22 de fev. de 2010

Chazinho de Coca - Antônio Carlos arredonda a roda que Muricy deixou quadrada e o Palmeiras volta a vencer. E convencer.


Segundo o jornal LANCE!, Muricy Ramalho ligou para os dirigentes são paulinos antes do clássico de ontem no Palestra e fez um apelo:

– Temos de ganhar esse jogo de qualquer jeito.

Temos quem, cara pálida? Temos quem, Deus Todo Poderoso detentor de toda a moralidade existente no futebol? Temos quem, Senhor Sem Medo de P**** nenhuma?

O futebol mostra-se mais uma vez prodígio em apresentar ao mundo figuras que transitam pelos opostos do dia para noite. Muricy é a minha mais nova decepção. Era até ontem, apenas técnica. Desde ontem, passou a ser moral.

O grande temor de Muricy era que Antônio Carlos redescobrisse a roda que o próprio ex técnico tornou quadrada. O que de fato ocorreu.

O mesmo time que Muricy cravou ao sair que não tem condição de disputar nada, não só venceu ontem o São Paulo, como jogou melhor que o adversário e infinitamente melhor do que (não) vinha jogando sob seu “comando”.

É muita derrota para um cara que se auto proclama “bom demais”.

Antônio Carlos simplesmente não inventou. Diego Souza é meia. Wendell é lateral direito. Armero não está bem, joga o Eduardo que atua pelos dois lados e que ontem jogou muito. Robert precisa de apoio no ataque? Então o Lenny lhe faz companhia. Marquinhos, que nem no banco vinha ficando, voltou a ganhar oportunidade.

A bola área que Muricy não soube fazer funcionar em 7 meses, decidiu o clássico depois de apenas dois treinamentos com Antônio Carlos.

O Palmeiras agrediu. Produziu e agrediu. Não a toa Rogério Ceni foi o melhor do time tricolor.

Foi sem inventar que o Palmeiras redescobriu seu jogo. Redescobriu que pode sim fazer frente aos grandes rivais.

Foi sem inventar e sem jogar para torcida, que Antônio Carlos teve o nome gritado por ela durante e ao final do jogo.

Foto de Eduardo Viana para o L!


Ainda é cedo para cravar que Antônio Carlos já vingou. Mas de saída, já fez mais do que Muricy vinha fazendo.

Reforços precisam chegar. Mas ainda assim, com os ovos que lá estão, Tonhão já fez uma bela omelete.

O jogo teve um 1º tempo de muita pegada, muita movimentação, mas poucas chances de gol. O Tricolor buscava jogadas pela esquerda, onde Jorge Wagner era o mais acionado. O Verdão, que voltou a jogar com dois volantes, abdicou dos chuveirinhos e trabalhou a bola com os meias.

O calor colaborou para melhorar o jogo no 2º tempo. Com os jogadores sentindo o cansaço, os espaços começaram a aparecer. Mais ainda depois da discutível expulsão de Xandão. Não foi um lance acintoso, mas Eduardo partia em velocidade e em direção ao gol. Xandão já tinha amarelo e pela falta recebeu o 2º.

Mais tarde, em jogada semelhante, mas no meio campo, Pierre também foi amarelado.

Fato é que o Palmeiras passou a dominar o jogo e então os cruzamentos passaram a ser mais utilizados – com eficácia.

Aos 20 minutos Antônio Carlos trouxe Marquinhos de volta aos holofotes. Aos 22 o meia cobrou escanteio no 1º pau, na cabeça de Robert, que ampliou.

O São Paulo chega ao 3º clássico no ano, com a 3ª derrota. (Portuguesa, Santos e Palmeiras).

Ricardo Gomes parece também ser adepto das invenções. A linha de 4 com Hernanes, Jean, Cleber Santana e Cicinho, apesar de esbanjar qualidade técnica quando ataca, não marca nem a própria sombra. A bola sempre estoura na zaga. O lance da expulsão de Xandão é uma clara amostra dessa falha tática.

É bom Ricardo Gomes abrir os olhos. Muricy Ramalho está dando sopa e faz questão de evidenciar isso com seus telefonemas pertinentes.

Acompanhe os melhores momentos do Choque-Rei:



Despeço-me do feroz camarada que por aqui passa com um clássico oitentista - Human League - Don't You Want Me.

Cheers,

Um comentário:

Rene Crema disse...

O Ceni foi o melhor em campo mesmo cagando nos dois gols, rs !!!

Agora Muricy, foi a derrota moral mesmo, acredito que isso possa a perseguir ele por muito tempo!

Nunca achei que diria isso, admito, mas Muricy, JA VAI TARDE!!!!

Asta la vista , maneh!