"Clássico é clássico e vice-versa"
Foi realmente um Choque Rei o que vimos domingo no Parque Antártica. Dois times que suaram a camisa para vencer, num jogo nervoso e com muita emoção.
O São Paulo foi à casa do adversário para se defender e jogar no contra-ataque. O melhor ataque do campeonato e uma das melhores defesas, apostou nos toques rápidos para ganhar os espaços contra o Palmeiras. E mesmo com todo o mistério do professor Luxemburgo - trocou a escalação na última hora, deixando muito repórter esportivo perdido -, o time de Muricy foi muito competente em sua proposta.
A bem da verdade, o Verdão tinha mais volume de jogo, mas não contava com o jogo rápido Tricolor e com as belas saídas de Jean, puxando o contra-ataque das bolas que paravam na sólida defesa tricolor.
Um primeiro tempo emocionante, com 2x0 para o visitante no placar, uma expulsão de cada lado, bola na linha do gol e muita catimba. Com tudo isso, parecia que o Palmeiras iria fazer feio em casa, e cabia ao São Paulo administrar o placar no segundo tempo.
Mas 45 minutos é muito tempo, e as alterações de Luxemburgo surtiram efeito bem rápido. Denilson entrou para incendiar a defesa tricolor, que agora apenas rebatia as bolas. A força de ataque do Palmeiras logo surtiu efeito: Denilson em bela jogada de linha de fundo deixou André Dias no chão e tocou para Kleber (que jogou muito mais do que bateu, finalmente) marcar.
A bola era toda do Palmeiras, e não demorou para o empate sair. A bem da verdade, o Palmeiras conseguiu seus gols pois tem mais banco que o Tricolor. Eder Luis entrou no lugar de Hugo para fazer nada, e ainda perdeu a bola que gerou o segundo gol palmeirense.
O empate teve gosto de derrota para o Tricolor, mas fora de casa, contra um dos favoritos ao título, acabou sendo um resultado justo para ambos. Jogão.
Ao som de King Tubby and Roots Radics - Loud Mouth Rock.
Rapidinhas: Hoje posso dizer que três times disputarão o título: Palmeiras, São Paulo e Cruzeiro, que vem comendo quieto, ao melhor estilo mineiro.
Muricy, sem alarde, é o melhor técnico do Brasil. Luxemburgo, com muita pompa, é o maior chiliquento.
E por que Nilmar não é titular da seleção?
21 de out. de 2008
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