsão mediante seqüestro do contador, Simonal levou como testemunha o agente, que o apontou em julgamento como informante do DOPS, foi julgado culpado pelo seqüestro e referido como colaborador das Forças Armadas. Neste momento foi decretada a morte da carreira do Simonal, que foi banido por músicos e jornalistas, caindo no ostracismo. Somente em 2003 Simonal foi moralmente reabilitado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos, em julgamento simbólico. Tarde demais, infelizmente.
Com as declarações de Chico Anysio, Sergio Cabral, Miele (maravilhoso), Ziraldo e Jaguar, este que chora acompanhado de uma garrafa de cachaça, o documentário mostra que Simonal foi sim arrogante e pretensioso, ao mesmo tempo ingênuo, mas não um dedo-duro.
Algo que não sabia e descobri no documentário, foi sobre a amizade entre Simonal e Pelé. Simonal era garoto propaganda da Shell. O patrocínio ao cantor se misturava com o patrocínio à seleção brasileira da Copa de 1970. A Shell o levou ao México com seu grande amigo Pelé e cia., ele na condição de cantor oficial do Brasil.
Momento muito engraçado no documentário, é quando o próprio Pelé conta sobre a escalação de Wilson Simonal para jogar pela seleção na Copa. No primeiro treino Simonal quase morre com falta de ar, sem a menor condição física para jogar sai de campo carregado. Claro que tudo não passou de uma grande brincadeira, mas por incrível que pareça, Simonal acreditou que defenderia a “seleção canarinho” em um jogo de Copa do Mundo.
Fundador de um movimento cultural, apresentador de programa de TV, um grande comunicador cheio de empatia, carisma e “swing”. Gravou 21 LP’s, entre eles, ‘Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga’, só o nome do álbum já é espetacular, ‘Jóia’, que realmente é uma preciosidade, ‘Alegria, Alegria!’ e ‘Homenagem à graça, à beleza, ao charme e ao veneno da mulher brasileira’ .Cantou uma série de sucessos inesquecíveis como, ‘Mamãe Passou Açucar em Mim', ‘Sá Marina’, ‘Tributo a Martin Luther King’, ‘Meu Limão, Meu Limoeiro’ e ‘País Tropical’. Cantou contra o racismo e à mulher, cantou a alegria, a beleza e o amor.
Com muito gingado e uma voz poderosa, cantando “Nem Vem Que Não Tem, Nem vem de garfo, Que hoje é dia de sopa, Esquenta o ferro, Passa a minha roupa, Eu nesse embalo, Vou botar prá quebrar, Sacudim, sacundá, Sacundim, gundim, gundá!”, Simonal representou a pilantragem, conquistando tudo e à todos.
Culpado ou inocente?
Isso não importa mais. No final o que realmente pesa na história deste grande cantor, é a interrupção de uma carreira brilhante. Isso no país que adora esquecer e/ou perdoar pessoas como Jânio, Collor, PC e agora Sarney, Simonal pagou sua pena até o fim da vida, sem direito a anistia.
Hoje foi muito difícil escolher uma música.
DJ, toca esta por gentileza.
Chamada para próxima terça-feira: Intervalo Musical - Halloween
19 de out. de 2009
Golden Goal - Balão Artilheiro
Nada de golaços. A Golden Goal de hoje traz um dos gols mais bizarros de todos os tempos e, na sua cola, faz uma retrospectiva com um outro momento inusitado do jogo com a pelota.
Os gramados brasileiros historicamente não costumam ser tolerantes com os nossos queridos goleiros. Tirando uma meia dúzia de bons locais para a plenitude da prática futeboleira, ainda temos muitos “Aflitos” que afligem tornozelos e joelhos da boleirada. Para o goleiro a coisa é ainda pior, já que além de suas juntas expostas a terrenos bandidos, ainda os pobres defensores de nossas metas têm de se desdobrar e apurar cada vez mais seus reflexos para defender não somente os disparos dos intrépidos atacantes, mas também para vencer a imponderabilidade baseada na ineficácia administrativa da cartolagem, que acaba por dar destinos insólitos a bolas que dentro dos padrões da física deveria dormir firme e quieta nos braços desses pobres defensores. Destinos desviados por morrinhos e buracos que ajudam a constituir uma série de obstáculos ao goleiro.
Isso tudo sem contar o recente advento da tecnologia empregada na confecção das bolas e que as deixa cada vez mais velozes e indefensáveis.
Dureza a vida do goleiro brasileiro.
O europeu costuma não conviver tanto assim com esses obstáculos a parte. Mas também estão sujeitos a intervenção humana ou se preferir, de corpos estranhos ao ambiente de jogo.
Árbitros e auxiliares, além de mastros das bandeirinhas de escanteio são considerados neutros, mas fazem parte do jogo. A bola que toca neles deve seguir seu destino, sem intervenção da arbitragem. Tenha alterado a trajetória da bola ou não.
Em um clássico entre Palmeiras X Santos em 1983 aconteceu uma bizarrice que ilustra muito bem essa situação.
Perdendo por 2X1, o Palmeiras tinha um escanteio a favor. O árbitro José Assis Aragão permaneceu postado ao lado da trave direita do goleiro santista. Então veio a cobrança e em um bate e rebate a bola sobrou para Juninho, que de fora da área encheu o pé. A bola que iria para fora desviou em Aragão e morreu no fundo gol. O jogo terminou empatado em 2X2 e aquele gol entrou para a história. Aragão foi até escolhido o “Artilheiro do Fantástico” na ocasião.
Apesar da reclamação santista, a validação do gol possui fundamentação na regra. Gol legal. Veja o golaço do Aragão:
Clipta - new video wave: Palmeiras 2 x 2 Santos - Gol de Juiz - 1983
Os goleiros europeus dificilmente encontram deformações artilheiras em seus gramados. Além da ótima condição encontrada para a prática de seu trabalho, eles convivem com festas lindas de seus torcedores. Objetos lançados ao ar, flâmulas, bandeiras, cartazes e balões artilheiros.
Balões lindos, festivos e com o dom para ostentar a camisa 9. Que o diga o goleirão Reina do Liverpool.
No último sábado o Liverpool perdeu para o Sunderland por 1X0, gol anotado por ele, pelo Balão Vermelho. Um balão vermelho da torcida do Liverpool.
Dura coincidência que deixou o time de Pepe Reina na incomoda 8ª colocação do Campeonato Inglês. Mais dura ainda, pois segundo a regra o juiz deveria ter anulado o gol e reiniciado a partida do ponto onde o balão meteu a bola pra dentro. O balão, ao contrário dos árbitros, dos assistentes e das bandeirinhas de escanteio, é um elemento que não pertence ao jogo, logo a sua ação deve ser coibida. Por mais aptidão para centroavante que o balão vermelho tenha.
Veja o gol bizarro do Balão:
Cheers,
Chazinho de Coca - Procura-se Interessados.
Estamos a procura de interessados em obter pelo período de 365 dias (1 ano), um objeto cujo valor está inserido em sua significância e pelo qual muitos candidatos de excelência histórica, já entraram em disputa desde 1971.
Os interessados devem disputá-la em embates limpos, onde o que demonstrar melhor condição fica com o objeto em questão.
Seu atual detentor, que vem zelando pelo objeto há 3 anos, parece não ter mais interesse em permanecer com o regalo. Alguns interessados demonstraram interesse, mas nenhum deles chegou a cravar que irá, de fato, levar o objeto para casa.
Deve-se considerar que a conquista do direito sobre o objeto, não apenas dá ao mantenedor a condição de ostentá-lo em para apreciação pública e histórica, mas o conduz a uma situação onde poderá entrar em disputa por outro objeto, de maior significância monetária e, sobretudo, histórica.
Ao todo foram 30 oportunidades que os interessados já tiveram para dizer “sim, eu quero”. Restam apenas 8 e nós continuamos aguardando a melhor oferta.
Pede-se ao candidato um histórico de êxitos, sobretudo em seus domínios. “Apenas isso”.
15 de out. de 2009
Do Populacho! - Futebol e Ditadura!
Caros, segue transcrito abaixo, retirado do portal América Latina do site www.vermelho.org.br artigo sobre a classificação de Honduras.
Comentem!
Déjà vu: Micheletti usa futebol para tampar a crise
Futebol e ditadura. A dupla é velha, mas não por isso menos efetiva. O governo de fato hondurenho mantinha, ontem (14) um estado de sítio em todo o território e, ao mesmo tempo, negociava pata tentar continuar no poder com representantes do presidende deposto, Manuel Zelaya. Sob esse clima, nada melhor que um clássico futebolístico por um lugar no Mundial da África do Sul para monopolizar não só todas as conversas, como também o noticiário e a programação televisiva.
Chzinho de Coca - Considerações finais acerca das Eliminatórias Sulamericanas.
@joaopaulotozo “Fosse transmitido pela TV aberta e o jogo entre URU X ARG daria mais audiência que qualquer um do Brasil nessas eliminatórias.”
Eu disse isso ontem, via twitter, há instantes do jogo entre URU X ARG. A rapaziada concordou comigo. A expectativa era realmente muito grande.
Acho que vão concordar também com a minha decepção com o que aconteceu. Não quanto ao resultado e a classificação dos hermanitos, embora não fosse isso que eu gostaria de ver, sinceramente, mas sobre a qualidade (ou a falta dela) do jogo. Embora, a julgar pela situação com que as duas seleções chegaram a essa última rodada, foi meio que inocência da minha parte esperar algo desse jogo que não fosse um jogo bravo, com ares de dramaticidade, com entradas do pescoço pra cima. Vimos sim um jogo duro, duríssimo de se assistir. Uma tristeza para a nossa querida bola, uma ofensa para os olhos que fitavam aquela partida com grande expectativa.
A Argentina é um remendo de alguns craques com um grande número de jogadores mequetrefes. Dos ditos craques, só Verón tentava algo dentro do que o mundo conhece dele. Messi? Senhor! É praticamente o Ronaldinho Gaúcho dos bons tempos. Ótimo em seu time, mas um fantasma vestido de jogador em sua seleção.
Não bastasse isso, o selecionado bicampeão mundial não tem técnico. Tem sim uma lenda viva que finge ser técnico. Que de tanto fingir ser algo que não é, quase consegue realizar uma tragédia nacional que certamente separaria a lenda do homem, ainda vivo.
Ainda que com um técnico de verdade sentado em seu banco de reservas, o Uruguai é um time lamentável e compatível a sua atual realidade. Disputar a repescagem é até um prêmio, tamanho a sua ineficiência técnica. Repescagem que deve promovê-los a seleção de Copa do Mundo, já que o adversário será a Costa Rica. “Louvados sejam esses cruzamentos que definem os classificados para a Copa”, devem pensar os Uruguaios.
Mas e o nosso Brasil, tá lindão?
A maioria acredita que sim. Eu sou reticente.
Se a Argentina não tem técnico, nós temos um ex-jogador, também com a sua historia vencedora, mas que apenas caminha em direção ao que pode se chamar de técnico. Ao menos ele caminha, enquanto Maradona estaciona.
“Nossa, que absurdo JP, o Brasil se classificou com os pés nas costas”. Evidente que sim e não fez nada mais do que a obrigação, tendo em vista o baixíssimo nível técnico das eliminatórias, sobretudo dessa que acaba de terminar.
Com a Argentina patinando em seus próprios erros e deficiências, seria derrota o Brasil não terminar líder. E olha que quase perdeu a ponta na ultima rodada. Com o lastimável empate diante da “poderosa” Venezuela, bastava ao Paraguai vencer seu jogo, em casa, para nos tomar a dianteira. Espantosamente o Paraguai perdeu de 2X0 para a desclassificada Colômbia e acabou cedendo a vice-liderança para o Chile, essa sim, a grande seleção dessas eliminatórias.
Os chilenos já classificados e em jogo de festa, fizeram o seu dever e bateram o Equador, que ainda sonhava com a vaga. Valdívia que ganhou a titularidade nas últimas rodadas comeu a bola e foi ao lado de Suazo, artilheiro das eliminatórias com 10 gols, o destaque do time do técnico Marcelo Bielsa nessa arrancada final.
Mas voltando ao Brasil...o empate em 0X0 contra a Venezuela foi o 4º da nossa seleção nessas eliminatórias, sendo que todos eles foram jogando aqui em casa. Coincidência?
Mais do que coincidência, ao menos para mim, isso demonstrar que Dunga não tem mesmo variáveis táticas. Pense comigo – Que seleção joga aberta contra o Brasil, sobretudo quando joga aqui em nosso país? O que se espera de uma seleção que é considerada a melhor do mundo e que possui craques em quase todas as posições?
Se respondeu alternativas táticas, acertou.
Mas o que se vê em situações como essas é um Brasil esperando um cruzamento acertado de Elano na cabeça de Luis Fabiano ou alguma jogada individual de Kaká. Só isso.
Só isso é muito pouco e será insuficiente para disputar a Copa do Mundo, onde o nível é muito maior, onde todas as seleções com seus técnicos, terão tempo suficiente para desenvolver bons trabalhos. Tempo que o Brasil também terá e que espero, seja muito bem aproveitado pelo Dunga.
Bom trabalho que se realizado por ele, ainda que não resulte em título, será muito bem vindo como um cala boca para os seus cornetas, entre os quais eu me enquadro.
Cheers,
14 de out. de 2009
Intervalo Musical - Sons Preferidos
Não é novidade ou sequer algo desconhecido, mas como estou aqui sempre falando sobre o que eu gosto, sinto-me obrigada a falar deste álbum que, considero um dos melhores de todos os tempos. E não só eu, sempre que são feitas listas de melhores álbuns de todos os tempos por músicos e críticos, em qualquer veículo de comunicação, este disco sempre aparece entre os 10 melhores.
Comparo este LP à seleção brasileira de 1970, considerada a melhor equipe de futebol de todos os tempos com Pelé, em sua última edição de Copa do Mundo, Carlos Alberto Torres, Jairzinho, Tostão, Gérson, Piazza, Clodoaldo e Rivelino. É como se cada uma das músicas que compõem este disco, fosse um jogador desta seleção.
Pet Sounds, 11º álbum da banda The Beach Boys, de 1966.
The Beach Boys, nasceu na Califórnia em 1961, formada originalmente pelo genial Brian Wilson, seus 2 irmãos de Dennis e Carl, o primo Mike Love e o amigo Alan Jardine. Sofreram inúmeras alterações tanto na formação, devido a problemas com abuso de drogas, mortes e batalhas legais entre os integrantes, coisa de ‘estrelas’, quanto no estilo musical, influenciados por surf music, musica erudita, country, soul, blues, pop, rock, chegaram no art rock, este estilo caracterizado por seus ambiciosos temas e experimentações, teve seu inicio marcado com o lançamento do Pet Sounds.
O criativo Brian Wilson, surdo de um ouvido, insatisfeito com o seu grupo musical, após ouvir Rubber Soul dos Beatles e fortemente influenciado por Phil Spectro na época, contratou mais músicos de estúdio, utilizou instrumentos não usuais como cordas orquestradas, sinos de bicicleta, órgãos, flautas, sons de instrumentos havaianos de corda, latas de refrigerante, cães latindo, enfim, muitas idéias experimentais, e produziu o perfeito Pet Sounds.
Resultado: Um disco nobre, com letras, instrumentos e vozes na mais perfeita e sofisticada harmonia. Não existe uma única música mediana neste disco espetacular, possuindo uma das canções mais belas do mundo, inclusive na opinião de Paul McCartney, God Only Know, uma declaração de amor, um pedido de desculpas de Brian para sua esposa por seu comportamento instável, cantando “Só Deus sabe o que eu seria sem você”.
"Só Deus sabe o quanto este disco influenciou grandes nomes da música posteriormente.”
“Só Deus sabe o que seria de nós amantes do futebol sem você nossos times do coração."
Incrivelmente não foi o disco mais vendido, aliás não passou a 10ª posição nas paradas Norte Americana, mas foi o que abriu as portas do Reino Unido para os rapazes da Califórnia.
Considerado o melhor álbum do rock dos anos 60 através das palavras do produtor George Martin (maestro e produtor dos Beatles) afirmando que “sem Pet Sounds não existiria Sgt. Pepper´s”, influenciou Beatles, que outrora foi influência, e também The Who. Até os Rolling Stones apreciaram muito e fizeram uma campanha para que seus fãs comprassem o disco. Sentiram o peso destes nomes? Deu para ter uma noção da importância deste disco? Se ainda existe dúvida, escute!
As demais faixas deste disco são todas merecedoras de incontáveis audições. Desde à surpreendente abertura com Wouldn’t It Be Nice e seus metais, passando pela dançante Sloop John B, até Caroline, No e sua letra lindíssima, todas únicas e inigualáveis.
Foto da capa, tirada no zoológico de San Diego.
Faixas: “Wouldn’t It Be Nice”, “You Still Believe In Me”, “That’s Not Me”, “Don’t Talk (Put Your Head On My Shoulder)”, “I’m Waiting For The Day”, “Let’s Go Away For A While”, “Sloop John B”, “God Only Knows”, “I Know There’s An Answer”, “Here Today”, “I Just Wasn’t Made For These Times”, “Pet Sounds”, “Caroline, No” e “Hang On To Your Ego” (bônus incluído em algumas edições).
Curiosidade: O grande single, Good Vibrations, foi produzido durante a gravação do Pet Sounds, mas Brian excluiu do disco e lançou apenas em compacto. Sua justificativa foi não querer mistura-la com as outras faixas do álbum para não mascarar a força da composição.
Em Novembro de 2004 senti um imenso prazer, pois tive a possibilidade de assistir o show do Brian Wilson, jamais perderia este show. Ele e sua banda tocaram algumas músicas deste disco, e mais uma vez sorri, chorei, cantei e dancei, em meio a pessoas de todos os tipos e idades, embalada por meus “sons preferidos”, embalada por músicas que encantam sempre.
Esta é para você !
Chazinho de Coca - Na briga pelo título do BR09, eis o meu derradeiro G4.
Protagonistas, leia-se de passagem, são os que brigam ao menos pela principal competição Sulamericana, não necessariamente pelo título. Esses 9 pontos de diferença entre o 1º e o 6º, faltando apenas 9 rodadas para o término do Brasileirão, me fazem duvidar de que a ótima recuperação rubro-negra seja suficiente para buscar seu 6º título.
Pelo título, na minha humilde opinião brigam, Palmeiras e São Paulo e só. A pontuação do Inter o credencia a brigar, mas seu jogo não. Aliás, Internacional que eu digo desde o início do BR09 que faria muita fumaça, mas no final não teria fogo para brigar pelo título, mais uma vez.
Continuando nessa de “aliás”, faço aqui mais uma aposta em relação aos dois times que farão cia a Palmeiras e São Paulo no desejado G4 ao final do campeonato. Para mim, o Internacional termina o BR fora do G4 e em seu lugar entra o bravo Flamengo do técnico Andrade, que como bem diz o PVC, nunca assumiu um clube e o entregou em condição pior.
O Atlético MG briga pela outra vaga com o Goiás, e nessa briga eu aposto minhas fichas no Galo, que apesar das derrotas nas 2 últimas rodadas, recuperou sua condição de time ponteiro com a ótima contratação de Corrêa e também de Ricardinho. O Goiás teve N possibilidades de realmente brigar pelo título, mas tropeçou em todas.
O título? Bom, apostar nessa briga é mais complicado, mas é óbvio que o Verdão tem bela vantagem, restando aí apenas 9 rodadas, sendo que para ele conta-se apenas 8, descontando uma rodada que a sua vantagem lhe permite descartar.
Ainda não cravo no título, mas já aponto meus favoritos ao G4 derradeiro: Palmeiras, São Paulo, Galo e Flamengo, além do Corinthians.
Mais alguém?
Cheers,
13 de out. de 2009
Chazinho de Coca - Tudo igual na briga pelo caneco do BR09
Continua tudo igual na briga pelo caneco do BR09. O líder é o mesmo, assim como o vice-líder. Os 5 pontos que os separam também são os mesmos. As coincidências continuam acontecendo assustadoramente da mesma maneira. Se um vence, o outro dá o troco na mesma moeda. Mas se acontece algum tropeço, o outro parece se espelhar na má jornada do rival e também tropeça.
A bagunçada 29ª rodada do Brasileirão deu mais uma amostra dessa “regularidade” dos principais postulantes ao título. No sábado o São Paulo foi ao Maracanã enfrentar o ascendente Flamengo. Pressionado ao longo de toda a partida, conseguiu abrir o placar através de grande jogada de Dagoberto. Parecia o cirúrgico e matemático São Paulo tricampeão. Mas na 2ª etapa o Flamengo fez valer seu maior volume de jogo e o grande momento de Petkovic. A virada de 2X1 fez jus ao melhor jogo do time que tem a 2ª melhor campanha do 2º turno, com 18 pontos.
Enquanto isso, o Internacional empatava em 1X1 com o Atlético PR, no Beira-Rio.
Mais uma ótima oportunidade para o líder Palmeiras disparar na tabela, podendo ampliar sua vantagem para 8 pontos. Jogo contra o Náutico, de péssima campanha e candidatíssimo a vaga na série B em 2010.
Apesar dos 7 desfalques e da evidente “Diego dependência”, o futebol mostrado pelo líder não foi digno de sua liderança. Assustadoramente apático, assustadoramente sem opções para mudar o panorama do jogo, o jogo foi um massacre do time de Carlinhos Bala e Cia. Mais uma vez ficou provado que o Palmeiras tem sim um grande time, mas um elenco apenas médio.
Foi a 1ª vez na competição que o Palmeiras perdeu por diferença de 3 gols. Não foi a 1ª chance perdida para disparar de vez na tabela.
Dos 2 jogos sem Diego Souza, o Verdão somou apenas 1 ponto. Contudo, a margem para que os adversários desconstruam essa vantagem verde diminui a cada rodada. Restam agora apenas 9 jogos, sendo que para o Palmeiras são apenas 8, descontando aí a vantagem que o time tem de conseguir segurar a ponta ainda que seja derrotado e os adversários vençam.
Cheers,
9 de out. de 2009
"O Killers e o Palmeiras" - do Popload do Lucio Ribeiro
* O KILLERS E O PALMEIRAS - Da série futebol é pop, nesta semana teve uma reportagem do “Globo Esporte”, programa jornalístico esportivo do horário do almoço, em que o técnico Muricy Ramalho era o personagem. O sempre carrancudo e cinquentão Muricy, atual Palmeiras e ex-São Paulo, na juventude foi hippongo e roqueiro, jogava com o cabelão comprido nos anos 70 etc. Na matéria do “GE”, o repórter “pegou carona” no carro do Muricy, do Palmeiras para a casa do técnico, para entrevistá-lo no caminho. A trilha sonora da reportagem era o que o Muricy ouvia no som do seu carro. E durante boa parte do tempo tocou “Mr. Brightside”, música da época em que o Killers era bem bom. Olha o Muricy!
Intervalo Musical Bônus – Saudosismo Corintiano !
Hoje teremos Intervalo Musical Bônus, pois prorrogamos para TODAS AS TERÇAS-FEIRAS.
Mas, já que estamos aqui, vou aproveitar para mostrar dois presentes lindos que ganhei da minha amiga Luciana Cury.
Ela bem sabe que sou corintiana e também que sou apaixonada por música, por isso foi revirar sua imensa, antiga e divina coleção de discos de vinil para me presentear com estes 2 compactos históricos, para mim algo “invendável, inegociável e imprestável” (Parafraseando Vicente Matheus, referente o Sócrates)
Todos sabem que 1977 foi um grande ano para o Corinthians, quando o Timão ganhou o título de Campeão Paulista, pondo fim a um jejum de 22 anos e, em meio a uma grande festa veio o lançamento destes compactos:
TIMÃO MARAVILHA
1-Timão Maravilha – Rick, Rock & Robyn
Lado 2:
1-Mulher Corintiana – Odair Cabeça de Poeta
Que maravilha, uma música para mim !
CAMPEÃO PAULISTA 77 – OS DEMÔNIOS DA GAROA
Lado 1:
1-Oi Nois Aqui Traveis
2-Hino do Corinthians
Lado 2:
- O Timão
Homenagem do corintianíssimo Demônios da Garoa, que dispensa qualquer apresentação.
VEJO TODOS AQUI NA TERÇA-FEIRA.
(ouvindo: The Pains Of Being Pure At Heart - Hey Paul).
In loco - Rua Augusta lado centro
Rodada do banco de reservas
Olá leitores do blog Ferozes F.C., hoje é dia de estréia nos campos deste blog, e é com orgulho que me filio a esse veículo para complementar o excelente trabalho que meus companheiros já fazem por aqui. Meu nome é Angelo Gabriel, conhecido pelos amigos como Malka, natural do ABC Paulista, roqueiro, e até onde sei gente fina. Vamos ao que interessa? É hora de falar como foi essa rodada.
O campeonato brasileiro deste ano mostra mais uma vez como o campeonato de pontos corridos pode sim ser disputado até o final. A emoção dos torcedores nos dois dias que se passaram foi intensa, coisa bonita de se ver, principalmente na ponta do campeonato. Vimos palmeirenses assistindo a jogo do São Paulo, e são paulinos desesperados gorando o Palestra até o último minuto. A tabela da metade pra cima não mudou muito coisa, a rodada ajudou muito ao intrépido Internacional, e só.
Voltando a atenção para o tricolor paulista, vemos um time cada vez mais dependente de Dagoberto, que por sua vez está longe de resolver os problemas sozinho, as bolas seguem cada vez mais em direção a seus pés por parte de um time geralmente apático apesar de ofensivo se comparado com o ano passado, mas vimos cada vez mais um São Paulo com dois problemas crônicos em suas partidas: 1- Quando o time marca abrindo o placar parece desistir de jogar, as táticas outrora adotadas que pode-se ver em campo antes do gol são esquecidas e substituídas por um jogo sem sentido e de passes irregulares; 2- O tricolor toma muitos cartões amarelos em suas partidas, foi quase um milagre somente o Dagoberto e o Gonzales terem recebido, porém Dagoberto continua a espalhar a fama de ataque faltoso do time. Ainda sobre os cartões amarelos do time tricolor, temos que atentar o fato que o time não conseguia há muitas rodadas manter um time dito “titular” em campo, sendo assim o esquema tático fica quebrado e não consegue funcionar como deveria.
Vimos em campo nessa rodada algo semelhante acontecer no Morumbi, o técnico Ricardo Gomes aposta em colocar o reserva Washington e assim como no jogo contra o Corinthians o grande e um pouco atrapalhado atacante marca em um rebote do goleiro do Coritiba. Ele vem se mostrando eficiente, coisa que a torcida do tricolor precisa enxergar já que as cobranças em torno dele são fortes por parte dos mesmos.
O torcedor tricolor teve momentos aflitos também quando teve que assistir ao jogo de Palmeiras e Avaí. Depois de uma rodada anterior na qual o Palestra parecia indestrutível, com direito a um golaço e tabela com bola por entre canetas do goleiro, o que parecia restar após esse empate tricolor era sentar e ver o adversário ser campeão e quebrar os três anos de caneco com esperança para um quarto, porém, o que vimos foi um Palmeiras com excesso de confiança, que entra em campo com certeza de vitória e acaba tendo uma surpresa, o Avaí que ao final do jogo ainda pressionava o time em sua própria casa não marcou por falta de um pouco mais de qualidade, e se não fosse o lançamento do Ortigoza para Robert marcar e a força que a substituíções de Muricy trouxeram ao time o Palmeiras iria sentir o São Paulo mais perto de seu cangote.
Essa rodada foi emocionante, sem muitas mudanças de cenário porém com o coração do torcedor saindo pela boca, e foi também a rodada do banco de reservas, pois Washington(SP), Ortigoza(PAL) e Robert(PAL) foram decisivos para segurar as pontas para seus times.
Seguem os gols do jogo tricolor para vocês:
Enquanto escrevia esta coluna eu ouvia: Pixies – Velouria ; Cat Power – Metal Heart; Ray Charles – Georgia is on my Mind
Chazinho de Coca - Tropeços, tropeços e tropeços.
Desde a quarta-feira com o empate entre São Paulo e Coritiba que muitos passaram a contar com o ovo antes da galinha. Trocando em miúdos, que não os de frango, muitos davam como certa a vitória palmeirense sobre o Avaí e a posterior abertura de 7 pontos em relação ao tricolor ou de 6 em relação ao Atlético MG, caso esse também vencesse seu jogo, contra o Botafogo.
Certamente seria estabelecida uma vantagem difícil de ser tirada em 10 jogos. Só esqueceram de avisar o bom time do Avaí. Bom e catimbeiro.
Cera e contra-ataque foram as armas dos visitantes. Armas que se mostraram eficientes. Tanto que em nenhum momento da partida, e por conseqüência da rodada, o Palmeiras conseguiu abrir a tal vantagem de 7 pontos, pelo contrário. O 1º tempo caminhava para seu final e o placar apontava 0X2 para o Avaí, o que transformava o empate do São Paulo não em perda de 2 pontos, mas no ganho de 1, já que a vantagem diminuía para 4 pontos.
A “Diego dependência” existe e ela ficou bem nítida ontem, sobretudo no 1º tempo. Deve-se levar em conta os desfalques e o retorno surpreendente e com o futebol que não surpreendeu de Jeferson. O forte lado esquerdo do Verdão ontem foi pálido. O que fez o mais uma vez destacado futebol de Figueroa ser acionado e sobrecarregado pela direita. No meio Cleiton Xavier tinha de se desdobrar para cobrir a má jornada de Souza e Jumar, o que fez seu futebol não ser o de costume.
Ao final da 1ª etapa a torcida viu-se aliviada com o gol de Vagner Love. Virar o jogo com 2X0 na lomba seria treta feia.
Na 2ª etapa Muricy deu jeito no time. Mandou a campo o mais uma vez iluminado Robert, no lugar do mais uma vez apagado Obina. Além de Williams no lugar do Jeferson de sempre. Foi outro jogo.
Enquanto isso o Galo Mineiro levava uma sova do Botafogo. Por vezes me vi acompanhando o jogo do RJ e se um desavisado se deparasse com o jogo, certamente apontaria o Fogão como time que briga pelo título, tamanho o bom futebol apresentado ontem. André Lima parecia atacante de seleção brasileira. Até então estava 3X0 Botafogo.
Voltando ao Palestra, o jogo começava a ter ares de dramaticidade. O Palmeiras pressionava mas faltava o detalhe final. Os amarelos começavam a aparece e o Palmeiras já desfalcado até o talo, se viu em situação complicada até para montar o time para o próximo jogo contra o Nautico.
Quando o Avaí voltava a gostar do jogo, Ortigoza, que havia entrado no lugar de Souza, cruzou no meio da área e na cabeça do iluminado Robert. 2X2 e o Palestra quase veio abaixo.
Ainda houve tempo de Vagner Love ser expulso. Uma expulsão que ao meu modo de ver não foi justa. Vermelho direto? O amarelo cairia muitíssimo bem.
Para a próxima rodada, o Verdão que já não terá Diego Souza e Armero que estarão em suas seleções e Mauricio Ramos machucado, ainda perdeu Edmilson e Obina pelo 3º amarelo e Vagner Love, expulso.
Veja o que de bacana aconteceu:
De bom, além da excelente recuperação, leva-se a certeza de que a sorte continua vestindo verde. Quando os adversários vencem e se aproximam, o Palmeiras também vence e abre vantagem. Quando o Verdão tropeça, todos os outros cooperam e também tropicam pelo caminho. E assim a vantagem continua de 5 pontos para o vice-líder São Paulo.
E da mesma maneira que Diego Souza, Cleiton Xavier e V. Love geram uma combinação explosiva, na música, algo que junte Michel Stipe e o Placebo de Brian Molko também resulta em algo substancial para os ouvidos alheios. Do disco Meds, a espetacular Broken Promisse é o petardo que embala o post de hoje.
Cheers,
8 de out. de 2009
Do Populacho! - Mais um empate!
6 de out. de 2009
Golden Goal - Golaços de bola parada, de Playstation e de Linha de Passe.
A Golden Goal de hoje traz 3 golaços da última rodada e que em nada se parecem. Cada um com sua beleza particular.
O 1º é o gol de falta de Correa, do Atlético Mineiro. O meia voltou para o país jogando muito e, com a precisão de poucos nos passes e lançamentos, está fazendo a festa de Diego Tardelli. A jogada que originou a falta começou com lançamento do próprio Correa, que lançou Tardelli, que por sua vez se atirou ao chão quando o marcador chegou junto. A falta, que não existiu, resultou na expulsão do zagueiro e na falta que decretou a vitória do Galo. Trata-se também de uma homenagem ao ótimo momento de Correa. Confira:
O 2º golaço da rodada é internacional. É de Pedro, do Barcelona. Golaço com cara de Winning Eleven, com cara de Fifa 09. O bichão recebeu na direita da área e no domínio levou a criança para a entrada da área, de onde virou e meteu no ângulo. Um golaço que deu a vitória sobre o Almeria. Você faz um desses no Playstation?
Depois de um golaço em lance de bola parada e de outro em uma pancada no ângulo, o 3º é o clássico golaço de linha de passe. Toques rápidos, precisos, de categoria e iniciada por um maestro. É o 3º gol da vitória do Palmeiras contra o Santos. Gol dado a Vagner Love, mas um gol desenhado por vários personagens. Começando pelo totozinho sensacional de Diego Souza no meio campo e achando Cleiton Xavier, que com mais um belo toque por cima dos marcadores, achou V.Love fazendo o pivô e como um pivô, matou a marcação com um leve toque, devolvendo a bola para Cleiton, no único momento da jogada onde a bola foi conduzida e enfiada com categoria para Robert, que com perspicácia tocou entre as pernas do goleiro santista. Deveria ser o 2º gol de Robert e a 14ª assistência de Cleiton Xavier no BR09, mas V.Love surgiu como um relâmpago e completou a jogada para gol. Se liga na maravilha que foi a jogada:
Aconteceram também os golaços de Zé Roberto, do meio campo, pelo Hamburgo e o de Pallermo, de cabeça e de muuuuuuuito longe, pelo Boca. Mas esses estão nas listas de tudo quanto é canto e nós somos um canal futebolístico indie, logo fugimos do convencional (risos)
Deliciem-se, ferozes.
Cheers,