9 de set. de 2009

Chazinho de Coca - Jornal português “A Bola” dá o tom do drama de Portugal.

A Copa de 2010 pode não ver o desfile do futebol de 4 dos grandes jogadores da atualidade: Messi, Ibrahimovic, Ribery e Cristiano Ronaldo.

Dos 4, a situação do atual melhor do mundo é a mais dramática, já que a seleção portuguesa não depende mais de suas próprias forças, nem mesmo para conseguir ir a repescagem. Precisa vencer seus 3 últimos jogos, sendo 2 desses contra a Hungria e o último contra Malta. Tem de chegar aos 19 pontos e torcer para que a Suécia de Ibrahimovic, com 12 pontos, perca pontos contra Malta, Dinamarca e Albânia. Se perderem um desses jogos e Portugal confirmar suas 3 vitórias, os patrícios garantem o 2º lugar. No caso de empate sueco em um desses jogos, a decisão da vaga vai para o saldo de gols, que atualmente é favorável aos suecos.

A situação lusitana é tão desesperadora, que o jornal esportivo português “A Bola” dá o devido tom de dramaticidade em sua edição eletrônica de hoje. Estão se apegando até ao fato de o jogo de hoje ser na Hungria, terra de Puskas, que participou da projeção mundial do futebol do Pantera Negra, Eusébio, quando o húngaro atuava pelo Real Madrid. Acompanhe abaixo o desespero português, na visão do jornal "A Bola":


Portugal quer renascer em solo mágico


Por Carlos Vara, em Budapeste

Como se previa, Carlos Queiroz vai apostar em Liedson para dar ao ataque da Selecção Nacional aquele toque refinado com a essência de golo que o número nove revelou na Dinamarca.

Liedson joga com Ronaldo na frente, Simão e Deco no apoio directo e a equipa remete para uma frente ofensiva a todo o vapor na Hungria. É a aposta certa no local certo e em tempo mais do que oportuno, uma vez que Portugal precisa de vencer mesmo este jogo.

A visita a Budapeste ganha uma aura ainda mais especial porque estamos de visita a um solo mágico, onde o futebol moderno embalou para a projecção que agora tem. Este é o país de Puskas.

Quem era Ferenc Puskas? Perguntar é, só por si, um sacrilégio, pois o nome remete para uma das mais magníficas figuras do futebol. Puskas foi um dos senhores da Hungria, estrela maior de uma das mais fabulosas equipas de todos os tempos. Com ele a Hungria venceu os Jogos Olímpicos de 1952 e chegou à final do Mundial 1954, que haveria de perder para a Alemanha.

Já em final de carreira, Puskas jogaria no Real Madrid e foi aí que a sua vida se cruzou com a de Eusébio. O húngaro, na verdade, esteve no lançamento do Pantera Negra para o plano mundial, quando em 1962 ambos se encontram na final da Liga dos Campeões. Foi a primeira final europeia de Eusébio, marcada por sensacional triunfo encarnado com os três golos do Real a serem apontados por Puskas, já então mais gordo e mais cansado, mas sempre refinado.

Hungria, 11 anos depois...

É neste clima que recupera o futebol dos bons velhos tempos, 11 anos depois de ter visitado pela última vez Budapeste, que a Selecção Nacional tem de despertar de vez para o Mundial.

O nome do estádio, o misticismo que ele recupera, a necessidade que Portugal tem de ganhar, Eusébio, Puskas, Bella Guttman, Ronaldo, Simão, Deco... Sem eles não seríamos nada.

E esta é oportunidade que a Selecção Nacional de Portugal, que Carlos Queiroz, que as nossas estrelas não podem perder.

http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=175728

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