Aniversário de camarada num bar na Vila Madalena. E lá estava eu, não só para celebrar mas para, também, como todos no bar assistir o clássico Palmeiras X Corinthians. E, é claro, para ver o que seria a já aguardada entrada do Ronaldo em campo.
Entre um petisco e outro o primeiro tempo correu modorrento, com leve vantagem alvi-verde. Na real eu não estava ligando muito. Queria ver o Ronaldo em campo. Por que eu achava que ia ser fenomenal? Confesso: não. Eu realmente não sabia o que achar.
Sai o primeiro gol do Palmeiras logo no início da segunda etapa e, obviamente, Mano teria que fazer alguma coisa – porque era óbvio que o Souza não faria nada. Enfim. Entra Dentinho e, próximo aos 20 minutos, entra Ronaldo.
Não tenho computador da Rede Globo nem uma câmara especial focada 100% do tempo nele. Me lembro de um dos seus primeiros toques, um drible passando a bola por trás da perna. Coisa linda. Uma falta na frente da área que o Juiz não marca. Sentia que seus colegas de time não lhe dirigiam a bola tanto quanto eu supunha e, cansado de esperá-la, Ronaldo solta um chute esplêndido de fora da área. “é...” pensei eu “...o cara mandou essa pra se impor. Sensacional.”
42 do segundo tempo, Ronaldo aplica um drible lindo junto a linha esquerda da área palmeirense e cruza com perfeição na cabeça de... de quem mesmo? Pouco importa – Bruno não deixa a redonda encontrar as redes.
Quando tudo parecia perdido para o Timão – perdido em termos de resultado, porque em termos de Ronaldo a coisa já estava mais do que ganha, a bola cruza a área após oi escanteio e encontra sua testa. Certeira. No último minuto o placar estampa o empate. Fenomenal. Ronaldo, um milhonario, trepa num alambrado extasiado. A Fiel vem abaixo. Se fosse filme acharíamos que o diretor abusou da fantasia, que “isso só acontece no cinema”.
Mas não era filme. Era o futebol.
9 de mar. de 2009
O dia em que fui num bar ver Ronaldo jogar....
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