Texto: Beto Almeida
Foto: UOL
Foto: UOL
Já falei que não curto Copa do Mundo, cada jogo meia boca que temos de agüentar, um pior que o outro, é fogo. Ainda mais nessa primeira fase, todo mundo ansioso, ninguém quer perder, dá-lhe um time todo se segurando na defesa pra não tomar gol e garantir pelo menos um empate.
Antigamente dava até graça assistir as seleções africanas jogando, os caras corriam pacas atrás da bola, driblavam e faziam gols. Hoje, tudo mudou: onze brucutus, uns negões fortes pra caramba, mais preocupados em dar porrada e travar o jogo do que qualquer coisa, é o tal “estilo europeu”, continente donde a maioria das seleções africanas importa seus técnicos, indo na contramão da História, um novo jeito de colonização.
Com Camarões não foi diferente, essa seleção já encantou o mundo com sua alegria e futebol moleque, passaram os anos e o moleque cresceu, virou gente grande, jogando um futebol burocrático. E medonho.
Já o Japão, continua a mesma coisa, bom pra fazer animes e produtos eletrônicos, porque tratando-se de futebol, nem o Zico conseguiu desentortar o pé dos nipônicos. Tai uma tecnologia que eles não conseguiram inovar, ainda. Mas eles tem fôlego, os baixinhos.
Era o duelo do grande contra o pequeno, se é que me entendem. Ou não.
Camarões e Japão foi um jogo sonolento, chato pra caramba. O time do Japão conseguiu ter mais posse de bola no ataque no primeiro tempo, até conseguiu fazer um gol numa bola levantada na área, como a provar que tamanho não é documento. Dois armários de Camarões subiram pra cabecear a bola, que nada, ela passou direto e caiu nos pés de Honda, que chutou pra dentro das redes.
O segundo tempo foi mais do mesmo, Camarões não acertava passes e o Japão tinha um time mais coeso em campo, não deixando espaços. M’bia, de Camarões, até acertou um belo chute aos 41 minutos, que bateu na trave. E foi só, o jogo acabou. Mas minha paciência com o futebol apresentado já tinha terminado faz tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário