24 de set. de 2009

Chazinho de Coca - Palmeiras vence o Cruzeiro em jogaço polêmico e dá pinta de campeão.

O Palmeiras do 1º turno quase não sofria gols. Danilo, Mauricio Ramos, Pierre, Edmilson, Marcão. Segurança para o Goleiro Marcos. O ataque funcionava brilhantemente. Keirrison, Obina, Ortigoza, Diego Souza, Cleiton Xavier. Chegou a liderança e de lá não saiu mais.

Muricy chegou e disse que pouco iria mexer em um time que estava pronto. Discurso não refletido em campo. No 2º turno o time caiu de rendimento, passou a sofrer gols e o ataque perdeu eficiência. Contabilizando apenas os pontos do 2º turno, o Palmeiras era só o 12º colocado. Ainda assim a ponta continuou sua.

Internacional por duas rodadas e São Paulo em uma, tiveram em suas mãos a possibilidade de tomar essa dianteira que foi apossada pelo alviverde. Fracassaram e entregaram os pincéis, já mergulhados em tinta verde, para os comandados de Muricy Ramalho terminar de pintar a 25ª rodada com as cores do Palmeiras.

Jogo contra o Cruzeiro, o melhor time do returno. Jogo duro, fora de casa e com ingredientes que apimentaram ainda mais o clima do jogaço. Kleber visitando a torcida organizada do Palmeiras. Fabrício trazendo a tona cotovelada de Diego Souza deixadas no passado, além, claro, de o país todo ontem formar a maior torcida do planeta, a torcida antipalmeirense.
Sem Danilo e principalmente Pierre, o Palmeiras contava coma experiência e o bom futebol de Edmilson. Mas instantes antes ele se queixou de contusão e não foi para o jogo. Em seu lugar foi Jumar – Meu Deus!

Um jogo elétrico, em altíssima temperatura, lá e cá. Mais lá, na área de Marcos, do que qualquer outra coisa. A defesa palmeirense recuada demais, atraia Kleber e Cia para cima. O Palmeiras só ameaçava em raros contra-ataques e Vagner Love tinha de se desdobrar ara conseguir ser efetivo, já que Robert era um spectro em campo.

Diego Souza era o mais lúcido, pois Cleiton Xavier procurava ajudar mais a marcação do que a armação. Marcão estava perdido no meio da zaga. E o gol do Cruzeiro saiu em falha sua.

Olhando para a bola e não para o atacante, Marcão tentou dar bote em Kleber, que fora lançado, mas esse já recebia marcação de Mauricio Ramos. Ainda assim desviou para o meio, onde encontrou Tiago Ribeiro livre. Mas por que livre? Por que Marcão saiu erradamente para dar bote no já marcado Kleber.

As armas do Cruzeiro funcionavam melhor do que as do Palmeiras. Até ali, porém.

Como a bola não chegava, Vagner Love voltou até a intermediária para buscá-la e, em jogada individual, levou a bola até próximo da área, onde recebeu falta. Diego Souza cobrou, no melhor estilo Nelinho, cheio de efeito, cheio de força, e fuzilou o goleiro Fábio.

O Cruzeiro continuou mais agudo e, no meu modo de ver, tem do que reclamar do juiz em pênalti de Jumar não marcado sobre Fabrício.

Para a 2ª etapa Muricy sacou o inoperante Robert e entrou com o jovem e bom zagueiro Mauricio. Liberou Cleiton Xavier para armar e fechou o setor defensivo. Desafogando o garoto Souza, que fez mais uma partidaça e em todo o 1º tempo teve de fazer o papel de Pierre, o de Jumar, que foi péssimo, e o seu próprio. O Palmeiras voltou melhor e aos 5 minutos, exatamente em jogada iniciada com Souza, Cleiton Xavier recebeu no meio e com sua 13ª assistência no BR09, lançou Vagner Love entre os zagueiros. Só com o domínio da bola Love já deixou os 2 para trás, em altíssima velocidade, driblou Fábio como se fosse um cone, tamanha sua facilidade e finalizou para o gol livre.

Desenhava-se um 2º tempo alviverde. Até Armero, poucos minutos depois, cometer falta infantil em Jonathan e receber o 2º amarelo, deixando o Verdão com 10 em campo. Vendo 418 vezes e na 217ª câmera, nota-se que o pé esquerdo de Jonathan já estava dentro da área. Tivesse todas essas possibilidades para analisar o lance e o juizão deveria ter marcado pênalti. Mas o pobre não tem.

Daí em diante o que se viu foi um jogo de ataque contra defesa. Um Cruzeiro buscando ser agudo, mas só conseguindo fazer muita fumaça. Kleber, apesar de toda a reclamação da torcida, era o único lúcido e saia dele as melhores chances. Em uma delas ele saiu livre na cara do gol, mas encontrou uma Santidade que desviou seu chute, que ainda tocou na trave e saiu.

Kleber ainda teve tempo de usar seu famoso cotovelo para extrair o dente do ciso de Wendell, além de boa parte dos restante de sua dentição. E ao ser substituído, foi vaiado pela torcida cruzeirense e aplaudido pela palmeirense. Uma cena que eu, que já tenho uma boa bagagem futebolística, não me lembro de ter visto.

Figueroa foi para o lugar de Wendell e fez boa estréia e Williams entrou no lugar de Vagner Love, em alteração errônea ao meu modo de ver, mas que no final das contas não atrapalhou.

Mais uma vez o Palmeiras não foi brilhante, mais uma vez foi no sangue, na raça e no coração. Mas mais uma vez o Palmeiras se segurou na ponta, mais uma vez abriu vantagem e dessa vez, sobretudo dessa vez, deu pinta de verdadeiramente ser o maior candidato ao título do BR09.

Confira os melhores momentos da partidaça:


Despeço-me da nobreza ao som de Butterflies & Hurricanes, do Muse. Se liga na maravilha:


Cheers,

4 comentários:

Rene Crema disse...

Será que sou a unica pessoa no mundo que nao achou penalti em nada ali ?

taloko!

João Paulo Tozo disse...

Caras, vejam essa coluna do Mauro Cezar. Dá pra reavaliar mesmo o penalti em cima do Fabricio:

http://espnbrasil.terra.com.br/maurocezarpereira/post/76430_VITORIA+PARA+JUSTIFICAR+INVESTIMENTO+DO+PALMEIRAS+EM+VAGNER+LOVE+E+MURICY

Rene Crema disse...

Ele ja tinha chutado a bola, no lance é nitido que o Jumar chegou quando ele ja tinha isolado ela, para tudo!

No Kleber entao nem se fala, ridiculo!

Rene Crema disse...

Eu li a materia Parma, como eu tinha notado, chute prensado, o Fabricio que se estatelou como um coco jogado por uma pomba no chao ... e ele ja tava de marcação desde antes do jogo esse safado!

Eu disse, nao teve nada de penalti esse jogo, é absurdo o que ando lendo por ai!