Texto: João Paulo Tozo
Imagem: Ramon Bittencourt(p/ o lancenet)
Imagem: Ramon Bittencourt(p/ o lancenet)
Depois de 318 convites feitos pelo camarada palestrino Vitor Campos para conhecer a L'Osteria Palestra Itália, dos quais ao menos uns 18 com minha presença confirmada, mas posteriormente furando com o compromisso, eis que a tabela do Verdão deu-me uma chance de, enfim, fazer valer minha palavra.
Os amigos palmeirenses contatados para me acompanhar na empreitada estavam deveras ocupados na noite da quarta-feira, portanto tive que apelar para o mais célebre de meus amigos – corintianos ou não – Tiago Prado – que disfarçando sua volúpia corintiana, fez belo papel em meio a dezenas de palmeirenses ávidos por uma vitória diante do mistão do Galo.
Nossa mesa já estava reservada pelo hospitaleiro Vitor. Cervejas então foram chamadas para molhar as goelas e prepará-las para os gritos de gol.
Dúvidas.
Com 18 minutos um susto, uma apreensão, um medo que irá permanecer pelos próximos dias. Valdívia, que já era dúvida, não deixou dúvidas sobre a duvidosa opção de Felipão por colocá-lo em campo com a sua atual e duvidosa condição física. Dúvidas desfeitas, o Mago foi sacado e em seu lugar entrou Lincoln. Com ele voltou a dúvida. Não sobre sua condição física, mas sobre sua duvidosa atuação nos jogos em que precisava acabar com nossas duvidas.
Não tão mal como contra o Corinthians, mas Lincoln não deu ao time o ritmo esperado.
O Galo levava mais perigo na 1ª etapa. Ricardo Bueno e Neto Berola tabelavam até com facilidade dentro da área do Verdão. Em uma dessas tabelas, Berola saiu na cara de Deola, mas a ótima fase do goleiro verde impediu o Galo de abrir o placar.
Intervalo de jogo e mais cervejas chegam a nossa mesa para abastecer nosso repertório de xingamentos. Tiago, o corintiano, já devidamente desmascarado, mas sentindo-se em casa, dava sinais de que pendia sua torcida para a nossa causa. Então polpetas – as melhores que já comi na vida – chegam a nossa mesa. Se gols não aconteciam em campo, golaços aconteciam em nossa mesa. Maravilha!
Chega a 2ª etapa e com ela uma das mais infelizes arbitragens dos últimos tempos. Vem também o Galo com Obina, que em vista das opções de ataque que Felipão tem hoje, deixa uma pontinha de saudosismo nos alviverdes.
Mas foram as goelas esmeraldinas, já calibradas com as sucessivas cervejas, que soltaram o grito até então solto para xingar até a própria sombra. Coisa de palmeirense. Inclusive o gol, em bela trama de Tinga com Kleber - era gol verde – do Gladiador.
Mais 10 minutos passaram-se e o que era para ser mais um grito de gol no L´Osteria Palestra Italia, tornaram-se verbalizações de cunho ofensivo, direcionados a toda a estirpe de Marcelo de Lima Henrique, o árbitro e personagem nefasto da partida.
O lance da discórdia
Dizem os piadistas de plantão que com Luxemburgo o Atlético não tinha um time. Com Dorival tem dois.
E de fato, mesmo o “misto-quente” de Dorival já é muito melhor do que o time que Luxa mandava a campo até bem pouco tempo.
Tão melhor que não precisava receber o que ainda é uma “suposta” interferência de pessoas alheias ao campo de jogo. Entenda “alheias” como pessoas que ficam no entorno do gramado – pessoal de rádio, TV, gandulas, seja lá o que for – mas que não podem e não devem interferir nos acontecimentos da peleja.
20 minutos e o Palmeiras era melhor. Lincoln recebeu bom passe pela esquerda, invadiu a área e foi derrubado, sem dó nem piedade, por Jairo Campos. Pênalti! Claríssimo, escancarado. Até a mãe do juiz apitava aquele lance. Inclusive o próprio. E foi o que ele fez. Cheio de pose, senhor absoluto da situação. Mas não sem antes verificar que a bandeirinha de Alessandro Matos ou Erich Bandeira, (já nem sei mais qual dos dois era o figura daquele lado) estava impávida, diante da certeza do auxiliar de que o lance era legal – Carimba, Godoy?
A mesa com as magníficas polpetas e geladas cervejas quase vira. Era puro deleite. Tiago, o gamb*, ops, o corintiano, gesticulava e apontava que era mesmo pênalti.
Pô, até ele senhor juiz!
Kleber na marca da cal. Era a grande chance de abrir 2X0 e trazer para São Paulo um resultado magnífico.
Kleber não mais na marca da cal.
Algo aconteceu no momento em que o juizão foi até a proximidade das placas de publicidade, algo lhe foi “soprado aos ventos” – “Ó, o que me tens a contar, vento?”
Certo ou errado, um vento cagueta que nada tem que se meter a besta. Mais lamentável ainda foi o juiz ao acatar a “boa nova ventistica”.
O juizão voltou atrás e inverteu a marcação. Apontou impedimento de Lincoln que nem ele e nem o bandeira haviam visto.
Passivamente os jogadores do Palmeiras aceitaram a marcação. A reclamação veio depois da partida, mas na hora faltou só bater palmas para o juiz fanfarrão.
Tiro de meta cobrado. Valdívia cover chamado. Pedido o cardápio. Mais cervejas e dessa vez acompanhadas de berinjelas recheadas. Que beleza!
Em campo a cirurgia continuava.
8 minutos passados do bizarro pênalti desmarcado e mais uma marcação digna de Javier Castrilli – aquele.
Obina - o até então saudoso - invade a área verde esmeraldina e atira seu corpanzil contra o imóvel Márcio Araújo. Movimento digno de aplausos, estivesse ele no Cirque du Soleil, não em um campo e futebol. Mas o nosso Castrilli da vez, novamente cheio de certeza, com uma postura digna de um diplomata, apontou para o centro a área. Era pênalti. Um daqueles que nem a mãe do Obina marcaria.
Talvez a do juizão marcasse, vai.
Obina bateu e marcou. Empatou e empacou o Palmeiras. De possíveis e próximos 2X0, o Verdão volta com um empate na bagagem.
Bom resultado a se imaginar antes do ocorrido. Péssimo depois da atuação deplorável do senhor Marcelo de Lima Henrique, o Castrilli do século XXI.
Enquanto isso no L´ Osteria, Valdívia cover servia ao anfitrião Vitor um gnocchi com uma almôndega mergulhada no molho. Uma beleza. Não fosse Vitor vegetariano.
Bichão deve ter entrado ontem no bar com dois pés esquerdos.
Os amigos palmeirenses contatados para me acompanhar na empreitada estavam deveras ocupados na noite da quarta-feira, portanto tive que apelar para o mais célebre de meus amigos – corintianos ou não – Tiago Prado – que disfarçando sua volúpia corintiana, fez belo papel em meio a dezenas de palmeirenses ávidos por uma vitória diante do mistão do Galo.
Nossa mesa já estava reservada pelo hospitaleiro Vitor. Cervejas então foram chamadas para molhar as goelas e prepará-las para os gritos de gol.
Dúvidas.
Com 18 minutos um susto, uma apreensão, um medo que irá permanecer pelos próximos dias. Valdívia, que já era dúvida, não deixou dúvidas sobre a duvidosa opção de Felipão por colocá-lo em campo com a sua atual e duvidosa condição física. Dúvidas desfeitas, o Mago foi sacado e em seu lugar entrou Lincoln. Com ele voltou a dúvida. Não sobre sua condição física, mas sobre sua duvidosa atuação nos jogos em que precisava acabar com nossas duvidas.
Não tão mal como contra o Corinthians, mas Lincoln não deu ao time o ritmo esperado.
O Galo levava mais perigo na 1ª etapa. Ricardo Bueno e Neto Berola tabelavam até com facilidade dentro da área do Verdão. Em uma dessas tabelas, Berola saiu na cara de Deola, mas a ótima fase do goleiro verde impediu o Galo de abrir o placar.
Intervalo de jogo e mais cervejas chegam a nossa mesa para abastecer nosso repertório de xingamentos. Tiago, o corintiano, já devidamente desmascarado, mas sentindo-se em casa, dava sinais de que pendia sua torcida para a nossa causa. Então polpetas – as melhores que já comi na vida – chegam a nossa mesa. Se gols não aconteciam em campo, golaços aconteciam em nossa mesa. Maravilha!
Chega a 2ª etapa e com ela uma das mais infelizes arbitragens dos últimos tempos. Vem também o Galo com Obina, que em vista das opções de ataque que Felipão tem hoje, deixa uma pontinha de saudosismo nos alviverdes.
Mas foram as goelas esmeraldinas, já calibradas com as sucessivas cervejas, que soltaram o grito até então solto para xingar até a própria sombra. Coisa de palmeirense. Inclusive o gol, em bela trama de Tinga com Kleber - era gol verde – do Gladiador.
Mais 10 minutos passaram-se e o que era para ser mais um grito de gol no L´Osteria Palestra Italia, tornaram-se verbalizações de cunho ofensivo, direcionados a toda a estirpe de Marcelo de Lima Henrique, o árbitro e personagem nefasto da partida.
O lance da discórdia
Dizem os piadistas de plantão que com Luxemburgo o Atlético não tinha um time. Com Dorival tem dois.
E de fato, mesmo o “misto-quente” de Dorival já é muito melhor do que o time que Luxa mandava a campo até bem pouco tempo.
Tão melhor que não precisava receber o que ainda é uma “suposta” interferência de pessoas alheias ao campo de jogo. Entenda “alheias” como pessoas que ficam no entorno do gramado – pessoal de rádio, TV, gandulas, seja lá o que for – mas que não podem e não devem interferir nos acontecimentos da peleja.
20 minutos e o Palmeiras era melhor. Lincoln recebeu bom passe pela esquerda, invadiu a área e foi derrubado, sem dó nem piedade, por Jairo Campos. Pênalti! Claríssimo, escancarado. Até a mãe do juiz apitava aquele lance. Inclusive o próprio. E foi o que ele fez. Cheio de pose, senhor absoluto da situação. Mas não sem antes verificar que a bandeirinha de Alessandro Matos ou Erich Bandeira, (já nem sei mais qual dos dois era o figura daquele lado) estava impávida, diante da certeza do auxiliar de que o lance era legal – Carimba, Godoy?
A mesa com as magníficas polpetas e geladas cervejas quase vira. Era puro deleite. Tiago, o gamb*, ops, o corintiano, gesticulava e apontava que era mesmo pênalti.
Pô, até ele senhor juiz!
Kleber na marca da cal. Era a grande chance de abrir 2X0 e trazer para São Paulo um resultado magnífico.
Kleber não mais na marca da cal.
Algo aconteceu no momento em que o juizão foi até a proximidade das placas de publicidade, algo lhe foi “soprado aos ventos” – “Ó, o que me tens a contar, vento?”
Certo ou errado, um vento cagueta que nada tem que se meter a besta. Mais lamentável ainda foi o juiz ao acatar a “boa nova ventistica”.
O juizão voltou atrás e inverteu a marcação. Apontou impedimento de Lincoln que nem ele e nem o bandeira haviam visto.
Passivamente os jogadores do Palmeiras aceitaram a marcação. A reclamação veio depois da partida, mas na hora faltou só bater palmas para o juiz fanfarrão.
Tiro de meta cobrado. Valdívia cover chamado. Pedido o cardápio. Mais cervejas e dessa vez acompanhadas de berinjelas recheadas. Que beleza!
Em campo a cirurgia continuava.
8 minutos passados do bizarro pênalti desmarcado e mais uma marcação digna de Javier Castrilli – aquele.
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Talvez a do juizão marcasse, vai.
Obina bateu e marcou. Empatou e empacou o Palmeiras. De possíveis e próximos 2X0, o Verdão volta com um empate na bagagem.
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Bichão deve ter entrado ontem no bar com dois pés esquerdos.
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O Ferozes FC recomenda: L´Osteria Palestra Italia
R. Caraíbas, 19 – Perdizes (Em frente ao Palestra Italia)
http://www.losteriapalestra.com.br/
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Essa epopéia foi descrita enquanto no ipod deste feroz rolava um dos tantos petardos do grande Mestre. Deixo entã o camarada que aqui me acompanha, na cia especialssima do grande Ray Charles, com Drown In My Own Tears:
CONVITE: Acesse a rádio web da Universidade Cidade de São Paulo e ouça o podcast do Programa Ferozes Futebol Clube. A 26ª edição já está disponível. Eu e meus comparsas comentamos as rodadas do futebol na cia das boas sonoridades. Lembrando que o Programa vai ao ar toda segunda-feira, às 20:00, AO VIVO. Acompanhe pelo link:
http://comunicacidade.unicid.br/radiotape_ferozes.htm
Adicionem-me no twitter e vamos trocar boas idéias sobre futebol, música e cultura útil e inútil:
http://twitter.com/joaopaulotozo
Cheers
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CONVITE: Acesse a rádio web da Universidade Cidade de São Paulo e ouça o podcast do Programa Ferozes Futebol Clube. A 26ª edição já está disponível. Eu e meus comparsas comentamos as rodadas do futebol na cia das boas sonoridades. Lembrando que o Programa vai ao ar toda segunda-feira, às 20:00, AO VIVO. Acompanhe pelo link:
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