Robert, artilheiro do Palmeiras na temporada, um dos artilheiros do ano no Brasil. Apesar de todos os pesares do seu time, é um dos ponteiros na artilharia do Paulistão e em menos de 3 meses já fez o dobro de gols da temporada passada.
É virtuoso? Não. Mata as saudades do Evair? Claaaaaaaaaro que não. Só que mais uma vez decidiu um jogo importante para o Palmeiras. Fazer gols o bichão sabe.
E aí, a culpa pela má temporada do time até aqui é culpa do Robert? Faço a pergunta a vocês, mas a mim também.
O Palmeiras pode ter alguém mais qualificado na posição? Deve. Só que Robert é um cara com o qual se pode contar, até porque as opções no mercado não são TÃO entusiasmantes. O Fernando Torres não vem. Então sejamos realistas.
Vindo de 3 resultados ruins, o Palmeiras conseguiu transformar a partida de volta pela Copa do Brasil contra o Paysandu, da 3ª divisão nacional, e um jogo de risco.
Com uma série de desfalques importantes como Cleiton Xavier, Everthon e Lincoln, ainda que tivesse vencido a partida de ida por 2X1, o Verdão (sim, Verdão, nada de Ex-Verdão como alguns abutres escreveram recentemente) não gerava plena confiança no êxito diante do Papão.
O jovem Bruno Paulo, recém chegado do Flamengo e apresentado na segunda-feira, foi para o jogo. O também jovem Ivo compôs o setor de armação com Diego Souza. Márcio Araujo caiu pela direita no lugar de Eduardo e Armero ficou na sua esquerda.
Há de se dizer que o Palmeiras não foi ameaçado um único momento do jogo. Marcos foi mero espectador e tivesse um cone da CET em seu lugar e o resultado seria o mesmo.
Mas a exibição ficou longe de arrancar suspiros. Com 219% da posse de bola, o time não sabia bem o que fazer com ela. Mostrando também a falta de confiança dos jogadores em tentar algo mais requintado. Toque pra lá, toque pra cá.
Bruno Paulo estreou até que bem. Buscou fazer jogadas individuais e sofreu pênalti ao ser derrubado por Paulão. Nada de escandaloso como o lance que viria a seguir.
Aos 29 minutos, Diego Souza cruzou da direita, o zagueiro Paulão, ele de novo, subiu já formando um bloqueio simples, com o bração escandalosamente esticado, tocando a mão na bola e tirando a criança da cabeça de Robert. O árbitro Pablo dos Santos Alves, de frente pra jogada, fez que não viu a mão escandalosa de Paulão, dando também a sua “mãozinha” para aumentar a tensão no Palestra.
Não houve reclamação acintosa dos jogadores, talvez por vergonha de transparecer que aquele pênalti não dado pudesse vir a fazer falta na contagem final. E não fez mesmo.
Diego Souza as vezes se lembrava que sabe jogar bola e criava boas situações. Mas eram highlights. Com Ivo mal no jogo, o Palmeiras dependia exclusivamente de Diego ou das subidas de Armero, que mais uma vez esteve bem. Pouco para um time como o Palmeiras.
Vendo que a pelota não chegava, Robert começou a buscar jogo na intermediária. Obviamente não obtendo êxito. Como dito acima, o figura não é um virtuoso da bola. E também não é ele quem tem que armar a jogada para si mesmo.
Na 2ª etapa o Palmeiras aumentou o ímpeto, talvez por notar que daquele mato azul e branco não sairia nada. Bruno Paulo tentou 2 vezes, sem grande eficácia.
Mas aí aos 15 minutos aconteceu o tipo de jogada que rascunha bem o que precisa acontecer mais vezes para que o Palmeiras obtenha vitórias mais tranquilamente, com mais naturalidade, sobretudo contra adversários que não lhe deveriam fazer cócegas.
Robert decide no Palestra - Foto de Reginaldo Castro: Lancenet
Armero fez uma de suas boas descidas pela esquerda e, sem afobação, ergueu a cabeça, enxergou Robert fechando no 2º pau e como que se levantasse a bola com as mãos, colocou na cabeça dele, de Robert, do jeito que ele precisa ser acionado, em condição de marcar, de matar. E ele marcou, ele matou.
Pois como já dizia o mestre Armando Nogueira – “No Futebol, matar a bola e um ato de amor”
Robert não matou a bola, matou o jogo. Decidiu de novo. Colocou o Verdão na próxima fase da Copa do Brasil.
Se não selou um pacto de amor com o torcedor, ao menos abrandou o clima pesado que pairava no Palestra e também deu um “xô” nos abutres que rondavam o Jardim Suspenso.
Vou cornetar um cara desses? Vou nada.
Deixo aqui para os filhotes que me acompanham, o petardo musical que esmerilha meus ouvidos na feitura do post: Muse – Sing For Absolution
Cheers,
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