19 de jul. de 2010

Café com Leite: Invictus




           
Texto: Beto Almeida 
Fotos: UOL
    Issoaí galera, acabou a Copa do Mundo, tudo volta como dantes no quartel de Abrantes e a bola volta a rolar no Brasileirão, apelido carinhoso e aumentativo do Campeonato Brasileiro de Futebol.

    A volta do Timão aconteceu na noite de quarta-feira passada contra o Ceará lá em Fortaleza, por motivos de força maior e menor não pude escrever a coluna. Mas o jogo que terminou num empate de zeros dispensou comentários mesmo.

    Então falemos do jogo de ontem, que rolou no Pacaembu e cujo adversário foi, nada mais, nada menos, que o Atlético Mineiro, uai. O time dos comedores de queijo veio desfalcado de Diego Tardelli, artilheiro da equipe dirigida por Wanderley Luxemburgo. O que não quer dizer muita coisa, tanto o desfalque como o comandante da equipe.

    Logo antes de começar a partida percebe-se que a Copa 2010 me deixou marcas indeléveis no coração: a bola do Brasileirão é FEIA bagarai! Saudades da Jabulani, que todo mundo reclamava, mas era linda.

    Falando em beleza: Lari Riquelme, donde estás que me olvidaste?

    Ah, Copa do Mundo... Eu que não olvidei você. Nem da África do Sul, terra linda dum povo massacrado pelo apartheid, mancha na história da humanidade que sempre foi desumana com os carentes e oprimidos.

    E a África do Sul me faz lembrar do filme “Invictus”, dirigido por Clint Eastwood e com Morgan Freeman no papel de Nelson Mandela. O filme conta a história da seleção sul-africana de rúgbi que, logo após o fim do apartheid, venceu a Campeonato Mundial de forma invicta. Daí o nome do filme, é óbvio.

    Como é óbvio que escrevi todo esse intróito só pra dizer que o Todo-Poderoso é o único invicto do Brasileirão, aleluia! E sempre vencendo em casa, que beleza!

    É agora que recebo o prêmio Pulitzer por escrever uma matéria jornalística de forma tão original.

    Aprendam cronistas esportivos de cérebro mais diminuto que um polvo, aprendam colunistas e repórteres de revistas e jornais e Internet, é assim que se faz: tudo começa por ler vários e bons livros, seus babacas.

    Depois deste humilde conselho aos profissionais da imprensa nacional, zeladora do prédio onde moram a verdade e justiça verde-amarela, aquele prédio onde o carteiro nunca consegue achar o endereço, voltamos a falar do jogo.

    Que começou com um Corinthians arrasador, trocando passes tal qual a seleção espanhola: uma Fúria alvinegra. E foi assim que logo no primeiro minuto Dentinho sofre pênalti.

    Chicão, nosso capitão e batedor oficial de penalidades, chutou pra fora. Tá vendo como a Jabulani faz falta?

    Tudo bem, corintiano tem de sofrer mesmo, questão de DNA. E durante os primeiros 15 minutos do primeiro tempo, só deu a gente. Depois os mineirim até que igualaram as ações dentro de campo, mandaram uma bola no travessão num lance esquisito onde a bola feia bateu na coxa dum jogador atleticano e encobriu o goleiro.

    O primeiro tempo terminou assim.

    As duas equipes voltaram para o segundo tempo com mudanças: no Corinthians, Jorge Henrique substituiu Iarley, que estava devagar. No Atlético, Fabiano substituiu João Paulo, que sei lá.

    E tal qual no primeiro tempo o Todo-Poderoso se impõe na partida, com um toque de bola refinado e de muita movimentação, porém falhando muito nas finalizações. Bruno César era o destaque do match, chutando muito de fora da área. Tava na cara que o gol corintiano era só uma questão de tempo.

    Aos onze minutos Luxemburgo fez a alteração que iria determinar o resultado da partida: colocou Diego Souza em campo, no lugar de Neto Beirola. A entrada do pé-frio, o Mick Jagger do Parque Antártica, ex-jogador palmeirense, portanto, acostumado a derrotas, foi a chama que incendiou o ânimo alvinegro.

    E foi com Bruno César, num chute de longe que desviou num zagueiro do Galo, que o Timão abriu o marcador. Mais não precisava, seguramos o 1 x 0 até o final. Três pontinhos, liderança isolada e tal.

    Pra completar a alegria deste que te escreve, leitor, só o faz-me rir habitual que o desempenho dos rivais proporciona: o Verdinho é aquilo, leva o pau de sempre; o Tricocô ainda acha que Fernandão é craque; e Sardinha é bom de se comer na praia mesmo.

    Agora é pegar o lanterna em Goiás. Mais três pontos garantidos.           

5 comentários:

Gregório Possa disse...

Pensei que fosse 3 pontos garantidos contra o Atlético-GO

QUE COISA NÃO !!!

Cavalo paraguaio é complicado :D

Rene Crema disse...

Cade os 3 pontos garantidos?! rs ...

Beto Almeida disse...

Caras, vocês são uns secadores! Sai vodu!

Gregório Possa disse...

Hahahaha !
Jamais !

Gregório Possa disse...

Hahahaha !
Jamais !