Deram asas às cobras
Sou uma pessoa que não se intimida quando precisa falar em público. Aparte os minutos iniciais, tenho pleno controle de minhas reações durante uma apresentação, seja ela para um público de qualquer idade, desde que tenha estudado o meu tema antes. Sim, acho impossível fazer uma boa apresentação assim, de improviso.
Infelizmente, sei que nem todo mundo consegue manter-se calmo quando precisa falar em público, e bem entendo que pouca gente realmente goste de fazer isso. Pois bem, na maioria das vezes, ninguém é obrigado a fazer uma apresentação se não se sente confortável com o tema, ou mesmo com a idéia de falar em frente à uma platéia.
Pois bem, não é isso o que acontece com os treinadores de futebol. As coletivas de imprensa pós-jogo já não são uma novidade, mas invariavelmente acabam colocando frente a jornalistas pessoas que não tem a capacidade, a motivação ou a calma para estarem ali. Mas são uma "obrigação".
Sendo assim, temos o circo dos horrores que nos é apresentado depois de cada jogo. Desde treinadores falando uma série de frases feitas que não acrescentam nada, passando por outros que acreditam serem os reis do sarcasmo, chegando àqueles que simplesmente respondem rudemente frente à uma situação que não os agrada.
Porém, nada disso motivou as equipes de jornalistas esportivos a pensar no quão desnecessárias são essas coletivas. Mais do que refletir sobre o assunto, o que vemos é uma série de comentários específicos, que buscam traçar o perfil de cada técnico frente às câmeras.
Meus amigos, da mesma forma que às vezes não queremos falar, outras tantas não precisamos ouvir.
Muricy deve estar torcendo para outras redes seguirem o exemplo da ESPN-Brasil.
Ao som de The Roots - Rising Down. Beleza de disco do fim de 2008.
Rapidinhas: prova de fogo para o Palmeiras hoje. Embora a vaga já esteja praticamente definida depois da sapecada da semana passada, jogar a 4 mil metros de altura não é brincadeira. É 4 de fevereiro e o Verdão já em a primeira decisão do ano.
4 de fev. de 2009
La Mano de Dios - Deram asas às cobras
Marcadores:
ESPN,
La Mano de Dios,
Muricy Ramalho
Assinar:
Postar comentários (Atom)
8 comentários:
eu acho muito engraçado o mau humor do Muricy. :)
Eu acho mais é que ele faz pra ver se os caras caem na real, viu... deve ser dose seu time tomar uma sapecada e ainda ter que responder perguntas do tipo "por que o time não foi bem hoje" depois.
criaram o monstro, bajularam o cara até não poder mais. agora que cumpram com suas responsabilidades.
o cara foi ríspido, seja ríspido.
sem a ajuda da imprensa, seja muricy, seja o papa, seja quem for, não chega até a seleção. Ele é mal educado mesmo, mas sabe que precisa muito dos caras, tanto que pediu desculpas hoje.
Só pediu por causa do boicote, meu.
Mas é bom que se cortem as asinhas de vez em quando.
Pois é, Bruno. Se ele não achasse necessário dar as coletivas chatas após as partidas, não daria bola pra boicote e não teria pedido desculpas.
Ele é grosseirão, mas está longe de ser bobo..rss
Necessário ou não, elas não acrescentam nada, na minha opinião.
Se coletivas pós-jogo são o parâmetro para definir-se o técnico de uma seleção, pronto, mais uma coisa para eu lamentar no futebol atual.
A Sociedade do Espetáculo chegou ao futebol há algum tempo, mas certas coisas estão passando do limite...
É a mesma coisa em relação a atual necessidade do jogador ter de atuar na eropa, pra poder ser considerado apto a atuar na seleção brasileira. não deveria ser assim, mas infelizmente é e quem sonha com isso, ou se sujeita a isso ou está alguns(muitos) passos atrás e quem tá lá.
E o que parece é que todo mundo está bem conformado com isso, não?
Postar um comentário