30 de jun. de 2008

La Mano de Dios - O efeito banco

O efeito banco

"Ninguém gosta de ficar no banco". Essa frase quem disse foi o Denílson no fim do jogo do Palmeiras ontem, mas poderia ter sido dita por qualquer outro jogador de futebol com o mínimo de vontade e respeito pelo time que defende. Denílson, reserva do Verdão, ao entrar ontem marcou um golaço, daqueles que há tempos não fazia. Um gol à la Denílson, driblando zagueiro, goleiro, cameraman, quarto árbitro e o escambau. Ele não gosta de ficar no banco.

Obina, no Recife, começou jogando e resolveu. Tirou a invencibilidade do Sport de mais de vinte jogos sem perder em casa. Geralmente é o reserva rubro-negro do ataque.

Tudo bem, vocês podem argumentar que o Denílson às vezes desencanta, que Obina é melhor que Eto'o, e por isso o fato de serem reservas não muda muita coisa, que os dois têm lampejos de talento e ontem foi um dia inspirado, coisa e tal. Mas o que dizer do Richarlyson?

Meus amigos, nem o mais fiel são-paulino estava aguentando o cara. Nem o Muricy estava aguentando o Richarlyson. Depois da expulsão algumas rodadas atrás, lá foi ele amargar o banco, dando lugar a Joílson ou Zé Luís. E os dois vinham fazendo um trabalho tão bom que o Ricky até agora não recuperou a posição titular. Vinha entrando no segundo tempo e nitidamente jogando melhor, com mais objetividade, para o time.

Eis que ontem, como de costume, Richarlyson entrou no segundo tempo, no lugar de Zé Luis, como volante. E não comprometeu. Melhor que isso, deu um passe genial para Borges marcar aquele golaço contra o Cruzeiro.

Então eu pergunto: e aí? É o efeito banco, meus amigos. Acredito que para um jogador de futebol comprometido, ficar no banco é como repetir de ano na escola. Ninguém quer, ficam olhando torto para você, com desconfiança... aí toca mostrar serviço, nem que seja só para calar a boca daqueles que te criticam. Esquentar banco mexe com os brios daquele jogador que espera ser mais do que coadjuvante no espetáculo do futebol. E tem muito carinha por aí que tá precisando...

Me despeço ao som de Desorden Publico - Latex. Nem só de Hugo Chavez vive a Venezuela...

Rapidinhas: até que enfim a Espanha ganhou alguma coisa. Sempre vem com um timaço, mas acaba deixando seus torcedores desalentados. A vitória de ontem contra a Alemanha - tá certo que a Alemanha é outra eterna vice - pode ser o marco de algo importante para o futebol mundial. E o melhor de tudo, venceu com categoria. Será que a Espanha deixou de ser a eterna promessa e virou realidade?

29 de jun. de 2008

Chazinho de Coca - Os Ferozes elegem suas seleções da Euro 2008.

Os Ferozes acompanharam de perto essa Euro. Do alto da frieza e da análise crítica, cada um dos quatro montou sua seleção. Siga abaixo o desfile de craques escalados pelos Ferozes do blog FFC e veja se bate com a sua seleção.

Rene Crema:

-Casillas

-Boulahrouz
-Puyol
-Chiellini
-Lahn

-Marcos Senna
-Petit
-Sneijder
-Arshavin

-Podolski
-Villa

Fábio B. A:

-Van der Sar

-Lahn
-Metzelder
-Mertesacker
-Zhirkov

-Pirlo
-Fábregas
-Arshavin

-Cristiano Ronaldo
-Güiza
-Ribéry

João Paulo Tozo:

-Buffon

-Lahn
-Kolodin
-Metzelder
-Zirkhov

-Marcos Senna
-Van Der Vaart
-Sneidjer
-Schweinsteiger

-Villa
-Pavlyushenko


Gustavo DG.

- Van der Sar

-Boulahrouz
-Metzelder
-Chiellini
-Zhirkov

-Marcos Senna
-Petit
-Van Der Vaart
-Arshavin

-Podolski
-Villa


E aí, concordam com nossas escalações? Curtiram? Acharam uma droga? Mostre-nos a sua, discuta conosco. Seja feroz a esse ponto você também.

Chazinho de Coca - Após 44 anos, a Espanha reconquista a Europa.

Após 44 anos, a Espanha reconquista a Europa.

Na competição que muitos consideram a Copa do Mundo, sem Brasil e Argentina, a Espanha deixa a síndrome de amarelar em decisões de lado e com propriedade, qualidade e muita personalidade, bate a temida Alemanha e é campeã da Eurocopa pela segunda vez na história.

Com todo respeito que Grécia e Portugal merecem, mas é impossível não salientar a evolução no futebol apresentado pelas seleções européias na edição 2008 da Euro e a diferença entre aquela final e a desse ano entre Alemanha X Espanha. Em 2004 a Grécia assombrou o mundo ao chegar a final da Euro, depois de mostrar um futebol pragmático e extremamente defensivo durante toda a competição. Para piorar, bateu Portugal na final, que além de donos da casa, ainda eram apontados como favoritos. O bom futebol estava em cheque.

A edição de 2008 começou com a desconfiança de boa parte da imprensa e dos torcedores, mas logo nas primeiras partidas, percebeu-se que o fantasma do futebol de resultados estava sepultado. Holanda, Portugal, Rússia, Alemanha e Espanha nos brindaram com belas partidas, com craques e principalmente com gols, muitos gols. Elas sobraram até que começaram a se encontrar nas fases finais e, apesar de algumas surpresas, chegou a final quem fez por merecer.

A Alemanha chegou a sua maneira, com futebol calculado, precisão cirúrgica e principalmente devido à ótima fase de Schweinsteiger, Metzelder, Lahn e Ballack.

A Espanha mostrou, ao lado da Holanda, só que com mais eficiência, o melhor futebol da competição. Destaques individuais foram muitos, principalmente Xavi, Marcos Senna, Casillas, Fernando Torres, Fábregas e, sobretudo, Davi Villa. O técnico Aragonés também teve grande mérito na campanha.

Na grande final, o domínio da Espanha foi flagrante durante toda a partida. Com um gol assinalado por Torres ainda no primeiro tempo, a Fúria começou a espantar a síndrome de vira-lata antes que a Alemanha pudesse colocar seu competitivo futebol em prática. O resultado foi um massacre territorial da Espanha, mesmo sem seu grande destaque na competição, Villa, que machucado deu lugar a Fábregas.

Schweinsteiger não repetiu as belas atuações, Ballack sumiu, Klose pouco tocou na bola e mesmo depois das entradas de Kuraniy e Mario Gómez, a Alemanha pouco produziu. Pelos lados espanhóis, Marcos Senna comeu a bola, Xavi e Fernando Torres também jogaram muito. A vitória por 1X0 foi pouca pela diferença entre as duas equipes, mas foi suficiente para coroar a melhor equipe da competição. Aquela mesma que é sempre colocada de lado nas apostas das grandes competições, aquela que vive com o estigma de vira-lata, a Espanha, que depois de muito tempo, fez valer a alcunha de Fúria.

Chega ao fim a melhor edição de Eurocopa dos últimos tempos. Nenhum grande gênio surgiu, mas muitos bons jogadores se destacaram e fizeram a diferença. Mas principalmente no aspecto tático. Vimos uma Holanda assombrando as poderosas Itália e França. Uma seleção portuguesa mostrando um grande futebol. Uma Alemanha abandonando o pragmatismo de sempre e partindo pra cima. Uma jovem e promissora seleção russa e principalmente a espetacular geração espanhola, que se já foi um assombro em 2008, promete muito mais para 2010.

Uma Euro histórica, com grande futebol e um campeão cheio de brilho. Essa Euro vai deixar saudades.

Ao som de White Stripes - Seven Nation Army

Um enorme abraço,

28 de jun. de 2008

ACABOU!


Finalmente o reinado de Eurico Miranda acabou!

Roberto Dinamite é o novo presidente do Vasco!

Grande notícia para o futebol brasileiro, grande notícia para a nação vascaína! Que o governo de Dinamite seja tão brilhante quanto o novo presidente foi em seus tempos de jogador!

26 de jun. de 2008

La Mano de Dios - One-hit band

One-hit band

Meus amigos, sabe aquelas bandas que emplacam um hit no rádio, tocam no Faustão, no Raul Gil e o escambau e no fim vendem poucos discos? Aquelas bandas que todo mundo sabe cantar uma música, mas apenas uma? Pois é, no futebol esse tipo de banda é a Espanha.

Parem para pensar: toda Copa, todo campeonato que disputa, a Espanha vem com um timaço, ganha de goleada na primeira fase, dá show, tem craque e mesmo assim não ganha nada. Todo mundo se anima com a Fúria, todo mundo se preocupa com a Fúria e no fim das contas nem na praia ela chega.

Pois é, parece que essa história está para mudar. Desde o começo da Eurocopa a Espanha mostrou que não está para brincadeira. Goleou a Rússia, passeou em cima da Grécia e da Suécia. Até aí, nenhuma novidade para essa one-hit band do futebol. Vieram as quartas e o que parecia impossível aconteceu: a Espanha passou pela Itália. Tá bom, muitos vão dizer que a Itália não era lá aquelas coisas, mas mesmo assim quatro Copas do Mundo pesam. Veio a semifinal e a Fúria pegou a Rússia, sensação do campeonato, time comandado pelo gênio Guus Hiddink, esquadrão que despachou a Holanda e seu belo futebol. Tudo levava a crer que a sina espanhola finalmente iria se concretizar.

Mas que nada. A Fúria deu baile. Marcando no campo do adversário, anulando Arshavin e Zhirkov, matando os contra-ataques puxados por Salenko, o time de Sergio Aragonés mostrou decisão e qualidade. No segundo tempo só a Espanha jogou e a partida terminou com uma sonora sapecada de três a zero.

Meus amigos, parece que finalmente a Espanha vai emplacar mais que um hit. Agora ela pega a Alemanha na final. Alemanha que é sempre aquela coisa: vem tímida, mas vem. Chega lá como quem não quer nada e leva. Mas dessa vez, não tem jeito, tá na hora da Espanha ganhar seu disco de ouro.

Rapidinhas: uma constatação e uma pergunta sobre essa Euro. Guus Hiddink é gênio. E por que raios Fabregas é reserva?

Ao som de AC/DC: Problem Child.

Chazinho de Coca - Saldo das semifinais da Euro 2008.

Saldo das semifinais da Euro 2008.

Alemanha 3 X 2 Turquia

Infelizmente não pude acompanhar a partida, somente os melhores momentos. Mas a minha expectativa, principalmente pelo fato da Turquia ir a campo quase sem reservas, era de que algo mambembe fosse ocorrer pelos lados turcos. Qualquer coisa que não uma goleada alemã, já seria surpreendente. Mas a Turquia mostrou força, mostrou brio e acima de tudo, mostrou qualidade. Encarou a poderosa Alemanha de igual, abriu o placar, permitiu a igualdade em 2X2, mas ao final sucumbiu diante de um rival mais forte, mais inteiro, mais acostumado a decisões, mas caiu de pé, bravamente.

A Alemanha mostra poder de chegada, mas isso já é de esperar de uma Alemanha. Para ficar com o título vai precisar de mais, muito mais.

Espanha 3 X 0 Rússia

Para muitos, onde eu me incluo, a Rússia chegou com ligeiro favoritismo, principalmente por eliminar, de forma tão espetacular, a até então favorita Holanda. A Espanha destroçou qualquer favoritismo russo e aplicou 3X0 sem grandes dificuldades.

Zirkhov não foi tão bem quanto nas outras partidas, Pavlyushenko bem que tentou, mas as bolas não chegavam até ele. Mas a grande decepção ficou por conta daquele que do dia pra noite tornou-se a menina dos olhos dos grandes clubes da Europa – Arshavim.

No primeiro tempo houve até um ligeiro equilíbrio, mais acentuado com a saída de Villa, contundido. Em seu lugar entrou Fábregas, fora de sua posição de origem. Fernando Torres isolou-se no ataque e o meio campo espanhol ficou muito congestionado, não conseguindo organizar boas jogadas para Torres. A Rússia chegou a ameaçar nesse momento, mas Casillas estava em noite inspirada.

Na volta do segundo tempo, Aragonés acertou o meio campo espanhol, soltou Fábregas e avançou Xavi. O resultado foi um massacre territorial da Espanha e uma Rússia perdida em campo. Arshavim que já era figura inoperante tornou-se invisível. Gus Hiddink parecia incrédulo, mas também pouco fez para alterar o panorama. Com isso a Espanha chegava de todas as formas, do jeito que queria. Logo o placar começou a ser construído e os 3X0 ao final, coroaram a sensacional atuação espanhola no segundo tempo.

Agora vem a final contra a Alemanha. Será que dá pra apostar na Espanha como favorita? O favoritismo dado à Holanda, à Croácia e à Itália caíram por terra. Alguém se arrisca?

Ao som de Suede - Stay Together

abraços,

E a Eurocopa faz o primeiro estrago!

Pois é, meus queridos, os efeitos das derrotas na Eurocopa (isso aí, Eurocopa, nada de UEFA Euro 2008) já começam a ser vistos nas seleções.

O primeiro time a sofrer uma reviravolta devido ao desempenho aquém do esperado foi a Itália. Donadoni não é mais o técnico da Azzurra, sendo substituído por Marcelo Lippi, campeão mundial de 2006.

O contrato de Donadoni, contestado por muitos torcedores e comentaristas italianos desde o início de seu trabalho, possuía uma cláusula que determinava a possibilidade de anulação se o time italiano não chegasse às semifinais.

Aparentemente, a rescisão foi pacífica. Agora, a esperança de torcedores é que Lippi promova a volta do grande símbolo da seleção, Francesco Totti, afastado por Donadoni. Além dele, especula-se que Gilardino também recupere seu lugar na Azzurra.

E tem técnico por aí que faz muito menos que Donadoni e continua no cargo...

Festa do blog FFC com discotecagem especial de MAURO BETING


O Ferozes F.C. vai pra cima!

Dia 04/07 (sexta-feira) o blog futebolístico mais gingado da história promove uma grande festa na Funhouse.

Mandando o som na noite ninguém menos do que o grande jornalista Mauro Beting (jornal LANCE! e Rádio/ TV Bandeirantes), ilustre cidadão de Manchester e antigo freqüentador das baladas mais descoladas desde os tempos da Tropicália.


Venha comemorar com a gente tomando aquela gelada marota e dançando na pista mais feroz que a vida noturna de São Paulo já viu!

Seja um feroz você também! Vá pra cima!



Festa do blog Ferozes Futebol Clube com discotecagem especial de Mauro Beting

Sexta-feira, 04/07, a partir das 23:00

Funhouse - Rua Bela Cintra, 567


Magrões - R$ 15,00 (entrada)
Pequenas - R$ 10,00 (entrada)

Os 50 primeiros Ferozes a entrar pagam apenas R$ 5,00 (entrada)

Ser Feroz é o Hype!

Ao Som de Rolling Stones Brown - Sugar

La Mano de Dios - Há 30 anos...


Há 30 anos...

Meus amigos, republico abaixo artigo do sociólogo argentino Sergio Levinsky sobre a Copa de 1978 na Argentina, que ontem comemorou (?) 30 anos. Peguei esse texto no blog do Juca Kfouri (http://blogdojuca.blog.uol.com.br/). Creio que o grande Juca não ficará zangado, assim como acredito que a grande maioria de vocês se dará ao trabalho de ler em espanhol esse belo texto.

30 anos da Copa na Argentina

Por SERGIO LEVINSKY*

Pasaron ya treinta años de aquel Mundial 1978 que le tocó organizar a la Argentina, y el ejercicio de la memoria para todos aquellos que hemos vivido en el país en esos días negros nos debe permitir reflexionar desde aquel contexto de muerte y censura que nos envolvía, para comprender que acaso junto a los Juegos Olímpicos de 1936, en el Berlín nazi de Adolf Hitler, fue el mayor intento de manipulación social que se conozca a partir de un hecho deportivo.

La dictadura militar que asoló al país entre 1976 y 1983, desde el mismo 24 de marzo del nefasto golpe al gobierno de María Estela Martínez de Perón, supo desde el primer instante que el fútbol ocuparía un lugar fundamental en el devenir de los años con su poder, porque su manipulación la ayudaría a perdurar y para poder cometer la masacre más grande que se recuerde entre argentinos, con un saldo de 30.000 desaparecidos, y 42.000 millones de dólares de una deuda externa que cuando asumió, apenas si estaba en los 8000.

Así fue que en medio de las marchas militares en la cadena nacional, se pudo ver el partido amistoso que la selección argentina jugaría en Chorzow, Polonia, ante el equipo local, por el Canal 7, o que también la primera reunión militar tuvo un duro debate entre la Marina y el Ejército para determinar cuál de las fuerzas se quedaría con el fútbol.

Al cabo, la Marina consolidaría su poder, quedándose con el correr de los meses con el Ente Autárquico Mundial 78 (EAM 78), una vez que fuera asesinado el general (elegido en tiempos democráticos) Omar Actis, cuando el dictador Jorge Rafael Videla intentó desviar como un crimen cometido por los Montoneros cuando está comprobado que fue un hecho provocado por la interna de ambas fuerzas armadas. En el libro que lleva como sugestivo título "Almirante Lacoste, ¿quién mató al general Actis?", Eugenio Méndez demuestra cómo el procedimiento de ese asesinato no tenía ninguna relación con la guerrilla urbana.

A partir de ese momento, y ya con el ex contraalmirante Lacoste en el poder del EAM 78 como vicepresidente detrás del general Antonio Merlo, comenzó a fraguarse lo más duro de la organización del Mundial 78, y hasta varios testigos indican que la nueva conducción de la AFA, con Alfredo Cantilo como mandatario, fue "sugerida" a punta de pistola, y con todos los dirigentes levantando la mano sin chistar.

Ese Mundial se jugó con tantas irregularidades deportivas y políticas, que este artículo no alcanzaría a contar ni si tuviera el espacio de todo el periódico de hoy, pero de sólo pensar que a escasas cuadras del estadio Monumental, en el que los hinchas argentinos festejaban cada gol de la selección de César Luis Menotti, se torturaba gente en la Escuela Mecánica de la Armada (ESMA) ya eso solo significaba un escándalo internacional, aunque todo estuvo tapado por la censura mediática y los argentinos no tuvieron acceso a la información veraz de lo que ocurría, aunque en el exterior tanto argentinos como extranjeros intentaron organizar distintas acciones que en el país fueron tachadas de "campaña antiargentina".
Desde jugadores de importantes seleccionados que se negaron a venir al país y los que intentaron acercarse a las Madres de Plaza de Mayo (como el arquero sueco Hellstrom), desde recomendaciones de embajadas en la Argentina para que periodistas de muchos países no asistieran, hasta aquellos cronistas que tenían que escribir sus notas en códigos (por ejemplo, este periodista pudo dialogar en Ámsterdam con un enviado al Mundial que justamente trabajó en Mendoza y que para pasar la censura colocaba nombres de jugadores holandeses para referirse a Videla, Massera, Agosti o Lacoste), hasta rumores de doping y de partidos arreglados, y hasta un atentado en la casa de Juan Alemann, economista conservador, pero crítico de la organización del Mundial, justo con el cuarto gol de Argentina a Perú, todo fue irregular, y todo da para seguir intentando investigar los hechos, no dejarlos pasar.

La aparición de un nuevo libro en Colombia ("El hijo del ajedrecista II", de Fernando Rodríguez Mondragón), que revela cómo se habría comprado el partido ante Perú por parte de miembros del EAM 78 en una reunión en Colombia, el propio ingreso de Videla al vestuario peruano en Rosario antes de ese partido decisivo, son otros condimentos, como el que una vez contó también a este cronista el notable periodista, ya fallecido, José María Suárez, "Walter Clos". Un día en la esquina de la AFA, Suárez tomaba café con un ex dirigente de San Lorenzo, y al preguntarle con sorna "para cuándo el monumento a los campeones del mundo", aquél respondió indignado: "ah, si, ¿y a nosotros, qué? ¿o quiénes cambiaban los frasquitos del antidoping?".

Pero más allá de preguntas sin respuestas en el terreno deportivo, el Mundial 78 y su enorme manipulación sirvió para que la dictadura continuara, para transmitir al exterior imágenes de un país "alegre" y que nada parecía saber ni ocurrir en cuanto a violaciones de Derechos Humanos. Por ese tiempo, según aquel slogan, fuimos derechos y humanos, mientras, desesperados, cientos de miles de familiares buscaban a sus seres queridos, no sólo sin poder encontrarlos, sino que aquellos que debían darles respuestas eran los mismos que se los habían llevado. Como bien caracterizó Eduardo Luis Duhalde, secretario de Derechos Humanos del actual gobierno, se trató del "Estado terrorista argentino".

Fue cuando la pelota se lo tragó todo, como dice León Gieco en su sabia canción sobre la memoria.

Pasaron 30 años, y más allá de aquella gran final en la que la selección argentina levantó la Copa del Mundo por primera vez, con los asesinos levantando el pulgar en un palco ensangrentado, y a un muy buen equipo que no por eso dejó de desplegar un gran fútbol, quedan muchísimos temas para seguir reflexionando, analizando e investigando, para que todo lo que allí ocurrió no quede impune.

http://sergiol-nimasnimenos.blogspot.com/

*Sergio Levinsky é jornalista e sociólogo argentino.

24 de jun. de 2008

La Mano de Dios - Há 50 anos...

Há 50 anos...

Meus amigos, a data de hoje é mais do que especial. Hoje, há 50 anos atrás, o Brasil levantava a Jules Rimet pela primeira vez e sagrava-se campeão do mundo na Suécia, contra o time da casa, após uma partidaça que terminou em 5x2 para o nosso escrete.

Há 50 anos atrás a seleção brasileira saiu de campo ovacionada pela torcida sueca, encantada com a ginga e a malemolência do futebol nacional. O time titular da final foi: Gilmar, Nilton Santos, Djalma Santos, Orlando, Bellini, Didi, Zito, Garrincha, Zagallo, Vavá e Pelé. Os nossos reservas, não menos espetaculares: De Sordi, Oreco, Castilho, Mauro, Zózimo, Dino Sani, Moacir, Pepe, Joel e Mazzola. O nosso técnico foi o mitológico Vicente Feola.

Fiquem ligados, pois os canais de esporte brasileiros terão muitos programas especiais essa semana. A ESPN - Brasil por exemplo vem com uma série de apresentações sensacionais. Confira abaixo os comentários do próprio site da ESPN:

http://espnbrasil.terra.com.br/noticias/materia.aspx?id=189032

"Até o dia 27/06, a ESPN Brasil passa a apresentar a série de programetes 'A Copa do Mundo é Nossa' sobre os 50 anos do primeiro título mundial de futebol conquistado pelo Brasil na Copa de 1958. A cada dia, o canal trará um programete inédito de três minutos de duração. A estréia acontecerá sempre no telejornal noturno- SportsCenter, com reapresentações no dia seguinte antes do programa- Bate-Bola 1ª edição- e ao longo da programação.

Os programetes vão relembrar a convocação para a Copa do Mundo de 58, a preparação da seleção no Brasil, a cobertura dos veículos de comunicação na época, os amistosos disputados antes do embarque para a Suécia, a chegada ao país sede do evento, a estréia no mundial e a caminhada até o grande título. No sábado, dia 28/06, a ESPN Brasil apresentará um especial inédito às 21 horas, com reprises no domingo às 14 e às 22 horas, para comemorar os 50 anos do primeiro mundial do Brasil."

Em momento tão ruim para a seleção, vale a pena comemorarmos o nosso primeiro título e manter a esperança de que dias melhores virão vendo aquele timaço jogar...

Grande abraço!

23 de jun. de 2008

Mudanças!

Caso algum feroz desavisado não tenha percebido, nosso webmaster Rene Crema mudou o logo do blog, adequando-o à imagem que virá logo mais na propaganda da nossa festa. Isso mesmo, caríssimos ferozes, a festa do Ferozes F.C. está chegando e logo logo vocês terão mais informações.

Além disso, foram adicionados os logos de duas rádios de Minas Gerais que vêm dando um belo apoio à nossa iniciativa, anunciando por vontade própria o nosso trabalho durante a sua programação. São elas a Sucesso FM e a Difusora AM. Um grande abraço à equipe esportiva das duas rádios, e nossos sinceros agradecimentos pelo apoio!

Para ouvir as rádios é só acessar

http://www.sucessofm.fm.br/

e

http://www.difusoraam.am.br/site/

E aguardem, ainda essa semana maiores informações sobre a festa! Bola pra frente, ferozes!

La Mano de Dios - Bolas trocadas

Bolas trocadas

Pois é, meus amigos, parece que esse é o ano da seleção. Como se já não bastassem as declarações ríspidas e rancorosas de Dunga, agora o torcedor brasileiro vê-se obrigado a engolir as palavras de alguns jogadores que pelo visto ainda não entenderam o que é jogar com a camisa amarela do Brasil.

Digo isso, meus amigos, pois desde o jogo contra a Argentina ouvi ou li muitos dos nossos "craques" reclamando das vaias dos torcedores, criticando as palmas ao verdadeiro craque Messi e cositas mais, dizendo que o torcedor não reconhece o esforço que eles fazem, vindo das férias dos campeonatos europeus para defender a seleção canarinho, sem descanso, longe das famílias...

Pera lá, cara-pálida, acho que as bolas foram trocadas. Que história é essa de reconhecimento pelo esforço? Que tom é esse, como se defender a seleção fosse um favor? Que subserviência do torcedor é essa que esses cabeças de bagre querem? Esses manés não entenderam ainda o que representa para eles vestir aquela camisa e, ao mesmo tempo, o que eles representam para nós quando a vestem.

Esses caras, talvez ofuscados pelos milhões que ganham (ou que almejam ganhar), não entenderam ainda que, ao vestir a camisa da seleção eles encarnam um time que já teve desde Leônidas da Silva na década de 40 a Romário e Ronaldo nos anos 90 e 00. Hoje eles jogam no time que já teve Pelé, Tostão, Garrincha, Zico, Sócrates, Gérson, De Sordi, Bellini, Félix, Barbosa, Marcos e muitos outros gênios. Eles não entenderam que ao entrar em campo todo torcedor espera que sejam iguais ou melhores que esses mestres. E, ao mesmo tempo, não sacaram que quem está fazendo favor é a seleção em escolhê-los para representá-la, e não o contrário.

Meus amigos, eu acredito que palmas recebe quem merece. Respeito tem aquele que o conquista. E craque é aquele que é bom com a bola dentro de campo e com a palavra fora dele. Vendo por essa perspectiva, muitos dos nossos jogadores ainda têm muito o que aprender.

Ao som de Charlie Parker's Reboppers - Meandering. Charlie Parker (alto sax), Miles Davis e Dizzy Gillespie (trompetes), Argonne Thornton (piano), Curley Russell (baixo), Max Roach (bateria). Malandro, isso que é seleção!

Chazinho de Coca - Palmeiras esquece salários, mostra grande futebol e vence o Vasco.

Palmeiras esquece salários, mostra grande futebol e vence o Vasco.

A semana tinha sido conturbada pelos lados do Palmeiras, apesar de vir de goleada contra o Cruzeiro. As notícias de que os salários estavam atrasados fez a coisa ferver, levando alguns jogadores a quase perder a linha ao comentar o assunto. Ficava a dúvida quanto a dedicação do time na partida contra o Vasco da Gama. A dúvida foi por terra depois da exibição contra o time de São Januário.

Com uma atuação de gala dos laterais/ alas Élder Granja e Leandro, o faro apuradíssimo de gol do agora artilheiro do Brasileirão, Alex Mineiro e da entrega e disposição do atacante Kleber, o Palmeiras não tomou conhecimento do Vasco e fez 2X0 sem grandes complicações.

No começo o Vasco até tentou pressionar o alviverde, mas a disparidade técnica era evidente e a zaga palmeirense conseguia anular a maior parte das jogadas. Contudo, Valdívia não estava em grande jornada e Diego Souza, mais uma vez, voltou a dormir. O Palmeiras começou a levar perigo em chutes de outro destaque da partida, Martinez, que arriscava em chutes de fora da área. Mas foi quando resolveu acionar seus laterais, que o Verdão descobriu a mina de ouro. Granja e Leandro, numa alternância quase que sincronizada, subiam ao ataque, levando vantagem em quase todas as investidas e praticamente colocavam a bola na área com “as mãos”. Numa dessas investidas, Élder Granja foi até a linha de fundo, levantou a cabeça e viu a chegada de Alex Mineiro, o cruzamento foi perfeito e a testada de Alex (ta fácil ser centroavante do Palmeiras), um tiro a queima roupa – Palmeiras 1 X 0.
O Palmeiras continuou atuando como se estivesse no Palestra Itália e a torcida cruzmaltina já ensaiava as primeiras vaias.

Veio o segundo tempo e o cenário permaneceu o mesmo. Luxemburgo sacou Diego Souza e colocou Léo Lima, voltando a ter “11” jogadores em campo. Daí ficou fácil! Em rápido contra ataque, Kleber recebeu na intermediária, passou fácil pelo primeiro marcador, já na entrada da área cortou o segundo e bateu alto, no canto esquerdo do goleiro – golaço!

Luxa ainda promoveu as entradas de Lenny e Denilson, mas o cenário pouco se alterou.

O Palmeiras mostra força e silencia, ao menos por enquanto, os corneteiros de plantão. Chega aos 13 pontos e só não está no G-4 por perder nos critérios de desempate para o Náutico, adversário da próxima rodada, no Palestra Itália.


Como é duro.

Ver Élder Granja e Leandro comendo a bola e na seleção do Dunga termos os “excelentes” Maicon e Gilberto, com suas posturas inoperantes.

Será que o técnico da nossa seleção assiste aos jogos do brasileirão? Eu duvido!

abraços aos nobres,

22 de jun. de 2008

Chazinho de Coca - Eurocopa 2008. Saldo das Quartas de Final.

Eurocopa 2008. Saldo das Quartas de Final.

Eram quatro espetaculares duelos, cada um deles com seus respectivos favoritos, os quatro vão assistir as semifinais de casa. Coisas que só o futebol pode proporcionar.

Alemanha e Portugal protagonizaram o primeiro duelo dessa fase. A seleção portuguesa era uma das sensações, tinha o melhor jogador do mundo, outros grandes jogadores e Felipão no banco. Por essas e outras, era apontada por muitos como favorita no duelo. Do outro lado estava a Alemanha, o que por si só já joga por terra qualquer favoritismo iminente de qualquer adversário, mas era também a Alemanha de Ballack, de Schweinsteiger, de Podolsk e esses fatores somados fizeram a diferença.

Os primeiros 30 minutos da Alemanha foram infernais e praticamente determinaram a sorte do jogo. Portugal reagiu, equilibrou a partida em certos momentos, mas suas principais armas não funcionaram, as da Alemanha decidiram e o jogo terminou 3X2.

O segundo jogo foi entre Croácia e Turquia. A partida foi terrível, de um nível técnico sofrível. A Croácia tem condições de jogar mais, mas parece se contentar com pouco. A Turquia fez o papel de franco atirador. Um jogo truncado, feio, sem emoções, que continuou da mesma maneira até os 28 minutos da prorrogação, quando numa saída errada do goleiro turco, permitiu um gol que foi praticamente um “golden gol”, devido a proximidade do desfecho da partida. Festa, choro, torcida eufórica, era a Croácia nas semifinais da Euro...era! Num daqueles momentos que só o futebol consegue nos proporcionar, já nos acréscimos da prorrogação, passados cinco segundos do tempo determinado pelo juizão, a bola sobrou na entrada da área, um tiraço a meia altura, suficiente para tirar do goleirão croata – gol da Turquia, da mesma Turquia que já havia conseguido um milagre diante da Rep. Tcheca. E de repente, um jogo que até então era morno, arrastado, chato, tornou-se mais um épico para ser lembrado por muitos e muitos anos.

Na decisão por pênaltis, o momento psicológico era todo favorável aos turcos. O que ficou comprovado nas três cobranças erradas dos Croatas e na reabilitação do goleiro Hustur, que passou de vilão a herói e levou a Turquia a uma inédita semifinal de Euro.


Holanda e Rússia nos brindaram com a melhor partida das quartas. A favoritíssima ao título Holanda entrou tentando imprimir seu ritmo de jogo, mas logo de cara encontrou a primeira seleção da Euro que a encarou de igual para igual. Com uma marcação adiantada e dia inspiradíssimo do trio Pavlyuchenko, Arshavin e Zirkhov, foi a Rússia quem ditou o ritmo do jogo, não permitindo que a Holanda organizasse seu meio campo e nem mesmo ousasse armar seus mortais contra ataques, mas ainda assim, não se podia apontar um domínio por parte da Rússia, o que ficou comprovado pelo 1X1 ao final do jogo.

Se no tempo regulamentar o equilíbrio predominou, na prorrogação a surpreendente Rússia deitou e rolou e colocou a até então sensação da Euro, na roda. Os 3X1 ao final da partida mostraram bem o que foi a partida. A Laranja Mecânica foi espremida pela Montanha Russa e mais uma vez ficou pelo caminho.

O quarto jogo marcou o duelo entre a eterna favorita Itália e a eterna candidata a “grande”, Espanha. O jogo foi feio, sem grandes emoções, com cara de Itália e nada favorável ao bom futebol demonstrado pela “fúria” até então. Um arrastado 0X0 no tempo normal e também na prorrogação. Ao menos nos pênaltis tivemos algum destaque e foi o goleirão da Espanha, Casilas, que defendeu duas penalidades, enquanto Buffon pegou uma. A Espanha momentaneamente esquece a síndrome de cavalo paraguaio e pode, quem sabe, se firmar como uma verdadeira potencia do futebol. A Itália, pelo futebol que não jogou nessa Euro, foi até longe demais.

As semifinais da Euro 2008 começam na próxima quarta-feira e os jogaços serão os seguintes:

Quarta-feira – 25/07: Alemanha X Turquia

Quinta-feira – 26/07: Espanha X Rússia

E aí, meus queridos, em quem vocês apostam? Eu não falo mais nada, até pra não zicar nenhuma das seleções que chegaram bravamente até aqui. Afinal, Portugal, Croácia, Holanda e Itália eram minhas favoritas e agora vão acompanhar o resto da competição de casa. Por sorte eu não sou de apostar dinheiro.

Ao som de The Dandy Warhols - Heavenly

Ótima semana para todos,

Chazinho de Coca - Cadê a cativa do Gaúcho?

Cadê a cativa do Gaúcho?

O ano de 2008 não tem sido o ano da seleção brasileira. Curiosamente também não tem sido o ano daquele que deveria ser o maestro de nossa equipe, Ronaldinho Gaúcho. Quando se fala na seleção canarinho, nos vem à mente um time recheado de bons jogadores e dentre eles, alguns diferenciados, alguns foras de série.
Relembrando a seleção campeã de 2002, talvez a nossa última grande equipe, nela não existiam grandes contestações, talvez a não convocação do meia Alex, mas nada que tenha tirado o sono do técnico Felipão ou que tenha deixado a torcida muito reticente quanto ao sucesso da equipe na competição. Do goleiro ao centroavante, a seleção era quase que a consumação do desejo popular, com ótimos jogadores em todas as posições e dentre eles, quatro ou cinco craques, foras de série que decidiram quando foi preciso.

Hoje passamos, talvez, por nossa maior escassez de craques das ultimas décadas, para não dizer da história. O selecionado de Dunga é um frangalho só, apontado por muitos estudiosos da bola como algo abaixo até mesmo da seleção de 66.

Quer dizer então que não temos craques ou pelos menos, bons jogadores? De forma alguma. Podemos sem muito esforço fazer uma seleção apenas com jogadores que atuam hoje no futebol brasileiro que já conseguimos algo melhor do que Dunga. Junte a eles os craques que atuam na Europa e pode-se montar uma equipe que se não for a melhor de todas, ainda pode encarar em pé de igualdade qualquer outra seleção de ponta.

O time de Dunga é carente de craques, ao menos daquele craque, o que faz a diferença, o que num momento está invisível e num piscar de olhos tem um lampejo de gênio e decide. Hoje, talvez, o nosso único jogador com essa capacidade seja Ronaldinho Gaúcho.

Kaká e Alex são cracaços, mas são aquilo que podemos chamar de “cerebrais”, são eles que cadenciam o time, que mantém a regularidade, que organizam, são o termômetro, enfim, mas não são eles quem vão driblar meio time adversário e entrar com bola e tudo, Ronaldinho Gaúcho sim tem esse perfil, ele tem o perfil e a bola de um fora de série. Ronaldinho tem explosão, arranque, força, uma habilidade poucas vezes vista no mundo da bola, finaliza bem e supri outra enorme necessidade da seleção de Dunga, é exímio batedor de faltas – parece piada, mas a seleção brasileira não tem unzinho sequer.

Apesar de tudo isso, não se pode esquecer que o Gaúcho passa por maus bocados em seu clube e não vem jogando, mas quem disse que Mineiro, Josué, Gilberto Silva e outros “Dunguísticos” estão? Mas ainda assim estão lá, com suas inexplicáveis cadeiras cativas, então porque não ceder uma dessas cadeiras ao Gaúcho fora de série?


Lobby do Gaúcho.

Impressionante a cara de pau do nosso todo poderoso presidente da CBF, Darth Vader, ops, Ricardo Teixeira, ao pedir em rede nacional para que o povo brasileiro ajude Ronaldinho Gaúcho a ser convocado para a seleção olímpica. Logo ele tão avesso a entrevistas, a dar satisfação das patacoadas de sua confederação ou de suas próprias ferocidades. Está mais do que na cara que ele já convocou Ronaldinho para as Olimpíadas e que Dunga vai ter que engolir a seco ou então tomar um scothzinho para digerir melhor essa canetada do nosso ditador de plantão.

O povo quer Ronaldinho Gaúcho, não precisa ele vir pedir isso. Mas agora o cenário está todo favorável. Teixeira já convocou, o povo em boa parte, alheio a esse esquema, vai pressionar Dunga, o técnico por sua vez vai ter que convocá-lo para não perder seu emprego e ao final de tudo, caso o Brasil saia vencedor, Ricardo Teixeira vira herói e tudo ficará lindo e maravilhoso no reino da CBF, caso contrário a culpa é de Dunga, que não o convocou antes e não o preparou adequadamente para a competição.

Vai Teixeira, não pára de lutar!


Lobby do Gaúcho – parte II

Incrível a sincronia entre as declarações de Ricardo Teixeira sobre Ronaldinho Gaúcho e a repentina enxurrada de matérias e entrevistas realizadas pela Globo com o jogador.

Vai Globo, não pára de lutar também!

Feroz é mato e eu sou o Bozo.



Ao som de The Dandy Warhols - Nietzsche

abraços aos queridos,

21 de jun. de 2008

Montanha russa!


E quem diria!

A Holanda, que vinha comendo a bola , tropeçou e caiu!

O time russo comandado pelo holandês Guus Hiddink esmagou o time laranja de Van Basten! Os russos atacaram o tempo todo com muita rapidez e qualidade, o lateral Zhirkov, o meia Arshavin e o atacante Pavlyushenko não deram sossego à defesa holandesa... muito bateram até que conseguiram! Van der Sar aceitou três, mas poderiam ter sido muitas mais se os russos finalizassem com um pouquinho mais de qualidade...

A verdade é incontestável: a Holanda mais uma vez jogou como nunca e perdeu como sempre... Marco Van Basten despede-se da Oranje de cabeça baixa.

E que venha Itália ou Espanha, pois os russos não estão de brincadeira!

La Mano de Dios - Depois da tempestade...

Depois da tempestade...

Pois é, meus amigos, nada melhor que uma rodada do Brasileiro para esquecermos a seqüência pífia de nossa seleção! Uma rodada que promete grandes emoções, veja você:

- hoje, no Morumbi, o São Paulo recebe o campeão do Brasil. Isso mesmo, o Sport vem lá de Recife passar frio aqui na capital. O São Paulo está voando, aplicou duas sonoras goleadas nas duas últimas rodadas, mas hoje vem desfalcado: Hernanes e Alex Silva estão com a seleção olímpica que joga amanhã no Rio contra um apanhado de jogadores de times cariocas. Ao que tudo indica, Juninho já voltou daquela viagem de carrinho que estava fazendo desde o jogo contra o Palmeiras no fim do Paulistão, e é dele a tarefa de ocupar a vaga de Alex Silva. Hernanes não jogou algumas partidas por contusão e parece que o time consegue se virar bem sem o craque. Aliás, o Muricy parece estar montando o time já se preparando para os desfalques que virão em agosto...

Já o grande Sport vem de ressaca dupla: uma depois da vitória na Copa do Brasil, outra depois da sacolada que tomou na última fase do Brasileiro. O time de Nelsinho Batista vem num 3-5-2, formação que só deu derrotas ao time nas últimas partidas. Apesar disso, os amuletos Carlinhos Bala e Enilton estão de volta. Só lembrando que o Sport é freguês do Tricolor e Rogério Ceni costuma dar sorte nas cobranças contra o time de Recife... garantia de um jogão!

- amanhã o Palmeiras pega o Vasco em São Januário. O Verdão teve uma semana conturbada, com atrasos de salários e muita cornetada de Luxemburgo. Bate-boca de diretoria com comissão técnica, uma festa do caqui. Não me lembro de quem é a frase, mas é sempre bom lembrar que quando a casa não está em ordem é difícil o time jogar... vamos ver como os jogadores e, principalmente, a comissão técnica vão se comportar...

Do outro lado, o sempre conturbado e bastante irregular Vasco vem a campo sem o craque Edmundo, que cumpre suspensão. Na minha opinião, o Vasco, mesmo fraco, leva vantagem, pois joga em casa e enfrenta um adversário com alguns problemas extra-campo. Será que o Palmeiras, assim como o Internacional, é outro cavalo paraguaio desse Brasileirão?

- o Santos vem todo novo. Técnico, time, esquema tático... mas falta muito pra dar pé. Quem sabe frente ao Goiás Cuca consiga dar ao time o mais importante: autoconfiança. Mais do que para os adversários, o time da Vila está perdendo para si mesmo...

Pois é, meus amigos, pelo menos três jogos que prometem, no mínimo, muita emoção. Isso sem falar em Portuguesa x Botafogo e Fluminense x Coritiba... é, pelo andar da carruagem, devemos agradecer pelo fato da seleção só jogar novamente em setembro...

18 de jun. de 2008

Chazinho de Coca - Saldo da 1ª fase da Eurocopa.

Os nossos leitores votaram nas enquetes sobre os favoritos nessa 1ª fase da Euro e tiveram um alto índice de acerto. De todas as seleções classificadas, as únicas que haviam sido apontadas por nossos leitores e que não vingaram foram Suécia e Rep. Tcheca, de resto, todas passaram. Confira abaixo os sensacionais cruzamentos que já começam nessa quinta-feira:

Portugal X Alemanha

Turquia X Croácia

Holanda X Rússia

Espanha X Itália

E aí, quais os palpites para as quartas de final?

Com base no que pude acompanhar dos jogos, mas também com um pouco de torcida, meus votos vão para Portugal, Croácia, Holanda, Itália. O que não é bom sinal para essas seleções, já que apostei minhas fichas na França para se classificar ao lado da Itália e nós vimos o fiasco francês como foi.

abraços,

La Mano de Dios - CBF e os doze anões

CBF e os doze anões

Meus amigos, antes de mais nada, gostaria de pedir desculpas pela ausência esses dias. O motivo é simples: a seleção brasileira me desanimou. É isso mesmo, o jogo contra o Paraguai me fez questionar até que ponto é legal acompanhar o futebol.

Mas a paixão é maior que o jogo, a admiração pelo time é maior que os personagens que no momento vestem as camisas. Só que não dá para deixar de lado o vexame de domingo. Eu, que há pouco tempo atrás tirei o corpo fora quando o assunto foi a Seleção, novamente me vejo escrevendo sobre o time da amarelinha.

Amigos, o time do Brasil não é o time dos brasileiros. Quem é Gilberto, Gilberto Silva, Julio Cesar, Maicon, Juan, Lucio para o brasileiro médio, aquele que não tem TV a cabo em casa para acompanhar os muitas vezes chatos campeonatos europeus? O próprio Robinho, que não faz muito foi embora do Santos, aos poucos vai se apagando da memória do brasileiro.

Esses jogadores não sentem orgulho em vestir a camisa da seleção, justamente por não serem "brasileiros" há muito tempo. Os gramados europeus fizeram eles esquecerem a responsabilidade que é vestir a amarelinha. Acabou-se a identidade que existia entre o jogador e o time.

Pode parecer loucura, mas para mim o que menos falta é técnica ou tática. Ou vão me falar que nossos volantes devem alguma coisa a um Gatuso, que nossos zagueiros a um Materazzi, que nosso goleiro a um Buffon, só para ficar na seleção do último campeão mundial? Não devem, se o assunto é técnica. Mas devem se o critério é suar a camisa. Porque esses italianos que vimos vencer a Copa, esses holandeses que estamos vendo comer a bola na Eurocopa sabem o que é servir à seleção.

Meus amigos, nosso problema não é tanto a técnica, a formação. Nosso problema é a apatia, a falta de amor à camisa. Tudo aquilo que Dunga representou quando jogador está faltando agora que ele é técnico. Quem sabe ao invés de colocar em campo os doze anões da CBF, não seria a hora de chamar onze brasileiros e um técnico?

Rapidinhas: o Flamengo mostrou que sua liderança é artifical. Jogando em casa contra times menores estava fácil garantir-se como líder. Mas foi só pegar um time grande que a coisa foi pro saco. E o São Paulo, calando sessenta mil no Maraca, aos poucos mostra que veio para ganhar o Brasileiro...

Outro que parece ter deixado muitas dúvidas de lado é o Palmeiras. Depois da sacudida que tomaram, jogadores e comissão técnica resolveram mostrar serviço. Vamos torcer para que isso dure muitas rodadas, visto que o fantasma voltou a assolar o Palestra: os salários estão atrasados de novo...

Para não dizerem por aí que estou feliz com a escalação de Dunga, fica aqui minha Seleção: Marcos - Léo Moura, Miranda, Thiago Silva e Kleber - Hernanes, Anderson, Kaká e Alex; Luís Fabiano e Robinho. Reservas: Julio César, Henrique, Alex Silva, Lucas, Ibson, Ramires, Jorge Wagner, Thiago Neves, Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Alexandre Pato. Técnico: Muricy Ramalho. Isso sem pensar muito...

17 de jun. de 2008

1958 no Cinema




1958 – O ano em o mundo descobriu o Brasil


Assisti ontem o documentário de José Carlos Asbeg sobre os cinqüenta anos da conquista do Mundial da Suécia pelo “screatch” canarino. Um deleite para os apreciadores do futebol!

Asbeg toma como fio condutor a partida final entre Brasil e os donos da casa, entremeando esta com imagens dos outros jogos, entrevistas com os craques que dos diversos adversários do Brasil e, é claro, dos heróis da seleção brasileira. Desfilam pela tela entrevistas de Didi (arquivo), Zagallo, Mazzolla (ou Altafini, para os rivais europeus), Moacir, Djalma, Zito, Dino Sani, jornalistas da época e membros da equipe técnica.

Os destaques especiais dados aos grandes valores individuais do time (Didi, Garrincha e Pelé), as reconstituições de lances específicos da partida e de crônicas de Nelson Rodrigues dão ao documentário um belo dinamismo, como na esplêndida passagem em que é narrada a lenta caminhada de Didi (“o andar de um Príncipe Etíope”) rumo o meio do campo, com a bola debaixo do braço, após o tento inaugural da partida final, convertido pela equipe dona da casa. Comovente.

Necessário para os amantes do futebol, especialmente em momentos tão questionáveis do esquadrão brasileiro.

13 de jun. de 2008

Ainda sobre a vitória do Sport

Reproduzo abaixo texto do grande Xico Sá sobre a vitória do Sport, publicado na Folha de São Paulo de hoje. Xico Sá é outro feroz até o caroço, além de escrever muito bem:

XICO SÁ

Deus e o Bala na terra do sol

O Divino revelou ao herói do Sport o desfecho da Copa do Brasil na Ilha de Lost e pediu clemência da Fiel a Felipe

AMIGO TORCEDOR, amigo secador, Deus é fiel, mas, dessa vez, queixoso do mundo-cão, foi tirar uns dias de folga no Nordeste, onde, em um semáforo na praia do Pina, no Recife, revelou a Carlinhos Bala, como a um dos seus profetas do Velho Testamento, o que aconteceria na Ilha de Lost, também conhecida como do Retiro.
"Filho, a princípio achei que era o Chico César, criatura de Catolé do Rocha, mas reparo que és tu mesmo, menino Bala, como andas, preparado para a final com o grande Corinthians?", gracejou o Divino.
"Senhor, agora vejo que estás mesmo onde menos a gente espera, como diz a Bíblia", bradou o mestiço do pequeno David com Macunaíma.
"Filho, prepare-se para viver dias de glória, mesmo com todo o meu respeito à fé cega dos admiráveis coríntios, bem-aventurados sejam os renegados do Sport que tanto penaram pelas Segundonas da vida, os alvinegros só começaram as suas peregrinações e são líderes absolutos."
"Senhor, vamos ganhar a Copa do Brasil, como na visão que tive no gol salvador na casa do São Paulo?" "Filho, como disse o bravo Juca Kfouri, tenho mais o que fazer nesse mundão sem porteiras, pero..."
"Pero o quê, Senhor, até parece argentino com esse portunhol do Herrera, pelo amor dos meus filhinhos, precisamos do título para lavar a nossa honra, é unanimidade entre os cavaleiros das mesas-redondas que o Timão já pode colocar a faixa."
"Calma, na carta do secador São Paulo aos coríntios há outro rumo." "Senhor, o sinal vai abrir. Perdoe-me, mas tenho pressa, pois Nelsinho não tolera atrasos na Ilha de Lost."
"Bem-aventurado seja o Baptista, que suportou, com resignação e sabedoria, todas as humilhações da queda para a Segundona..."
"Mas, Senhor, vamos ganhar a Copa do Brasil? Perdoe minha objetividade burra!", apelou o boleiro, enquanto uma criança passava o rodinho no vidro do seu Audi prata.
"Tem comido cuscuz com ovo?!", Deus tentou mudar o papo, citando um segredo da força do baixinho.
"Cuscuz com bode também, Senhor, mas sem cachaça", respondeu, mais relax, o herói do Sport.
"Muito bem, era a comida dos homens fortes do deserto, viva os caprinos, incluindo os cordeiros, sagradas criaturas, mas um vinhozinho está permitido, pois nem Deus agüenta a sobriedade absoluta."
"Senhor, por que segura o sinal no vermelho tanto tempo? Creio que estamos conversando há horas."
"Assim será o jogo para os alvinegros, tudo trancado, não verão o caminho da rede após bem-sucedidas pescarias neste ano", disse o Divino.
"Embora tenha cerimônias de me meter nessas pelejas, os coríntios, quase sempre humildes, cometeram o pecado da soberba, pecado do meu apóstolo tricolor e ultimamente do Palmeiras do Luxa, sacas?"
Além do sinal, belas nuvens negras da chuva e da fartura nordestina encobriam o caminho de Deus naquela hora, quando o menino Bala recebeu a iluminação do título e espalhou para a incrédula mídia.
Ao longe, Deus cantou para o boleiro: "O bom menino Felipe, coitado, vai tomar um gol que pode parecer frango, mas, para quem sabe de futebol, será indefensável, espero que a amada fiel não o julgue, e que o caminho na Segundona seja leve!".


xico.folha@uol.com.br

Chazinho de Coca - No jogo dos Palestras, uma goleada Verde.

No jogo dos Palestras, uma goleada Verde.

Pressionado pelo péssimo futebol apresentado contra os reservas do Sport, pressionado pela torcida e pelas declarações do goleiro Marcos ao final do jogo em Recife. Esse era o Palmeiras antes da partida de ontem, contra o até então invicto e ainda um dos favoritos ao título, Cruzeiro.
Diego Souza, pressionado pela omissão nas ultimas partidas e cobrado pela torcida, começou no banco. Luxa armou um time mais cauteloso, com 3 volantes e apenas Valdívia na armação. O jogo começou com o Cruzeiro em cima, jogando como se estivesse no Mineirão. Marcinho, ex palmeiras era o nome do jogo. O Palmeiras batia cabeça e não fosse pelos milagres de São Marcos, teria sofrido o 1º gol logo no início do jogo. Contudo, a boa performance do goleirão palmeirense não foi suficiente para segurar o zero no placar. Num lance de bola na mão e não de mão na bola, do zagueiro Henrique, o juizão assinalou pênalti – gol do Cruzeiro.
A partir dali o Palmeiras acordou e Valdívia, sumido até então passou a chamar a responsabilidade. E foi numa jogada do meia chileno, que pintou o gol de empate. Valdívia foi lançado e, na cara do goleiro Fábio, preferiu não fazer o gol certo e praticamente pediu para o zagueirão acertá-lo por trás. Como era o ultimo homem, ele foi expulso e Alex Mineiro, com direito a uma paradinha que partiu em duas a coluna do goleiro Fábio, empatou a partida. Daí em diante o técnico Adilson iniciou sua série de ferocidades. Tirou o melhor do time, Marcinho, para recompor a zaga. A mexida trouxe o Palmeiras pra cima. Imediatamente Luxemburgo respondeu colocando Diego Souza no lugar e Léo Lima. O alviverde alugou meio campo e suas individualidades funcionaram como há tempos não acontecia. Destaques da partida, Diego Souza e Valdívia infernizaram a zaga cruzeirense. E foi numa jogada entre os dois, no inicio do segundo tempo, que saiu o segundo e mais belo gol da partida. Em jogada praticamente igual ao segundo gol da Holanda contra a Itália, Leandro cruzou no segundo pau, Diego Souza subiu e ajeitou de cabeça para a entrada da área, onde Valdívia, de primeira, acertou um petardo, no canto esquerdo de Fábio. Um golaço no Palestra.
Diego Souza continuava jogando tudo aquilo que não vinha conseguindo jogar. Driblou, armou o time, cobrou falta no ângulo para milagre de Fábio, mas conseguiu achar o seu. Em jogada pelo meio, ele recebeu na entrada da área, saiu da marcação do zagueiro e bateu forte, no canto direito. Mais um belo gol no jogo. Diego extravasou, foi pra torcida, tirou a camisa e por essa atitude, levou amarelo.
Na seqüência, numa das raras jogadas de ataque do Cruzeiro, em chute forte, mas no meio do gol, São Marcos falhou feio, um frangaço como o próprio assumiu ao final da partida. O gol poderia atrapalhar o Palmeiras, não fosse a rápida resposta. Cruzamento da esquerda, Henrique subiu no 10º andar e de cabeça marcou o quarto gol. A goleada estava bem encaminhada, mas ainda deu tempo de Pierre, outro destaque da partida, desarmar no meio campo, partir pela direita como um lateral, olhou na área e num cruzamento que foi mais um passe, encontrou Alex Mineiro, num típico gol de centroavante, dando números finais ao jogaço do Palestra.

O Palmeiras derrota o segundo dos favoritos ao título. Já havia derrotado o Internacional e agora goleou o até então invicto e líder do campeonato Cruzeiro. Com o futebol apresentado ontem, com suas individualidades rendendo aquilo que se espera delas, não resta dúvida de que o Palmeiras é seríssimo candidato ao título.

Destaques da partida: Diego Souza, Valdívia, Pierre, Alex Mineiro, Henrique e Wanderlei Luxemburgo

O Verdão subiu para a quinta colocação do campeonato e está a três pontos do líder Flamengo, que recebe o São Paulo no próximo sábado. O Palmeiras volta a jogar somente no dia 22, contra o Vasco em São Januário.

Notinhas:

- O Galo Mineiro goleou o Ipatinga por 4X2. O Atlético MG ainda é uma incógnita nesse campeonato, já o Ipatinga segue firme e forte para seu retorno a segundona.

- O Fluminense, com o time titular, só empatou com o Santos no Maracanã. O Flu continua sendo o lanterna, com apenas 2 pontos e 3 gols marcados. Pelo visto, esse time do Fluminense não vai conseguir passear no Brasileirão, como “profetizou” Renato Gaúcho. Que se cuide, ou pode ser campeão da Libertadores e rebaixado para segundona do Brasileirão no mesmo ano. Já o Santos começa a ganhar a cara do técnico Cuca, mas ainda está longe de ser um time com condições de brigar por algo nesse campeonato.


Notas musicais:
-A banda Muse confirmou as datas de suas apresentações em terras brazucas (mil vivas):
30.07.08 - Vivo Rio - Rio de Janeiro 31.07.08 - HSBC Brasil - São Paulo 02.08.08 - Porão do Rock – Brasília


Ao som de Muse – Map of The Problematique.

Grande abraço,

12 de jun. de 2008

Chazinho de Coca - 12 de junho.


12 de junho.


Pergunte para um corintiano, para um são-paulino, santista, lusitano, flamenguista, qualquer torcedor, o que significa o dia 12 de junho. Certamente irão responder que é o dia dos namorados, o que não deixa de estar certo. Mas experimente perguntar para um palmeirense. Ele irá responder que é a data mais doce de sua vida de torcedor, e claro, dia dos namorados.

Dia 12 de junho de 1993, uma tarde fria de sábado, uma partida histórica. Zinho, Evair(2 x), Edílson. Esses são os nomes, essa é a data. Era o fim de um ciclo de derrotas, um ciclo de tristezas, um ciclo de gozações. Era o resgate da dignidade, o retorno dos anos de ouro, a afirmação de uma nova academia. Era o fim da fila de 17 anos e justo contra o maior rival. Não poderia terminar de maneira mais gloriosa, uma era tão escassa de glórias.

Sérgio, Mazinho, Antonio Carlos, Tonhão e Roberto Carlos; Daniel Frasson, César Sampaio, Edílson e Zinho; Edmundo e Evair.

Evair resume a importância da data da seguinte forma:
– Foi o dia mais marcante da minha carreira. Colocamos fim a um ciclo. A conquista valorizou todo mundo e fez com que o Palmeiras acabasse com um jejum. Para mim, foi mais importante do que a Libertadores (de 1999) . (Fonte Lance.Net)

“E Agora eu vou soltar a minha voz...Palmeiras Campeão Paulista de 1993!” (Assim narrou José Silvério)

Um dia dos namorados para palestrino nenhum jamais se esquecer.

La Mano de Dios - Coração de Leão

Coração de Leão

O Sport é o time dos rejeitados. Em grande maioria, é composto, da comissão técnica ao ataque, por pessoas que estão ou no fim de carreira ou em decadência. o Sport é o time de Nelsinho Batista, técnico de competência duvidosa, lembrado eternamente como "o cara que caiu com o Corinthinas". Tinha Romerito, um feroz que só a menção do nome já dá uma sensação de épico (todos os estados do Brasil conhecem Romerito, justamente por ele ter jogado em quase todos eles!). Tem Enilton, preterido pelos grandes do Sudeste. Tem Sandro Goiano, outro que já passou por tudo quanto é lugar. Isso só para citar alguns. O Sport é o time dos caras que não tinham mais nada a perder. E devemos sempre respeitar um time que não tem nada a perder.

Mas não é só isso. O Sport é o campeão pernambucano. É o Leão da Ilha, campeão brasileiro em 87, ano da Copa União, e briga até hoje para que o Brasil reconheça seu título. É o time que há vinte anos não disputa uma Libertadores. É o time que joga hoje no estádio mais temido do Brasil, a Bombonera do Recife, com sua fanática torcida.

Meus amigos, esse time ontem atropelou o Corinthians, que entrou acuado, se defendendo. O Sport ontem era a garra de Carlinhos Bala e Durval, era a estrela de Enilton, era a experiência de Sandro Goiano. O Sport ontem entrou para ser campeão. O Sport teve ontem onze leões em campo.

E vejam vocês o que é a natureza, o que é o futebol. O time dos refugos, dos caras por quem ninguém dava nada até pouco tempo atrás, é o mesmo que derrubou Palmeiras, Internacional e Vasco para chegar onde chegou. É o Leão que precisava vencer Corinthians e São Jorge para colocar a coroa de Rei.

Meus amigos, o Sport não foi campeão da Copa do Brasil por acaso.

Por falar em não ter nada a perder, não tem como me esquecer de Bob Dylan em Like a Rolling Stone: "When you got nothing, you got nothing to lose". Esse foi o Sport ontem, essa é a trilha que me inspirou para escrever esta coluna.

Rapidinhas: que golaço o primeiro do Sport, de Carlinhos Bala. Lindo lançamento de Luciano Henrique! Aliás, tá na hora de mais gente abrir o olho, pois Carlinhos Bala não é brincadeira... basta lembrar que há pouco tempo atrás carregava o fraco Santa Cruz nas costas!

O Corinthians perdeu a vaga para a Libertadores, mas nada disso tira o mérito de Mano Menezes, que vem fazendo um lindo trabalho esse ano, tirando o Timão da lama. É vida que segue, pois o caminho da Série B é longo...

E hoje temos mais uma bela rodada do Brasileirão. O jogão será Palmeiras e Cruzeiro!

Um corinthiano na terra do Leão

É camaradas, o FFC abre suas portas para colaboradores! Quais os requisitos para participar!? Ora, os mesmos que unem os organizadores desse blog: futebol, música e ferocidade! Nossa primeira contribuição vem de um expatriado paulista de família pernambucana que acompanhou, do Recife, a decisão da Copa do Brasil. Valeu Pimentel!!! Dá-lhe Leão!!!

Um corinthiano na terra do Leão

Por T. S. Pimentel

Estou escrevendo o presente texto ao som dos fogos e das buzinas. Confesso que estou conformado, afinal, o resultado da final da Copa do Brasil não poderia ter sido mais justo. Mas que vai ser difícil dormir com um barulho desse, isso vai.

Faltou coragem para o Corinthians. O grande erro foi ter vindo ao Recife com o regulamento embaixo do braço, sabendo que desde o ano passado o Sport não perde em casa. Não que o Sport não mereça respeito, mas o Corinthians respeitou demais, e quando se deu conta já era tarde. Ao destacar os deméritos do meu time, não quero de forma alguma desprestigiar os méritos do grande Sport. Um time que eliminou os gigantes Palmeiras, Internacional e Vasco, não estava na final por obra do acaso.

O nome do jogo foi o técnico Nelsinho Batista – por pouco não renegado ao ostracismo – que deu o tal do nó tático no time de Mano Menezes. Enxergou o jogo, enquanto que o Corinthians tentava botar uma correria descoordenada, se expondo, de forma que só não levou uma goleada histórica por displicicência do ataque rubro-negro.

Mas não quero falar sobre jogadores, nem sobre os técnicos. Quero falar sobre a torcida. Talvez pra quem é do Sul-Sudeste, um título da Copa do Brasil, seja algo desejado, mas não é algo pra se perder o sono. Pois para o torcedor rubro-negro (e porque não dizer pro torcedor pernambucano?) esse título foi o supra-sumo. Talvez demorem pra se dar conta das prováveis dificuldades na Taça Libertadores, mas no presente momento, quem se importa? Acho que por isso vinham já cantando a vitória há duas semanas. Eu que até então estava indiferente à Copa do Brasil (só a série B é capaz de fazer eu perder os poucos cabelos que me restam, além do que, um provável vexame na Libertadores pra um time que está passando por uma reabilitação, que não vai durar só um ano, seria um desgaste), queria muito ganhar esse título com o único intuito de tirar onda. Se o Corinthians tivesse sido campeão eu teria tripudiado sobre esse povo que eu aprendi a amar. Eu aguentei a gozação antecipada calado, mas com sangue nos olhos. Acho que minha reação não seria a de simples gozação, sem dúvida o que eu tenho de pior viria à tona. De qualquer forma, o “se” não vale nada, tanto no futebol, quanto na vida. O jeito agora é aguentar a gozação de cabeça erguida. E bola pra frente, porque a vida é curta e a Série B é longa.
Eu que venho acompanhado o campeonato pernambucano há 3 anos, sei da força do Sport, que não se intimida diante de uma camisa verde, colorada ao alvi-negra. E que agora podendo se concentrar no Brasileirão, vai dar trabalho, mas muito trabalho. Parabéns Sport, campeão indiscutível da Copa do Brasil!

P.S. – desculpem-me a incorreção política, mas um sujeito que recebe a alcunha de Saci não deveria ser jogador de futebol.

Ao som de Rolling Stones – Sticky Fingers (para tentar disfarçar os fogos e as buzinas)

11 de jun. de 2008

1958

Texto tirado do blog do Juca Kfouri (http://blogdojuca.blog.uol.com.br/):

Um filme inesquecível

Aconteceu ontem, em São Paulo, a pré-estréia do documentário, de 85 minutos, "1958, o ano em que o mundo descobriu o Brasil".

Simplesmente comovente.

O filme começa com os últimos 10 segundos da decisão diante da Suécia, culminando com o quinto gol brasileiro, de Pelé.

Muito bem editado, com uma bossa de recriar detalhes de lances decisivos com a câmara bem fechada, os depoimentos, em regra, são ricos, bem humorados ou até queixosos, como os dos jogadores franceses que acusam Vavá de ter quebrado o capitão Jonquet de maneira desleal, razão da goleada final por 5 a 2, pois a França ficou reduzida a 10 jogadores.

Mas há depoimentos impagáveis, como o de um russo que conta que o marcador de Mané Garrincha, Kusnetsov, ao chegar nocauteado no vestiário após a vitória brasileira, jogou a chuteira longe e desabafou; "Eu não quero mais jogar futebol. Os brasileiros é que sabem jogar futebol".

Para o atacante francês Piantoni, "o futebol brasileiro é como a música brasileira. Alegre, feliz e todo mundo se diverte".

Pois o filme de José Carlos Asbeg, que entra no circuito comercial no dia 13 deste mês no Rio e em São Paulo, é diversão pura, comoção do melhor nível e documento histórico de valor inestimável.

Um filme que talvez comece a convencer o país de que a Copa de 1958 está para o amor próprio do Brasil assim como a Copa de 1954 está para o reerguimento da Alemanha.

A diferença está em que os alemães não se envergonham disso, ao contrário, cultuam aquele momento, o primeiro de felicidade depois da catástofre do nazismo.

E nós, que não levamos nada a sério, ainda achamos que Nelson Rodrigues estava brincando quando disse, depois da derrota em 1950, que tínhamos complexo de vira-latas, coisa que a Copa de 1958 sepultou.

Ou não?

Autor: Juca Kfouri

La Mano de Dios - A Selecinha

A Selecinha

Pois é, meus amigos, alguns podem não ter ficado sabendo, mas a seleção brasileira jogou semana passada e tomou um baile da Venezuela nos EUA. Isso mesmo, a seleção DO BRASIL jogou contra a seleção DA VENEZUELA nos ESTADOS UNIDOS e PERDEU.

Eu não assisti o jogo. Nem me preocupei com a existência dele, para ser sincero. Sendo assim, comecei a me fazer muitos questionamentos: meu interesse por futebol vem caindo? estou cansado demais para acompanhar um jogo de futebol à noite? estou com tanta coisa a fazer ao ponto de não ter tempo de assistir o jogo? será que é melhor eu largar esse negócio de escrever sobre futebol e ficar mais ligado nos desfiles do Fashion Rio?

Não precisei de muito tempo para responder a essas questões. Meu interesse por futebol continua o mesmo - enorme - ao ponto de eu deixar de fazer coisas mais importantes no momento para assistir os jogos da Euro, que passam em horários extremamente ingratos para nós brasileiros. Apesar de fazer mil coisas ao mesmo tempo, nunca me sinto cansado para assistir um futebolzinho. Para ir à padaria sim, para tomar banho também, mas nunca para assistir o futebol. Estou com muitas coisas em andamento, mas me organizei bem o bastante para conciliar todas, e por isso sempre estou livre na hora dos jogos. Além disso, a seleção jogou às 23:30 de uma sexta-feira e eu não trabalho aos sábados. Ando de camiseta e calça jeans de segunda à domingo, o mundo fashion definitivamente não é pra mim.

Por isso, cheguei à conclusão de que o problema não sou eu, é a Seleção. Desde quando parei de me preocupar com o time da amarelinha? Fazendo um retrocesso, lembro-me que assisti todos os jogos da turma do Parreira em 94, todos os do time do Zagallo em 98 - até chorei na final - e todos da família Scolari em 2002, chegando ao ponto de quase sair no tapa defendendo o Marcos em oposição ao Kahn. Percebi que as coisas começaram a mudar depois de 2002. Parei de me preocupar com a lista de convocados, não dava mais importância aos amistosos nem às eliminatórias, Copa América para mim só valia de tivesse a palavra "Libertadores" no meio das outras duas. E por quê?

Simplesmente pelo fato de que, do mesmo jeito que os governantes do Brasil, a Seleção também não me representa. Ali não estão os meus craques, os caras que dão o sangue toda quarta e domingo na Campeonato Brasileiro, aqueles que na maioria das vezes jogam - ou tentam jogar - com a mesma garra e a mesma ginga contra o time que for, no gramado que for (até nas superfícies lunares espalhadas pelo Brasil afora, que muita gente teima em chamar de campo de futebol). No lugar desses bravos, vejo um time asséptico, frio, sem vontade e sem organização, jogando contra sparrings de luxo em tapetes distantes. Vejo uma Conferederação mais preocupada com os milhões que entram nos cofres depois desses espetáculos do que com as competições em si... uma Conferedaração que coloca no comando do time caras que não são preparados e nem competentes para ocupar o cargo que possuem, mas que se curvam às vontades do dirigente supremo do futebol brasileiro e de seus aliados. Meros testas-de-ferro, papagaios dos grandes piratas.

Em campo, fora craques indiscutíveis, que continuaram jogando o fino dentro e fora dos gramados independentemente do país em que atuam, como Robinho e Kaká, vejo profissionais que parecem não saber o que representam quando vestem as camisas que já passaram por gente como Pelé, Garrincha, Rivelino, Sócrates, Júnior, Falcão e Romário. Uns caras que apenas cumprem tabela e não vêem a hora de voltar para o conforto de suas mansões.

Meus amigos, depois de muito pensar, percebi que tenho muitas razões para dizer que a selecinha não merece o -ão do nome e de forma alguma me representa.

Chazinho de Coca - É hoje o dia, da alegria.

É hoje o dia, da alegria.

De time rebaixado a finalista e favorito ao título de campeão da Copa do Brasil, sendo de quebra, o 1º representante brasileiro na próxima edição da Libertadores. Nem o mais fanático corintiano poderia esperar tamanha reviravolta em tão pouco tempo. O rival é forte, vem de resultados expressivos e jogando em casa tem sido quase imbatível, mas acho, isso não será suficiente para suprir as necessidades do valente Sport. Os 3X1 para o Corinthians na primeira partida, a força do rival, o conjunto e principalmente, a ótima fase corintiana me parecem ser obstáculos quase intransponíveis para o bom Sport.

De piada a piadista, de sofredor a vencedor, de coadjuvante a protagonista. Esse é o Corinthians, grande, enorme Corinthians. Sendo campeão ou não, esse time já resgatou a dignidade perdida na temporada passada.

Ao som de Muse - Starlight

abraços,

10 de jun. de 2008

Chazinho de Coca - Balanço da 1º rodada da Euro.

Balanço da 1º rodada da Euro.

Completada a 1 ª rodada da fase de grupos da Euro 2008, algumas expectativas se confirmaram, algumas decepções surgiram e alguns surpreenderam. No Grupo A, a seleção portuguesa parece mesmo sobrar, bateu bem a seleção turca, que apesar da derrota, deve brigar pela segunda vaga na chave contra a Rep. Tcheca, que venceu os co-anfitriões Suíços, num jogo de dar sono. A Rep. Tcheca mostrou futebol abaixo do aguardado, mas ainda assim é bem superior aos outros rivais. Deve ser o segundo classificado da chave, mas pode encontrar certa resistência da Turquia.

A mesma situação acontece no Grupo B, onde a Alemanha mostra-se bem superior aos demais. Venceu a Polônia sem grande esforço e deve consolidar a classificação já na próxima rodada.
A Croácia foi a decepção nessa chave, apesar da vitória sobre os co-anfitriões austríacos, o 1X0 no placar e o fraco futebol apresentado, parece ter agradado aos Croatas. Esperava-se mais da seleção, sobretudo contra o time mais fraco dessa Euro. Ainda assim, deve conseguir a segunda vaga da chave, mas não deve andar muito mais na competição.

O Grupo C era apontado como aquele que nos brindaria com as melhores partidas, não por acaso é considerado o grupo da “morte”. Contudo a vice campeã mundial e uma das favoritas ao título, França, tenha sido talvez a grande decepção da competição até aqui. Com um futebol pragmático e com a estranha entrada do feroz e ineficaz Anelka no lugar de Henry, os azuis pararam diante dos “azarões” romenos.
Apesar do fiasco francês, o grupo C nos reservou a mais sensacional partida dessa 1ª rodada. Holanda e Itália fizeram uma partidaça, digna de seleções que chegaram apontadas como favoritas. Na verdade a Holanda atropelou os tetracampeões mundiais. Com uma exibição de gala de Van Bronckhorst, Scneijder e Kuyt, a laranja mecânica recebeu uma ajuda de ouro do juizão, que validou gol de Van Nilsterooy, claramente impedido. Até então o jogo vinha equilibrado, mas daí em diante a Itália se atirou na busca do empate, o que possibilitou a Holanda a matar a azurra em jogadas que podem ser consideradas verdadeiras aulas de como se armar um verdadeiro e mortal contra-ataque. O 3X0 ao final foi justíssimo.

No Grupo D, a Espanha confirmou a boa fase e o favoritismo, atropelando a Rússia por 4X1. Na outra partida a Suécia teve bela atuação diante dos atuais campeões gregos, que não venderam barato a derrota por 2X0. Coloco essa como a chave mais complicada de se fazer um prognóstico, já que a Espanha sobra, mas os outros 3 devem brigar ferrenhamente pela outra vaga, com leve favoritismo da Suécia do ótimo Ibrahimovich, que saiu na frente.

É isso, meus caríssimos, a Euro é coisa linda e ainda nos brindará com muitas partidas memoráveis. Holanda, Portugal, Espanha e Alemanha foram até aqui as seleções que fizeram por merecer um brinde com aquela gelada gingada. França, Croácia e Rep. Tcheca são as mais ferozes até aqui. A Itália que abra os olhos, ou também vai acabar entrando nessa lista de seleções mais ferozes da Euro.

Ao som de David Bowie – Sound and Vision

Grande abraço,

5 de jun. de 2008

O FFC entrevista - MAURO BETING.


Mauro Beting é da safra de jornalistas esportivos que podemos chamar de “Cabeçudos”. É um estudioso do assunto, é uma enciclopédia, é o que temos de melhor na crônica esportiva brasileira. Mauro Beting é um palmeirense jornalista e não um jornalista palmeirense, como o próprio se autodenomina. Mauro Beting é ligado à música, gosta de rock, blues, jazz, dentre outras maravilhas. Mauro Beting é também, de pouco tempo para cá, um FEROZ. Ele será o DJ principal da festa de lançamento do blog “FEROZES FUTEBOL CLUBE”. Isso já é suficiente para colocá-lo como um feroz de marca maior, mas o bichão foi além e nos concedeu uma entrevista para lá de divertida.

Acompanhe agora a entrevista concedida por Mauro Beting, ao blog FFC:


1- FFC: Dessa nova safra do futebol brazuca, quais são suas apostas para brilhar em 2014?

Mauro Beting: Obrigado pela atenção e carinho. Ótima pergunta... Se em agosto de 1993, Ronaldo Fenômeno não existia e seria campeão do mundo em junho de 1994; em janeiro de 2001, Kaká era reserva do sub-20 do São Paulo... em menos de um ano e meio, era pentacampeão mundial... O Brasil é impressionante. Craque nasce como mamona. Mas há como imaginar Alexandre Pato em 2014, como estrela da equipe. E Douglas (Grêmio) e Neimar (Santos) como nomes que podem pintar legal. Da turma que está na ativa, uma zaga com Thiago Silva e Breno é possível de se manter até lá. Como o colorado Renan pode ser nosso goleiro.

2- FFC: Muito se discute a questão da fórmula por pontos corridos. Você é dos que prefere pontos corridos ou mata-mata?

Mauro Beting: Um misto: pontos corridos, turno e returno, as duas equipes com maior pontuação fazem um playoff de três jogos. Em 270 minutos, é muito difícil não dar a lógica. O melhor vence. E, com até três finais, ganha-se dinheiro, emoção e o próprio futebol.

3- FFC: Como você avalia esses amistosos da seleção brasileira, diante de adversários quase sempre sem grande expressão no cenário da bola?

Mauro Beting: Em uma palavra: um pé. Mas como eles precisam botar o pé na bola, ganharem entrosamento, são importantes. Mas poderiam ser ainda mais.

4- FFC: Qual o Palmeiras mais sensacional que você já viu?

Mauro Beting: O de 1996. Do primeiro semestre. Um dos maiores times que vi jogar. Mas é claro que a Academia de 1972-74, a primeira que vi jogar, tem um lugar gigantesco no coração.

5- FFC: Tremoço ou Provolinho à Milanesa?

Mauro Beting: Parmesão. Eu comeria parmesão a vida inteira numa ilha deserta. Com a Kate do “Lost” (se puder editar esta parte para minha mulher não ver, melhor.... HAHAHAHAHA)

6- FFC: Sabemos que você aprecia um bom vinho. Prefere um Romanée Conti ou um Château Pétrus?

Mauro Beting: Chalise. Em lata. Mas apesar de adorar gente como Beckenbauer e Baresi, aprecio um Malbec.

7- FFC: Alguns integrantes do FFC sofrem com queda de cabelos. Mauro, do alto de sua sabedoria, você tem alguma receita infalível para evitar queda capilar?

Mauro Beting: Estou careca de saber que não crescem cabelos com um Q.I. elevado. O intelecto é tamanho que não sobra espaço para os bulbos capilares. Superbonder costuma funcionar.

8- FFC: Mauro nos fale um pouco sobre suas experiências como dj e todo esse envolvimento com a música.

Mauro Beting: Nasci numa rádio. Ou pela rádio. Meus pais apresentavam o empolgante programa “Bombons de Música para a Petizada” (Deus...) na Rádio 9 de Julho. Começaram a namorar e...
Desde moleque, adorava música. Em casa, ouvia-se música italiana, Tony Bennett, big bands e clássica. Em 1974, meu pai comprou um K-7 com sucessos de Little Richard, Jerry Lee Lewis e Bill Haley. Fui convertido. Mas só passei a ter uma coleção grande de discos quando passei a ganhar um dinheirinho. Ou melhor, a economizá-lo. Comecei a escrever de música na “Folha da Tarde” e eventualmente na “Bizz”, em 1989. Tive um programa com o Kid Vinil, na Brasil 2000 FM, em 1990-91. Participei do “Prorrogação”, na mesma rádio, em 2006, com o Nasi e o Eduardo Affonso. Só parei de escrever sobre música porque não tinha mais tempo. E não tinha muito saco de ouvir música ruim. Além do rock (quase todas as vertentes), amo blues, bossa nova, jazz, música pop americana dos anos 40 aos 70, música napolitana, trilhas sonoras, e hinos de clubes e de países!

9- FFC: Continuando na questão capilar. Muito se discute a respeito da liberação dos estudos com células troncos. Mas e acerca do implante capilar, o que você tem a dizer?

Mauro Beting: Funciona em 70% dos casos. Prazer, eu sou um dos 30%.

10- FFC: Pergunta nunca feita antes: Beatles ou Rolling Stones?

Mauro Beting: Beatles. Mas uma festa com os Stones seria o máximo.

11- FFC: Outra jamais feita: Pelé ou Maradona?

Mauro Beting: Deste mundo, o melhor foi Maradona. Do outro, Ele.

12- FFC: Dia 04 de julho você será o DJ principal da festa de lançamento do blog “Ferozes Futebol Clube”. Será o evento do ano, com toda certeza. Como será sua reação quando Amaury Jr. pedir um minuto de sua atenção em plena Funhouse?

Mauro Beting: Direi que tenho novos projetos para 2009.

13- FFC: Por falar na festa de lançamento do blog FFC. O que podemos esperar de sua discotecagem?

Mauro Beting: Como sub-50, mais clássicos que bandas que em breve sairão do myspace para ir para o espaço. E clássicos vão desde os, digamos, clássicos, até coisas que foram clássicas por 17 minutos em 1987, em Manchester.

14- FFC: Paulo Turra ou Tonhão?

Mauro Beting: Tonhão tinha o respeito que a torcida devotava a Luís Pereira e o futebol... do Paulo Turra. O Tonhão é dez.

15- FFC: Milton Neves ou Renata Fan?

Mauro Beting: O Milton é um show no rádio – até porque não precisamos vê-lo. A Renata é um show.



FFC: Agora alguns “Tops” para você definir ligeiramente: Por que nada é mais feroz do que Top.

-Top 3 jogadores mais rock'n'roll da história.

MB:
-George Best
-Cantona
-Gioino
(até nisso a escola inglesa rules. Viva o britpop!)

-Top 3 zagueiros mais carniceiros da história.

MB:
-Materazzi
-Pinheirense (Náutico, anos 80)
-Paranhos (São Paulo, anos 70)

-Top 3 músicas para se escutar depois que seu time perde uma grande decisão.

MB:
-With or Wthout You, U2
-One, U2
-We Are The Champions, Queen

-Top 3 jogos mais inexpressivos que você já teve que comentar.

MB:
Os piores que já comentei (pela qualidade, não pela encomenda)
-Palmeiras 0 x 0 América Rio Preto, Copa Bandeirante-94, oito dias depois do tetra, em São Caetano. O melhor lance foi uma arremesso lateral. Era o time reserva do reserva do Palmeiras.
-Corinthians 0 x 1 Portuguesa, SP-04, no Morumbi. Um zero a zero com gol.
-O terceiro poderia ser algum teipe de jogo que já sabia quanto havia sido. Acontece às pampas em TVs com jogos de campeonatos europeus.

-Top 3 situações mais inusitadas que você já passou em uma transmissão.

MB:
-Comentar um gol que foi anulado e só saber disso 5 minutos depois – campeonato italiano, pela Band
-Cair da cadeira no início da transmissão de um jogo no Morumbi, pelo Sportv.
-Narrar mais de 60 minutos de um jogo em Ribeirão Preto estando na cabine do campo do Guarani – caiu o nosso sinal e tivemos de transmitir o jogo do estádio do Botafogo. No Sportv.


Agora para encerrar:

16- FFC: Pra você o que é ser feroz?

Mauro Beting: Parece nome de time da Andaluzia. F.C Feroz. Mas é algo que poucos souberam ser. Pelé, a maior das feras do Saldanha, sabia ser. E acredito que Ele se basta.


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Esse é um momento muito importante para todos nós do blog e com certeza, para todos aqueles que nos acompanham desde o começo e que torcem para que o nosso projeto continue sempre adiante.

Agradecemos ao Mauro pela atenção, pela paciência e por estar sendo tão prestativo com o nosso blog. Sem se esquecer que dia 04 de julho, ele estará presente na festa de lançamento do blog FFC e não bastasse isso, ainda será o DJ principal da noite. Dá-lhe Mauro!
PS: Mauro Beting no nosso blog. Dá pra acreditar? rs

La Mano de Dios - 'Pras cabeças

'Pras cabeças

Meus amigos, não venham me falar que sorte não existe no futebol. Só mesmo muita sorte para fazer o não mais do que bom Fernando Henrique pegar tudo ontem no Maracanã. Só mesmo a sorte para sacramentar o resultado com aquele gol de Conca. Sim, porque depois daquele gol o Fluminense classificou-se.

Arouca mais uma vez marcou individualmente Riquelme. Se no primeiro jogo o craque argentino botou o volante brasileiro para dançar tango, dessa vez o camisa 10 do Boca não jogou. Méritos de Arouca, mas também muita sorte, pois Riquelme visivelmente não estava 100%.

Cícero entrou no ataque e o meio foi todinho do Boca, que tocava a bola com calma, abrindo os espaços frente a quase 70 mil bocas tricolores que em alguns momentos calaram-se de medo. Mas os gols não saíam, mesmo com o corredor aberto na direita do Flu, que permitia a Dátolo abusar da categoria e cruzar quantas bolas quisesse.

Sorte que fez com que Thiago Silva tirasse todas, um gigante na zaga, mesmo abusando dos chutões. Além de ter tirado em cima da linha uma bola com endereço certo. É muita sorte para um time que jogou pior em casa do que na Argentina.

Também não podemos negar, foi muita sorte Palacio não ter rendido metade do que costuma render, Riquelme não ter acertado metade dos lançamentos e nenhuma das cobranças de bola parada.

Amigos, não venham me dizer que eu afirmei semana passada que só sorte não ganharia esse jogo. Eu lembro muito bem do que escrevi e mantenho o que disse. Por isso, não posso deixar de acrescentar, não foi só a sorte que definiu a partida de ontem. Foi também muita fibra de Washington, muita categoria do Coração de Leão naquela cobrança de falta; muito oportunismo do experiente e liso Dodô ao sofrer a falta e roubar aquela bola; muita garra e talento do argentino Conca; muita competência da zaga com Thiago Silva, absoluto na área; muita habilidade de Cícero. E - por que não? - muita presença de Fernando Henrique, que mais uma vez foi o responsável pelo resultado.

Meus amigos, agora não tem jeito, "vamos 'pras cabeças", como diria o sábio. É Flu campeão da Libertadores, Fernando Henrique na Seleção e que venha o Manchester no fim do ano. Porque depois de ontem, eles merecem!

Ao som de Bob Marley & The Wailers - Get Up, Stand Up.

Rapidinhas: se o Corinthians tivesse saído ontem com o placar de 3x0, poderia fechar a tampa do caixão e botar as duas mãos na taça. Mas com o gol do Sport aos 47 do segundo tempo, nada está definido. Afinal, o Leão é absoluto na Bombonera do Recife. Mais uma batalha para o time do Corinthians, para quem nada vem sem muito sofrimento.

Thiago Neves jogou ontem? Fora uns passes em contra-ataques, o jogador esteve longe de mostrar a categoria que tem. Assim como alguns outros excelentes jogadores que atuam no Brasil, o cara sumiu quando o time mais precisava. É isso que faz dele - e de outros - excelente, e não craque.

Os dois Lados da Moeda: 2 vezes 3x1

2 x 3x1

Nem Fluminense nem Corinthians garantiram títulos mas, confirmando-se as melhores expectativas das torcidas nas próximas partidas contra LDU e Sport, a noite de ontem tem tudo para entrar para a galeria dos grandes momentos das duas equipes

Então comecemos com a advertência: “confirmando-se as melhores expectativas das torcidas”, ou seja, em que pese grandes resultados de ontem, de nada valerão a vitória heróica do tricolor carioca sobre o Boca Juniors ou a grande apresentação do Alvi Negro do Parque São Jorje contra o Sport de Recife se essas equipes não confirmarem essas atuações nas partidas decisivas da Libertadores e da Copa do Brasil, respectivamente

Aos jogos.

Fluminense x Boca Juniors

Todos os gols no segundo tempo. O Flu conseguiu um resultado interessante na partida de ida (2x2) e o Boca chegou sem se intimidar com os mais de 80 mil torcedores que lotavam o Maracanã. O primeiro tempo foi amplamente dominado pela equipe portenha, ainda que esse tal domínio não tenha se convertido em gols.

No segundo tempo a coisa foi diferente: O Boca abriu o placar as 12 minutos e o Flu conseguiu empatar com Washington, em bola parada, pouco tempo depois. O gol possibilitou que a equipe do Rio mantivesse certa tranqüilidade e, com a entrada de Dodô, o Flu reforçou seu contra-ataque. O (mais espetaculoso que e espetacular) goleiro Fernando Henrique, teve outra grande atuação e resguardou a meta tricolor do persistente bombardeio da equipe argentina. No contra-ataque o Tricolor marcou seu segundo gol, com um chute (e com a sorte) de Conca e, nos descontos, Dodô deixou o seu: 3x1.

A torcida do Flu, ávida por um grande título depois de anos e anos de letargia, tem algo a comemorar, sem dúvida. Mas com comedimento. Toda essa grande alegria pode converter-se em proporcional tristeza caso o Tricolor não confirme suas boas apresentações nas finais contra a LDU e, como se sabe, oba-oba é o caminho mais curto para um resultado final frustrante.

Corinthians x Sport

Quando a estrela brilha e a Fiel empurra fica difícil de o Corinthians ser domado. Isso foi o que se viu ontem no Morumbi, na primeira partida da decisão da Copa do Brasil.

Com pouco mais (ou pouco menos) de vinte minutos do primeiro tempo o jogo já estava 2x0 para a equipe do parque São Jorge. Suspeitei de uma goleada para o time dos artilheiros da noite até então, Herrera e Dentinho. Isso não acabou se concretizando, especialmente em vista da maior eficiência apresentada pelo Sport na segunda etapa da partida.

A melhora do rubro-negro de Recife, no entanto, não impediu que Acosta deixasse o seu, depois de grande jogada de Herrera, que roubou a bola e enfiou grande passe para o uruguaio marcar.

No final o Leão anotou o seu, gol que mantém o time vivo e forte para o confronto na Ilha do Retiro.

O Corinthians conseguiu o que precisava: um time aguerrido, que “não para de lutar” com o espírito da raça – outrora encarnado em jogadores como Biro-Biro e Wilson Mano – incorporado e representado pelo argentino Herrera. Pelo que vimos dos jogos da série B, o Alvi Negro do parque São Jorge já está garantido para a série A do Brasileirão 2009. Conquistar um título nacional e uma vaga na Libertadores ainda em 2008 é mais que qualquer corinthiano podeira sonhar alguns meses atrás.