31 de jul. de 2009
La Mano de Dios - Entrando nos eixos
Chulipa Aprova - A volta das bandeiras!
Post It - São Paulo, o Jason brasileiro - Galo depenado - O exemplo do Avaí - Ahhhh, Diego Souza.
-Flamengo 3X1 Atlético Mineiro. Mengão chegou a 7º colocado com 23 pontos e o Galo caiu para o 2º lugar, com 28 pontos. É o Galo dando uma mãozinha para ao teorizadores da “Cavalice Paraguaia”?
-O São Paulo venceu o Grêmio por 2X1. O Sampa vem em franca recuperação no campeonato. Está na 11ª colocação com 21 pontos. Dagoberto vem jogando bem e Borges....bem, “Chupa Borges”, como diria alguns amigos ferozes. Ricardo Gomes parece está ganhando créditos junto a torcida. E o São Paulo é como diz o Milton Neves – é o Jason do futebol brasileiro – quando todos acham que está mortinho, reaparece do nada e mata todo mundo.
-O Grêmio continua sendo o time que não vence fora de casa. Estacionou nos 21 pontos e viu o seu algoz, São Paulo, enconstar na tabela. Tem 21 pontos e está na 10ª colocação.
-Mas se o papo é recuperação, ninguém supera o Avaí. O time do ótimo Silas deixou de ser o time que não ganhava de ninguém, saiu da zona da degola e engatou uma sequência de 5 vitórias consecutivas. Ontem o time do Guga goleou o fortíssimo Vitória por impiedosos 4X0. O Avai saiu da 20ª colocação e agora já se encontra na 8ª posição, com 22 pontos.
-A diretoria do Avaí segurou Silas mesmo nos momentos onde tudo e todos indicavam sua queda. Hoje eles colhem os frutos e dão mais argumentos ainda para os que defendem que o sucesso de um time se passa, também, pela manutenção de um trabalho. Troca de técnicos não está com nada.
-Com a derrota do Galo, o Palmeiras é o líder isolado do BR09. São 9 vitórias em 15 jogos e um total de 31 pontos.
-E o Diego Souza? Ahhhh, o Diego Souza. Joga “nada”, viu? Contra o Fluminense marcou o gol da vitória e da liderança, além de fazer isso:
Cheers,
30 de jul. de 2009
Chazinho de Coca - Uma teta gigantesca chamada “Futebol Brasileiro”.
Uma teta gigantesca chamada “Futebol Brasileiro”.
E quem mama nessa deliciosa teta é a boca que deveria cuidar dela, zelar pelo seu bem, aliviar suas tensões – A CBF do Ricardo Teixeira.
Ontem eu escrevi sobre a zona que é o calendário do nosso futebol, aplicado pela dona CBF. Usei a Audi Cup como exemplo do quanto nossos clubes se lascam com essa desorganização toda, mas também da culpa que todos eles tem no cartório por reeleger seguidas vezes o “patrão” Teixeristico. Segue link do post:
http://ferozesfc.blogspot.com/2009/07/chazinho-de-coca-copa-audi-por-que-um.html
Fosse esse o único problema e nosso futebol viveria em um jardim lindo e florido. Alguns até vivem sim em jardins repletos de cores, de festas, recepções, gente bonita, jatinhos luxuosos. Mas isso vem daqui a pouco.
Você, caro leitor e torcedor de futebol, sabia que a seleção francesa de futebol, 1 vez campeã mundial, vale 5 vezes mais do que a nossa seleção pentacampeão do mundo? Creio que absurdo como esse nem se passaria pela cabeça alheia.
A Nike (a mesma patrocinadora brazuca) irá pagar US$63 milhões de dólares/ano a partir de 2011, quando se encerra o contrato francês junto a Adidas.
Nossa seleção não aparece, sequer, entre as mais valiosas do planeta. Logo abaixo dos franceses vem a Inglaterra, também com “apenas” 1 título mundial e valores de patrocínio que beiram os US$44, 5 milhões/ ano.
Para se ter uma idéia, a seleção mexicana, que não ostenta nenhum título significativo, recebe US$11 milhões ano, contra U$S12 milhões que são pagos anualmente para os únicos pentacampeões do planeta.
Além da evidente falta de capacidade nas negociações dos cabeças “cbfisticos”, conta contra o “nosso futebol” os vários escândalos políticos, cpi´s e investigações contra os figurões da CBF. Tudo isso gera desconfiança dos investidores, lógico.
Massssssssssssss, U$S12 milhões de dólares é uma baita de uma grana, disso eu acho que ninguém discorda, né?
Daria para investir muito no nosso futebol, já que a CBF não é uma entidade que exista para gerar lucro para si próprio e sim para gerir todo o nosso futebol (leia-se seleção, clubes, futebol masculino/feminino e afins).
Mas enquanto nossos clubes se afundam em dívidas, o calendário é uma bagunça, nosso futebol feminino não decola, dentre outras patacoadas, a CBF, mãezona como ela só, resolveu investir no conforto e bem estar de seus transeuntes engravatados quando estes estiverem em viagem de n.e.g.ó.c.i.o.s. Acompanhe a matéria que saiu hoje no LANCEnet:
Jatinho da CBF não é nem um pouco econômico
Ao invés de comprar aeronave, entidade poderia alugar jatinhos para mais de 1.700 viagens.
Um dos principais argumentos da CBF para adquirir um jatinho de luxo para transportar os homens da Fifa pelo Brasil cai por terra após uma simples pesquisa. O custo do Cessna Citation CJ4 comprado pela entidade em janeiro (R$ 23 milhões) é suficiente para bancar mais de 1.769 viagens de ida e volta entre Rio e São Paulo em aviões com características semelhantes, mas com menos luxo.
Coisa linda de jatinho. Olha como ele voa elegante, aconchegante, nem barulho faz. Voa CBF, voa.
Para chegar ao valor, o LANCE! consultou, informalmente, algumas empresas líderes no mercado de fretamento de aviões no Rio e em São Paulo. O objetivo era saber o custo do fretamento de uma aeronave com capacidade para sete ou oito passageiros, a mesma do avião comprado pela CBF.
Na pesquisa, um Learjet Bombardier, com características semelhantes, custa cerca de R$ 13 mil por uma ida e volta saindo do Rio para a capital paulista. O preço cobrado é o de quilometragem mínima para fretamento de aeronaves.
Apesar de muito confortável, a aeronave pesquisada não tem o mesmo luxo que o avião da CBF, que será o bem que estará disponível para os homens da Fifa e os convidados de Ricardo Teixeira.
Mas é possível alugar jatos bem mais baratos quando a viagem é para um menor número de pessoas. Em abril deste ano, o Correio Braziliense noticiou uma farra de deputados com aluguéis de jatinhos.
Segundo a reportagem, sete deputados gastaram o equivalente a R$ 79 mil. As viagens eram muito mais longas. Um dos parlamentares saiu de Brasília e visitou várias cidades no interior da Bahia antes de retornar para a capital federal.
Se utilizarmos o custo mensal aproximado de manutenção do jatinho da CBF (R$ 2,7 milhões/anuais), é possível fazer a viagem de ida e volta do Rio para São Paulo, em avião alugado, por mais de 200 vezes. Ou seja, mais de uma a cada dois dias.
--------------------
FONTE:
http://www.lancenet.com.br/selecao/noticias/09-07-30/589723.stm?futebol-jatinho-da-cbf-nao-e-nem-um-pouco-economico
Chazinho de Coca - Ahhh, esses ídolos.
Marcelinho Carioca é, para muitos, o maior ídolo corintiano de todos os tempos. É o mais vitorioso, sem dúvida alguma.
Ontem o Pé de Anjo defendeu as cores Andreenses contra a sua eterna segunda pele. Quem esperou uma partida morna do ainda craque de 37 anos, teve uma agradável surpresa.
Marcelinho esbanjou classe, categoria, a precisão de sempre nos passes e lançamentos, marcou um golaço em cobrança de falta e só não deu a vitória ao Santo André, por que do outro lado existe um dos atuais ídolos do seu Corinthians – Felipe.
A partida que Felipe fez ontem foi digna de seleção brasileira. Não fosse pela espetacular atuação de seu camisa 1 e o Timão teria levado outra sabugada. Só na 1ª etapa o goleiraço fez pelo menos 4 intervenções cruciais.
Cristian e André Santos fazem mais falta do que se poderia imaginar. O 4-3-3 de Mano Menezes tão aplaudido por todos, ruiu. Não acontece mais os avanços dos alas, principalmente pela esquerda, onde André Santos pintava sempre como um 4º atacante. Para piorar o time está sem Ronaldo e essa ausência evidencia que Dentinho e Jorge Henrique, por mais esforçados que sejam, não conseguem segurar a qualidade ofensiva que o time vinha mostrando até pouco tempo. Soma-se a tudo isso as ausências de Elias (suspenso) e Alessandro (baleado).
Ao menos existe aí a esperança no resgate do futebol do centroavante Souza, que ontem entrou na 2ª etapa quando o Timão já perdia por 1X0 e estava perto de levar o 2º. Souza fez a jogada que originou o pênalti e mostrou que, mesmo não estando em um bom momento, pode incomodar a zaga adversária mais do que um Moradei, por exemplo.
-------------------
No time do outro Parque famoso da cidade, o momento é diferente. Dia de estréia do chefe Muricy Ramalho. O ótimo e molhado público foi esperando uma partida mais tranqüila para o anfitrião Palmeiras. Na noite em que Diego Souza jogou com a camisa 100, em comemoração a centésima partida do meia, completada no clássico de domingo, o que se viu foi um Fluminense visivelmente mais acertado em campo e em muitos momentos pressionando os candidatos a líder do campeonato.
Fechadinho e só com Kieza avançado, o tricolor neutralizou Cleiton Xavier e Diego Souza, nitidamente presos pelo gramado encharcado pela chuva que caiu o dia todo. A bola pouco chegou a Obina e o Verdão pouco criou na 1ª etapa
No 2º tempo Muricy mandou Ortigoza no lugar de Souza e o jogo esquentou. Diego Souza começou a encontrar espaços. Tanto que em rápido contra-ataque e numa metida de bola sensacional de Cleiton Xavier, Diego, camisa 100, emendou de bico, na saída de Fernando Henrique. Foi a 20º assistência de Cleiton Xavier na temporada.
Renato Gaúcho mandou Maicon no lugar do volante Fabinho e o atacante começou a fazer uma fumaça na zaga verde. Por outro lado, Diego Souza passou a usar de jogadas de habilidade e com isso criou outras chances para ampliar, mas o resto do time não esteve tão inspirado.
Apesar da visível melhora do Fluminense desde o jogo contra o Cruzeiro, o time segue na zona da lamentação. Já o Palmeiras assumiu a ponta do BR09 e hoje torce para que o Galo Mineiro não vença, o que o deixará como líder isolado da competição.
Veja o que rolou de maroto nas duas partidas:
Santo André 1X1 Corinthians:
Palmeiras 1X0 Flminense:
E me despeço da nobreza ao som de Teenage Fanclub, Sparky´s Dream:
Cheers,
29 de jul. de 2009
La Manis de Dios - Há quinze anis...
Há quinze anis...
Chazinho de Coca - Audi Cup: Por que um time argentino e não um brasileiro?
A Audi Cup será um torneio de pré-temporada, organizado pela Audi e terá como sede o Allianz Arena, em Munique.
Participarão do torneio o anfitrião Bayern Munique, o campeão inglês Manchester United, o Milan e os hermanitos do Boca Jrs.
Excelente oportunidade de se fazer dinheiro e de se testar o elenco contra grandes equipes do mundo.
A pergunta que fica é: Por que o Boca Jrs e não um grande clube brasileiro?
Simples – O futebol brasileiro, ao contrário de todo o resto do futebol de 1º mundo, segue calendário distinto, com datas burras e distintas. O que implica em estarmos em nossa alta temporada, enquanto em todo o restante do planeta bola os grandes clubes fazem preparação e arrecadam uma boa grana. Nossos clubes não podem sequer cogitar participar de um torneio bacana como esse. Isso sem falar nos infernais problemas que encontramos com as malditas janelas de transferências.
“Tadinhos dos nossos clubes”? Uma banana para eles.
São eles quem elegem os poderosos que fazem do nosso futebol essa patacoada toda. São os maiores culpados por tudo isso. Além de serem os grandes prejudicados.
A Audi Cup será disputada em sistema de mata-mata, tendo nas semifinais os seguintes duelos:
Manchester United X Boca Jrs
Bayern X Milan
Só jogão, meu nobre. Pelo menos parece que teremos a chance de acompanhar as partidas pela ESPN (preciso confirmar).
28 de jul. de 2009
Do Populacho! - Depois de esfriar...!
A chuvosa manhã paulistana de segunda feira não conseguiu esconder a manchete evidente depois do clássico entre Corinthians e Palmeiras, um dos maiores do mundo, em Presidente Prudente.
O Palmeiras jogou como nunca, ou como vinha jogando, e com vontade redobrada já que, além do clássico, jogava para um novo treinador que espreitava das tribunas de honra.
O Corinthians jogou como nunca, demonstrando a evidente falta dos dois colegas recém tranferidos e as complicações que as transações do mercado da bola causam.
Apesar do dia iluminadíssimo do atacante alviverde Obina, e bota iluminado nisto mesmo por se tratar do folclórico jogador, e do próprio Palmeiras o Corinthians se mostrou apático, como se não quisessem estar alí. O erro gritante de Chicão, ao empurrar monstruosamente Cleiton Xavier dentro da área e cometer pênalti convertido pelo já referido e agraciado Obina, mostrou o desencontro da zaga e de todo o resto do time. Parece que a ausência de Ronaldo, depois dos 20 minutos do primeiro tempo, desestruturou o time.
Mas, verdade seja dita, mesmo porque não há que se esconder, o que está desestruturando o Corinthians é a janela de tranferência que, com os jogadores tão em evidência como estiveram, mexe com os brios de qualquer um. Douglas foi outro a deixar o time.
Mano Menezes precisará de um pouco mais de tempo para refazer o time e de paciência da torcida, já que demonstrou que vale a espera.
Video-game nas Olimpiadas?
Se liga na matéria do GEEK.COM:
Por Stella Dauer
Em uma seção de fotos para um jogo da Sega, baseado nos Jogos de Inverno de Vancouver de 2010, quatro atletas foram questionados sobre a aceitação dos jogos eletrônicos como esporte oficial e sua inserção nos Jogos Olímpicos. As opiniões dividem a classe.
Segundo o blog Game Life, da revista Wired, os atletas que possuem videogame foram os mais positivos. O praticante de snowboard, Matthew Moroison, acredita que jogar seja um esporte e considera os jogadores profissionais “fenomenais” quando assiste torneios ou quando tenta sobreviver por mais de 10 segundos no título Call of Duty.
Porém, não sabe o que dizer sobre as Olimpíadas: “Tenho minhas dúvidas. Atletas podem usar a força bruta para vencerem, enquanto que no jogo você tem que usar mão-olho para coordenar e estratégia, mas é menos físico. Então eu não sei”, comenta.
Lindsey Vonn, esquiadora de descida livre, vai além e acha que os games são mesmo um esporte, já que jogar é um ato competitivo. Mas também titubeia na hora de colocar os gamers nos Jogos Olímpicos: “Eu não sei. Se fosse aberta a discussão, haveria a questão de quais jogos seriam esportes olímpicos. Devem haver milhões de jogos [não-eletrônicos] que também poderiam ser [olímpicos], como o pôquer, e isso poderia gerar muitos protestos”, afirma. Mas a atleta se mostra interessada, caso a proposta se torne realidade: “Se os jogos eletrônicos fossem esportes olímpicos e o esqui fosse um deles, eu definitivamente poderia tentar uma medalha de ouro no esqui virtual”.
Já aqueles que sequer jogam foram opositores convictos. “Não concordo porque o esporte precisa de domínio físico. Você não pode simplesmente imitar um esporte, toda a noção de esporte envolve praticá-lo. Você pode fazer competições de jogos eletrônicos, mas ser um esporte olímpico é exagerar um pouco. Jogar ainda é diversão para as pessoas e é definitivamente um entretenimento, mas como esporte verdadeiro eu acho que não serve”, foram as palavras de Kristina Groves, patinadora de velocidade.
Seth Wescott, praticante de snowboard, concorda com a colega: “Tenho que discordar. Acho que existem toneladas de habilidades únicas em jogar, como velocidade, coordenação mão-olho e destreza nos diferentes comandos. Mas eu levei um bom tempo aplicando isso na vida real, o verdadeiro esforço físico dos esportes”, disse.
Segundo o site Switched, apesar da divisão equilibrada das respostas, fica claro que nenhum dos atletas concordou completamente com a idéia. O consenso geral foi o de que os jogos eletrônicos não envolvem o mesmo esforço físico e habilidades que os esportes “reais” que praticam, tornando os games “indignos” de pertencerem às Olimpíadas.
www.geek.com.br
------------------
A união das vertentes já existe:
---------------
E o feroz aí, concorda em jogar um playstation nas Olimpiadas?
27 de jul. de 2009
La Mano de Dios - Plantão médico
Chazinho de Coca - "Golbina", uma piada que começa a perder a graça.
A escalação alviverde com 3 volantes surpreendeu muita gente. Eu inclusive. Coisa de Muricy Ramalho? Jorginho diz que a idéia foi sua, mas que Muricy aprovou.
De toda forma, o Palmeiras ganhou o meio-campo e dominou amplamente a partida.
São 3 volantes de muita qualidade. Edmilson mais fixo entre a zaga e o meio, com Pierre mais a frente e Souza com liberdade de aproximação ao ataque. Com isso Cleiton Xavier e Diego Souza ficaram livres para dar o tom do jogo.
Quando atacado, Souza dava o 1º combate. Pierre, por dentro, pegava Douglas e a sobra era de Edmilson. Foi um xeque-mate da dupla Jorginho-Muricy.
As esperanças corintianas estavam depositadas em Ronaldo. Mas aos 19 minutos ela se foi. Em jogada no meio-campo, o Fenômeno caiu com o peso do corpo sobre a mão esquerda e teve de sair da partida. A suspeita é de fratura e ele pode ficar um bom tempo sem dar as caras nos gramados.
A entrada de Moradei evidenciou que o Timão não tem um banco de reservas a altura do time principal. E Souza, reserva imediato de Ronaldo, mostrou estar em baixa com Mano Menezes, que mandou um volante no lugar do centroavante.
A essa altura do jogo o Verdão já era dono do jogo e criava chances claras de gol. Esse foi o cenário do jogo e a grande estrela do espetáculo foi Obina.
O Obina do Flamengo tornou-se muito mais um folclore do que um jogador. E ele entrou nessa, acreditando ser melhor que o Eto´o e depois caindo em desgraça com a torcida. Culpa dele próprio, que não zelou pela manutenção de sua condição física e também da comissão rubro-negra, que não cobrou de seu atleta o empenho necessário.
No Palmeiras Obina está fininho, em dia com a balança. Treina pesadamente, tem acompanhamento nutricional rigoroso – Nada de acarajé.
E mais importante – ele tem a confiança do elenco, da comissão e da torcida.
A partir disso tudo, Obina está mostrando que pode ser sim muito útil ao Palmeiras na busca pelo penta. Não é gênio, não é craque, mas está longe de ser um caneludo, longe de ser uma piada. Piada que o próprio Jogador ajudou a criar e que agora começa a fazer perder a graça.
O Derby mais uma vez valeu a taça Oswaldo Brandão e, mais uma vez, ela ficou com o Palmeiras.
A próxima partida entre os maiores rivais paulista será em 31 de outubro. A última vitória corintiana no clássico foi em 26 de outubro de 2006, 1X0 com gol de Marcelo Mattos. Isso faz com que essa seja a maior estiagem de vitórias de um sobre o outro – 3 anos. São 6 jogos, com 5 vitórias alviverdes e um empate.
E nesse meio tempo, Obina já é o maior artilheiro do duelo, com 3 gols (marcou 5 na mesma partida, mas só 3 valeram). Edmundo vem atrás com 2. (jornal LANCE)
O sucesso de Golbina faz com que a torcida nem se lembre que até pouco tempo o ataque do time era comandado por um tal de Keirrison. Quem diria?
Acompanhe os melhores momentos do clássico:
Os gols na narração de José Silvério, o Pai do Gol:
http://www.radiobandeirantes.com.br/audios_rb/09_07/090726_cor0x1pal_obina.mp3
http://www.radiobandeirantes.com.br/audios_rb/09_07/090726_cor0x2pal_obina.mp3
http://www.radiobandeirantes.com.br/audios_rb/09_07/090726_cor0x3pal_obina.mp3
Rapidinhas:
-Obina no Palmeiras é coisa de Luxemburgo. O treinador também disse no início da temporada que esse time estaria pronto para o BR09.
Não é justo só enxergar os erros do treinador nessa última passagem pelo Palmeiras.
-Mas agora ele está no Santos e em sua apresentação prometeu levar o Peixe para a Libertadores de 2010. Depois voltou atrás e disse que será uma missão complicada.
O que será que ele irá dizer depois da derrota de ontem para o Flamengo, em plena Vila Belmiro? O Mengão não batia o Santos na Vila há 30 anos.
Vou deixar a nobreza com um petardo do Libertines, The Boy Looked at Johnny:
Cheers,
24 de jul. de 2009
Post It - Muricy Ramalho é Verde.
Trechos da entrevista de Muricy Ramalho em sua apresentação no Palmeiras.
- Recebi algumas propostas e, com certeza, o lado financeiro era muito forte e alto. Mas eu escolhi o Palmeiras porque foi o primeiro contato que eu fiz e isso pra mim vale muita coisa. Me chamou muita atenção. Além da história, da camisa e da torcida que esse time tem.
- Se você não tem conquistas não permanece em time de ponta. Eu vim para cá exatamente pela possibilidade de conquistar títulos. De acordo com o resultado, as pessoas elogiam ou criticam. No futebol só tem uma coisa para deixar as pessoas contentes que são as vitórias. O resto é tudo conversa. Todos querem ver o Palmeiras vencer, eu também quero. As pessoas têm que cobrar mesmo e é boa essa cobrança assim você não acomoda
-Quando voltei ao estádio do Náutico com o São Paulo, o pessoal se assustou ao ver todo mundo gritando meu nome pelo reconhecimento. Isso acontece porque eu me dedico demais, Se recebo proposta não saio, e o torcedor não está acostumado com isso. A palavra traidor não existe porque eu fui mandado embora. E o torcedor não é bobo, você não engana. Sempre falei da torcida do São Paulo nesses três anos e meio porque foi ela que me segurou mesmo. Eram sempre os mesmos tentando me tirar e a torcida reconheceu meu trabalho. Aqui vai ser assim, vou conquistar o torcedor".
-O Palmeiras agora está na minha vida, e quando visto uma camisa é difícil de tirar. Tenho certeza que vou durar bastante tempo aqui.
23 de jul. de 2009
Chazinho de Coca - Operação Garfo
O que isso tem a ver com o FFC?
Ontem verificamos a nova Operação em prática no país – A Operação Garfo.
Mas se você preferir e estiver mais familiarizado com o termo “Operado”, fique a vontade para entendê-lo dessa forma.
Palmeiras no Serra Dourada e São Paulo no Beira-Rio foram garfados pela arbitragem.
No Serra Dourada, Palmeiras e Goiás faziam uma partida disputada, sobretudo no 2º tempo.
Lá, o Verdão Paulista abriu o placar com um golaço de Diego Souza e começava a construir mais um grande resultado fora de casa. O Goiás era perigoso, mas precisou da intervenção de Evandro Rogério Roman para conseguir a virada.
Novo atacante do time? Que nada. Trata-se do arbitro do jogo. O bichão inventou um pênalti de Wendell em Julio Cesar, que claramente atinge a bola. E não foi um lance onde a dúvida pairou em um 1º momento. O desarme foi flagrante.
A ação do juiz deixa metros de pano para manga quando ao assinalar o pênalti, ele não dá o cartão amarelo para Wendell. Se ele entendeu que o lance foi faltoso, então o amarelo era necessário. Mas Wendell já tinha amarelo e, nesse caso, deveria ter sido expulso. O juizão ponderou, viu que o prejuízo paulista seria grande e preferiu prejudicá-lo “de leve”.
Com o gol de Leo Lima, obviamente o Goiás foi pra cima e passou a ser mais perigoso.
O segundo gol do Goiás surgiu aos 43 minutos. Bruno Meneghel recebeu a bola, em posição de impedimento, entrou na área e chutou, a bola desviou em Marcão e matou o goleiro Marcos.
Houve impedimento SIM, embora não tenha sido um erro tão claro quanto ao do pênalti. De toda forma, o Palmeiras que terminaria provisoriamente como líder isolado e obrigando o Galo a vencer para retomar a ponta, foi dormir como vice-líder, por ação direta do juiz.
E......
No Beira-Rio o São Paulo conseguiu uma reação sensacional diante do amarelão Internacional.
E precisou realizar tal feito, pois perdia por 2X0 desde os 37 da 1ª etapa, com 2 gols impedidos. Dois gols que mais pareciam replays. Tão iguais, que até a posição de Alecsandro foi a mesma – impedido. Sem falar, claro, da falha de posicionamento da zaga são paulina que levou dois gols iguais, por mais impedido que estivesse o atacante colorado.
O São Paulo teve um pênalti, também não muito claro, de Guiñazu em Rycharlisson. Washington bateu e errou.
Na 2ª etapa o tricolor paulista foi pra cima, foi agressivo e Hernanes, enfim, voltou a fazer uma boa partida.
O próprio Hernanes diminuiu em um belo gol, tramado em triangulação. Depois Jean, em bonito disparo, deixou tudo igual.
Igual pois já levava na lomba dois gols que não deveriam ter sido validados. O nome do validador? Rodrigo Nunes, com os auxiliares Hilton Moutinho Rodrigues e Cláudio José de Oliveira, todos do RJ.
Mas meus caros, como reclamar da arbitragem do brasileirão, se teremos na Copa do Mundo Carlos Eugênio Simon, o autor das maiores patacoadas recentes da arbitragem brasileira, como o grande representante da juizada brazuca?
E pela 3ª vez consecutiva. É mole?
É um beco com saída, mas com um garfo apontado para quem tentar ultrajá-lo.
Acompanhe o que rolou de garfada e futebol nas duas partidas:
Goiás X Palmeiras
Internacional X São Paulo
Cheers,
22 de jul. de 2009
La Mano de Dios - Winning Eleven e o futebol de verdade
Winning Eleven e o futebol de verdade
Hoje um amigo nosso, o Sergio, que gosta muito de futebol, estava deslumbrado com o time que o Manchester City, o novo rico do futebol inglês, vem montando. Tevez, Robinho, Adebayor... todos esses nomes fizeram o malandro crescer os olhos.
Grande Bindi.
Ao Grande Bindi, que há exatamente 1 ano partiu para um plano/ sistema/ céu/ ou seja lá o que a sua fé indicar, mas que com certeza é bom, posto uma foto histórica e que me enche de honra e satisfação por estar presente em meio aos 2 monstros e aos meus caros amigos.
Bindi, eu, Mauro, Fabinho, Gus e Rene - Festa do Ferozes Futebol Clube na Funhouse - Um dia histórico.
Chazinho de Coca - E Muricy cai nos braços do Palmeiras.
“Talzinho tem uma namorada lindíssima pela qual é apaixonado. De repente ele leva um pé na bunda da pequena. Dias após o ocorrido, uma amiga da sua ex, igualmente lindíssima, passa a flertar com o figura. Existe o interesse, apesar de ele entender que a situação não lhe é das mais agradáveis – “Pô, já ir pegando a amiga dela logo na seqüência?”A amiga da ex compreende a situação do figura e resolve dar um tempo para ele pensar ou então para que esse tempo seja necessário para a ex entender bem a situação na qual seu ex se encontra.Feito isso, o figura finalmente se ataca aos braços da nova pretendente. O seu filme não fica queimado com a ex e todos vivem felizes e o novo relacionamento será eterno enquanto durar.”
Terça-Feira, dia 21 de julho de 2009, por volta de 22:00, horário de Brasilia. Eis o capítulo final da minha breve história:
MURICY RAMALHO É O NOVO TÉCNICO DO PALMEIRAS.
Não houve furo nem nada, longe disso. Não possuo fontes e sou um peixe pequenino no meio de um monte de tubarões que falam e escrevem sobre o mais delicioso dos esportes.
Mas tenho 30 anos, mais de 20 deles vivendo e acompanhando futebol. Já vi de tudo (ou quase tudo) nesse meio. Rola uma percepção bacana de certas coisas.
Os elogios rasgados de Muricy a cúpula palmeirense ao final da 1ª negociação; A promessa de um jantar entre Muricy e Belluzzo para tratar de “outros assuntos” e comer uma mortadela; As negociações furadas com outros clubes; As pedidas de Muricy para esses clubes – 600 mil, 700 mil reais – não condizem com a postura de Muriçoca; A manutenção de Tite no Inter; A compreensão de Jorginho em ver sua situação de interino permanecer mesmo com uma sequência ótima de vitórias - Lembrando que o próprio Jorginho disse não se sentir experiente o suficiente para assumir um clube dessa grandeza; A postura de Belluzzo em não efetivar Jorginho e não negociar com nenhum outro técnico.
Tava NA CARA que o final seria esse. Pelo menos na minha cara.
E agora uma rápida informação de cunho político:
O Governo anunciou na noite de terça-feira, dia 21 de julho de 2009, às 22:00, horário de Brasilia, o lançamento da note de 3(três) reais. Veja a imagem da nova cédula:
obs: nota de 3 reais é uma piadinha interna aqui do FFC ;)
Deixo a rapaziada marota e cheia de ginga ao som de Y Control, sonzeira do Yeah Yeah Yeahs:
Cheers,
21 de jul. de 2009
Do Populacho! - Será o início da derrocada?
André Santos e Cristian, respectivamente lateral e volante, titulares, se foram para os lados da Turquia. A importância destes jogadores fatalmente irá alterar o comportamento e, provavelmente, o rendimento (em campo, claro) do Corinthians. Um pensamento deve estar rondando as cabeças corinthianas agora: "irá o timão degringolar"?
Golaço Literário - Os 10 Mais do Fluminense.
O objetivo maior desse projeto é resgatar a memória de craques que, ao longo do século passado, tiveram um papel de relevância na construção da nossa identidade nacional.
Foram eleitos os seguintes craques:
01 - Marcos Carneiro de Mendonça (o primeiro goleiro da Seleção Brasileira)
02 - Romeu Peliciari (titular da Seleção na Copa de 1938)
03 - Orlando de Azevedo Viana (o "Pingo de Ouro")
04 - Carlos Castilho (quatro Copas do Mundo no currículo)
05 - Pinheiro (titular do Brasil no Mundial de 1954)
06 - Telê Santana (o "Fio de Esperança")
07 - Valdo (o matador imperdoável)
08 - Félix Venerando (goleiro campeão do mundo em 1970)
09 - Roberto Rivellino (a "Patada Atômica")
10 - Assis (o "Carrasco" do Casal 20)
Eles foram escolhidos a partir de uma enquete feita entre jornalistas como, entre outros, Nelson Rodrigues Filho, Teixeira Heizer e João Máximo.
O livro é ilustrado com dezenas de fotografias e muitas caricaturas. São 184 páginas de muitos causos a respeito de quem mais ajudou o Fluminense a se transformar no mais tradicional clube brasileiro. 184 páginas, ilustrado por fotos raras e históricas, além de caricaturas dos jogadores.
É uma obra que não pode faltar na estante de nenhum tricolor de coração!
*Vale a observação sobre a presença de Rivellino. “A Patada Atômica” já consta na lista dos 10 mais do Corinthians. Grande Riva.
Flamengo, Corinthians e Palmeiras foram os clubes homenageados até aqui. O próximo clube será o São Paulo. Ficam faltando ainda Vasco, Botafogo, Santos, Grêmio, Internacional, Atlético Mineiro e Cruzeiro.
Com informações do site:
http://www.livrosdefutebol.com/
E do blog do Mauro Beting:
http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/
20 de jul. de 2009
La Mano de Dios - Foi um rio que passou em minha vida
Foi um rio que passou em minha vida
Quando questionado sobre resultados ruins, Muricy sempre buscava justificar dizendo que a bateria de dois jogos por semana impedia um treino mais sério, atrapalhava o desenvolvimento técnico e tático da equipe.
Pois bem, o São Paulo, não ligando muito para o que o ex-técnico dizia, demitiu Muriçoca e trouxe Ricardo Gomes bem quando o Brasileirão engrenava, com jogos na quarta e no sábado/domingo.
E o que fez Ricardón? Mudou esquema tático, tirou jogadores estabilizados (mas que não vinham rendendo muito), tentando mudar a filosofia de jogo da equipe. Resultado: o São Paulo continuou não funcionando do meio pra frente e, pra completar, perdeu a solidez da defesa (grande mértio do time, e de Muricy, nos últimos anos). Sem treino, ficou dureza implementar uma nova filosofia.
Foram resultados ruins atrás de outros piores e o time mesmo quando ganhou não convenceu. A realidade depois de ontem ainda é essa, mas o Tricolor, jogando no 3-5-2 Muricístico, mostrou melhoras. Poucas ainda, mas o bastante para vencer o Santos em casa numa partida sonolenta.
Mas como desgraça pouca é bobagem, o São Paulo não tem descanço. Instável, vai logo pegar o Inter no Beira Rio quarta-feira. A calma que Muricy também achava tão necessária para trabalhar (e que com certeza só faria bem a Ricardo Gomes) pelo visto ainda vai demorar para chegar...
Ao som de Lynyrd Skynyrd - Sweet Home Alabama. O hino das road trips...
Rapidinhas: o Corinthians é um grande time em campo e uma lástima no banco. Sem André Santos e Cristian, vendidos para o Fenerbahçe, Mano ficou com um abacaxi nas mãos...
Você acredita em Muricy no Palmeiras? Eu nunca vi nota de três reais.
E será que o Avaí engrenou no campeonato?
Post It - Transações, negociações, apresentações e uma viagem.
-André Santos e Cristian não são mais jogadores do Corinthians. Na surdina, de ontem para hoje, o Fernerbahce contratou os 2 destaques do Timão, que já nem jogam contra o Vitória na quinta-feira. Os valores não foram divulgados.
-O lateral esquerdo Armero, do Palmeiras, também interessa ao clube turco.
-Wanderley Luxemburgo foi apresentado como novo comandante santista, nessa tarde na Vila Belmiro. Chegou com a arrogância de sempre, dizendo que não está em baixa no mercado e que promete levar o Peixe a Libertadores em 2010.
*Você, caríssimo e feroz leitor, acredita que Luxa classifique o Santos entre os 4 primeiros do BR09? Vote na enquete no canto superior direito do blog.
-Renato Gaúcho será apresentado nessa terça como o novo treinador do Fluminense. A partir de uma imposição do patrocinador do clube. Renato assume o clube na condição na qual o largou na temporada passada – na zona do rebaixamento.
*E nesse caso, meu nobre leitor da ferocidade bloguistica, você acha que Renato Gaúcho irá salvar o Tricolor de um vexame histórico? Essa enquete também está no canto superior direito dessa bagaça.
-E agora imagine a seguinte situação:
Talzinho tem uma namorada lindíssima pela qual é apaixonado. De repente ele leva um pé na bunda da pequena. Dias após o ocorrido, uma amiga da sua ex, igualmente lindíssima, passa a flertar com o figura. Existe o interesse, apesar de ele entender que a situação não lhe é das mais agradáveis – “Pô, já ir pegando a amiga dela logo na seqüência?”
A amiga da ex compreende a situação do figura e resolve dar um tempo para ele pensar ou então para que esse tempo seja necessário para a ex entender bem a situação na qual seu ex se encontra.
Feito isso, o figura finalmente se ataca aos braços da nova pretendente. O seu filme não fica queimado com a ex e todos vivem felizes e o novo relacionamento será eterno enquanto durar.
Dependendo do que acontecer nos jogos dessa semana entre Goiás X Palmeiras e Palmeiras X Corinthians, acho que o figura tem grandes possibilidades de se atacar aos braços da nova pequena já na próxima semana.
-Falando em Palmeiras (ops), o atacante que o presidente Belluzzo diz estar negociando e que atua na Europa, pode ser o centroavante Wagner Love. Love disse que ainda não houve nada de oficial, mas que cabe ao Palmeiras convencer o CSKA a liberá-lo. (Informação da Rádio Globo)
Post It - Rodada bacana para o Trio de Ferro.
-Palmeiras, São Paulo e Corinthians venceram seus jogos na rodada desse final de semana.
-No sábado o Verdão bateu o Santo André por 1X0, no Palestra Itália, com gol de Diego Souza.
-O 1º tempo foi jogo de ataque contra defesa, com o Palmeiras pressionando o time do ABC em sua retaguarda. A 2ª etapa foi equilibrada e Marcelinho chegou a meter uma bola na trave em linda cobrança de escanteio.
-A jogada do gol surgiu em um lance de habilidade de Diego Souza em cima de Marcelinho Carioca. O camisa 7 palmeirense pôs Marcelinho para dançar e meteu a bola entre as pernas do eterno ídolo corintiano. Marcelinho não gostou e deu um pontapé no meia. Amarelo recebido e falta cobrada por Cleiton Xavier. No rebote, Diego pegou de 1ª e deu números a vitória palmeirense. Com 25 pontos, o Palmeiras só não é líder por perder no saldo de gols para o Galo Mineiro.
-A efetivação de Jorginho mostra-se mais próxima a cada rodada. Contudo ele terá uma semana dificílima pela frente. Na quinta-feira o Palmeiras vai ao Serra Dourada enfrentar o bom Goiás. No domingo vai a Presidente Prudente enfrentar o clássico diante do maior rival, o Corinthians de Ronaldo.
-Que por sua vez foi ao Mineirão enfrentar o combalido Cruzeiro. Para variar Ronaldo foi o personagem do jogo.
-O Cruzeiro tinha mais posse de bola, mas sem Wagner no meio, era um time acéfalo, mostrando um verdadeiro show de horrores ao tentar fazer a bola chegar ao ataque.
-Ronaldo enfrentou o time que o revelou pela 1ª vez. E aos 22 minutos fez a torcida cruzeirense se lembrar de seu antigo jogador. Com um lançamento lindo e preciso, o Fenômeno deixou Jorge Henrique livre para driblar Fábio e abrir o placar.
-Discutir aspectos de arbitragem é complicado. Logo depois de abrir o placar, o Timão chegou com Morais, que deixou Ronaldo livre na área, o camisa 9 encheu o pé com o gol livre, mas Leonardo Silva cortou a bola. O juiz entendeu que com a mão, deu pênalti e expulsou o zagueiro. Assisti ao jogo pela TV Bandeirantes e vendo por uma das câmeras a sensação foi de que a bola bate na coxa do zagueiro, depois no peito e sobra para Fábio. O comentarista de arbitragem, Oscar Roberto de Godoy, não “carimbou” o pênalti e a conseqüente expulsão do zagueiro. Mais tarde assistindo o Sportv, uma outra câmera voltou a me deixar em dúvidas. Se vendo 500 vezes o lance eu não consegui chegar a uma conclusão, não acho justo crucificar o juiz. E tendo ele assinalado o pênalti, a expulsão de Leonardo Silva foi correta. Mas entendo ser um lance complicadíssimo.
-No 1º momento eu teria marcado a penalidade. Depois das 514 vezes que vi e revi o lance, acho que a análise do Godoy foi a mais acertada.
-Ronaldo tentou uma paradinha, mas bateu MUITO mal o pênalti e Fábio defendeu.
-Aos 43 minutos outro lance complicado e determinante no jogo. Cruzamento na área cruzeirense, Wellington Paulista subiu com Chicão e ela ficou para Jonathan, que balançou as redes. Mas o árbitro viu falta de Wellington em Chicão e anulou o gol.
-Mais uma vez um lance complicadíssimo. Foi o tipo de jogada que qualquer coisa que ele marcasse geraria polêmica. Para azar dos donos da casa, ele deu falta de ataque. Entretanto, ao olhar 427 vezes o lance, eu não teria marcado.
-No 2º tempo o Cruzeiro voltou pressionando ainda mais. Mas os erros de passe eram absurdos e o Corinthians esperava o momento certo para dar o bote. Até que Jucilei achou Ronaldo livre na área e o camisa 9 chutou no canto direito, sem chance de defesa.
-Aos 38 minutos, Kleber foi derrubado por Chicão. Mais uma vez um lance difícil, e mais uma vez eu não assinalaria, depois de ver 714 vezes. Kleber bateu a marcou.
-3 lances polêmicos de arbitragem. 4 milhões de opiniões favoráveis, outras 3 milhões contrárias. Sem contar as 2 milhões de opiniões favoráveis a um lance e não a outro. O que nos faz ter a certeza de que foram sim lances complicados, logo há de se dar uma trégua ao juizão.
-A vitória do Timão foi justa.
-No Morumbi, São Paulo e Santos duelavam para afastar suas fantasmagóricas possibilidades de entrada na zona da degola.
-Apenas 10.913 pagantes para ver o clássico “Sansão”. Um Sansão de cabelos cortados.
-A fase de ambos não é nada boa e isso se refletiu no jogo. Muita transpiração, mas muitos erros, muita falta de inspiração.
-O Sampa errou menos e viu o artilheiro Washington desencantar, após 6 rodadas passando em branco.
-Marlos , Washington e Dagoberto eram os mais perigosos dos mandantes. Antes de abrir o placar, o trio já havia ameaçado o gol santista em boas oportunidades.
-No final da 1ª etapa, Jean puxou rápido contra-ataque e achou Dagoberto, que com um cruzamento na medida, deixou Washington em ótima condição para abrir o placar.
-Não deu tempo de comemorar, já que Roni empatou o jogo em jogada de Germano pela esquerda.
-Chulapa colocou Neymar e Tiago Luis nos lugares de Paulo Henrique e Pará. Ricardo Gomes veio com Arouca no lugar de Marlos.
-O jogo continuou de pouca qualidade. Mas o São Paulo precisou de pouco para chegar a vitória.
-Logo no início da 2ª etapa Dagoberto chutou forte, Douglas defendeu e no rebote Washington empurrou para o gol.
-Segundo o meu camarada Roney, que colaborou com as informações do clássico no Morumbi, foi um jogo duro de assistir.
-Luxemburgo terá MUITO trabalho para acertar esse Santos. E Ricardo Gomes ganha um pouco de sossego com a vitória em seu 1º clássico.
17 de jul. de 2009
Há Quinze anos...
Vocês se lembram exatamente onde estavam e o que faziam há 15 anos?
Nosso correspondente em Recife, feroz, camarada, boleiro e integrante da geração do Tetra, Tiago Pimentel, não só se lembra, como mandou um texto caprichadíssimo, onde traz suas sensações, suas emoções e vivências de 15 anos atrás.
---------
Há Quinze Anos...
A vida de um homem é marcada por ritos de passagem. O primeiro beijo, a primeira transa, o primeiro emprego, o primeiro show. Alguns homens não ligam muito pra isso, outros gostam de ficar remoendo esses assuntos. Me enquadro na segunda categoria, embora eu faça o possível para que minhas elucubrações concernentes aos meus ritos de passagem não se convertam em indagações acerca da canetividade da caneta, afinal isso não pegaria bem para um homem no alto de seus 30 anos.
Pois bem, dentre todos esses ritos, a minha geração tem um do tamanho do mundo, que é a conquista do Tetra-campeonato Mundial de Futebol, em 1994, nos Estados Unidos, esse país tão estranho aos amantes do esporte bretão.
Essa conquista foi tão especial pra mim por inúmeros motivos. O primeiro deles é que se em 1958 o país perdera o complexo de vira-lata, em 1994 foi a vez da minha geração perder tal complexo. Cresci ouvindo as histórias do meu pai sobre Pelé, Garrincha, Didi, Tostão e principalmente Nilton Santos (meu velho diz que não existiu, nem vai existir lateral melhor).
Mas fazia 24 anos que a seleção canarinho não brilhava em todo seu esplendor. E depois que Baggio mandou aquela bola pelos ares, eu finalmente compreendi as histórias do meu pai.
Não lembro de já ter chorado de emoção antes da Copa de 94, mas com a avalanche lacrimal após a final, eu virei um sentimental desmedido e sem vergonha. Já faz 15 anos, mas a comemoração histérica de Galvão Bueno (e Pelé, com sua gravata com a bandeira americana), ainda reverbera em minha mente. Me lembro de ter caído de joelhos e agradecido aos Céus, por estar vivendo tamanha emoção.
Outro motivo que me amarra a esta conquista tem a ver com um dos ritos de passagem da vida de um garoto de 15 anos. Eu, que havia estudado até a 8ª série em escola pública, no meu bairro, com meus amigos do bairro, estava numa nova escola, fazendo novos amigos. E embora alguns desses novos amigos tenham permanecido na minha vida até hoje, a Copa de 94 foi a minha copa com a moçada do bairro, os amigos de infância. Embora a vida tenha nos levado a uma série de encontros e desencontros, a conquista do Tetra é sempre um dos assuntos nos encontros. Kleber, Antônio, Vagnão, Caio, Daniel, essa é nossa e ninguém tasca.
Eu soube que seríamos campeões quando na partida válida pelas quartas de final, Branco enfiou aquele canudo nas redes holandesas. Engraçado que eu apenas ouvi o gol, pois nesse momento eu estava no banheiro descarregando o etílico. Mas quando voltei para a sala e ví meus amigos comemorando eu sabia que Deus, Buda, Alá, Ogum ou quem quer que seja, não seria tão mal a ponto de decepcionar aqueles caras. Mesmo na difícil semi-final contra o escrete sueco, eu estive confiante o tempo todo (nem a dancinha ridícula do goleiro Raveli abalou minha confiança, não obstante tenha me deixado putaço).
Fora isso, que beleza de Copa, por mais que os mal-humorados digam que não. Como eu gostava das outras equipes. Bulgária, Romênia, Suécia, Nigéria, e até os Estados Unidos, que quase estragaram a nossa festa nas oitavas de final.
15 anos passados, e nesses 15 anos uma final esquisita, outra belíssima conquista e uma copa perdida pelo salto alto, além das paixões, músicas, decepções e porradas que a vida aplica a nós de coração insensato, ainda guardo um lugar especial para Romário, Dunga (num vacila, rapá), Taffarel, Bebeto, Mauro Silva, Jorginho, Branco, e todo aquela maravilhosa seleção. É difícil expressar em palavras aquele momento, onde meu choro nunca foi tão sincero e feliz, então me despeço pegando emprestadas as palavras de Galvão Bueno: ACABOOOOOU, ACABOOOOOOU! É TEEEETRA! É TEEEETRA!
------------
O vídeo marotíssimo também é sugestão do figura:
------------
Dá-lhe Pimentel. O espaço será sempre seu, meu nobre.
PS: E tira logo umas férias e cai pra cá pra gente tomar umas cervas. O Fabinho paga a conta ;)
16 de jul. de 2009
La Mano de Dios - Acabou-se o que era doce (de leche)
Chazinho de Coca - Palmeiras de Jorginho joga bem por que joga simples.
Muitos tratam o futebol, o campo de jogo como um enorme laboratório. Muitas vezes é justa a invencionice. O time é fraco, com poucas opções, muitos desfalques. Mas em outras (muitas) vezes o excesso na auto-intitulação de “professor”, dá margem a erros e exageros dos comandantes dos esquadrões da nação.
Jorginho vai na contramão dessa história. Ontem ele deu mais uma demonstração de que o futebol não é tão complicado quanto se prega.
Zagueiro é zagueiro. Volante é volante. Lateral é lateral, Meia é meia. Atacante é atacante. A forma como ele dispõe essas peças em seu jogo é que tem feito a diferença.
Alguém se lembra de um tal de Keirrison? Juro pra vocês que só me lembrei dele agora quando olhava algumas postagens antigas do FFC.
Ontem Ortigoza e nas rodadas anteriores, Obina. Não são gênios, mas acreditam em todas as jogadas e em muitas delas a crença se transforma em realidade, que se transforma em boa jogada, que muitas vezes dá em gol.
Cleiton Xavier tem se visto livre de sua outrora obrigação na marcação. Quando é necessário, ele dá combate, mas a sua função primordial é armar. Ganhou a companhia do jovem Deyvid Sacconi, que é um meia de ligação de ofício e de qualidade, mas que teve poucas chances com Luxa.
Jorginho conta também com a sorte. As voltas de Edmilson, que transita entre o meio campo e a zaga, e Sandro Silva, qualificaram o setor de marcação verde. Pierre agradece aos céus.
Armero tem atacado quase como um ponta esquerda. Lembra André Santos quando apóia, mas é melhor que o corintiano quando precisa ajudar a retaguarda. Falta ainda o lateral direito do mesmo calibre. Mas Wendell tem jogado bem. Sem brilho, mas seguro.
A zaga está bem postada, poucas são as falhas individuais, e isso é fruto de um posicionamento acertado, somado ao combate que a jogada adversária já recebe desde a sua saída de bola. O Flamengo que o diga.
O Palmeiras ganhou quase todas as bolas de meio campo, fosse por baixo ou por cima. O Flamengo num desespero só, atacava atabalhoadamente e trazia quase todo o time para a o campo verde. Isso permitia ao time de Jorginho ser cirúrgico e a armar contra-ataques a todo o momento, sem nem se preocupar em ser apontado impedimento. Os flamenguistas davam essa margem.
Mais do que o Palmeiras de Luxemburgo, o time do Jorginho tem tido suas boas atuações sustentadas não só pela simplicidade do treinador na armação da equipe, mas por contar com um termômetro que ontem teve uma atuação de seleção brasileira – Diego Souza.
É ele quem dá velocidade quando a jogada pede isso. É ele quem segura a bola no ataque quando o adversário pressiona. É ele quem chama a responsabilidade nas jogadas individuais e nos passes que deixam os atacantes em boas condições no ataque. Jogou muito o camisa 7.
Tem jogado muito o Diego.
Ontem ele abusou. Com a liberdade que o esquema de Jorginho lhe proporcionou, o time variava de esquema com uma simples mudança de postura de seu camisa 7. De 3-6-1, para 3-5-2 sem que o time perdesse pegada ou qualidade no ataque.
O 1º tempo terminou 2X0, mas poderia ter sido bem mais. Na 2ª etapa o time cansou, tanto que as alterações de Jorginho foram em cima de solicitações dos jogadores e não de alteração tática ou técnica. A partir disso o Flamengo até se empolgou, marcou seu gol. Mas deve levantar as mãos aos céus por ter perdido só de 2X1.
Futebol é simples. Um bom time não se faz apenas com craques em todos os setores, mas com confiança e com gana de vitória. Nada disso tem faltado ao Palmeiras de Jorginho.
Confira o que rolou no jogaço:
------------------------------
Rapidinha da Libertadores.
-Há exatos 10 anos os clubes brasileiros não vencem uma Libertadores quando tem pela frente um adversário de fora. O último foi o Palmeiras, em 1999, quando venceu o Deportivo Cali (COL).
Alguém me explica o que ocorre?
-------------------------------
Despeço-me da nobreza ao som da banda de Zooey Deschanel, She & Him com Why Do Let Me Stay Here?
Cheers,
Virada Chulipa - Libertadores da América, o titulo da bruxa!
Pois é, minha torcida não foi suficiente, "La Brujita" Sebastián Verón jogou demais, e assim como seu pai, foi campeão pelo Estudiantes na Libertadores.
15 de jul. de 2009
Final Chulipa - Libertadores da América, a grande final!
Pois é leitores e leitoras, hoje veremos o último capítulo da Copa Santander Libertadores de 2009, de um lado a escola mineira, brasileira, de Kleber, Wagner, Ramirez, Marquinhos Paraná, Fábio, e do outro a escola Argentina, de "La Brujita" Juan Sebastián Verón.
O primeiro jogo em La Plata terminou em 0 a 0, mas isso não significa que o titulo mineiro será fácil, o Estudiantes tem um time muito rápido e envolvente na frente, já a defesa celeste não é tão confiável assim, porém, o meio campo é seguro e o ataque com Kléber o "Gladiador" é fatal.
PS. Provavelmente atleticanos e são paulinos irão secar o Cruzeiro hoje, o primeiro pela imensa rivalidade e o segundo para não terem a marca de 3 titulos continentais igualados pelos mineiros, curioso é que ambos estarão frente a frente pelo Campeonato Brasileiro nesse meio de semana.
Eu aposto no titulo celeste.
Post It - Palmeiras falando italiano (de fato?).
-O jornal italiano La Republica diz que o ex técnico do Milan, Alberto Zaccheroni, pode ser o novo comandante do Palmeiras.
-Zaccheroni tem 53 anos e já comandou a Lazio, o Torino e a Inter de Milão, além do Milan, onde foi campeão italiano em 1999.
-Diz a boca pequena que o técnico da LDU, Jorge Fossati, é outro nome na lista palmeirense.
-Ano passado o ex melhor goleiro do mundo e agora técnico, o também italiano Walter Zenga, disse que gostaria de treinar o Palmeiras um dia.
-Voltando ao solo brazuca. Hoje o interino Jorginho tem seu teste de fogo, contra o Flamengo, no Maracanã.
-Em caso de vitória palmeirense, ficará complicado não efetivá-lo como técnico da equipe.
14 de jul. de 2009
Do blog do Flávio Gomes - Nelsinho Corre na Hungria.
O título da coluna não diz bem o quanto é bom o texto da coluna de hoje do torcedor da Lusa e especialista em esportes automotivos, Flávio Gomes.
É uma bela espinafrada na nossa caríssima Rede Globo. A mesma que prioriza jogos adiados da 1ª metade do BR09 (que a própria adiou) e que quase ignora a grande decisão do ano no futebol brasileiro, a final da Libertadores.
Segue:
SÃO PAULO (o mundo dá voltas) - Nelsinho Piquet acaba de anunciar (neste caso, o verbo cabe) em sua página no Twitter que correr na Hungria. E o fez mandando um recado (de novo bem-humorado) a Galvão Bueno, que “anunciou” sua saída ontem à noite na TV.
Valem algumas reflexões.
Não estou aqui, ao contrário do que muita gente vai imaginar, “comemorando” a “barriga” — jargão jornalístico para informações que acabam não se confirmando. Galvão tinha a informação ontem e deu, assim como nós, do Grande Prêmio, já havíamos informado sobre a cláusula de performance de Nelsinho meses atrás.
São duas as questões neste episódio. Primeiro, a performance de Nelsinho como piloto de F-1. Sua permanência na Hungria não faz com que eu mude uma vírgula sobre o que escrevi dois posts abaixo.
Acho que uma substituição seria plenamente justificada, tecnicamente. Se o time vai lhe dar mais uma chance, ótimo para ele. Quem sabe dá uma virada e, com um carro igual ao de Alonso (que mostrou em Nürburgring ser melhorzinho, já que o espanhol fez a melhor volta da prova), consiga algo. Pode ser que o episódio todo do sai-não-sai também mexa com sua cabeça, se concentre mais, sei lá. Acho improvável, mas é a chance que ele tem, que agarre.
A outra questão é a jornalística. Reproduzo abaixo resposta que dei ao blogueiro Rafael Chinini sobre o post do início da madrugada de hoje, a história do “anúncio do Galvão”:
"Realmente é difícil se fazer entender por aqui. Não esculachei notícia nenhuma, é notícia velha. A discussão é sobre o caráter oficial que as coisas ganham quando é a Globo (no caso, SporTV) que dá. Vira “anúncio”, como no caso da gravidez da esposa de Massa. Aí recebo dezenas de e-mails pedindo para comentar “o anúncio do Galvão”… A Globo, na sua linha ufano-nacionalista, não toca no assunto até que ele seja consumado, porque é contra a linha editorial da empresa fazer qualquer crítica aos atletas brasileiros em qualquer modalidade. Eles não erram, são suas equipes; eles não são lentos, são seus carros. A Globo criticou a preparação da seleção para a Copa de 2006? Não, tratou tudo como um show de estrelas, “suas” estrelas. Até o time ser eliminado de forma bisonha. Aí, quando acontece, parece que foi ela a única a ter a informação, e não é verdade. É só isso. Não estou preocupado com a paternidade da notícia. Isso é bobagem. Galvão, ontem, deu a notícia e emendou: “É cedo, não?”. Não, não é cedo. A honestidade jornalística exige que se diga: é justo. Porque o seu desempenho foi ruim etc e tal. Vocês estão achando que estou puto porque o Galvão deu um furo. Estou há muito tempo nisso aqui para não me preocupar com furos. No jornalismo de hoje, com tantos meios para se informar, há poucos furos".
Não sei se preciso dizer mais alguma coisa. A maioria entendeu meu comentário sobre o “anúncio” de ontem como um ataque pessoal ao Galvão Bueno. Não foi. A informação do Galvão, provavelmente, era boa. Tão boa quando a da cláusula de performance que a Globo sempre ignorou. De ontem para hoje, é provável que a demissão tenha sido revertida em conversas entre Nelson-pai e Briatore. Acho que o chefe foi convencido de que Nelsinho poderia argumentar em eventuais tribunais que sem equipamento igual, a cláusula perderia a validade. E voltou atrás numa decisão que já tinha tomado.
Não vou achar o jornalismo esportivo da Globo melhor ou pior porque a informação do Galvão não se confirmou. Considero-o ruim, independentemente do que aconteceu entre ontem e hoje. Porque é baseado numa linha com a qual não concordo, de levantar a bola de tudo e de todos ao sabor de seus interesses, porque é incapaz de dizer que um jogo é ruim, ou que um piloto brasileiro é fraco, ou que uma seleção está se preparando mal, ou que a uma delegação olímpica é exagerada, ou que o Nuzman é uma droga de dirigente, é um pseudojornalismo que que vende emoções baratas, e não informações caras.
Não critica, faz oba-oba; afirma que o Brasil é uma potência olímpica, e não é; defende os Jogos no Rio e não discute sua necessidade; fechará os olhos para a roubalheira que vem por aí na Copa/2014, porque o evento é dela; estimula a promiscuidade nas relações entre jornalistas e fontes, são todos amiguinhos e o mundo é cor-de-rosa.
O mundo, infelizmente, não é cor-de-rosa.
------------------
FONTE: http://colunistas.ig.com.br/flaviogomes/2009/07/14/nelsinho-corre-na-hungria/
La Mano de Dios - A novela dos técnicos
A novela dos técnicos
Depois de tanta especulação e de tantas demissões de "técnicos de ponta" nas últimas semanas, vale a pena brincar de Dias Gomes e tentar garantir um final feliz para todos esses professores da bola que estão no mercado.
Acompanhe comigo, caro leitor:
Depois de um longo período de flertes marotos e piscadelas disfarçadas, Muricy volta aos carinhosos braços do Internacional, de onde saiu deixando saudades. Tite tem sua situação resolvida por uma oferta tentadora das arábias (eu sei que é clichê uma personagem sair de cena indo para o exterior, mas não dá para evitar todos os clichês). Sai com o bolso cheio, mas com a sensação de que foi o marido corno da história.
Parreira, como é muito bem relacionado, acaba no Palmeiras, apresentado pelo papai Traffic. A relação é engolida pelo resto dos familiares.
Luxa volta para onde devia ter ficado desde o começo, onde é amigo do rei e querido pela família: o Santos. A torcida, aquela molecada ranhenta, vai continuar enchendo as paciências do professor, mas papai Teixeira garante o relacionamento.
Vagner Mancini acaba no Fluminense, no típico final "pipoqueiro que fica com a feinha que sobrou". A feinha não pode escolher muito, e Mancini está queimado...
Um final feliz para todo mundo. Estando bom para todas as partes, Fábio B.A., Ferozes Futebol Clube. E aí, será que a Globo compra minha novela?
Ao som de Kode 9 & Spaceape - Memories of the Future. Pesaaaaaaaado...
Chazinho de Coca - Tops de linha livres no mercado.
Wanderley Luxemburgo, Muricy Ramalho e Carlos Alberto Parreira estão desempregados. Ao lado de Mano Menezes, formam hoje o quarteto “fantástico” de treinadores no futebol brasileiro. Lógico, sem contar Felipão, que está no exterior.
Seja talvez a 1ª vez em anos, ou mesmo em décadas, que os principais comandantes brasileiros encontram-se desempregados todos de uma vez.
O que pode explicar esse fenômeno?
Talvez o nosso futebol tenha supervalorizado a função do técnico nos últimos anos.
Mas por quê?
Ao longo desses anos, os nossos jovens valores partiram cada vez mais cedo para o exterior, deixando no país algo como a “série B” dos atletas profissionais, raro algumas exceções.
Tendo cada vez menos jogadores que façam a diferença individualmente, os técnicos viram-se obrigados a desenvolver esquemas táticos mirabolantes, muitas vezes fugindo de suas características – vide Luxemburgo e o seu 3-5-2 dos últimos tempos no Palmeiras, quando o próprio condenou o esquema com 3 zagueiros por anos.
Muricy Ramalho e o seu São Paulo tricampeão é outra prova disso. Tendo um time com poucos valores individuais, onde o grande destaque foi sempre o goleiro, o treinador construiu um esquema sólido, que não empolgava plasticamente, mas que era competente ao ponto de tornar-se quase imbatível no país.
Luxemburgo recebia mais de 600 mil reais/ mês no Palmeiras. Muricy pediu valor semelhante para assumir o mesmo cargo. Só Ronaldo recebe vencimentos superiores a esses no país, e mesmo assim, mediante as estratégias de marketing que possibilitam ao Corinthians pagar os mais de 1 milhão de reais/ mês para o seu Fenômeno. Ou seja, o próprio jogador, usando do valor de sua marca, é quem gera o lucro necessário para se bancar no clube.
Demonstração clara de uma inversão de valores, onde o técnico ganhou um status superior ao dos próprios jogadores.
É justo? Vale a pena?
Complicado dizer sim ou ao. Muricy fez por merecer o que recebia no São Paulo. Luxemburgo não o fez no Palmeiras. Mas aí a questão não é o merecimento ou não, mas o valor que se paga.
Marcos recebe no Palmeiras algo superior a 200 mil reais/ mês + prêmios que elevam o valor a mais de 300 mil reais. Isso é a metade do que recebia Luxemburgo. Relembrando a trajetória do time na Libertadores. Quem foi mais importante ao longo da campanha e mesmo a temporada?
Veja que não discuto o mérito, mas o valor .
Parreira é outro desempregado. Mas aí a situação do tetracampeão mundial é mais complicada. Ele obteve menos de 50% dos pontos disputados nessa sua última passagem pelo Fluminense. O trabalho não foi bom. Assim como não tem sido bom nenhum dos seus trabalhos desde que saiu do Corinthians em 2002. Mas ele tem grife, tem renome.
Independente do valor que esses profissionais cobram, o simples fato de tê-los livres no mercado já começa a devastar os clubes do país.
Luxemburgo só caiu depois de Muricy ficar disponível. Tite passou a balançar no Inter com mais força desde as quedas de Muricy e Luxemburgo, claro, também devido aos resultados nas finais disputadas.
Ontem Mancini foi demitido do Santos. Teria caído se Muricy e Luxemburgo estivessem empregados?
Mas abrir mão de ter um profissional desse nível é saudável?
O Palmeiras sinaliza com essa possibilidade. O interino Jorginho pode ser efetivado, principalmente pelo bom trabalho e pelos elogios rasgados que recebe do próprio elenco. O eterno ídolo Evair pode ser seu auxiliar técnico. Ambos receberão algo que não deve superar os 100 mil reais/ mês. O clube irá economizar algo em torno de 4,5 milhões de reais até o fim da temporada com essa diminuição de gastos na comissão técnica. Belluzzo diz que deverá investir esse valor +a ajuda da Traffic para trazer 2 nomes de peso para o elenco.
Mas e quando pintar o 1º revés. Jorginho e Evair vão segurar a bronca?
Perguntas, indagações, dúvidas que permeiam o imaginário do feroz torcedor brazuca. Que devastam os cofres, os trabalhos e os homens envolvidos nos clubes do país.
--------------------
Rapidinha.
Termina-se hoje o BR09 e o futebol carioca teria 3 times na série B. Fluminense e Botafogo caindo e Vasco, hoje em 8º, permanecendo no limbo. Vai dormir com um barulho desses, meu nobre?
--------------------
Coluna marota escrita no embalo da minha banda do dia. Uma das que constituem a minha cabeceira – MUSE , com Take a Bow, do discaço ao vivo HAARP. Veja a apresentação sensacional dos figuras:
Cheers,