12 de jan. de 2009

Cristiano Ronaldo é o melhor do mundo.

O gajo foi confirmado hoje, como o maior jogador da temporada. Na minha opinião, de forma indiscutível!



Não é a 1ª vez que me manifesto favoravelmente ao fato de Cristiano Ronaldo ser o melhor jogador do mundo. Inclusive já havia iniciado uma postagem com alguns números que apontam para isso. Mas caí na "besteira" de ler a coluna do Mauro Cezar da ESPN acerca do assunto e ví que abordar o tema, com maior propriedade que ele em sua postagem, seria tempo perdido.



Segue a coluna do cara que, para mim, é disparado um dos jornalistas esportivos mais completos do país.

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Números e fatos que mostram quem foi o melhor do mundo em 2008: o português Cristiano Ronaldo



Nesta segunda-feira, Cristiano Ronaldo deverá ser apontado o melhor jogador de 2008 na eleição da Fifa. É evidente que o desempenho na temporada 2007/2008 é o que justifica o provável prêmio. E não devemos confundir o mesmo com o momento vivido pelos jogadores na virada de 2008 para 2009, quando os votos já haviam sido computados há tempos.

Embora nos últimos meses o português não tenha sido sequer o melhor de seu time — Rooney vive fase superior —, ninguém atuou melhor do que o camisa 7 dos Red Devils no ano passado. A temporada foi dele, com 46 gols, sendo 42 pelo Manchester United e quatro com a camisola portuguesa.



Cristiano Ronaldo fez 31 tentos em 34 jogos dos quais participou na Premier League, da qual foi o principal goleador com essa incrível média próxima de um gol por cotejo. Sagrou-se, também, artilheiro da Liga dos Campeões, que conquistou, assim como o bicampeonato inglês.

Dos 87 pontos ganhos pelo campeão da última edição da liga do país, 54 vieram em 18 vitórias nas quais o gajo marcou pelo menos um gol. Em 16 bastariam os assinalados por ele para que o time saísse vencedor. Outros três pontinhos foram recolhidos nos empates em que Ronaldo foi às redes.



Ou seja, seus gols foram responsáveis por 62% dos pontos ganhos pelo Manchester United no campeonato 2007/2008. Sem falar em assistências, jogadas importantes, faltas sofridas que resultaram em lances perigosos e cartões para adversários, etc.

Há quem diga que ele “desaparece” em partidas mais difíceis. Os números acima já destroçam tal tese, afinal, deixam evidente a fundamental participação do astro português na maioria das vitórias da equipe.

De qualquer forma, vale lembrar que Cristiano Ronaldo fez o segundo gol nos 3 a 0 sobre o Liverpool em Old Trafford, marcou uma vez nos 2 a 2 com o Arsenal em Londres e outro nos 2 a 1 em cima dos Gunners em Manchester.



Atuou apenas por 27 minutos na derrota ante o Chelsea em Stamford Bridge, quando não marcou, mas deixou o seu na final da Champions League diante dos Blues. Batedor de penalidades máximas, poderia ter feito mais um sobre o time londrino na vitória por 2 a 0 em casa, mas permitiu que Saha cobrasse, no instante final, o pênalti que o próprio francês sofrera.



Argumentos (?) toscos como “ele é marrento”, dirige mal (tanto que aniquilou a Ferrari no túnel), “o cara é mascarado” ou “é presepeiro” não podem ser considerados numa avaliação séria. É algo típico dos “brasileirinhos” absolutamente incapazes de enxergar talento em quem não veste verde-amarelo. Gente que mal vê a bola que rola pelo mundo.

Aos que se enquadram nesse grupo pseudo-patriota, peço, desde já, que nos poupem de alegações como “jogou mal no amistoso Brasil x Portugal”. Estou me referindo a desafios de verdade, sérios, que valem alguma coisa. E é evidente que eventos político-desportivos como aquele no famigerado Bezerrão não entram nessa lista.

Daqui a 10 ou 20 anos, talvez a história aponte Messi, Kaká ou algum outro craque como o maior da geração que hoje domina o futebol. Pode ser. Mas o fato é claro: Cristiano Ronaldo foi o maior jogador do planeta entre 2007 e 2008. Queiram ou não.



Fonte: http://blogs.espn.com.br/maurocezarpereira/

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Inseri outros argumentos dentro dos "comentários".

7 comentários:

João Paulo Tozo disse...

Um leitor fez o seguinte comentário acerca do texto do Mauro Cezar:

Jovaneli diz

Mauro, concordo com quase tudo o que escreveu. Apenas acho que, em muitas partidas decisivas, Cristiano Ronaldo não é o protagonista, joga menos do que pode.
Mesmo na final da última Liga dos Campeões, ele fez o primeiro gol e se escondeu no restante da partida.
Claro, fazer um gol na final da Champions é muita coisa, mas, se me permite ser mais rigoroso, acho que é pouco para C. Ronaldo, um cara muito talentoso, dos poucos que conseguem unir habilidade e técnica.
O que quero dizer é que, devido a seu enorme potencial, ele está devendo, sim, em partidas decisivas, na minha opinião. O PVC também acha isso. Lembro-me de ouvi-lo cobrar do português em partidas decisivas.
De todo modo, outros craques também deram a sua “amarelada” em decisões: Ronaldinha Gaúcho na final da UCL, contra o Arsenal, por exemplo. Naquela partida, foi discreto e, a exemplo do português, tem potencial para fazer mais, daí a exigência maior.
Enfim, estou discutindo em termos de futebol. O que o cara faz fora do campo, a mim não interessa. Se ele bebe, sai na noite, bate ferraris, briga com a mulher e nada influi em seu futebol, dane-se. Azar dele como pessoa e sorte nossa como admiradores do bom futebol.
Também não avalio o desempenho do jogador pela quantidade de gols que faz. Embora não seja louco de dizer que isso não pesa, acho que participação coletiva, vontade, garra e comprometimento com o jogo (clássicos e decisões, sobretudo) são fatores igualmente importantes.
Para mim, jogador de alto nível tem que ser destaque em jogos importantes. Se não em todos, na maioria deles tem que ser “o cara”, como dizia o Romário. E Cristiano Ronaldo às vezes deixa de ser.
Agora, melhor do mundo na última temporada, isso ele foi. E com sobras.
Abraço!

João Paulo Tozo disse...

O Mauro emendou a seguinte resposta:

Mauro Cezar Pereira diz

Jovaneli, sabe o que eu acho curioso nesse seu argumento, parece que estamos “julgando” a carreira do rapaz. Ora, apenas avaliamos o desempenho dele no ANO, não na VIDA PROFISSIONAL. Ele pode brilhar mais em jogos de mata-mata? Pode, claro. Talvez na temporada 2008/2009 não seja tão regular no campeonato inglês e decida a Champions League, por exemplo. Mas o fato de ele PODER fazer mais não apaga aquilo que o gajo fez, meu caro. Dicordo totalmente desse argumento seu, do PVC e sei lá de quem mais, isso já deixei claro várias vezes e apresentei no post acima os fatos que o derrubam: gols no Liverpool, no Arsenal, no Chelsea. É pouco? Ora…
Outra enorme contradição: as pessoas que defendem pontos corridos como o critério mais justo esperam que o atleta brilhe no mata-mata para ser apontado o melhor. Ora, ele foi regular a Premier League toda, como o time que defende, por isso mesmo bicampeão. O que explica a regularidade servir para avaliar o time que fica com o título e ser colocada em plano secundário na avaliação do melhor jogador?
Você quer brilho em “jogos importantes”. O Liverpool deixou quatro pontos pelo caminho em dois empates com o Stoke City. Se o Cristiano Ronaldo fosse dos Reds e fizesse um gol em cada um desses empates em 0 a 0 seriam mais quatro pontos que poderiam valer o título. Os jogos contra o Stoke não eram importantes? Os pontos perdidos pelo Grêmio no Olímpico diante de Figueirense (2) e Goiás (3) não foram importantes?
E na temporada passada o Manchester United não perdeu pontos em vários duelos assim porque tinha o português.
Você também esquece que Cristiano Ronaldo é três anos mais jovem do que Kaká, por exemplo. E argumenta: “Também não avalio o desempenho do jogador pela quantidade de gols que faz…” E eu estou avaliando? Releia, meu caro: “seus gols foram responsáveis por 62% dos pontos ganhos pelo Manchester United no campeonato 2007/2008. Sem falar em assistências, jogadas importantes, faltas sofridas que resultaram em lances perigosos e cartões para adversários, etc.”
Discordo de você, acho esse discurso equivocado e digo mais: Kaká foi melhor do mundo por conduzir o Milan à conquista da Champions League em 2006/7, com toda justiça. Mas no campeonato italiano fez pouco, bem pouco em relação ao que poderia apresentar. Nem por isso alguém diz aqui no Brasil que ele poderia e deveria mostrar mais. Sejamos razoáveis, temos que avaliar o que ACONTECE, não o que GOSTARÍAMOS que acontecesse. Convenhamos.
Mauro Cezar

Anônimo disse...

Na minha opinião Káka é muito mais jogador que Messi e esse portugues ai.

João Paulo Tozo disse...

Pois é, Fellipe, acato o achômetro, acho válido. Mas como disse o mesmo Mauro Cezar e comprovou com dados e números - contra os fatos, não há argumentos.

Os números do Cris Ronaldo destroçam qualquer eventual dúvida quanto seu merecimento nessa última temporada.

Acho que será difícil ele repetir o feito, até pq o Messi está num crescimento fantástico e o Pato tbm vem aí. Mas nessa temporada, ninguém no mundo fez o que ele fez.

O Kaká tem 25 anos, já é um jogador formado, maduro. Daqui 4 ou 5 anos, quando o Ronaldo tiver a mesma idade, daí poderemos afirmar qual deles é de fato o melhor.

Abraços,

Rene Crema disse...

eu tb acho o Messi melhor, mais rapido, tb acho o Kaka com mais visão, com passadas mais objetivas ... tb acho o Hibrahinovic mais espetacular que todos eles...

mas o mérito dos outros não tira o brilho do ano do portugues, e acho errado dizer que ele nao decide, eu vi varios jogos que um gol dele abriu caminho pra vitoria, acredito que foi bem dado sim, parabens portuga, se continuar evoluindo, estara sempre entre os tops...

Pena que o restante do seu pais em termos de atletas é bem maomeno, rs

Fábio B. A. disse...

Que é isso, Cristiano Ronaldo comeu a bola na temporada 2007 - 2008. Não teve pra ninguém.

Hoje esse título não seria dele, mas ele foi o melhor no período em questão para determinar o prêmio...

Anônimo disse...

Mais uma sensacional do Mauro Cezar. O Bixão tá arrebentando a boca do balão. Segue:

Era só o que faltava, depois do Vasco rebaixado à Série B, Wagner Diniz fala em “limpar” o currículo

Você conhece o currículo de Wagner Diniz? Sim, Wagner Diniz, esse lateral-direito que o São Paulo foi buscar no Vasco. Pois é, o cidadão defendeu CRB, Treze e entre 2005 e o ano passado atuou no time de São Januário. E ao trocar o rebaixado clube carioca pelo São Paulo tricampeão nacional, o antigo “Rei” do Cai-Cai no futebol do Rio disse que precisa “limpar” seu currículo depois da queda para a segundona — clique aqui e veja.

Veja só a que ponto chegamos. Um jogador comum, mero “especialista” em cavar pênaltis, sai de um grande clube em seu momento mais crítico e se acha no direito de dizer algo que pode ser resumido como apagar de sua carreira a passagem pelo Vasco em 2008. Claro, agora ele está no mais badalado (com justiça, claro) time do país, então pode falar o que bem entende. Não pode, Wagner, mas não pode mesmo, especialmente com esse discurso que não emplaca nem em comercial de desinfetante.

Limpa o currículo quem cai e quem sobe com o time, como Marcos no Palmeiras, Del Piero na Juventus, Felipe no Corinthians, entre muitos outros. O de Wagner Diniz continuará sujo, pela sua ausência em jogos na campanha do rebaixamento e atuações fracas, já com o futuro arrumado pelo acerto com o São Paulo em meio à luta do Vasco para não cair.

Há pouco mais de um ano, o zagueiro Juninho trocava o Botafogo pelo São Paulo com o seguinte discurso: “O que mais me motivou foi ter a oportunidade de disputar uma Libertadores com reais chances de conquistá-la. Mas também pesou a oportunidade de firmar um contrato longo que traz segurança para meus filhos”. Como se sabe, ele está de volta ao clube da estrela solitária. Se Wagner Diniz também fracassar no Morumbi, será que os vascaínos terão mais, digamos, amor próprio?

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O que disse Diniz?

“Era isso que almejava na minha carreira, sair de um time pequeno, suar, passar dificuldades, e depois chegar a uma grande equipe. Consegui com bastante suor chegar até aqui. Estou muito feliz, com o pensamento focado pra fazer o meu melhor trabalho”

Wagner Diniz, ao site do São Paulo