16 de ago. de 2010

Folha seca: O fantasma do Barradão

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Texto: Gregório Possa

Todo nós temos algum lugar que não nos traz boas lembranças, só de lembrar temos calafrios e por mais que você tente tudo que acontece nele, dá errado. Pois bem, para o Santos este lugar se chama: Estádio Manuel Barradas, mais conhecido como Barradão.

Mas peraí ! Recentemente fomos Campeões da Copa do Brasil em pleno Barradão. Sim, nós fomos, mas trazendo na bagagem mais um resultado negativo. O fato é que desde 2004 não vencemos a equipe baiana em seus domínios e por mais que em algumas possibilidades estivemos perto disso, os deuses da bola conspiram contra e o Vitória sai vencedor.

Com alguns desfalques importantes, o Santos entrou em campo com uma postura mais conservadora, apenas com Ganso para articular o meio campo e três volantes que saiam pouco, por isso o Vitória dominou as ações e mesmo sem jogar uma partida brilhante abriu 2×0 em poucos minutos. A marcação do time baiano neutralizava completamente a única opção de ataque do Santos que era seu camisa 10, Paulo Henrique dominava a bola e já estava cercado por 3 ou 4 jogadores.

No final do primeiro tempo os alvinegros conseguiram diminuir com Marcel, após chute forte de Ganso que foi rebatido por Lee nos pés do autor do gol santista. Pelas circunstâncias o 2×1 ficava de bom tamanho para o Santos, mas em uma falha infantil de Danilo o Vitória armou um contra ataque mortal e ampliou ainda na primeira etapa, apesar de o tempo prometido pelo árbitro já ter se esgotado a mais de um minuto.

Percebendo a dificuldade de sua equipe em criar jogadas, Dorival Jr. colocou Marquinhos no lugar de um dos volantes e o Santos cresceu no jogo. Maranhão recebeu cruzamento da esquerda e encheu o pé, a bola explodiu na trave e saiu, foi o anúncio da reação. Aproveitando-se do bom momento, o comandante santista fez mais uma alteração certeira e sacou Marcel para a entrada de Mádson que logo de cara lançou de forma brilhante o atacante Zé Eduardo, este bateu cruzado, no ângulo, sem chances para Viáfara. O empate era questão de tempo, mas como tudo insiste em dar errado quando se trata de jogos no Barradão, Edu Dracena tratou de comprovar essa tese e colocou a mão na bola dentro da área, além do penâlti, o zagueiro santista foi expulso e brecou a reação de sua equipe. Schwenck bateu e deu números finais a partida (4×2). Marquinhos ainda teve tempo de ser expulso deixando o Santos com 9 até o fim da partida.

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Ganso sempre cercado por mais de um jogador, preço por seu talento.

O resultado manteve o Santos na 11° posição com 18 pontos e afastou o Vitória da zona de rebaixamento. Se por um lado, mesmo com o revés, a equipe santista está a 3 pontos do G4 e com um jogo a menos, do outro, a distância para a zona da degola também parece curta, apenas 4 pontos.

A possibilidade de saída dos principais jogadores, a vaga na Libertadores assegurada e as duas conquistas em tão pouco tempo acabam por tirar um pouco do foco da equipe para o restante do ano. Temos um exemplo recente disso: o Corinthians ano passado conquistou o Paulistão e a Copa do Brasil, sofreu pela perda de seus principais jogadores e não mostrou forças no restante da temporada.

Os artistas estão indo embora e o espetáculo se acabando, triste realidade do futebol brasileiro.

Um comentário:

Gustavo Nogueira disse...

Espero que esse fantasma do Barradão viaje pra Floripa hahaha