12 de fev. de 2009

Chazinho de Coca - Foi em 1920

Foi em 1920.

Foi ainda como Palestra Itália, no longínquo ano de 1920, que o agora Palmeiras conseguiu, pela última vez, ter um início de temporada tão sensacional como o de agora. Nem na época das Academias, nem o time de 93/94 e nem mesmo o de 96, foram capazes de começar o ano com uma arrancada tão positiva como a que o time alcançou ontem. São 8 vitórias nas 8 primeiras partidas da temporada.

Na vitória por 3X2 sobre o Mirassol, o time não brilhou como nas partidas anteriores, mas fez o suficiente para vencer sem sustos e com autoridade.

O 1º tempo teve um nome – Diego Souza.

Criticado, sobretudo no 2º semestre de 2008. Diego carrega o fardo de ter sido a contratação mais cara do futebol brasileiro na temporada passada, mas sua irregularidade fez pairar dúvidas quanto a sua qualidade.

Ontem, se não foi brilhante, foi eficaz. Abriu o placar com uma tijolada em cobrança de falta. Fez linda tabela com Keirrison e deixou o matador na cara do gol para finalizar e marcar o 2º do time. Comandou as ações do meio campo, em noite apagada de Cleiton Xavier.

Diego tem sim muita qualidade, sabe se utilizar da condição física para prevalecer sobre o marcador, é hábil e finaliza bem, mas precisa soltar a bola mais rapidamente. Nesse atual Palmeiras, quem der mais de 3 toques sem passar a bola já começa a ficar para trás.

Em noite onde até Jefferson joga bem, não tem como dar outro resultado se não a vitória. Saiu dos pés do lateral esquerdo o míssil que matou de vez as pretensões do bom Mirassol, que por sua vez chegou aos 2 gols com Anderson Paim, em cobrança de falta que desviou na barreira e matou Bruno, e Wesley, em falha de Danilo.

O time do interior não se intimidou com o atual momento do Palmeiras e partiu para cima, com boas jogadas do atacante Leandro Fonseca, mas esbarrou na falta de qualidade no meio. Prevaleceu o toque rápido da equipe de Luxemburgo, que desarmava tudo a partir da ótima atuação de Pierre e ligava contra-ataques em altíssima velocidade com Williams, que precisa urgentemente aprender a finalizar.

Dessa vez Edmilson jogou como autêntico 3º zagueiro, já Cleiton Xavier pouco se aventurou no ataque, talvez aí a razão da atuação destacada de Diego Souza, então, único meia na partida de ontem.

Ainda me agrada mais ver o Palmeiras como o de domingo. Com Edmilson flutuando entre a zaga e o meio, deixando Cleiton Xavier livre para armar e formando um ataque à moda antiga, com 2 pontas abertos (Diego e Williams), com Keirrison enfiado no meio da zaga adversária.
De toda forma, ver um time com tantas variações táticas é agradável e mostra claramente a mão do treinador, que voltou a ser, meramente, um treinador, o ótimo treinador que sempre foi antes de inventar suas múltiplas funções.

Confira os lances do jogo:


Escrevo a coluna na manhã dessa quinta-feira chuvosa, acinzentada, com cara de inverno, mas abafada como no verão. O som que embala esse clima todo foi - Fade to Grey do Visage.

Cheers,

3 comentários:

Anônimo disse...

Que beleza esse começo de ano! (corrige aí a primeira frase, foi em 1920, está 1929)

João Paulo Tozo disse...

Valeu pelo toque, Fininho ;)

Feliz com o seu parmêra, hein? rs

Anônimo disse...

Nunca eu fiquei tao esperançoso com o Palmeiras como estou esse ano.


Forza Palestra.