Texto: Gregório Possa
A geração inesquecível que desfilou nos gramados de Vila Belmiro na década de 60 está na memória de todos, presentes ou não naquela época. O Santos revelou para o mundo craques inigualáveis que comandados por um tal de Pelé, conquistaram impressionantes 27 títulos em 15 anos. Dificilmente essas marcas serão repetidas e certamente não veremos mais aquelas camisas brancas desfilarem tão lindamente pelos campos do mundo a fora, porém a fábrica de craques do alvinegro praiano nunca parou de funcionar e até hoje o clube revela jovens talentosos que infelizmente pouco mostram seu futebol em solo brasileiro como na época.
Posterior a esse glorioso time, o Santos formou ao longo da história outras gerações de meninos da vila que colocaram a equipe novamente no cenário do futebol nacional. Em 1978, os garotos: Nílton Batata, Juary e João Paulo comandaram o alvinegro praiano rumo ao título paulista daquele ano, foi a primeira geração apelidada de meninos da vila. Em 2002, Robinho, Diego, Alex e Cia formaram o jovem time Campeão Brasileiro, desbancando todos os favoritos na reta-final do certame, alguns remanescentes dessa garotada ainda levariam o bi em 2004.
Em 2010, quando apontavam o Santos como a 4° força do futebol paulista na temporada, mais uma geração gloriosa emergiu, fruto de um trabalho de estruturação das categorias de base feito pelo ex-presidente Marcelo Teixeira, justiça seja feita a esse legado deixado por ele.
Os jovens Paulo Henrique Ganso, Neymar, André e Wesley fizeram renascer na mente do brasileiro a verdadeira essência do nosso futebol. Com goleadas históricas (9x1 sobre o Ituano, 10x0 frente ao Naviraiense, 8x1 sobre o Guarani) , dribles desconcertantes, muita irreverência e espontaniedade nas comemorações, a nova geração de meninos da vila orgulhou o torcedor santista e provou mais uma vez a tradição em revelar jogadores que o alvinegro praiano possui.
Infelizmente, vemos nossos clubes afundados em dívidas geralmente por investirem pesado em contratações caras e badaladas que muitas vezes não dão resultado. Nesses casos, as categorias de base são deixadas de lado e muitos garotos perdem a oportunidade de mostrar seu talento e acabam sendo ofuscados pela falta de estrutura da maioria dos clubes nesse quesito.
O Santos não está isento de dívidas, nem problemas financeiros, mas historicamente mostra que a solução pode estar ao alcance do clube, mesmo frente a turbulências e crises. O 2° lugar na Copa São Paulo e o título recente da Supercopa de Futebol Júnior, apontam mais uma promissora geração pelos lados da baixada, com nomes como: Alan Patrick, Renan Mota e Tiago Alves, além de meninos que ainda estão subindo para o juvenil: Jean Chera e Vitor Andrade. Ou seja, a fábrica de craques não tem data para fechar as portas, principalmente se administrações futuras forem iguais a atual gestão do presidente Luís Alvaro.
De fato, no templo sagrado de Vila Belmiro, está mais do que provado: ''Um raio não cai apenas uma vez no mesmo lugar, cai muito mais !''
2 de ago. de 2010
Menino da vila: No Santos, talento é fartura.
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4 comentários:
E olha que na final dessa Supercopa o Santos jogou muito desfalcado porque alguns estão num torneio lá na Arabia Saudita e outros foram chamados pelo Dorival Jr para o jogo contra o Prudente.
Jurandir Joy
Concordo que o Santos tem uma base boa assim como o Corinthians de Rivelino e cia. Porém esse futebol bonito de que todos falam se transforma em goleada apenas contra o Naviraiense e times dessa categoria. Assim como alguns jogadores do Corinthians Campeão Mundial Juvenil 2010, acredito que o Jean e o Vitor serão as maiores revelações dos próximos anos.
Vale lembrar que ninguém goleou o Ituano, pelo contrário, os que ganharam, foi completamente suado, o Guarani também até agora, ninguém goleou...to esperando repetir as goleadas, já que os times são tão ruins assim. Ou será que foi mérito total do Santos ?
Hmmmm, to com uma pulguinha me dizendo que esse titulo é do
VITÓRIA
acredite! >D
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