Com a palavra - O Palmeirense.
Nesse dia tão festivo para a Sociedade Esportiva Palmeiras, as palavras deixam de ser minhas e passam ser do palmeirense. Apaixonadamente, segue a palestrinidade,
Fellipe Perini:
Quando nasci o Palmeiras era campeão de tudo e em cima de todos, mas apartir do momento que eu cresci e comecei a entender de futebol e amar de verdade esse esporte, o Palmeiras virou um coadjuvante nas competições e com isso uma fila de anos e mais anos sem um titulo. Agora tivemos o prazer de acabar com essa carga que tanto pesava nas costas palmeirenses. E agora eu posso dizer como é bom ser palmeirense, como é bom fazer parte dessa torcida que canta e vibra. Finalmente o Palmeiras retomou seu caminho como o grande que é, onde merece e sempre esteve no coração de cada palmeirense.
Luiz Fernando Bindi:
Una Furtiva Lacrima
De repente, depois de muito tempo de luta, fui convidado para ser comentarista de rádio, um sonho de infância. Quando recebi a escala do meujogo de estréia, era Palmeiras x Náutico. Todos me falaram: "se segura,hein", "não vai bajular o Palmeiras", "não critica muito pra parecerimparcial", enfim. Eram muitos os alertas.
Quando entrei no Palestra Itália por alamedas em respirei quase 30 anos da minha vida, me senti em casa.
Lembranças da minha avó Wally, do meu avô Hernâni, dos meus pais. Nesse estádio, vi vitórias gloriosas como a Libertadores de 99 e o Paulista de 96. Vi tragédias italianas, como a derrota para o XV de Jaú em 85 e para o Vasco na Mercosul. Subi os 4 andares até a cabine da rádio a pé. Entrei, coloquei os fones. E esqueci para que time eu torci um dia. E assim tem sido, de uma forma deliciosamente fácil. Já fiz vários jogos do Palmeiras e tratei o time de Palestra Itália da mesma forma que tratei os outros times. Nem mais, nem menos. Hoje, fiz Palmeiras 5 x 0 Ponte Preta, minha primeira final. Não senti simplesmente nada, como torcedor. Nada. Estive tranqüilo durante toda a partida. Felizmente, para mim, sou mais jornalista que palmeirense. Amo mais o futebol que o Palmeiras. Como diz meu mestre e amigo (não necessariamente nessa ordem) Mauro Beting, sou um palmeirense jornalista,não um jornalista palmeirense. De repente, lá pelo fim do jogo, o técnico Wanderley Luxemburgo chama o goleiro Diego Cavalieri, reserva de Marcos. E substitui aquele que considero o melhor goleiro do Brasil em atividade por aquele que considero o futuro melhor goleiro do Brasil. Quando vi Marcão saindo de campo, em respeito aos ouvintes, afastei o fonedo ouvido. E chorei uma lágrima.
Uma furtiva lágrima.
Fabio Angelini:
A felicidade nesse início de ano, tem algo muito maior que o título do Paulistão que há 12 anos não conquistamos.. É a alegria de ver o meu ídolo e São Marcos protetor de volta e em plena forma, a de ver um time competitivo, forte e duro de ser batido, a de torcer para o único time do Brasil que tem um meia esquerda habilidoso e craque como os de antigamente, mas, principalmente, a alegria de exorcizar o "fantasma" do Palestra Itália na vitória inquestionável contra o clube do Jardim Leonor.
Eliana BryKcy:
Ser palmeirense é ter uma paixão e saber que vai durar a vida toda!!!!!!!!!!Explicar a emoção de ser palmeirense a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E para quem não é palmeirense... É totalmente impossível!
Viviane:
Honey, aqui está o "testiculo":Depois de 12 anos esperando para ver a taça ser nossa outra vez,Depois de 12 horas na fila esperando pra tentar comprar um ingresso,Acho que só preciso de 5 linhas para descrever esse momento...
1X0
2X0
3X0
4X0
5X0
PALMEIRAS MINHA VIDA É VOCÊ!!!!!!!
Claudinho:
Um pouco acostumado com a espera mas nunca perdendo a paixão pelo clube, desde que nasci o meu palestra, paixão herdada de meu avô, já estava na fila. Espera que foi quebrada em 1993 quando com um fabuloso time e uma seqüência de títulos o Palmeiras se mostrou imbatível. Agora após mais alguns anos de espera, novamente estamos onde merecemos, no Primeiro lugar! É muito bom ver de novo meu Palmeiras merecidamente campeão Paulista ! Parabéns Verdão!
Mauro Beting:
Foi num 3 de setembro que chorei a dor de um amor partido: partiam Luís Pereira e Leivinha para o Atlético de Madri. A segunda academia palmeirense estava sendo desmontada, em 1975; foi num 3 de setembro que perdi a voz e a esperança: o Palmeiras perdeu para a Inter de Limeira o SP-86; foi num 3 de setembro que perdi a voz e ganhei outro amor eterno: nasceu meu Luca, em 1998, três anos antes do Gabriel, outro palestrino de DNA.
Aprendi cedo que o amor é incondicional. O de um time de futebol é como o de pai. O seu filho pode fazer o que for, pode se perder pela vida, que você já ganhou a sua desde o primeiro chute – na barriga da mãe. Um dos primeiros chutes do Luca foi com o Oséas, na final da Copa do Brasil-98. Aquele balaço infantil que deu o título ao Palmeiras. Três dias antes de sabermos que aquela criança se chamaria Luca, e não Giovanna – e quase virou Oséas...
O Luca nasceu campeão da Copa do Brasil, e, com três meses, já ganhava no berço a faixa de campeão da Mercosul-98, e um macacão assinado por todo o time, que tinha dado para o avô por agradecimento a uma palestra dada ao elenco antes da decisão com o Cruzeiro. Não tinha um ano e ganhou a faixa de campeão da Libertadores-99. Com menos de dois, acordou chorando com o pai berrando o pênalti que Marcos defendeu na Libertadores-00. Ele mal sabia, mas já não dormia por causa de vitórias e títulos palmeirenses.
Quando Luca e o pai ainda não conheciam a maravilhosa mãe e mulher que tinham, eu tive a estúpida idéia de só estreá-lo no Palestra num jogo contra um time fraco. Para não dar erro. Quem mandou desacreditar do campeão do século 20? Tanto torci por um rival frágil que meu filho estreou nos campos num jogo da Série B, em 2003...
Mas ele já sabia que amar não exige vitória. Pede apenas amor. Apenas que a gente entre em campo e jogue pelo time quando os jogadores não conseguem jogar pela gente. Foi o que fizemos na Série B, em 2003. Fomos campeões. E voltamos a ser o que sempre fomos. Time e torcida de primeira. Como ele, Luca, do baixo de seus quatro anos, ficou a semana toda do rebaixamento contra o Vitória, em 2002, com as três camisas do Palmeiras que tinha. O pai envergonhado mal conseguia trabalhar, e o filho vestindo verde com o orgulho que nenhum torcedor pode perder. Mesmo se o time seja vergonhoso como a diretoria que o montou.
O Luca que esteve ontem no Palestra era o segundo menino mais feliz que vi no estádio – junto com milhares de crianças verdes pelo país. Mas eu conheço muito bem um menino um tanto mais velho que não sabe escrever o que é ser pai de um menino campeão pela primeira de muitas vezes.
Para fazer o Palestra ser campeão como Palmeiras era preciso resgatar uma bandeira. Craque que fez a América e foi Verdão até na Série B. Marco singular, mas com nome no plural. Também por ser um camisa 1 que veste a número 12. Talvez por tantas vezes jogar por todos os 11, e de sempre torcer como todos os tantos que jogam nas arquibancadas.
Sua santidade Marcos, o anjo-guardião palmeirense, depois de 11 meses parado, voltou à meta na derrota para o Guará. Nem ele achava que fosse a hora certa. Mas foi ganhando condição de jogo. Com ele, todo o Palmeiras. Foram oito vitórias seguidas até a derrota para os pés e mãos são-paulinos. A virada com todo o gás se deu em casa. No palco da confirmação do 22º. estadual contra a brava Ponte Preta.
Com a melhor campanha e o melhor ataque, o melhor time deu a última volta olímpica estadual no velho Palestra. Ele será reformado para em breve sediar os jogos de um antigo campeão. De espírito jovem como o vovô Marcos que ergueu a taça que ficou em ótimos pés. E que tanto merecia ser erguida pelas melhores mãos.
João Paulo T. B.
Eu tinha 14 anos naquele 12 de junho de 1993. Eu não tinha uma namorada, mas eu já tinha um amor imenso.
Para mim era complicado entender o que fazia a molecada da minha idade vestir a camisa de seus times e comemorar campeonatos, me azucrinar por ser o único "parmeirense"( como dizia meu saudoso avô) da turma, e pior, insistir naquele clube que durante toda minha vida jamais me dera uma razão pra me sobressair perante meus amigos. É, eu fui motivo de chacota por longa data.
Em 1986 eu era bem criança, mas tenha sido, talvez, o momento onde minha palestrinidade tenha sido inserida definitivamente em minha alma. Foi a única vez que acompanhei uma decisão do Palmeiras ao lado do sujeito que me transformou nesse ser Palmeirense – meu Pai.
Hoje, dia 04 de maio de 2008, mais uma vez me enxerguei naquela situação de fila. Ao contrário da outra, nessa eu sofri com o rebaixamento, com eliminações e derrotas vexatórias. Mas ao final, o Palmeiras não me trouxe apenas a satisfação de ser novamente campeão, e ao ver aquele rapazote de 16 anos me abraçar e soltar algumas lágrimas, gol após gol, exatamente igual a mim naquele 12 de junho de 1993 senti que assim como meu pai fez comigo, hoje eu inseri no coração desse rapazinho, meu sobrinho, a essência do que é ser um torcedor de futebol, do que é ser um palmeirense.
Como já diria Moacir Franco em seu clássico O Amor é Verde, por ser palmeirense – “...todo dia eu sou campeão”.
José Silvério fez a minha trilha sonora nesse dia tão feliz.
Abraços, meus queridos!
4 de mai. de 2008
Chazinho de Coca - Com a palavra - O Palmeirense.
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7 comentários:
Sensacional!
Muito bom !!
Destaque p. o Felipe Perrini, só p. contextualizar.. qtos anos tens?
Nasci em 75, o Palmeiras foi campeao em 76, no meu aniversario de 1 ano o bolo era o campo do palmeiras com os jogadores de 1 ao 11.. depois disso uma grande fila.. até 93..o juiz apita o jogo eu saio do morumbi inerte e chorando.. só fui comemorar na segunga-feira.. nem sabia como fazer.. rs
hahahahhahah eu tenho uma amiga palmeirense... ontem eu tava fazendo uma baita festa com o titulo do flamengo e ela quieta... dai eu perguntei: qual é, vc não sabe comemorar um título? rss....
Grande post Jão...
Parabens ao Parmeira claro...
e para o Jão,muito bom cara!!!
acho q o Parmeira te fez ficar mais iluminado, e te fez escrever de maneira brilhante....parabens a vc a todos os |Ferozes...
abraços
M-18
Nação Palmerense, Parabens a todos, que tivemos que engolir sarros durante anos de luta, entre nao ganhar nada e ainda ter que engolir uma queda pra série B, a todos que tiveram q aguentar calados o brasileiro roubado dos Gambas, que tiveram que aguentar tambem os Bambis e seus egos e sua "força" nos bastidores, dessa vez dilaceradas diante da ferocidade da diretoria Alvi-verde, que os próximos anos seja de muita colheita e de alegria, e vamos nós para o Brasileiro, que tera, Inter, Flamengo, São Paulo, Cruzeiro e por que não o Sport, num nivel de disputa mais acirrados dos ultimos anos, o Brasil pode não ter um campeonato Técnico como o Ingles, porem em matéria de disputa de times capazes não tem pra ninguem nesse mundo da bola, pra frente Palestra, sempre lindo, sempre apaixonante, delirante e FEROZ ... SEMPRE PALMEIRAS !!! MINHA VIDA È VOCÊ !!!
Hahahahaha, sensacional mesmo... comemorem que vocês merecem!
Cara que coisa mais linda foi isso! Hoje lendo os jornais me arrepiava de ver as fotos!
Palmeiras minha vida È VOCÊ!
E para o Fabio eu tenho 16 hoho!
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