30 de abr. de 2010

Chazinho de Coca - A palavra de ordem no Palmeiras é ousar. Mas que seja contra o adversário e não contra a torcida.

Texto: João Paulo Tozo
Foto: Ari Ferreira (para o Lancenet)

Mais uma vez o Palmeiras teve maior posse de bola – algo em torno de 60% - mais uma vez tramou boas jogadas pelo meio, sobretudo com Lincoln - que cada vez mais se aproxima do Lincoln que fez sucesso na Alemanha – e Cleiton Xavier, que retornou ontem ao time depois de tempos fora devido a contusão. Mais uma vez o Palmeiras não soube o que fazer com toda essa posse de bola.

A sabedoria do que fazer com ela talvez estivesse guardada no bolso de Diego Souza, que apático e destemperado, não soube receber as JUSTAS vaias da torcida – e torcida é torcida. Seja do amendoim, das arquibancadas, do televisor, do radinho de pilha. Todos formam uma única torcida. Ofendeu a todos esses os gestos de Diego.

Com Diego sendo o Diego dos últimos meses, Robert era pouco alimentado. Meu “protegido” não foi bem, mas era o único homem de área e a meu ver Tonhão errou ao sacá-lo para colocar Everthon. Acertaria o técnico se tivesse feito a troca com Diego Souza.

Bem, esses detalhes já são favas contadas.

No 1º tempo o Atlético GO adiantou seus laterais, travando as subidas de Armero e Marcio Araujo. Lincoln e Xavier ficaram sobrecarregados, mas deram boa conta do recado. Na 2ª etapa Marcos Assunção ficou mais resignado a marcação, com Edinho sendo quase um 3º zagueiro. Os laterais avançaram e os cruzamentos passaram a ser uma das tônicas. Até nisso o erro na substituição de Robert foi flagrante.

Marcão teve trabalho, operando ao menos 3 milagres daqueles que só ele opera.

Se o Palmeiras teve gol de Robert acertadamente anulado na 1ª etapa. O Atlético teve na 2ª, aparentemente bem anulado. Nesse confesso que preciso rever o lance mais vezes.

Quando Diego Souza já havia mandado toda a coletividade alviverde tomar suco de caju e Paulo Henrique entrado em seu lugar, eis que o centroavante xará do Ganso santista sofreu pênalti , aos 49 minutos. Veja que eu estou afirmando. Ele sofreu pênalti. Li muitos cornetas dizendo que não foi. Foi sim. Como já havia sido toque de mão atleticana dentro da área no começo do 2º tempo.

“Ah mas você mesmo diz que jogador no Brasil parece de vidro porque qualquer coisinha é falta”.

Digo mesmo. Mas se para Gaciba um sopro na orelha é falta, um braço sobrando no pescoço/peito/cara/sei lá onde é mais que isso. Dentro área portanto, pênalti. Não deveria ser assim. Mas dentro dos padrões “Gacibisticos” é.

Terminou 1X0 como no duelo contra o Atlético PR. Isso dá ao time a chance de ousar na postura em Goiânia, já que um gol verde obriga o rival a marcar 3.

Ousar é um verbo que o elenco de Tonhão precisa conjugar muito até o próximo duelo. Ousadia ofensiva que tem faltado ao time. Ousadia que Diego Souza deve deixar de usar no enfrentamento a torcida e exercer contra os rivais, em campo, na bola. Usando o futebol que ele sabe jogar sim. Mas que esqueceu no bolso de alguma calça em algum momento da temporada passada.

Veja os lances:


Despeço-me do feroz, seja corneta ou não, deixando o petardo musical que me acompanha enquanto escrevo o post: The Cure – Friday I´m in Love

Cheers,

29 de abr. de 2010

Sampa Noise - Bom Resultado?



Sim, o São Paulo conquistou um bom resultado levando em consideração o fato de que na Libertadores o empate no campo adversário conta muito, ainda mais quando no time
há um rapaz chamado Richarlysson.

Há jogadores com lugares cativos no time do São Paulo. Não tem cabimento o Ricardo Gomes colocar um jogador desequilibrado e sem futebol algum no time. E esse é o caso do Richarlysson, que desequilibrado sempre leva um cartão amarelo ou ainda para ajudar o time, nessa ganância por uma bola, leva o vermelho.

Mas não foi só por esse motivo que o São Paulo ficou no empate. O time jogou um futebol bem regular na peleja de ontem contra o Universitários. A defesa com Alex Silva, Miranda, Cicinho até metade do primeiro tempo sendo substituído por Jean após sentir muitas dores no ombro, e Rogério Ceni fizeram uma grande partida, ajudando o São Paulo a segurar o empate.

Outro com lugar cativo no time é o Hernanes, que ontem pouco se ouviu falar dele, e quando recebia a bola errava muitos passes. Marlos fez uma boa partida e Dagoberto sempre buscando o ataque indo pra cima, criou melhores chances do time. Washington se esforçou, mas pouco fez. Jorge Vagner, esse sim jogou um partidão, ele marcava, se apresentava ao ataque fazendo ultrapassagens e tocando bem a bola. Rodigo Souto apoiou bem e quase marcou um gol em um lance de escanteio no segundo tempo.

Para o futebol apresentado pelo time do Universitários, o São Paulo poderia ter matado o jogo e se classificado ontem mesmo, mas o time para esse grande feito não entrou em campo ontem.

O time do São Paulo realmente empurra com a barriga o campeonato, conseguindo resultados ruins e sem expressão alguma. Tá devendo futebol e raça, e já não é de hoje. O que vai acontecer se o time passar para as quartas e pegar o cruzeiro?

A certeza da maioria dos leitores é dizer que haverá mais uma derrota para brasileiros em Libertadores.

E digo mais, se o São Paulo não melhorar esse futebol meia-boca que tem apresentado,
haverá muitas chances de ser eliminado nas quartas de final.

O próximo jogo do São Paulo contra o Universitários será dia 04/05/2010, numa terça-feira, às 19h30. Agora são-paulinos, é só esperar e torcer pela classificação.


Dica musical do dia: Breakage - Justified Feat Erin

Breakage - Justified (feat erin) by Gavatron

Liga dos Campeões da Europa! - GRANDE FINAL!



Finalmente a grande competição de futebol entre clubes tem definido seus dois finalistas!

Se alguem chutasse no início que a final seria entra a Internazionale de Milão e Bayern de Munique certamente teria seu passaporte para o hospício do futebol carimbado!

A Inter de Milão teve um caminho difícil até esse grande momento, a começar por ter caído de cara no grupo do último campeão e recem eliminado na semi final, o Barcelona! Teve ainda de bater pesos pesados da bola como o ingles Chelsea e o esforçado CSKA Moscou.

Porém no jogo dessa quarta feira mostrou por que merece estar la no palco da grande final, com uma defesa sólida como manda a cartilha italiana e um time mesclado praticamente de brasileiros e argentinos, deu o que eu diria uma chave de braço no time espanhol. Messi? Ibrahimovic? Pedro? Xavi? Quem? Ninguem!

Lúcio, Cambiasso e companhia trataram de imobilizar totalmente o time catalão, enquanto esse numa demonstração da sua força fez valer mais ainda a classificação italiana marcando um gol no fim e ainda tendo um anulado ja nos acrécimos!

Mas como essa historia não se fez só com esse jogo, 3 a 2 pra Inter no placar geral!

Do outro lado temos o que eu diria a maior surpresa da competição! O Bayern de Munique começou sua jornada aos trancos e barrancos, mas cresceu, se agigantou durante o torneio, e mostrou que tambem tem muito brio, tal qual o time de Milão!

O caminho do time rubro foi mais complicado, se classificou como segundo do seu grupo (assim como a Inter) , mas que teve como primeiro o mediano Bordeaux.

Na sequencia, uma curiosidade , se classificou da mesma forma contra Fiorentina e Manchester United, vencendo na sua casa e perdendo fora, no entanto contando com a força do seu ataque na casa do adversário, sempre marcando gols!

Ja na semi final, sua classificação mais tranquila, com vitória em casa de 1 a 0 e uma goleada de 3 a 0 na França, frente ao Lyon!


Dois times fortes, dois gigantes que estavam adormecidos! Agora se levantam e se preparam para dar ao mundo mais um espetáculo de futebol no estádio Santiago Bernabéu na Espanha!

Palco onde o Barcelona adoraria levantar o caneco! Mas assim não quiseram os deuses da bola!

Até a grande final!

28 de abr. de 2010

Chazinho de Coca - Quarta-feira enorme!


Quarta-feira enorme

Quarta-feira é o 2º dia mais importante da semana no futebol. Em épocas de Copa do Brasil e Libertadores, (também Champions League) muitas vezes as quartas deixam os domingos no chinelo.

Hoje é uma dessas quartas. Desde o final da tarde com o mega clássico entre Barcelona e Inter de Milão pelas semifinais da Champions League, até a overdose noturna com o aguardadissimo Flamengo X Corinthians, além de Universitário X São Paulo, ambos pela Libertadores. Passando pelo clássico Atlético MG X Santos, esse pela Copa do Brasil, em mais um dos tantos testes para a rapaziada da Vila provar que é time de decisão.

O feroz fã de futebol não tem do que reclamar. A não ser que seja como eu, que irá perder o jogaço pela Champions League devido aos compromissos profissionais. Mesmo para nós ainda há a noite da quarta, caríssimos. Que beleza!

Prognósticos? Certo, vamos a eles.

Barcelona X Inter de Milão: 1º jogo em Milão um quase improvável 3X1 Inter acendeu o sinal de alerta do melhor time do mundo. Dá também aos italianos com o seu consistente sistema defensivo a chance de esperar o óbvio ímpeto ofensivo do Barça e apostar nos contra ataques alimentados pelo ótimo Sneijder, que está em grande momento. 3X1 é um placar elástico pacas, sobretudo para um jogo entre grandes do futebol mundial. Entre grandes elencos do futebol. Por melhor que seja o Barça, a Inter é um baita time também. A não ser que Messi esteja em jornada como naquela em que massacrou o Arsenal, acho que as chances da Inter chegar a final são de 70%.

Flamengo X Corinthians: 1º jogo das oitavas de final. Um campeão brasileiro em má fase técnica. Em má fase administrativa. Sem técnico. Sem saber direito que rumo tomar. Se quiser tomar o rumo das vitórias, terá de ser muito Flamengo, o que não tem sido. Camisa e tradição pesam sim, mas do outro lado está um clube de camisa e tradição iguais, só que com um planejamento quase impecável em prol dessa competição. O Corinthians é o melhor time da Libertadores até aqui. É para mim o favorito a conquista do título. Tem mais time que o Flamengo. Tem uma comissão técnica que comanda o time há mais de 2 anos e que montou a dedo o elenco para a conquista da tão sonhada Taça. Em decisão de dois jogos, na maioria das vezes o melhor passa. O melhor é o Corinthians. Mas o Barcelona também é melhor que a Inter de Milão e, lá na Champions, a Inter está muito próxima de eliminar o favorito.

São Paulo X Universitário: O São Paulo não é mais o mesmo dos anos anteriores. Mas ainda é um São Paulo na Libertadores, onde se sente tão bem. É também um São Paulo comandado por um Ricardo Gomes que não conseguiu definir até agora o seu time titular. Não sabe se quer Washington ou Fernandinho. Não sabe se joga com 2 ou 3 zagueiros. Ricardo Gomes não sabe. Mas o São Paulo sabe jogar essa competição. Não está entre meus favoritos a conquista desse ano, mas pelo Universitário deve passar sem grandes dificuldades.

Atlético MG X Santos: Duelo aguardado entre a rapaziada cheia de ginga do Santos e o “manager” Vanderley Luxemburgo, “o terno”. Quando o duelo é entre jogadores de um lado e técnico do outro, fica evidente que o lado dos jogadores é muito mais forte que o do técnico. Técnico não joga, ele escala. Escala o que tem e o que pode. No caso de Luxa, vai escalar um time que independente de Tardelli estar em boa jornada, é inferior ao time que Dorival Jr pode escalar – com ou sem Neymar. Será sem Neymar. E sem Neymar o Peixe faz a 1ª partida no Mineirão, diante da inflamada torcida do Galo. É a chance dos mineiros. E que tem de ter em mente que o Santos tem feito 3 gols em quase todos os jogos, mesmo quando perde. É bom o time do Luxa estar com a pontaria calibrada.

Inter de Milão, Corinthians, São Paulo e Santos. Meus favoritos aos 4 jogos apontados na coluna. O feroz aí concorda comigo?

Despeço-me do camarada que me acompanha deixando a dica do som que embalou a feitura do post: Placebo – Julien

Cheers,

26 de abr. de 2010

Intervalo Musica – Under Great White Northern Lights

Uma multidão aglomerada diante de um palco, um único acorde de guitarra e uma única ‘baquetada’ levam o público ao delírio. Só isso ja é o suficiente para demonstrar todo o poder das cores vermelha, branca e preta, cores da ‘bandeira’ da banda The White Stripes tem, em cima de um palco.

Este é o início do 'Under Great White Northern Lighst', documentário comemorativo dos 10 anos da banda. O vídeo registra a turnê realizada em 2007 no Canadá, dirigido por Emmett Malloy e lançado em março deste ano.

Não considere este, mais um simples documentário registrando mais uma simples turnê, pois os shows acontecem em lugares inusitados e em cidades fora dos roteiros das grandes bandas, como em Yellowknife, no fim do continente, com 24 mil moradores, onde o prefeito quem os recepciona. Pequenos bares e auditórios, praças, barco, pista de boliche, ônibus e até asilo de uma tribo indígena, são palcos para os shows.

E as surpresas no filme continuam. Não pensem que os locais pequenos acalmam o ânimo da dupla. Fica claro que Jack e Meg não precisam de um grande palco para fazer muito barulho. A influência folk e country que a banda tem ficam menos explícitos, com as versões viscerais apresentadas nesta turnê.

Quem já conhece os irmãos White, sabe que não existe nada que os desabone. Jack exímio guitarrista, pianista e letrista, reconhecido por grandes nomes como o ‘Stone’ Keith Richards, tem sucesso em todos os seus projetos. Meg, fala pouco, não chama muita atenção, mas duvido que o entrosamento que existe entre a dupla, nítido no documentário, seria maior com qualquer outro baterista, e esta sintonia é importantíssima em qualquer banda.


A banda que gravou “Seven Nation Army”, o hit que ganhou várias versões e foi adotado como hino não oficial de várias torcidas de clubes de futebol em alguns países, inclusive no Brasil, mostra que para bater um bolão não é necessário mais que 2 jogadores.

Deixo aqui o Trailler deste documentário incrível, para os fãns e também para quem ainda não conhece a grandiosidade desta banda.

O clássico do Povo parando a América




E finalmente depois de tantos teremos um mata mata entre Corinthians e Flamengo,os dois times de maior torcida do Brasil.
Com certeza serão dois jogos eletrizantes com casas cheias e muita audiência na telinha.
O Corinthians para vencer deve jogar tudo no primeiro jogo,pois aqui vale a máxima de que "há que se matar o gigante enquanto ele está adormecido".Com a bagunça que impera(trocadilhos a parte) na Gávea,com demissão de técnico e diretores,batucada de jogadores durante discurso de presidente (shame on you Wagner Love)e Petkovic isolado no elenco,o Corinthians entra como franco favorito,numa situação invertida historicamente,uma vez que o Corinthians sempre entrava em Libertadores anteriores com esses tipos de problemas.
Será o confronto de dois gigantes (infelizmente até no peso)camisas 9 do futebol mundial:Adriano e Ronaldo.Ronaldo finalmente enfrentando seu clube de coração,em especial por ser no Maracanã lotado.Será que teremos mais um capítulo de superação do Fenômeno ou ele sucumbirá a força de Adriano,que ainda precisa provar estar em condições de disputar uma Copa do Mundo,já que em 2010 está devendo demais.
Os dois times tem algumas coincidências nos elencos:dois goleiros temperamentais e que alternam grandes defesas e falhas bisonhas,zagas cambaleantes em 2010 (em que pese o Corinthians ter média de gols sofridos baixíssima esse ano) e no meio dois volantes que são o coração dos respectivos times:Elias e Willians.
Com o mesmo físico,mas caracterísiticas distintas,esses dois levam o meio campo dos seus times.Elias,hoje mais meia que volante,marca bem e ainda aparece no ataque para marcar gols e assistências.Willians não vai tanto a frente,mas tem nos seus diversos desarmes durante uma partida,seu ponto forte.
Enfim,só podemos esperar que quarta-feira ninguém tire os olhos do Maracanã,pois ali será disputado o melhor jogo de 2010.E para acompanhá-lo,nada melhor que a maior banda de todos os tempos:Beatles,com Yesterday...

Chazinho de Coca - Falta só uma faixa para o Santos ser campeão. A faixa.


Texto: João Paulo Tozo
Foto: Miguel Schinchariol (p/ o Lancenet)

Os primeiros 45 minutos da 1ª partida da final do Paulistão foram todinhos azuis. Foram tão azuis que até a Taça de Campeão quase se torna azul. Uma Taça que já era alvinegra para muitos. E que passou a ser ainda mais alvinegra após os 45 minutos finais.

O Santo André jogou tudo aquilo que já havia jogado naqueles 3X1 contra o Palmeiras e mais um pouco. O quadrado azul parecia reluzir bem mais que o alvinegro. Bruno Cesar teve atuação irretocável. Um 1º tempo com 7 chances andreenses contra apenas 3 santistas (números Mauro Betisticos). Dessas chances, uma anotada. Gol de Bruno Cesar.

Foi pênalti de Toninho em Neymar?

Depois de ver umas cinco, das 418 câmeras do jogo, digo que foi. Na hora eu achei que não. O juiz não tem 418 câmeras. Acho complicado crucificá-lo.

Neymar é craque?

É sim. Mas estranhamente foi após a sua saída e entrada de André que o Santos ganhou o jogo. Não só com André, claro. Também não por Neymar ter saído. Mas talvez por Wesley ter sido adiantado e jogado mais próximo dos atacantes. Wesley que pra mim foi o nome do jogo na 2ª etapa.

Robinho continua não me convencendo. Mas Wesley e André deram o tom da partida.

O 1º tempo foi muito azul. O quarteto Andreense jogou tudo o que pode e venceu o grande Santos por 1X0.

Infelizmente, para os de azul, no 2º tempo o Santos jogou tudo o que pode e venceu por 3X1. 3 gols em 24 minutos.

Ao todo foram 11 chances do Santo André contra 9 do Santos (mais números Mauro Betisticos). Mas se o quarteto de azul é ótimo. O trio santista é espetacular. Sim, trio. Robinho não tem jogado no mesmo nível de Neymar, Ganso e André.

Ainda houve tempo para a expulsão de Toninho. O que deu a impressão de que o Campeonato seria pintado definitivamente de alvinegro ontem mesmo. Estranhamente o ótimo Santo André voltou a equilibrar o jogo e chegou a um justo 2º gol com Rodriguinho.

Um 3X2 que ainda não dá o campeonato ao Santos, mas que deixa a Taça precisando de poucas pinceladas para torná-la completamente alvinegra. Talvez falte apenas uma faixa. A faixa.

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Despeço-me do feroz jovem de espírito ao som do The Soft Pack - Answer To Yourself.

22 de abr. de 2010

Chazinho de Coca - Palmeiras avança na Copa do Brasil. Mas que sufoco!

Lincoln comemora seu gol - foto de Felipe Gabriel para o Lance!


Poderia ter sido mais tranqüila a classificação do Palmeiras para as 4ª´s de final da Copa do Brasil?

Não só poderia, como deveria. Não deveria também ser necessário ter um desfibrilador na casa de cada palmeirense em dias de jogos do Palmeiras.

Como na 1ª partida diante do Atlético PR, o Palmeiras dominou o jogo. Não levou grandes sustos, mas não causou sustos no torcedor adversário. Houve domínio territorial, mas a dificuldade em se descobrir o que fazer com esse domínio parece um martírio para Diego Souza e Cia. Sobretudo para Diego.

Lincoln sempre entra bem no time, e isso sem ter o apoio técnico de Diego. O esquema com Márcio Araujo na direita e Figueroa no meio deu mais consistência a um setor que patinou feio no Paulistão. O time de Antônio Carlos tem ganho o meio-campo, mas daí pra frente é um Deus no acuda.

O meu “protegido”, Robert, quase colocou tudo a perder aos 14 do 1º tempo. Em jogada pela esquerda, Lincoln entrou na área e foi derrubado por Bruno Costa. Pênalti marcado. 2º amarelo aplicado, zagueiro expulso. Palmeiras com 1 jogador a mais e um pênalti a bater.

Marcasse aquele gol e o ineficaz Atlético PR poderia jogar 5 dias seguidos que não faria 3 gols. Mas Robert bateu como se a bola fosse de boliche. Um recuo para o goleiro que até fez pose para defender sem dar rebote.

Mesmo com um jogador a mais o Verdão não conseguiu ser efetivo no ataque.

Para a 2ª etapa Tonhão mandou Ewerthon no lugar do amarelado Pierre. O time ganhou velocidade e as jogadas passaram a acontecer mais próximas a grande área atleticana. Mas a falta de qualidade nas finalizações continuava gritante. Lincoln e Robert perderam grandes chances.

Apesar de a impressão que se tinha era de que o jogo poderia durar uma semana e ninguém marcaria o gol, a máxima do “quem não faz toma!” prevaleceu mais uma vez. Tudo bem que com uma baita ajuda do juizão.

Em jogada que já começou com toque de mão atleticana no meio campo, Gutemberg de Paula Fonseca achou um pênalti, que não existiu, de Leo em Bruno Mineiro. Na cobrança , Alan Bahia mostrou a Robert como se bate com paradinha.

Um jogo que estava nas mãos verdes, começou a escapar por entre os dedos de forma patética.

O time se atirou ao ataque para evitar os pênaltis . Até que aos 43 minutos aconteceu aquilo que parecia ser improvável – gol – em bela jogada de Márcio Araujo pela direita. O agora lateral direito tabelou com Ewerthon e encontrou Lincoln fechando no 2º pau, o cruzamento foi na medida e o meia só desviou para o gol vazio.

Em menos de 5 minutos o Atlético precisaria marcar 2 gols. Os donos da casa tinham ido para o espaço. A vaga era verde. Mas que sufoco! E que desnecessário esse sufoco.

O Marcão concorda comigo. Disse o Santo goleiro ao final do jogo:

“Com um a mais e foi esse sofrimento”

Veja os melhores momentos:


Despeço-me do nobre feroz que me acompanha hoje com um petardo do Placebo, já que ainda estou no clima do show do último sábado. Placebo – Special Needs:
http://www.youtube.com/watch?v=VA-XQL78WBo



Cheers,

Sampa Noise - Não convenceu



O São Paulo ganhou por 1 a 0 do Once Caldas ontem no Morumbi pela Libertadores.

O time ganhou, mas não convenceu. Tudo bem que ganhou de um time que não havia ganhado em toda sua história.

E por que não convenceu?

Bato na mesma tecla que disse semana passada. Como o Ricardo Gomes tem coragem de tirar o Junior Cesar e colocar o Richarlysson?

Temos que concordar que o Fernandinho fez o gol da vitória que foi importantíssimo, mas também só o fez porque a bola sobrou dentro da área depois de um lindo lance de Marlos, porém Fernandinho não jogou a bola redonda que todos esperavam. Marlos sim foi o melhor em campo mais uma vez, criando boas oportunidades, bons dribles, errou muitas vezes, foi fominha em outras, mas pelo menos foi o cara que encarou o time adversário, indo pra cima sem medo.

Boa também foi a atuação da defesa que apesar de começar um pouco distraída, se arrumou e segurou bem o time do Once Caldas. Rogério fez ótimas defesas, Alex Silva marcou melhor ainda e Miranda pra variar um pouco foi um gigante a frente da defesa.

E Ricardo Gomes surpreendendo mais uma vez, tirou o Fernandinho e colocou Jean, fazendo com que o estádio inteiro o vaiasse e xingasse o técnico de burro, com uma certa razão, porque com essa modificação o time do Once Caldas veio pra cima e dominou a partida. Em seguida Ricardo colocou o Washington no lugar do Jorge Vagner para ver se arrumava o time, e Hernanes cansado foi substituído por Cleber Santana.

Tenho que dizer que grande parte da torcida tricolor, 95% dela, não aguenta mais o Ricardo Gomes, e eles não estão errados.

Um técnico omisso, sem força para passar ao time, sem elaborar jogadas ensaiadas, sem futuro, sem brilho e sem título algum para se orgulhar como técnico.

Eu e o Rene estávamos discutindo esses dias sobre o primeiro título mundial do São Paulo. Não lembramos a escalação do time, apenas lembramos alguns dos jogadores, mas aqui vai a lista Rene.

Time que enche de orgulho os São Paulinos até hoje.

Esse time sim tinha garra e vontade de ser campeão:

Zetti
Vítor
Adílson
Ronaldão
Ronaldo Luís
Pintado
Toninho Cerezo (Dinho)
Raí
Cafu
Muller
Palhinha.

Técnico: Telê Santana.

Dica Musical do dia: Portishead - Dummy Mysterons

19 de abr. de 2010

Sampa Noise – “Vamos ganhar os clássicos quando precisarmos!”



Foi o que disse Ricardo Gomes.

O São Paulo não fica sem ganhar clássicos em campeonatos paulistas desde 1900 e lá vai pedrada.

Ricargo Gomes ontem provou que não tem idéia do que fazer com o time que tem.

Primeiro começar o jogo com Richarlyson foi burrice.

Não querendo dizer que o Richarlyson não saiba jogar futebol, mas o jogador acabou de voltar de uma contusão que o deixou afastado do time, sem ritmo de jogo, de bola e sem noção nenhuma do que fazer em campo. O Junior César nos últimos jogos que entrou como titular jogou futebol com qualidade muito acima do apresentado por Richarlyson.

Quanto ao Washington, sempre me queixei do futebol dele, mas confesso que ontem se ele tivesse jogado desde o começo, a história poderia ter sido um pouco diferente.

Todos queriam ver o Fernandinho jogando com Dagoberto e vimos ontem; mas essa mudança não surtiu o efeito que Ricardo Gomes queria e nem que todos esperavam. Fernandinho foi bem marcado e a bola pouco chegou ao seu domínio.

O time em campo:

O time se comportou muito bem, segurando o empate em 0 a 0 no primeiro tempo, mas criando poucas chances reais de gol.

E como sempre, a área de destaque do jogo foi a defesa, apesar de tomar 3 gols no segundo tempo. A zaga tricolor funcionou muito bem, até o meio-campo começar a perder bolas demais para o meio-campo do Santos, dando chances do time dos meninos da Vila criarem as melhores oportunidades e matar o Tricolor com 3 gols.

Não foi prá qualquer um.

Um time que tem uma média de 4,6 gols por partida em casa, um time de futebol solto, pra frente, sem ter medo e até com um pouco de displicência. Mas esse é o time que não vemos jogar um futebol assim há décadas. Dá pra lembrar sim o bom futebol do Santos de Pelé, jogadas muito bem distribuídas por Ganso, dribles desconcertantes de Neymar, consciência maturidade e habilidade de Robinho velocidade de Pará e Madson, o bom apoio de Wesley, Arouca como xerife do meio-campo e a pontaria de André.

Isso tudo conquistou muitos fãs, mas também criou muita antipatia de outros.

E querendo ou não, temos que admitir que o futebol apresentado pelo Santos é o futebol que todos queriam ver seus times de coração jogar. O momento é deles e temos que admitir que não é fácil, marcar gente tão habilidosa e jovem.

Parabéns ao time do Santos pela vitória e pelo bom futebol!

Dica musical do dia: Dj Marky & Bungle - No Time To Love

"New Tomorrow" - Placebo em São Paulo


O Placebo se reinventou.

Se não é mais a banda do vocalista andrógino, ainda é a banda do vocalista carismático, de voz única e refinada (mais do que nunca). É também a banda do excelente baixista, que rouba a cena quando abre seus braços enormes e encanta o público, que hipnotizado, repete seus gestos “estabanados”. É também a banda do baterista que desce o braço em seu instrumento e que, além de arrancar suspiros das pequenas, mostra que o antigo e também ótimo baterista foi substituído a altura.

Brian Molko e Stefan Olsdal não são mais os mesmos, mas são tão bons quantos sempre foram. Talvez estejam melhores musicalmente. Steve Forrest agregou a pegada firme que é a marca do último disco da banda – “Battle For The Sun”.

Se eles não são mais os mesmos, menos ainda o seu público. Ou são. Mas mudaram como seus ídolos no palco. Falo por experiência própria.

Se das duas outras passagens da banda por aqui a tônica era a forte caracterização baseada no visual pouco convencional de Molko, nessa última foi possível observar o quanto o público amadureceu junto de seus ídolos.

Grande parte dos entusiastas de plantão ficou para trás, “abandonaram” a banda na medida em que ela abandonou suas caracterizações. O que nem é tão ruim assim. Os que ficaram abraçaram a nova fase deles e se identificam com ela. No final das contas, o mais importante é a música.

Uma boa parte desse público já é de pessoas na casa dos 30 anos (onde me incluo). Os mais jovens são aqueles que felizmente não seguiram a tendência “emo” dos últimos anos. Infelizmente é uma fatia pequena da molecada dita “alternativa”.

O Credicard Hall não esteve cheio como das outras vezes, mas esteve tão empolgado quanto.Talvez mais fiel, menos tendencioso.

Foi um baita show. O som esteve límpido ao longo de toda a apresentação – fato raro em se tratando de Credicard Hal.
Menos soturno, mais vibrante, falando de positividades e musicalmente mais "alegre", o último disco da banda não chegou a agradar a totalidade de seu público mais antigo – levei um tempo para compreende-lo também – mas ao vivo o ganho técnico é enorme. A inclusão da violinista Fiona Brice foi uma sacada genial da trupe. A parede sonora estava criada. O público estava ganho.

Um “obrigado” carregado no sotaque mostrou logo de cara um Molko bem simpático.

O 1º disco da banda, auto-intitulado “Placebo”, foi solenemente ignorado na composição do setlist. A falta de Nancy Boy e 36 Degrees foi sentida pelos nostálgicos. De “Without You I´m Nothing", o grande disco da carreira dos caras, somente o mega hit “Every You, Every Me” – também um momento cantado a plenos pulmões, tanto pelos “tiozinhos”, quanto pela molecada presente.

A inserção de poucos “hits” foi uma clara demonstração da nova fase dos caras. Também uma resposta de Molko e cia aos críticos que dizem que a banda vive da fase áurea do final do anos 90 e início dos 00´s.

O Placebo vive e sua existência ainda é pungente.

Banda de cabeceira desse que vos escreve. Possui capítulos e trilhas sonoras de várias fases, de vários momentos. De dias, de noites. São ídolos que estão sabendo envelhecer. O que é uma dádiva. O que é um ganho também, sobretudo para nós que vivemos a criação da banda e hoje amadurecemos junto deles.

Se Nancy Boy, Every You Every Me, Special K e outros petardos foram as trilhas de outros tempos, que delícia ter Ashtray Heart como trilha dos novos.

O Placebo vive. E nós agradecemos.

Assista ao vídeo de “Ashtray Heart”:


Set List
For What It´s Worth
Ashtray Heart
Battle for the Sun
Sleeping with Ghosts
Speak in Tongues
Follow The Cops Back Home
Every You Every Me
Special Needs
Breathe Underwater
Julien
The Never-Ending Why
Bright Lights
Devil in the Details
Meds
Song to say Goodbye
Special K
Bitter End

Bis
Trigger Happy
Infra-Red
Taste in Men

Cheers!

16 de abr. de 2010

Chazinho de Coca - Palmeiras 1X0 Atlético PR, em dois momentos: em campo e na delegacia.

Robert: Foto de Reginaldo Castro do LANCENET.

Em campo: Um grande Palmeiras de futebol pequeno.

A vitória do mandante Palmeiras contra o Atlético PR por 1X0 na 1ª partida válida pelas 8ª´s de final da Copa do Brasil está longe de ser um resultado ruim. Muito pelo contrário. Vencer sem levar gols é o objetivo primordial nesse tipo de disputa. O Verdão vai a Curitiba podendo empatar por qualquer placar. Derrota pelo mesmo placar leva aos pênaltis. Acima disso a vantagem passa a ser do adversário. Mas se o Palmeiras marcar um único gol, o Atlético é obrigado a fazer 3 para que possa se classificar. Uma boa para o Verdão, não?

Boa, mas poderia ter sido MUUUUUITO melhor.

O único momento em todo o jogo onde o Atlético incomodou a defesa verde foi na seqüência interminável de escanteios cobrados por Paulo Baier, todos vencidos por Marcos e seus guardiões. Fora isso, uma cabeçada já na 2ª etapa, defendida pelo Santo.

Pensa então o amigo desavisado que foi um jogo de ataque verde contra defesa rubro-negra. Engana-se.

Vontade não faltou ao Palmeiras. O que já é um ganho, levando em consideração a falta de vibração que acompanhou o time ao longo de todo o Paulistão.

Melhor organizado em campo, de fato, foi o Palmeiras quem impediu o Atlético de jogar. Mas acabou não sendo suficientemente capaz para proporcionar a si mesmo a oportunidade de fazer um bom jogo ofensivo.

De jogada bem trabalhada no ataque, só o lance do gol. Baita troca de passes entre Edinho, que de calcanhar deixou Robert em boa condição para marcar um bonito gol. Isso aos 14 minutos do 1º tempo.

Prenuncio de baile, que não veio.

Diego Souza escalado como segundo atacante, mais uma vez ficou só na intenção. Sem Cleiton Xavier, Lincoln foi o responsável pela armação. Começou bem, mas após o gol de Robert o Atlético foi pra cima e deixou espaços para o contra-ataque que Lincoln até alimentou, mas que só com Robert ligado e não sendo o homem certo para imprimir velocidade, acabou tendo limadas suas investidas.

Figueroa teve boa participação. Escalado no meio, acabou sendo mesmo um ala pela direita, tendo sempre Marcio Araujo cobrindo suas subidas ao ataque. Funcionou bem esse sistema de Antônio Carlos. O problema foi o ataque.

Tonhão demorou a mexer no time. Everthon, por exemplo, poderia ter entrado já no 1º tempo. Com sua velocidade o aproveitamento dos contra-ataques poderia ter sido mais eficaz. Mas entrou já no final e pouco produziu.

E Robert?

Ah, o Robert. Aquele mesmo que “não serve para jogar no Palmeiras”, chegou ontem ao seu 14º gol no ano. Bela marca, não?

É um cara que não foge do jogo, não se esconde. Se não é um primor de técnica, pelo menos faz a sua função, que é marcar gol. Importantes gols contra Santos, São Paulo, Paysandu, ontem. Sobre ele escrevi uma defesa e um pedido de desculpas há algumas semanas, confira:
http://ferozesfc.blogspot.com/2010/04/chazinho-de-coca-robert-o-homem-gol.html

No final das contas o resultado foi bom, mas não foi. O time jogou bem, mas não jogou. Deu para animar um pouco, mas não deu. O que quer dizer que o resultado poderia ter sido melhor do que foi. Que o time tem como e deve jogar mais do que jogou. E que apesar do entusiasmo da torcida, todos esperam mais desse time.

Sacou?

Veja o que rolou na partida:

Nota rápida: Fred esteve ontem no Palestra Italia acompanhando a partida. Perguntado sobre a razão de sua presença, disse que era para encontrar o “amigo Lincoln”. Será?
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Palmeiras 1X0 Atlético PR.

Na delegacia: Lamentável capítulo de racismo termina na delegacia.
D
anilo é um baita zagueiro. Eu acho, sempre achei. Técnico, não é de dar bicão pro mato. Sobe ao ataque como poucos da sua função e cabeceia bem.

Só que perto do maior zagueiro da história do Palmeiras e dos maiores de todos os tempos, ele fica pequeno. Ou alguém ousaria comparar Danilo a Luis Pereira? Qualquer zagueiro atuando hoje a Luiz Pereira? Não rola, certo? Certo.

Alguém avisa o Danilo que Luis Pereira é negro e que vestiu por longos e vitoriosos anos a mesma camisa que ele veste hoje? Muito grato.

Manuel deu cabeçada em Danilo? Deu. Tivesse visto o lance e o juiz deveria ter advertido o cara.

Manuel pisou em Danilo, caído no gramado após receber falta? Pisou. Tivesse visto e o juiz deveria ter expulsado Manuel.

Por que Manuel deu cabeçada em Danilo?

Diz ele que foi depois de ter sido chamado de “macaco” pelo zagueiro.

Ahhhhhhhhh, então houve uma motivação que extrapola qualquer análise dentro de preceitos do futebol.

“Dentro do campo de futebol pode tudo”, costumam dizer. Até a página 2 né, filhão?

Qual é o limite para um xingamento “aceitável” dentro de campo? Sei lá, mas parece haver um código de ética entre a boleirada.

Chamar de Filho da P*** pode. De safado, também. Dizer que a irmã do sujeito é uma belezinha pode? O Zidane não gosta, mas a maioria deixa passar. E chamar de corno, pode? Ih rapaz, Que loucura! Pode, Arnaldo?

Atos racistas não podem. Independe de código de ética sem pé nem cabeça da boleirada. Há muitos contextos a serem inseridos numa “simples” e infeliz ação como essa. Danilo é pessoa pública, ostenta uma camisa que o faz direcionar seus atos a pelo menos 15 milhões de pessoas, dentre as quais existem muitos com tendências racistas e que podem se espelhar no ídolo. Outras tantas que acabam entendendo o ato racista como também direcionado a elas.

E cuspir, pode? Creio que em qualquer pessoa de sangue meramente morno a atitude a uma cusparada recebida não seria das mais pacíficas.

Milton “Cabeça” Neves define bem as cusparadas nos campos de futebol:

“Cusparada na cara é a fratura exposta da alma”

Sei lá se é dele a frase. Mas escutei vindo dele.

Danilo errou feio. Um pedido de desculpas é o mínimo que se espera. Em público, diante das câmeras, com o arrependimento estampado na face. Um pedido de desculpas que deve também ser direcionado ao torcedor palmeirense e ao elenco do time, que certamente ficará sem o seu melhor zagueiro por algumas partidas.

Só lamentos para o Danilo.

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Vou me despedindo da nobre ferocidade que acompanha essa patacoada toda, mas não sem antes indicar o petardo sonoro que me acompanha na feitura desse post. Aproveitando a 3ª passagem dos britânicos pelo país e 3ª vez que irei vê-los de perto: Placebo – Ashtray Heart

Cheers,

15 de abr. de 2010

Nascer, viver e no Santos morrer é um orgulho que nem todos podem ter!


A homenagem tardou, mas chegou. Fossem minhas as palavras e seriam respeitosas. Mas prestes a completar 100 anos, o Peixão merece aqui em nosso humilde espaço, muito mais do que respeito. Merece o testemunho de alguém que vive verdadeiramente essa paixão.

Abro o espaço no Ferozes FC para Rachel Fornis, dentre outras coisas, a responsável por desenvolver o projeto que irá levar o Ferozes FC a outro patamar. Além, claro, de ser súdita do Rei.

Nascer, viver e no Santos morrer é um orgulho que nem todos podem ter!
Hoje é dia de festa, os deuses do futebol devem estar sorrindo, o Santos completa 98 anos de uma história rica, construída através de muitas glórias, títulos, jogadores talentosos e sucesso.

O time que já parou guerra, que mais levou jogadores para a seleção brasileira, que vê raios e mais raios caindo no território sagrado da Vila Belmiro deve comemorar e muito, porque vivemos um momento mágico, comprovando mais uma vez para os céticos de plantão toda a força de nosso passado, presente e futuro.

Mas hoje, mais do que tudo isso, é dia de festa, de comemorar, hoje diante do Guarani, vamos mais uma vez nos emocionar, rir, chorar, nos divertir, porque é isso que o Santos nos traz, os mais puros sentimentos, a simples alegria de ver o manto sagrado entrar em campo.

E nesse espaço deixo minha singela homenagem, com todo o orgulho de ser santista impregnado na minha alma, assim como o de tantas outras pessoas que juntos formamos a nação mais feliz desse mundo, porque não é à toa que nosso hino canta que esse é um orgulho que nem todos podem ter!

Para cima deles santos! Continue contanto essa história linda que tanto nos orgulha e nos enche de paixão.

Rachel Fornis
santista - sócia número: 43546-00

14 de abr. de 2010

O Corinthians em busca da classificação no Uruguai

Depois de passada a ressaca pela eliminação no Campeonato Paulista,o Corinthians volta suas forças ao seu principal objetivo do ano do Centenário:a Taça Libertadores da América.
Hoje o Corinthians terá um jogo complicado contra o Racing do Uruguai,que pode assumir a liderança do grupo em caso de vitória.É hora do Corinthians se impor fora de casa,coisa que não fez em 2010 (exceto no jogo contra o Cerro) e buscar uma vitória que provavelmente lhe garantirá a primeira colocação geral,fazendo com que mande em casa os segundos jogos da fase eliniatória.
Acredito em uma boa vitória do Corinthians,em virtude da boa fase (quatro vitórias consecutivas),e realmente espero que os jogadores,em caso de derrota,não escolham a falta de ritmo de jogo como desculpa,afinal foi culpa dos próprios a não classificação no Paulistão.
Para aguardar esse jogo que promete ser interessante,uma boa pedida é ouvir antes é Two out of three ain't bad do Meatloaf:

13 de abr. de 2010

Calma garotada! Do outro lado tambem tem um gigante!


É assim que posso traduzir o que foi o primeiro jogo da semi final que ocorreu neste domingo. De um lado a alegria trazida de volta pelos meninos da Vila, e do outro o até então gigante adormecido do Morumbi!

Um começo de jogo tenso, muita correria dos dois lados, aquele São Paulo que todos criticavam pela inanição nas partidas deu lugar a outro time, mais guerreiro, mais brioso, porém nem essas qualidades resgatadas impediram o time praiano de marcar os dois primeiros gols do jogo, o primeiro num cruzamento de Léo e uma infelicidade do lateral Junior César, "auxiliando" a zaga jogou no canto de Rogério Ceni, pelo jeito o São Paulo vem treinando muitos gols contras durante a semana não é (Alex Silva tambem marcou no clássico diante do Corinthians)!? E o segundo numa jogada de Neymar, André estufa as redes da casa mais uma vez!

O que já estava ruim pro time da casa piorou quando Marlos foi expulso! Mas ai veio o segundo tempo.

E o São Paulo mostrou aquele São Paulo que todos ja estavam se esquecendo, cresceu, se engrandeceu e num belo chute de Hernanes mandou o primeiro gol pras redes santistas, e num lance de Cicinho, que havia entrado muito bem no lugar de Washington, Dagoberto, outro que lutava bravamente, empatou a partida, o que havia acontecido com o time do Santos? Nao se ouvia mais falar o nome de Neymar, nem de Robinho, nem de Ganso, cansaram? Não aguentavam a marcação do time tricolor?

Percebendo isso, Dorival Junior coloca Madson e Zé Eduardo, nos lugares de Neymar e Marquinhos, com novo gás o Santos volta a comandar as ações, parte pra cima, ate o zagueiro Durval encara a missão da vitória sofrendo a falta e cabeceando a bola pro fundo das redes, ai já não dava mais pros sãopaulinos, final São Paulo 2 Santos 3, e o final dessa história saberemos no próximo Domingo, quando os times voltam pra segunda partida.

O Santos vai mostrar que realmente é o melhor time do Brasil hoje?

Ou o São Paulo, vai ter o mesmo espirito na Vila Belmiro e mostrar num raro momento de sua história recente que pode ser a zebra da ocasião?

Domingo veremos!


PS. Por motivos de gripe maior do nosso comentarista tricolor, a coluna sobre a semi foi especialmente escrita por esse que vos escreve!

Vou aproveitar e mandar essa beleza do Ladytron!

8 de abr. de 2010

Chazinho de Coca - Cara, o Juninho Paulista parou!


Cara, o Juninho Paulista parou!

Juninho Paulista pendurou suas chuteiras ontem, na virada emocionante do seu Ituano sobre a Portuguesa, em pleno Canindé, depois de estar perdendo por 2X0 e de quebra, livrou do rebaixamento o clube que também administra. O mesmo Ituano que o revelou ao futebol e de onde saiu para conquistar o Brasil e o mundo.

Terminou bem sua vitoriosa carreira, de maneira digna, sendo decisivo, marcando gol, jogando bem. Teve a lucidez que geralmente falta a boleirada na hora de parar de jogar.

“Futebol vicia”, disse o aliviado Juninho ao final da partida.

Sei disso, caro Juninho. Imagino também que para quem viveu disso esse tempo todo o vício deve ser ainda maior.

O jogador pentacampeão pela seleção brasileira, parou.

Mas o que me assusta mesmo é vê-lo dando sua última entrevista como jogador. Daí me dou conta de como o tempo está passando depressa. Eu devo ter visto a 1ª entrevista dele também. Vi a última. E a cara dele é a mesma do começo de carreira. É um Juninho inho inho inho mesmo. Mas poderia ser Junião ão ão ão, dado a sua trajetória no futebol.

Foram quase 20 anos de carreira, dos quais eu presenciei todos. O tempo passou para ele, para o mundo, para mim. Depressa, depressa demais.

Ituano, São Paulo, Middlesbrough, Atlético de Madrid, Vasco, Flamengo, Seleção Brasileira....Palmeiras, Ituano.

Grande Juninho. Quase uma antítese. Um “inho” grandão. Não no tamanho, mas na bola redonda que jogou nesses anos todos.

Juninho parou. Muitos outros remanescentes dele estão para parar. E eu começo a ver a 1ª geração de jogadores aos quais acompanhei a carreira desde o início chegar ao seu término. Claro, englobando somente a fase na qual o meu senso crítico e a paixão pela bola aflorou verdadeiramente.

Assusta-me as vezes. Mas me deixa extasiado também. Juninho é só uma das tantas coisas boas que vi pelo futebol nesse tempo todo.

Como disse o ex-jogador Juninho Paulista – “Futebol vicia”.

E como já diria o grande Fiori Gigliotti “o teeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeempo passa”

Cheers,

sampa Noise-Fino Futebol



Ontem o São Paulo enfrentou o Santo André em um jogo decisivo para a classificação na semifinal do Paulista e apresentou um fino futebol.

Todos os jogadores em campo fizeram uma ótima partida. Um time rápido com toque de bola e vontade de vencer! E entre os 11 jogadores que entraram em campo, um deles mostrou que está afiado, Marlos foi o melhor, correndo por todos os setores do campo, se apresentou bem para apoiar o meio-campo e deu bons dribles nas laterais.

Outro jogador que se destacou em campo foi Dagoberto que como o Marlos buscou o jogo e fez boas tabelas perto da área.

Como disse o Neto ontem: "o Miranda é sacanagem". E é mesmo. Além de fazer o terceiro gol da equipe, cortou todas as bolas alçadas na área e marcou por todos os setores da defesa.

Washington abriu o placar recebendo um lindo lançamento de Marlos. Dagoberto fez o segundo recebendo um bom lançamento de Hernanes e Miranda fechou o placar da classificação em uma bola alçada na área por Jorge Vagner.

O São Paulo sempre na reta final dos campeonatos que joga cresce muito, e ontem mostrou isso novamente fazendo uma ótima partida, marcando e criando jogadas que fogem daquela mesmice que era cruzar bolas na área do começo do campeonato.

O São Paulo está no caminho certo, apesar de haver no caminho um Santos bem entrosado e com um futebol bonito de se ver. Com certeza essa semifinal será eletrizante.

Dica Musical do dia: Pendulum - Tarantula.

7 de abr. de 2010

Liga dos Campeões da Europa! - Semi final!


E enfim foram definidas as duas partidas que decidirão mais essa edição da Champions League temporada 2009/2010!

A maior surpresa ficou por conta da eliminação do Manchester United dentro do seu estádio! No Old Tradford quando parecia que estava encaminhada a classificação, o time alemão consegue um gol aos 30 minutos, e com um jogador a menos o time inglês não achou forças para reverter o trágico placar de 3 a 2!

Eliminado do principal torneio da temporada, e começando a dar sinais de fraqueza no campeonato Inglês, será o começo de uma época triste pros Red Devils?

Análise dos duelos!

Lyon x Bayern de Munique

Sim, uma semi final totalmente inexperada por este que vos escreve. O Lyon mostrou que sua experiência fez a diferença nas quartas, superando o bom time Bordeaux num 3 a 2 com o placar agregado(3 a 1 Lyon no primeiro duelo e 1 a 0 Bordeaux no jogo de volta).

Ja o time alemão sai das quartas muito fortalecido por ter eliminado o Manchester United na Inglaterra, como eu ja havia dito! Diante de uma diferença de 3 a 0 pro time da casa, os alemães se superaram e viraram a mesa ao marcarem 2 gols, 4 a 4 no placar geral (na primeira partida o time de Munique ganhou de 2 a 1), o Bayern levou a melhor pelo golaço milagroso de Robben a 15 minutos do fim da partida, contando assim 2 gols fora de seus domínios o que lhe valeu a vantagem!

Fica complicado agora duvidar do gigante alemão, então colocarei todo o favoritismo sobre seus ombros! Mas que não esqueçam do Lyon, chegaram até aqui e não venderão a vaga tão barato!


E do outro lado:

Inter de Milão x Barcelona

Seria uma final antecipada?

A Inter de Mourinho, em dois placares de 1 a 0 sobre o mediano CSKA, ganhou seu passaporte para a semi-final, e certamente, ja pensando que ao garantirem seu lugar entre os 4 melhores times da Europa teriam pela frente como provável adversário, o detentor do atual titulo, o grande Barcelona! E não é que eles estavam certos! Pro seu azar!?

Defendendo seu titulo o Barcelona nao tomou conhecimento que enfrentava outro grande time! O Arsenal bem que tentou, empatou heróicamente em casa depois de estar perdendo por 2 a 0 e com menos de 30% de posse de bola! Porém, dentro dos dominios espanhóis se notou a diferença de forças! O Barcelona com Lionel "melhor jogador do mundo" Messi botou 4 bolas pra dentro das redes inglesas, o argentino nao teve dó e com fome de gol marcou somente os 4 gols do time! Impecável carimbou a sequência de seu provavel bi-campeonato, o que eu realmente acredito não ter como ser diferente!

Porém, o Barcelona ainda tem dois grandes times pela frente! E um deles é o organizado e esforçado time italiano! Terá a Inter de Milão forças para controlar o argentino!? E se parar Messi, lembrará que tambem esta do outro lado seu velho conhecido Ibrahimovic? Ou Etoo pode aprontar pra cima do seu ex-time e surpreender 99% dos cronistas esportivos em todo o mundo!

A verdade é que se o camaronês conseguir o feito, vai surpreender a mim tambem! Pois não tem como não apostar minhas fichas em mais uma conquista desse incrível time do Barcelona!

Mais emoção a vista, não iremos perder nenhum lance dessa reta final!

Chazinho de Coca - Messi está escrevendo a sua história.


Lionel Messi é o melhor jogador do mundo?

O mundo volta a se perguntar após mais um capítulo histórico escrito pelo nanico e genial jogador argentino. A vitória por 4X1 de Messi (e do Barcelona) sobre o Arsenal não foi um resultado qualquer. Lembrem-se de que o Arsenal é um baita time e briga cabeça a cabeça com os também fortíssimos Manchester United e Chelsea pelo título da Premier League, naquele que é tido por muitos, onde me incluo, como a grande competição nacional do planeta.

Rooney, Fernando Torres, Robben e outros jogadores passam por momentos de grande brilho. Parecem ter alcançado o ápice de suas carreiras. Melhor ainda, alcançaram esse ápice a poucos dias da Copa do Mundo. Suas seleções agradecem.

Messi, por outro lado, parece ainda não ter atingido o seu ápice. Mas ainda assim já está acima de todos esses cracaços citados. Quando as pessoas pensam que já viram todas as maravilhas que aquelas pernas curtas podem produzir, eis que o nanico vai lá e dá nova margem para que se discuta se ele é melhor que os Ronaldos, que Zidane, que Rivaldo, que seu compatriota e chefe Maradona e até mesmo do que Pelé.

Exageros?

Exagero, eu afirmo, é o que tem jogado Messi. E na minha concepção de futebol e mesmo de vida, pouco me importa se o que estou vendo é fruto do maior jogador de futebol que já pisou no planeta bola. Importa-me sim, é ver tudo isso se passar na “minha época” e não por videotape.

Entendo ser impossível comparar gênios de diferentes épocas. É o mesmo que comparar Fangio com Senna ou com algum piloto mais contemporâneo. Há um abismo tecnológico entre ambos. O que não necessariamente diminui os triunfos dos que usufruem hoje do “conforto” dessa tecnologia. A cobrança por resultados é certamente maior. Em contrapartida guiar os carros dos primórdios talvez exigisse mais dos pilotos. E assim por diante.

Cabe comparar Pelé a Messi?

Se você é dos que se contentam com o que os números apontam, então é bom rever seus conceitos de futebol. A base da comparação deve ser os 22 anos do gênio de nossa era. Com 22 anos, nenhum dos Ronaldos, nem Rivaldo, nem Zidane e nem mesmo Maradona já haviam feito o que faz hoje Lionel. Ronaldo foi campeão do mundo pela seleção aos 17 anos. Mas não pisou em campo e sua trajetória nos clubes, aos 22 anos, ainda não eram comparáveis ao que já faturou Messi.

Só Pelé fez mais com essa idade. Aos 22 anos, o Rei já era bicampeão mundial pela seleção, tendo efetivamente participado das conquistas. Mas se com 22 anos Messi ainda fica atrás de Pelé, o que será que os números irão dizer daqui 10 ou 12 anos, quando Messi ainda estiver na ativa?

Veja que não estou dizendo que Messi é melhor do que Pelé, nem do que Maradona e os outros citados. São apenas números.

Números que apontam também para uma superioridade, por exemplo, de Marcelinho Carioca sobre Rivelino, quando se analisa somente o cenário corintiano. Riva nunca conquistou títulos pelo Timão. Já Marcelinho é o maior vencedor da história do clube. Mas alguém ousa dizer que Marcelinho foi mais genial do que o velho Bigode?

“Pô JP, ambos também jogaram em épocas distintas”

Verdade, e isso só me ajuda concluir que por mais que se tente, nunca poderemos apontar que um jogador de hoje foi melhor ou pior do que de 40, 50 anos atrás, simplesmente por terem atuado em épocas tão distintas.

Falamos de jogadores fora de série, de craques, de gênios. Cada um a sua maneira. Cada um marcando a sua época. Todos eles escreveram páginas marcantes do mais sensacional dos esportes. Todos escreveram sua história. E Messi está escrevendo a sua hoje. E eu me sinto honrado por poder presenciar a escrita de mais esse capítulo único do esporte que eu tanto amo.

Por falar em gênios, que tal ouvir Ray Charles? Escuto “I've Got News for You” que é a faixa 2 do magnífico “Genius + Soul = Jazz”, de 1961. Baixe o discão. Vá por mim.

Cheers,

6 de abr. de 2010

O Corinthians de 2010

Dos últimos dois jogos do Corinthians contra Cerro Porteño e Ituano,podemos tirar uma conclusão:finalmente o Corinthians achou o time com o qual disputará o título da Libertadores e quem sabe o do Paulista se conseguir se classificar.


Não foram jogos brilhantes,muito longe disso,mas podemos ver que agora o time tem uma cara.E que cara é essa?


Um time com forte marcação no meio campo,mas com dois volantes em excelente fase que saem muito bem para o jogo:Elias e Jucilei.


No momento essa é realmente a melhor formação para o Corinthians,especialmente por não haver no elenco um jogador de meio campo que "pense o jogo".A única pena é a ausência de Jorge Henrique no time titular,mas acredito que isso será revisto num futuro próximo.


Uma boa característica desse novo time é a tranquilidade no toque de bola,sempre passando a bola de pé em pé procurando a melhor jogada.Isso será importante demais,especialmente pela pressão que o time enfrentará no mata mata da Libertadores e Campeonato Paulista (isso,se conseguir se classificar).



Hoje,na última rodada da primeira fase do Paulistão teremos muita emoção com 4 times (Portuguesa,Corinthians,São Paulo e Grêmio Prudente) brigando por duas vagas para se juntarem a Santos e Santo André nas semifinais do certame.



Acredito em classificações dos dois grandes da capital,mas é puro palpite.E realmente espero que isso ocorra,afinal seria VERGONHOSO para qualquer um dos dois ser eliminado na primeira fase de um estadual depois de tanto investimento no elenco.



A dica de hoje é ouvir o bom e velho som do Scorpions,com Winds of change:


5 de abr. de 2010

Sampa Noise - Páscoa tem que ser com chocolate.




Ontem vimos um São Paulo diferente que sem Washington contou com três jogadores rápidos, Marlos no lugar de Cleber Santana, Fernandinho no lugar do Washington e Dagoberto. Marlos fez uma ótima partida voltando ao time titular, Dagoberto e Fernandinho não marcaram, mas criaram ótimas oportunidades.

O Botafogo-SP não ofereceu muito perigo para o São Paulo que fez um bom primeiro tempo, criando boas jogadas pelo meio-campo e pelas laterais.

Dagoberto criou uma boa chance pela esquerda quando invadiu a área e foi derrubado caracterizando o pênalti que Rogério Ceni bateu e o Goleiro do Botafogo-SP pegou. E convenhamos que o Rogério bateu muito mal o pênalti em uma tentativa de paradinha. Marlos abriu o placar aos 45/1T.

No segundo tempo o São Paulo foi perfeito e só conseguiu ser, porque teve espaço para jogar.

Hernanes fez o primeiro gol dele aos 12/2T depois de uma jogada linda de Marlos; Rodrigo Souto conferiu o dele aos 22/2T; Junior Cesar arrematou mais um aos 24/2T e pra fechar o chocolate, Hernanes mais uma vez aos 37/2T.

O diferencial do São Paulo de ontem se deu pela boa fase de Rodrigo Souto e das jogadas bem feitas por Marlos e sem dar mérito só aos dois, o time todo jogou muito bem.

Um São Paulo que todos esperavam. Um São Paulo que joga com vontade, com garra e determinação. Um time que quando faz um gol vibra e festeja, coisa que não estava acontecendo em outras partidas, tanto pela Libertadores quanto no Paulista.

Esperamos que o time continue jogando da mesma forma daqui pra frente. Sem ficar dependendo de Washington para fazer gols.

O time já mostrou que tem capacidade para ser o melhor dentre os paulistas na Libertadores e no campeonato Paulista, apesar de ter perdido todos os clássicos deste ano até agora.

Mas aqui vai um recado particular para os torcedores de outros times:

Aproveitem para festejar o que quiserem agora, pois se jogarmos como jogamos ontem, nem o Santos será páreo. rsrsrs.

Dica musical do dia, um brazuca de São Paulo: Bungle - Just a Little Bit Closer.

Chazinho de Coca - A intolerância que empobrece o futebol.

Da mesma maneira que água e óleo não se misturam, futebol e religião deveriam ser assuntos jamais colocados na mesma mesa de discussões.

O que pretende alguém que pede antes de alguma partida, que Deus ajude a sua equipe em detrimento da equipe rival? Deus deve ajudar um e prejudicar outro? Mas como se são todos filhos Dele?

No futebol, infelizmente não é necessária muita coisa para que aconteçam conflitos entre torcedores. No Brasil a mistura de futebol e religião ainda não causou grandes ebulições entre torcedores. Os motivos que os levam a se estapear são geralmente menos “nobres”.

Mas em muitos locais no planeta isso ocorre. A enorme rivalidade escocesa entre Celtic e Rangers é alimentada, sobretudo, pela divisão entre católicos e protestantes, alavancada pela intolerância religiosa entre as partes.

Futebol por si só já é efervescente. Não precisa que seja misturada a sua essência um tempero extra tão ou mais explosivo.

O atual time do Santos encanta os apaixonados pelo futebol vistoso, de técnica, de vocação ofensiva. Encanta a todos, sejam santistas ou corintianos, palmeirenses ou são paulinos. Sejam católicos, sejam protestantes, evangélicos, da umbanda, kardecistas ou de qualquer outra linhagem religiosa.

Afinal, o Santos existe e joga para o santista, para o futebolista como um todo e não para o santista e futebolista de determinada crença religiosa.

A caridade é um ato de amor. É a demonstração máxima do desprendimento em relação a dogmas, a valores mundanos e é a chance de muitos para que seja colocada em prática o que muitas vezes é apenas dito da boca para fora.

O Lar Espírita Mensageiros da Luz cuida de pessoas com paralisia cerebral. Faz um trabalho de caridade estupendo, que independente de ser vinculado ao espiritismo, prega a caridade, prega o amor. Amor que é a base de toda religião, ou não? Certamente não é a intolerância.

O Santos FC, em uma ação de brilho, doou 600 ovos de páscoa para essa benéfica entidade. Esses ovos serão vendidos nas lojas do clube e a arrecadação ira para a instituição.

Mais do que isso, a simples presença de ídolos e/ou candidatos a ídolos, já faz uma diferença brutal para essas pessoas que estão presas as suas limitações físicas. Para quem pratica essa caridade, o engrandecimento moral e humano é incomparável.

Palmas e louvores para Felipe, Wladimir, Edu Dracena, Zé Eduardo, Arouca, Pará, Gil, Maikon Leite, Breitner, Zezinho, Wesley, o técnico Dorival Jr e demais membros da diretoria presentes.

Vaias e lamentos para Neymar, Robinho, Ganso, Fábio Costa, Madson, Léo, André. E, apesar de não ter se prestado ao papelão de ir e não entrar no local, vaias e lamentos também para Roberto Brum, que vive mais de pregação do que de futebol. Acreditasse mesmo no que diz e não teria feito o que deixou de fazer.

Não entraram pois a entidade é ligada a uma religião diferente da deles. Fosse uma casa de homossexuais e não teriam entrado também? Que culpa tem aquelas pessoas tão cheias de dificuldades na vida? A diferença na crença torna alguém menor? Só mesmo na cabeça de alguém com cérebro de amendoim.

Não é uma questão religiosa,muito menos clubistica. É muito maior do que isso. É humano.

Se eles são “ídolos” é porque um dom lhes foi dado. Um dom que infelizmente aquelas pessoas com paralisia cerebral não receberam.

Fizeram um mal para aquelas pessoas, que vai se saber o quanto aguardavam pelo contato com os ídolos. Fizeram um mal para si próprios, pois saíram do episódio diminuídos como seres humanos, com um moral do tamanho de um amendoim. Mas prejudicaram também a instituição que dá a eles a chance de serem ídolos, pois se a intolerância religiosa deles foi capaz de provocar uma atitude imbecil como essa, não será nada estranho se parte dos que se encantaram com esse time santista até então, passem a olhá-los com outros olhos. A intolerância aparece de diferentes maneiras.

Disse ontem o lúcido presidente do Santos no Programa Mesa Redonda, que esses jogadores já estavam revendo seus conceitos e possivelmente iriam corrigir o erro.

Isso acontecendo, da mesma maneira que espinafro aqui a lamentável atitude deles, voltarei para engrandecê-los. Até porque, que atire a 1ª pedra quem nunca errou. Somos humanos, todos. De direitos e deveres iguais, independente da crença religiosa, do time para qual torce, de ter limitações físicas, mentais, morais ou de qualquer outro tipo.

PS: Não sou ateu, mas não sigo nenhuma religião. Não sou santista, sou palmeirense. Mas antes de qualquer coisa, sou humano. A abordagem foi meramente na questão humana. Não procure pêlo em ovo, você não vai achar.

1 de abr. de 2010

Sampa Noise - Pra que?



Pra que esperar para jogar em casa atrás da classificação? Não seria mais prático se o time ganhasse logo e já se classificasse de uma vez?

Não. Não é isso que nosso querido e já quase odiado Ricardo Gomes tinha em mente. Quando questionado sobre o sufoco que o São Paulo havia passado, ele riu e disse:

Que sufoco rapaz!

O time

O São Paulo começou bem o jogo, atacando armando boas jogadas com bons passes, o gol só não saiu por quê?. Por quê?

Porque o Washington não teve a mira precisa que o time necessitava.

O melhor em campo no primeiro tempo foi Rodrigo Souto, marcou muito no meio campo e deu passes rápidos tentando puxar o contra ataque que ficava lento quando a bola chegava aos pés do apático Hernanes.

O Tricolor se comportou bem no primeiro tempo, mas no segundo...

No segundo tempo o time não jogou absolutamente nada, apático novamente, errando muitos passes e dependendo muito da defesa que por sinal tem jogado muito mais bola do que o ataque e o meio campo juntos. Dagoberto saiu para a entrada do Fernandinho que entrou bem na partida criando boas jogadas, mas pecando no último passe.

Na metade do segundo tempo Cicinho saiu sentindo dores na virilha, talvez dores porque não fez nada em campo?

Entrou em seu lugar Jean que cuidou mais da marcação do que atacou.

E para completar a noite, a substituição mais bizarra, saiu Hernanes e entrou Xandão. Daí pra frente foi só torcer para não levar o gol. O São Paulo chamava o Monterrey pra dentro da sua área e só não levou o gol porque o mais experiente jogador do São Paulo estava em uma noite iluminada.

Rogerio Ceni fez ótimas defesas e salvou o São Paulo operando um milagre ao defender uma bola que já estava rondando a área do São Paulo a uns 3 minutos, era chute pra todo lado, bola que batia na zaga e voltava pro atacante, bola chutada na trave, até que em mais um chute Rogério faz umas das defesas mais importantes do jogo e em seguida o jogador mexicano acerta a trave.

Agora teremos que ganhar de qualquer jeito o próximo jogo contra o Once Caldas no Morumbi. E aqui fica a pergunta?

Com esse futebol meia boca, será que o São Paulo terá capacidade para ganhar e se classificar como primeiro do grupo?

Dica musical do dia: Breakage - So Vain VIP

Chazinho de Coca - Robert, o "homem gol", coloca o Palmeiras nas 8ª´s de final da Copa do Brasil. "Robert?" Sim, Robert.

Robert, artilheiro do Palmeiras na temporada, um dos artilheiros do ano no Brasil. Apesar de todos os pesares do seu time, é um dos ponteiros na artilharia do Paulistão e em menos de 3 meses já fez o dobro de gols da temporada passada.

É virtuoso? Não. Mata as saudades do Evair? Claaaaaaaaaro que não. Só que mais uma vez decidiu um jogo importante para o Palmeiras. Fazer gols o bichão sabe.

E aí, a culpa pela má temporada do time até aqui é culpa do Robert? Faço a pergunta a vocês, mas a mim também.

O Palmeiras pode ter alguém mais qualificado na posição? Deve. Só que Robert é um cara com o qual se pode contar, até porque as opções no mercado não são TÃO entusiasmantes. O Fernando Torres não vem. Então sejamos realistas.

Vindo de 3 resultados ruins, o Palmeiras conseguiu transformar a partida de volta pela Copa do Brasil contra o Paysandu, da 3ª divisão nacional, e um jogo de risco.

Com uma série de desfalques importantes como Cleiton Xavier, Everthon e Lincoln, ainda que tivesse vencido a partida de ida por 2X1, o Verdão (sim, Verdão, nada de Ex-Verdão como alguns abutres escreveram recentemente) não gerava plena confiança no êxito diante do Papão.

O jovem Bruno Paulo, recém chegado do Flamengo e apresentado na segunda-feira, foi para o jogo. O também jovem Ivo compôs o setor de armação com Diego Souza. Márcio Araujo caiu pela direita no lugar de Eduardo e Armero ficou na sua esquerda.

Há de se dizer que o Palmeiras não foi ameaçado um único momento do jogo. Marcos foi mero espectador e tivesse um cone da CET em seu lugar e o resultado seria o mesmo.

Mas a exibição ficou longe de arrancar suspiros. Com 219% da posse de bola, o time não sabia bem o que fazer com ela. Mostrando também a falta de confiança dos jogadores em tentar algo mais requintado. Toque pra lá, toque pra cá.

Bruno Paulo estreou até que bem. Buscou fazer jogadas individuais e sofreu pênalti ao ser derrubado por Paulão. Nada de escandaloso como o lance que viria a seguir.

Aos 29 minutos, Diego Souza cruzou da direita, o zagueiro Paulão, ele de novo, subiu já formando um bloqueio simples, com o bração escandalosamente esticado, tocando a mão na bola e tirando a criança da cabeça de Robert. O árbitro Pablo dos Santos Alves, de frente pra jogada, fez que não viu a mão escandalosa de Paulão, dando também a sua “mãozinha” para aumentar a tensão no Palestra.

Não houve reclamação acintosa dos jogadores, talvez por vergonha de transparecer que aquele pênalti não dado pudesse vir a fazer falta na contagem final. E não fez mesmo.

Diego Souza as vezes se lembrava que sabe jogar bola e criava boas situações. Mas eram highlights. Com Ivo mal no jogo, o Palmeiras dependia exclusivamente de Diego ou das subidas de Armero, que mais uma vez esteve bem. Pouco para um time como o Palmeiras.

Vendo que a pelota não chegava, Robert começou a buscar jogo na intermediária. Obviamente não obtendo êxito. Como dito acima, o figura não é um virtuoso da bola. E também não é ele quem tem que armar a jogada para si mesmo.

Na 2ª etapa o Palmeiras aumentou o ímpeto, talvez por notar que daquele mato azul e branco não sairia nada. Bruno Paulo tentou 2 vezes, sem grande eficácia.

Mas aí aos 15 minutos aconteceu o tipo de jogada que rascunha bem o que precisa acontecer mais vezes para que o Palmeiras obtenha vitórias mais tranquilamente, com mais naturalidade, sobretudo contra adversários que não lhe deveriam fazer cócegas.

Robert decide no Palestra - Foto de Reginaldo Castro: Lancenet

Armero fez uma de suas boas descidas pela esquerda e, sem afobação, ergueu a cabeça, enxergou Robert fechando no 2º pau e como que se levantasse a bola com as mãos, colocou na cabeça dele, de Robert, do jeito que ele precisa ser acionado, em condição de marcar, de matar. E ele marcou, ele matou.

Pois como já dizia o mestre Armando Nogueira – “No Futebol, matar a bola e um ato de amor”

Robert não matou a bola, matou o jogo. Decidiu de novo. Colocou o Verdão na próxima fase da Copa do Brasil.

Se não selou um pacto de amor com o torcedor, ao menos abrandou o clima pesado que pairava no Palestra e também deu um “xô” nos abutres que rondavam o Jardim Suspenso.

Vou cornetar um cara desses? Vou nada.

Deixo aqui para os filhotes que me acompanham, o petardo musical que esmerilha meus ouvidos na feitura do post: Muse – Sing For Absolution

Cheers,