O Placebo se reinventou.
Se não é mais a banda do vocalista andrógino, ainda é a banda do vocalista carismático, de voz única e refinada (mais do que nunca). É também a banda do excelente baixista, que rouba a cena quando abre seus braços enormes e encanta o público, que hipnotizado, repete seus gestos “estabanados”. É também a banda do baterista que desce o braço em seu instrumento e que, além de arrancar suspiros das pequenas, mostra que o antigo e também ótimo baterista foi substituído a altura.
Brian Molko e Stefan Olsdal não são mais os mesmos, mas são tão bons quantos sempre foram. Talvez estejam melhores musicalmente. Steve Forrest agregou a pegada firme que é a marca do último disco da banda – “Battle For The Sun”.
Se eles não são mais os mesmos, menos ainda o seu público. Ou são. Mas mudaram como seus ídolos no palco. Falo por experiência própria.
Se das duas outras passagens da banda por aqui a tônica era a forte caracterização baseada no visual pouco convencional de Molko, nessa última foi possível observar o quanto o público amadureceu junto de seus ídolos.
Grande parte dos entusiastas de plantão ficou para trás, “abandonaram” a banda na medida em que ela abandonou suas caracterizações. O que nem é tão ruim assim. Os que ficaram abraçaram a nova fase deles e se identificam com ela. No final das contas, o mais importante é a música.
Uma boa parte desse público já é de pessoas na casa dos 30 anos (onde me incluo). Os mais jovens são aqueles que felizmente não seguiram a tendência “emo” dos últimos anos. Infelizmente é uma fatia pequena da molecada dita “alternativa”.
O Credicard Hall não esteve cheio como das outras vezes, mas esteve tão empolgado quanto.Talvez mais fiel, menos tendencioso.
Foi um baita show. O som esteve límpido ao longo de toda a apresentação – fato raro em se tratando de Credicard Hal.
Menos soturno, mais vibrante, falando de positividades e musicalmente mais "alegre", o último disco da banda não chegou a agradar a totalidade de seu público mais antigo – levei um tempo para compreende-lo também – mas ao vivo o ganho técnico é enorme. A inclusão da violinista Fiona Brice foi uma sacada genial da trupe. A parede sonora estava criada. O público estava ganho.
Um “obrigado” carregado no sotaque mostrou logo de cara um Molko bem simpático.
O 1º disco da banda, auto-intitulado “Placebo”, foi solenemente ignorado na composição do setlist. A falta de Nancy Boy e 36 Degrees foi sentida pelos nostálgicos. De “Without You I´m Nothing", o grande disco da carreira dos caras, somente o mega hit “Every You, Every Me” – também um momento cantado a plenos pulmões, tanto pelos “tiozinhos”, quanto pela molecada presente.
A inserção de poucos “hits” foi uma clara demonstração da nova fase dos caras. Também uma resposta de Molko e cia aos críticos que dizem que a banda vive da fase áurea do final do anos 90 e início dos 00´s.
O Placebo vive e sua existência ainda é pungente.
Banda de cabeceira desse que vos escreve. Possui capítulos e trilhas sonoras de várias fases, de vários momentos. De dias, de noites. São ídolos que estão sabendo envelhecer. O que é uma dádiva. O que é um ganho também, sobretudo para nós que vivemos a criação da banda e hoje amadurecemos junto deles.
Se Nancy Boy, Every You Every Me, Special K e outros petardos foram as trilhas de outros tempos, que delícia ter Ashtray Heart como trilha dos novos.
O Placebo vive. E nós agradecemos.
Assista ao vídeo de “Ashtray Heart”:
Set List
For What It´s Worth
Se não é mais a banda do vocalista andrógino, ainda é a banda do vocalista carismático, de voz única e refinada (mais do que nunca). É também a banda do excelente baixista, que rouba a cena quando abre seus braços enormes e encanta o público, que hipnotizado, repete seus gestos “estabanados”. É também a banda do baterista que desce o braço em seu instrumento e que, além de arrancar suspiros das pequenas, mostra que o antigo e também ótimo baterista foi substituído a altura.
Brian Molko e Stefan Olsdal não são mais os mesmos, mas são tão bons quantos sempre foram. Talvez estejam melhores musicalmente. Steve Forrest agregou a pegada firme que é a marca do último disco da banda – “Battle For The Sun”.
Se eles não são mais os mesmos, menos ainda o seu público. Ou são. Mas mudaram como seus ídolos no palco. Falo por experiência própria.
Se das duas outras passagens da banda por aqui a tônica era a forte caracterização baseada no visual pouco convencional de Molko, nessa última foi possível observar o quanto o público amadureceu junto de seus ídolos.
Grande parte dos entusiastas de plantão ficou para trás, “abandonaram” a banda na medida em que ela abandonou suas caracterizações. O que nem é tão ruim assim. Os que ficaram abraçaram a nova fase deles e se identificam com ela. No final das contas, o mais importante é a música.
Uma boa parte desse público já é de pessoas na casa dos 30 anos (onde me incluo). Os mais jovens são aqueles que felizmente não seguiram a tendência “emo” dos últimos anos. Infelizmente é uma fatia pequena da molecada dita “alternativa”.
O Credicard Hall não esteve cheio como das outras vezes, mas esteve tão empolgado quanto.Talvez mais fiel, menos tendencioso.
Foi um baita show. O som esteve límpido ao longo de toda a apresentação – fato raro em se tratando de Credicard Hal.
Menos soturno, mais vibrante, falando de positividades e musicalmente mais "alegre", o último disco da banda não chegou a agradar a totalidade de seu público mais antigo – levei um tempo para compreende-lo também – mas ao vivo o ganho técnico é enorme. A inclusão da violinista Fiona Brice foi uma sacada genial da trupe. A parede sonora estava criada. O público estava ganho.
Um “obrigado” carregado no sotaque mostrou logo de cara um Molko bem simpático.
O 1º disco da banda, auto-intitulado “Placebo”, foi solenemente ignorado na composição do setlist. A falta de Nancy Boy e 36 Degrees foi sentida pelos nostálgicos. De “Without You I´m Nothing", o grande disco da carreira dos caras, somente o mega hit “Every You, Every Me” – também um momento cantado a plenos pulmões, tanto pelos “tiozinhos”, quanto pela molecada presente.
A inserção de poucos “hits” foi uma clara demonstração da nova fase dos caras. Também uma resposta de Molko e cia aos críticos que dizem que a banda vive da fase áurea do final do anos 90 e início dos 00´s.
O Placebo vive e sua existência ainda é pungente.
Banda de cabeceira desse que vos escreve. Possui capítulos e trilhas sonoras de várias fases, de vários momentos. De dias, de noites. São ídolos que estão sabendo envelhecer. O que é uma dádiva. O que é um ganho também, sobretudo para nós que vivemos a criação da banda e hoje amadurecemos junto deles.
Se Nancy Boy, Every You Every Me, Special K e outros petardos foram as trilhas de outros tempos, que delícia ter Ashtray Heart como trilha dos novos.
O Placebo vive. E nós agradecemos.
Assista ao vídeo de “Ashtray Heart”:
Set List
For What It´s Worth
Ashtray Heart
Battle for the Sun
Sleeping with Ghosts
Speak in Tongues
Follow The Cops Back Home
Every You Every Me
Special Needs
Breathe Underwater
Julien
The Never-Ending Why
Bright Lights
Devil in the Details
Meds
Song to say Goodbye
Special K
Bitter End
Bis
Bis
Trigger Happy
Infra-Red
Taste in Men
Cheers!
3 comentários:
Po, achei o set list meio fraquinho!
Como eu vi o primeiro deles por aqui nao me esforcei tanto pra ir nesse! rs
battle for the sun é para ser apreciado ao vivo, isso ficou bem claro.
sou uma seguidora eterna!
"Fraquinho" a 1ª vista, parma. Tbm tava desconfiado antes. No show ficou fantástico :)
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