O zagueiro Danilo chegou ao Palmeiras com muita desconfiança por parte da torcida e da imprensa. Encostado no Atlético PR, veio com a missão de dar jeito no setor defensivo palmeirense, que até então era o grande problema da equipe. Ao lado de Mauricio Ramos, outro que chegou sob olhar desconfiado de todos, Danilo não só deu um basta nos problemas defensivos da equipe, como tornou-se imprescindível ao time.
Ontem contra o seu ex clube, Danilo era carta fora do baralho, já que uma multa contratual o impedia de jogar contra o Atlético PR. A não ser que a diretoria alviverde pagasse multa de 100 mil reais.
Esse tipo de veto acontecia muito até os anos 80, mas praticamente deixou de existir na década de 90 e voltou com força mais recentemente.
Devido ao alto valor e, na maoria das vezes, o custo não valer tão a pena, as diretorias preferem não abrir os cofres e os jogadores presos a essas clausulas deixam de atuar contra seus ex-clubes.
Muricy que já não conta com Pierre e ontem não tinha Wendell, Armero e Cleiton Xavier, não vacilou em pedir a diretoria alviverde que pagasse por Danilo. Pedido aceito, pagamento feito, jogador em campo, vitória conquistada.
Com 3 volantes, já que Jumar atuou no lugar de Cleiton Xavier, o Palmeiras teve muitas dificuldades para criar as jogadas. Sobrecarregado, Diego Souza não brilhou como de costume e mais uma vez o time atuou recuado demais.
Por outro lado, as laterais foram bastante acionadas com Marcão, que fora deslocado para a lateral esquerda e Figueroa, que fez sua 1ª partida como titular. O chileno foi mais uma vez muito bem no setor e foi o destaque, ao lado de São Marcos e dele, Danilo.
O 1º tempo caminhava para um final em 0X0 ruim para os alviverdes, mas Danilo fez lançamento preciso para Figueroa, que dominou dentro da área e fuzilou Galatto.
Vindo de 3 derrotas e namorando a zona do abacaxi, o Atlético voltou do intervalo com postura muito ofensiva e o Palmeiras, mais uma vez, marcando muito próximo de sua área. E aos 17 minutos, Chico desviou de cabeça a cobança de escaneio, a bola ainda tocou em Danilo e entrou.
Certamente não era o desfecho que Danilo queria para um capitulo no qual ele fora designado para ser protagonista. Tanto que aos 24 minutos, Figueroa retribuiu a jogada do 1º gol e cobrou escanteio no 1º pau, Danilo antecipando-se a marcação, desviou e marcou o gol da vitória. O 2º gol dele com a camisa do Palmeiras.
Mas Danilo ainda teria o seu ato final para gravar de vez o seu nome em mais esse capítulo da história alviverde. Na base do desespero os curitibanos foram pra cima e aos 37 minutos, Paulo Baier bateu para o gol livre, com Marcos já vencido e quando ele se preparava para comemorar o empate, eis que surge Danilo, em cima da linha e dá de vez a vitória ao Palmeiras.
Foi uma vitória de superação do jogador que era visto com desconfiança por todos. Uma vitória que certifica os esforços de uma diretoria e comissão técnica que abriu mão de lucros imediatos para buscar lucros históricos, com a possibilidade real da conquista de título.
São 6 pontos de vantagem e a responsabilidade toda jogada nas costas dos adversários diretos na briga pelo título.
Coluna escrita no embalo de som nenhum, já que após noitada regada a muito whisky, música não é exatamente algo que apateça meus ouvidos neste exato momento.
Cheers
Um comentário:
Mais do que Danilo, Marcos ou Figueroa essa foi a vitória da diretoria alviverde.
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