25 de jun. de 2010

Chazinho de Coca - Futebol de volantes.

Texto João Paulo Tozo
Foto: Reuters


Ao lado de Espanha X Chile, Brasil X Portugal era o outro dos jogos que eu tanto aguardava nessa 1ª fase da Copa.

Espero que espanhóis e chilenos me brindem com um futebol de verdade. Por que portugueses e, sobretudo brasileiros, mostraram um joguinho muito do sem vergonha.

Vamos aos fatos?

Ficou evidente mais do que nunca de que a seleção do Dunga compadece de uma tremenda falta de talento.

Safra ruim do país? Que nada.

Não jogaram Kaká e Robinho e em seus lugares entraram Daniel Alves, um lateral direito, além de JÚLIO BAPTISTA. Julio Baptista pode ser um jogador voluntarioso, que se entrega, as vezes mete seus golzinhos. Mas não pode ser jogador da seleção brasileira. Pode menos ainda ser o substituto imediato do único craque do time. Mais ainda quando podiamos ter Ronaldinho Gaucho e Ganso.

É chover no molhado falar de quem não foi quando já estamos nas 8ª´s de final. Deixa pra lá.
Mas podemos falar de Michel Bastos, péssimo. Felipe Melo, desengonçado e muitas vezes maldoso.

A lateral direita, uma ilha de talento nessa seleção, foi o setor que mais funcionou, ainda assim só na 1ª etapa. Com Daniel Alves dando cobertura, Maicon ganhou ainda mais liberdade para apoiar. Só que isso também prejudicou o lateral do Barcelona, que na partida de hoje entrou para ajudar na armação do meio campo. Resultado? A responsabilidade pela armação da seleção brasileira ficou a encargo de Julio Baptista.

Por aí já dá pra sacar porque o jogo foi tão morno e fraco tecnicamente.

Portugal jogou como joga a seleção brasileira quando está inteira, com inteligência, bem armadinha esperando um ataque do adversário e um descuido na retaguarda. Atacava só na boa. Mas com Cristiano Ronaldo e Tiago apagados, a seleção portuguesa também deixou a desejar.

Os destaques foram Julio Cesar e o gigante Lúcio, pelo Brasil. Além de Coentrão pelo lado português.

Não tinha mesmo como dar jogo.

Dunga pode da próxima vez que seus únicos talentos não estiverem, escalar Lúcio no meio campo. Ou Lúcio no ataque.

O que não dá é ver a seleção brasileira ter um meio campo formado por volantes. Pior ainda. Olhar para o banco de reservas e também só encontrar volantes.

É como diz meu amigo e sócio Rene Crema – “Prefiro ter 10 Lúcios no time”.

Cheers,

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