28 de jul. de 2009

Video-game nas Olimpiadas?

Se liga na matéria do GEEK.COM:

Por Stella Dauer

Em uma seção de fotos para um jogo da Sega, baseado nos Jogos de Inverno de Vancouver de 2010, quatro atletas foram questionados sobre a aceitação dos jogos eletrônicos como esporte oficial e sua inserção nos Jogos Olímpicos. As opiniões dividem a classe.

Segundo o blog Game Life, da revista Wired, os atletas que possuem videogame foram os mais positivos. O praticante de snowboard, Matthew Moroison, acredita que jogar seja um esporte e considera os jogadores profissionais “fenomenais” quando assiste torneios ou quando tenta sobreviver por mais de 10 segundos no título Call of Duty.

Porém, não sabe o que dizer sobre as Olimpíadas: “Tenho minhas dúvidas. Atletas podem usar a força bruta para vencerem, enquanto que no jogo você tem que usar mão-olho para coordenar e estratégia, mas é menos físico. Então eu não sei”, comenta.

Lindsey Vonn, esquiadora de descida livre, vai além e acha que os games são mesmo um esporte, já que jogar é um ato competitivo. Mas também titubeia na hora de colocar os gamers nos Jogos Olímpicos: “Eu não sei. Se fosse aberta a discussão, haveria a questão de quais jogos seriam esportes olímpicos. Devem haver milhões de jogos [não-eletrônicos] que também poderiam ser [olímpicos], como o pôquer, e isso poderia gerar muitos protestos”, afirma. Mas a atleta se mostra interessada, caso a proposta se torne realidade: “Se os jogos eletrônicos fossem esportes olímpicos e o esqui fosse um deles, eu definitivamente poderia tentar uma medalha de ouro no esqui virtual”.

Já aqueles que sequer jogam foram opositores convictos. “Não concordo porque o esporte precisa de domínio físico. Você não pode simplesmente imitar um esporte, toda a noção de esporte envolve praticá-lo. Você pode fazer competições de jogos eletrônicos, mas ser um esporte olímpico é exagerar um pouco. Jogar ainda é diversão para as pessoas e é definitivamente um entretenimento, mas como esporte verdadeiro eu acho que não serve”, foram as palavras de Kristina Groves, patinadora de velocidade.

Seth Wescott, praticante de snowboard, concorda com a colega: “Tenho que discordar. Acho que existem toneladas de habilidades únicas em jogar, como velocidade, coordenação mão-olho e destreza nos diferentes comandos. Mas eu levei um bom tempo aplicando isso na vida real, o verdadeiro esforço físico dos esportes”, disse.

Segundo o site Switched, apesar da divisão equilibrada das respostas, fica claro que nenhum dos atletas concordou completamente com a idéia. O consenso geral foi o de que os jogos eletrônicos não envolvem o mesmo esforço físico e habilidades que os esportes “reais” que praticam, tornando os games “indignos” de pertencerem às Olimpíadas.

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A união das vertentes já existe:

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E o feroz aí, concorda em jogar um playstation nas Olimpiadas?

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