30 de set. de 2010

CHAZINHO DE COCA - PROFº ASSUNÇÃO DÁ AULA SOBRE COBRANÇAS DE FALTA E O PALMEIRAS SOBE.


Texto: João Paulo Tozo
Imagem: Tom Dib (p/ o Lancenet)


“Quando a falta é de muito longe, tem de bater forte. Busco fazer a bola quicar perto do goleiro. Se ele pegar a chance de dar rebote é grande”.

E tem mais.

“A chuteira tem de estar certinha, bem amarrada, o meião bem posto. O bico da bola fica virado para o gramado”.

Dicas de como se cobrar faltas, dadas por um cara que faz do Palmeiras o time com a bola parada mais eficaz do futebol brasileiro. De um cara que determinou mais um excelente resultado do ascendente Palmeiras no BR10 e dessa vez em casa, contra um dos candidatos ao título.

Os 2X0 demonstram o bom futebol do Verdão contra o Inter, mas não retrata a dificuldade que foi a partida. Tanto que as duas primeiras oportunidades de gol foram dos visitantes.

Mas além de Assunção, Valdívia e Tinga começam a encaixar seus jogos no meio campo. As antes retangulares bolas que Kleber recebia no ataque começaram a ficar arredondadas. A aproximação do meia chileno no camisa 30 tornou o time ofensivamente muito mais eficaz. A prova disso foi o aumento significativo dos gols do time. Contra o Inter foi a 3ª vitória consecutiva, com 6 gols marcados e só 1 tomado.

Os gols foram de Assunção, ambos em cobranças de falta. Mas um dos lances mais sensacionais da partida mostra o que afirmo acima.

Partindo com bola dominada em meio a 6 marcadores do Inter, Valdívia fez grande jogada, passou por todos e ainda viu Kleber abrir sozinho, sem marcação. Rolou a bola para o atacante, que completamente livre, perdeu gol feito. Tipo da jogada que não acontecia no “antigo” Palmeiras, que vivia praticamente de um “bumba-meu-boi” sem organização alguma.

O problema nunca foi a zaga. Parece que não é mais o ataque.

Enquanto isso Tinga mostrava o futebol que o tornou objeto de desejo de muitas grandes equipes do futebol brasileiro. Aplicou chapéu, deu rolinhos, armou belas jogadas e talvez explique a razão de Felipão ainda não achar ser a hora de Lincoln jogar ao lado de Valdívia.

Com 38 pontos o Palmeiras chega a 8ª colocação no BR10. Sábado enfrenta o Santos, 7º colocado com os mesmos 38 pontos, a frente por ter uma partida a menos e duas vitórias a mais. Se mantiver o bom momento e voltar a vencer, o Verdão pesca mais essa colocação de um rival direto.

Voar mais alto nesse BR10 é possível, mas antes é preciso cortar as asas daqueles que já voam acima das cabeças alviverdes. A distância ainda é grande. Para o G3 são 9 pontos. Só que mais do que pensar nesse Brasileirão, as boas partidas do Palmeiras devem animar o torcedor para a Copa Sulamericana, onde o time tem toda a condição de obter o sonhado êxito.

Despeço-me do camarada que me acompanha com o petardo musical do dia. Dinosaur Jr – Over It:


CONVITE: Acesse a rádio web da Universidade Cidade de São Paulo e ouça o podcast do Programa Ferozes Futebol Clube. A 24ª edição, que rolou na última segunda-feira, já está disponível. Eu e meus comparsas comentamos a rodada do final de semana ao som de muita boa música. Lembrando que o Programa vai ao ar toda segunda-feira, às 20:00, AO VIVO. Acompanhe pelo link:

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Cheers,

Sampa Noise - Ridículo.




Hoje não!!!

Hoje não vou falar que o São Paulo estava apático, nem falar que o time não teve força, muito menos falar que jogou mal, vou simplesmente dizer: RIDÍCULO.

A pior atuação do São Paulo no ano, ou uma delas.
Passamos de uma das melhores defesas do Brasil para uma defesa patética. O meio-campo nem merece comentário. O ataque até se esforçou, mas não adianta nada se a defesa não colaborar.

A grandeza do Rogério Ceni é incontestável, mas vamos falar sério, no jogo de ontem foram dois problemas, uma saída errada e uma bola que ele não conseguiu segurar. Um goleiro com esse cacife errar em 2 gols é demais!

Todo mundo falou do Carleto que entrou pra jogar ontem como titular. Entrou? Nem percebi.

E nosso grande técnico interino Baresi, então? Que trocou o Carleto por Cleber Santana e colocou o nosso ilustre Rycharlisson na ala direita? Mudança inclusive que não vem funcionando há algum tempo. Para que insistir em um jogador fraco desse? O que será que ele tem de tão especial para ter lugar cativo no time?

E foi o mesmo Cleber Santana que fez o pênalti, que, aliás, não existiu. Como já vem acontecendo há algum tempo, sempre acham um pênalti contra o São Paulo.

Mais uma derrota expressiva de um time inexpressivo como o Grêmio ou o Goiás. E a diretoria, que sempre teve total apoio da torcida, insiste em manter um técnico interino para não melhorar o time em nada.

Quando estava perdendo o jogo por 2 a 0, o São Paulo teve força para empatar, não porque merecia, mas sim por sorte.

Vamos torcer para o São Paulo não cair, porque classificação para a Libertadores ou para a copa do Brasil do ano que vem está ficando cada vez mais distante.


Dica Musical do Dia: Netsky Tomorrows Another Day.

26 de set. de 2010

CHAZINHO DE COCA - VERDÃO TEM CAMPANHA DE CAMPEÃO – FORA DE CASA.

Texto: João Paulo Tozo

Foto: Paulo Sérgio (p/ o Lancenet)

A campanha do Palmeiras em jogos fora de seus domínios é de time que briga pelo título. Em casa a campanha não é nada boa.

Nos últimos anos, quando o time ainda atuava no Palestra Italia, a piada corrente era a de que um sapo havia sido enterrado no Jardim Suspenso. Sem o Palestra, o sapo deve ter sido transferido para o Pacaembu, onde alguns sugerem ser mais do que sapo, mas zica mandada pelo mandante mais costumeiro do estádio público.

Seja lá o que for, essa escrita vem sendo mantida na íntegra nesse BR10. Em uma campanha de altos e baixos, os altos costumam acontecer fora, os baixos em casa. Não por acaso a 1ª sequencia de duas vitórias do Verdão no BR10 veio justamente quando o time fez dois jogos fora de casa. O segundo deles contra o Flamengo, algoz alviverde no 1º turno, já no Pacaembu.

A expectativa era a de ver pela 1ª vez o trio Valdívia, Kleber e Lincoln em campo.Entretanto Felipão, receoso com o retorno recente de Lincoln aos treinamentos, mandou apenas os dois primeiros no time titular. Tinga e Marcos Assunção completaram o meio campo Verde.

Estranhamente os rubro-negros deixaram o chileno verde livre. O que não foi nada inteligente. O camisa 10 comandou todas as ações ofensivas do Palmeiras e cansou de deixar Kleber em condições de marcar.

Com 30 minutos o Verdão já vencia por 2X0, dois gols de Kleber, em duas jogadas de Valdívia. Aos 45 o mesmo Kleber poderia ter fechado a conta ao perder o 3º gol cara a cara com Marcelo Lomba.

O rubro-negro que vem sobrevivendo da inspiração de Leo Moura, sucumbiu a marcação forte que o lateral direito recebeu. O meio campo em jornada pífia, nada produziu.

Na 2ª etapa Silas mandou Corrêa na vaga de Toró para dar um pouco de cérebro ao time. Mas foi muito pouco. O Palmeiras parecia atuar em casa.

Valdívia armou outra grande jogada com Vitor e ainda apareceu na área para receber o cruzamento e quase marcar de cabeça.

Sem grandes esforços, o Palmeiras passou a viver dos contra-ataques cedidos pelo Flamengo. Silas tentou Petkovic e jogou um pouco de luz a escuridão técnica flamenguista. Num afobado abafa o Flamengo conseguiu um pênalti. Pet diminuiu. Aos 34 minutos.

Aos 35 Valdívia deu lugar a Lincoln – não foi dessa vez que a torcida viu a dupla de criação atuando .

O afobado Flamengo continuou permitindo ao time verde matar o jogo a qualquer momento. O que aconteceu aos 44, com Lincoln.

Longe de ser brilhante, o Palmeiras foi frio e atuou com inteligência. Valdívia e Kleber funcionaram muito bem e agora podem ganhar a qualidade de Lincoln, que deve assumir a titularidade.

Quem me acompanha no blog FFC, no Esporte Interativo ou no Programa Ferozes Futebol Clube as segundas, sabe minha opinião sobre a campanha pouco condizente com a qualidade do time do Palmeiras. Pode não ser um timaço, como nenhum no BR10 é, mas tem condições de brigar na parte de cima da tabela.

Mas para isso precisa parar de atuar como mandante só na casa do adversário. Se conseguir esse equilíbrio, a torcida pode sim sonhar com vôos mais altos nesse BR10.

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Gostam de David Bowie? A despedida musical de hoje é uma das obras do velho Mestre. Vos deixo na Cia agradabilíssima de David Bowie, com Heroes:

CONVITE: Segunda-feira, às 20:00, ao vivo, rola o Programa Ferozes Futebol Clube, na rádio web da Universidade Cidade de São Paulo. Eu e meus comparsas comentaremos a rodada do final de semana na companhia das boas e alternativas sonoridades. Acompanhe pelo link:

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24 de set. de 2010

Folha seca: Neymar jogou, arbitragem ajudou e 2010 acabou.

Texto: Gregório Possa
Foto: Globoesporte.com


A crise instaurada na equipe do Santos após desentedimento entre Neymar e Dorival Jr. e a demissão do segundo era o anúncio de uma noite mal sucedida na Vila Belmiro. A entrega e a luta dos jogadores em campo não foi suficiente para alcançar a vitória e definitivamente não vejo mais possibilidades de título, o único interesse restante nesse glorioso e conturbado ano de 2010.

De fato, foi um belo clássico. As muitas chances criadas, lances polêmicos e os cinco gols engradeceram mais um grande confronto entre os alvinegros paulistas, mas a partida em si, não deve ser e nem foi o assunto mais comentado essa semana.

O anúncio do desligamento de Dorival Jr. surpreendeu a todos os torcedores e iniciou uma discussão sem fim sobre a atitude da diretoria santista. Alguns afirmam que a demissão do treinador dá a entender que quem manda no time é o garoto Neymar, outros acham que não havia mais clima para que ele permanecesse. Opiniões a parte, Dorival Jr. parece ter forçado sua saída da equipe, tanto que abriu mão de sua multa recisória de R$ 2 milhões. O assédio do São Paulo e a iminente perda de comando sobre seus jogadores fizeram com que o treinador fosse demitido após insubordinação, segundo a diretoria alvinegra.

O diretor de futebol do Santos explicou a atitude do ex-treinador santista: “Na segunda-feira, em uma conversa entre o Presidente e o treinador ficou definido de forma clara que a punição do atleta havia acabado. Novamente, de forma surpreendente e intempestiva, na tarde de ontem, o Dorival Junior disse em entrevista que o jogador continuaria afastado, numa decisão oposta à que havia sido acordada. Este fato nos causou estranheza, até porque atleta afastado normalmente não fica treinando com o grupo”. A mudança repentina de postura quebrou a confiança, culminando na saída de Dorival.

Voltemos ao clássico…

Apesar da boa atuação do Santos, de vez em quando, o futebol insiste em nos revelar amargas surpresas e algumas injustiças. Quem acompanhou a partida deve concordar que o empate seria o resultado justo, mas o empolgante do esporte mais popular do mundo é justamente essas variações durante uma única partida. Mesmo estando na frente por duas vezes, o Santos foi castigado pelas chances perdidas e em um lance infeliz do bandeirinha e da defesa santista, o Corinthians alcançou a vitória e despontou como principal favorito ao título.

Aliás, o comportamento do garoto Neymar no clássico deve ser elogiado. Após a justa punição e toda polêmica que envolveu o jogador durante os últimos dias, ele mostrou personalidade e jogou uma bela partida. Partiu pra cima, fez o seu gol e não reclamou de um lance sequer anotado pelo árbitro Carlos Eugênio Simon e olha que ele apanhou hein !

O alvinegro praiano deve usar o restante das partidas do campeonato para testar jogadores e preparar o time para a temporada 2011, de olho no Tri da América e na viagem para Dubai no fim do ano. Esperamos que o novo treinador possa ter tranquilidade para devolver ao Santos a alegria de jogar, característica que encantou torcedores mundo a fora durante esse ano.

Semana conturbada, derrota no clássico e demissão do treinador. Infelizmente 2010 parece ter chegado ao seu fim moral, já que ainda temos quase um turno para disputar, mas completamente sem forças para almejar algo melhor no campeonato, no caso o título, a única coisa que interessa.

Vamos juntar os cacos, aprender com as derrotas, saber lidar com as polêmicas e acima de tudo enaltecer tudo o que foi conquistado nesse belíssimo ano de 2010.

Parabéns Santos, Campeão Paulista e Campeão da Copa do Brasil 2010.
Que venha um 2011 cheio de glórias e com muito mais história pra contar


Recado para o meu amigo coritiano e blogueiro, Beto: Azar nenhum ser blogueiro do Santos, ainda mais nesse ano com 2 títulos e muito espaço na mídia ofuscando até um time que completa 100 anos. Falam mais de um moleque de 18 anos do que do centenário corintiano. É uma pena ! Espero que vocês não passem em branco esse ano, do jeito que estão conspirando a favor, talvez vocês saiam do status de CENTENADA.

23 de set. de 2010

Café com Leite: De virada é mais gostoso!

Texto: Beto Almeida
Foto: Bruno Miani/UOL

Eu já sabia! É o que todo mundo disse ao término do jogo entre Santos e Corinthians em que este mais uma vez ganhou daquele pra corroborar a freguesia e agravar a crise instalada na Vila Belmiro há uma semana.
Praqueles extraterrestres que habitam lugares distantes do mundo da bola eu conto a história: afinal de contas tenho uma cota de linhas para cumprir. E ela começa quarta-feira passada no jogo entre Santos e Atlético Goianiense onde o garoto Neymar – principal jogador peixeiro e incensado pela mídia esportiva como o novo Pelé e salvador do futebol brasileiro – ao ser preterido pelo técnico Dorival Júnior na cobrança de uma penalidade máxima passou a desancar colegas de equipe e o próprio chefe no meio do campo, tudo captado pelas atentas câmeras de TV em rede nacional e internacional, como deve ser.
Oras bolas, isto é o futebol, meus amigos, minhas amigas, qualquer tema, por mais irrelevante que seja, adquire proporções titânicas em jornais, revistas e programas de televisão, sem falar nos blogs, redes sociais e um tal de twitter, coisas modernosas de modernos, e causa-se o estardalhaço necessário para garantir a audiência, tiragem e visitação, ganha-se uns cobres com a publicidade e a indústria desportiva agradece, imprensa, clubes e o próprio jogador – que, apesar de ser chamado de monstro, não precisa se preocupar com a falta de grana pra pagar as contas.
Aí que o garoto foi punido com uma multa de 30% de seu (dele) salário e suspenso por um jogo, tudo isso acordado entre diretoria, técnico, jogador, seu (dele) pai e o empresário do jogador, figura que não pode faltar nessas horas – pois é pai, melhor amigo e guia espiritual dos guris com alto potencial de ganhar dinheiro.
Mas o acordo não foi combinado, o técnico Dorival Júnior achou por bem suspender o garoto no jogo de ontem contra o Corinthians também, coitado, foi mandado embora, simples assim, como toda demissão: seja de técnico, seja de peão.
Parece que vai treinar o São Paulo, nem fará parte das estatísticas de taxa de desemprego, bom para o país e principalmente pra ele – que levou uma boa grana de multa rescisória.
Coisa que não acontece com a maioria dos desempregados brasileiros, incluídos aí uma grande parcela de corinthianos diante do aparelho televisor para acompanhar o jogo de ontem, todos na expectativa de uma vitória praquela alegria no meio de tanta tristeza tirando um sarrinho do desempregado santista, este vai ter de dormir com a cabeça mais quente ainda, coitado.
Pois essa é a alegria do pobre e do rico, tripudiar da desgraça alheia, é fantástico: o freak-show da vida.
Pois o menino Neymar entrou em campo, trazendo com ele a responsabilidade de conduzir o time praiano à vitória, coisa que não aconteceu. Até que ele começou bem, uns dribles e tal, fizeram o primeiro gol aos 2 minutos, depois só deu Corinthians – que empatou numa grande jogada de Jucilei que deixou Iarley na cara do gol. Depois o Santos fez o segundo gol com Neymar pegando rebote, o Timão empatou, veio o segundo tempo e o Todo-Poderoso carimbou a virada com uma cabeçada de Paulo André num cruzamento de Danilo, o “Morto Muito Louco”. Foi isso, mais detalhes na coluna do colega Gregório Possa, escriba peixeiro pra azar dele.
Taí que o desempregado corinthiano atravessa mais um dia, sobreviveu e sorriu. Vai acordar amanhã com essa lembrança no pensamento, “tem coisas que fazem a gente seguir em frente”. O desempregado santista tem lá as coisas que também o fazem seguir em frente, mas hoje não se trata de futebol.
O fato é que o Corinthians tá jogando o fino, se continuar nessa toada leva o campeonato. Começou a ganhar fora de casa, algo que não vinha acontecendo. È que agora o alvinegro do Parque São Jorge parece ter achado o esquema de jogo ideal, o elenco qualificado permite muitas variações no esquema tático e o técnico Adilson Batista tá mandando muito bem, colocando o time pra frente.
O mais importante é que o ambiente interno parece muito bom, sem as panelinhas freqüentes que grassam nos vestiários. Isso faz toda a diferença. Nisso dou crédito ao Mano Menezes, ele sabe administrar vaidades. E olha que o Timão tem Ronaldo e Roberto Carlos, duas figuras emblemáticas do panteão de jogadores do futebol brasileiro.
Continua assim Timão, os corinthianos (desempregados ou não) agradecem.

22 de set. de 2010

CHAZINHO DE COCA - O G4 FOI PARA O ESPAÇO.

Texto: João Paulo Tozo

Feliz por que seu time está no G4 do BR10? Se a vaga na Libertadores te deixa contente, então torça pra que ele fique pelo menos em 3º.O G4 foi pro espaço.

A partir de agora o país do time campeão da Libertadores perde a vaga extra, que era a 4ª vaga do BR até ontem.

Bem a cara da Conmebol mudar as regras no meio das competições, embora a Libertadores tenha virado um torneio inchado e cheio de time meia boca nos últimos anos e a medida vá diminuir um pouco isso.

Lembro-me que até o final dos anos 90, para se chegar à maior competição de clubes do continente o time precisava ser campeão, nem vice chegava. Só o campeão da Copa do Brasil e do Brasileirão, só, sem choro. O que dava a Libertadores um nível técnico MUUUUITO maior que o que temos aí hoje.

A medida é uma boa, mas não acho justo que se mudem as regras em meio às competições. Estoura planejamento, arrebenta projeções.

As vagas agora são distribuídas da seguinte forma:

Campeonato Brasileiro – 3 vagas

Copa do Brasil – 1 vaga

Além da Sulamericana, que agora garante ao campeão uma vaga na Libertadores. Pelo menos até o fechamento dessa coluna.

20 de set. de 2010

CHAZINHO DE COCA - CHOQUE SEM REIS

No pior choque-rei que assisti na vida, um raro momento de beleza na festa da torcida com os times perfilados antes do triste espetaculo.


Texto: João Paulo Tozo
Imagem: Miguel Schincariol (p/o Lancenet)

Em um jogo indigno de ser chamado de clássico, mais ainda de Choque-Rei, o São Paulo foi menos horroroso que o Palmeiras e aproveitou dois lances de consciência em meio a uma centena de troços que sequer podemos chamar de futebol.

Em um jogo de 447 volantes, as reduzidas esperanças de bom jogo residiam em dois meias que destoam de toda a mediocridade presente – Valdívia do lado verde e Lucas do tricolor.

Sorte do São Paulo que o garoto já vem em bom momento há alguns jogos, enquanto o chileno ainda não se reencontrou em seu retorno ao Palmeiras.

O jogo resumiu-se a isso. Dois gols. Dois gols do São Paulo.

Cabe citar a impressionante capacidade do árbitro José Henrique de Carvalho em marcar faltas em qualquer respiração mais pesada do marcador no cangote do jogador marcado. Quem espirrou em campo correu sério risco de ser advertido com cartão. O jogo de baixíssimo nível técnico teve sim forte influência da fraquíssima arbitragem. E não é questão de prejudicar A ou B, mas sim o jogo como um todo.

Houve sim exagero na expulsão de Felipão. É cada vez mais clara a intenção de certas figuras de nossa arbitragem em se promover em cima de nomes de peso, como Felipão. Talvez seja uma autodefesa para desviar o foco da incapacidade dessas figuras.

Voltando ao campo “de jogo”, tanto Palmeiras como São Paulo deram mais uma demonstração de que nesse BR10 suas condições residem em suas atuais posições mesmo. Salvo alguma improvável arrancada nas rodadas vindouras e ambos deverão manter-se no meio da tabela até o seu final.

Meio que remete a médio, que é o que são os dois times – em questão de qualidade – médios. Nada mais do que isso.

Em Brasileirões foi a 9ª vitoria tricolor no clássico, contra 16 vitórias verdes. Em jogos no Pacaembu, o São Paulo não vencia o Palmeiras há 13 anos.

Dados que não maximizam êxito e nem minimizam derrota. São dados que servem para encher uma lingüiça quase sem recheio. Dados para dar um pouco de luz a um clássico sem brilho algum.
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Despeço-me do camarada que me acompanha com um petardo do Pulp – Bar Italia:

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Sampa-Noise Lucas ou Marcelinho?



Não importa se é Lucas ou Marcelinho, o que realmente importa é que no clássico Choque Rei, Lucas desequilibrou, apanhou e marcou 1 gol contra o Palmeiras na tarde de ontem no Pacaembu.

Alex Silva de volta ao time mostrou que faz a diferença no comando da defesa junto com Rogério Ceni, gritando a todo instante com o time para não perderem a concentração, ele anulou o ataque palmeirense.

Baresi escalou bem o time no 3-5-2 com Ilsinho no lugar de Dagoberto, mas ainda no primeiro tempo Ilsinho foi substituído após contusão por Zé Vitor.

O primeiro tempo foi fraco para ambas as equipes com poucos chutes a gol, muitos passes errados e os 2 times muito nervosos com a partida. Já no segundo tempo as coisas esquentaram. Aos onze minutos de jogo Lucas marcou o primeiro do São Paulo em um lance isolado, trazendo assim o Palmeiras para frente, pressionando e obrigando Rogério Ceni a praticar boas defesas.

Mas não tinha como, o dia era dele, a tarde iluminada de domingo pertencia a um rapaz, Lucas, que depois de fazer o gol ainda teve ótimos lances, chegando à lateral e driblando dois zagueiros do Palmeiras como ele bem quis. Em outro lance o garoto quase fez um gol de placa, recebeu a bola na entrada da área, deu um chapéu em Marcos Assunção e correu para pegar a bola na frente, mas Deola se antecipou e foi dos pés dele que saiu o segundo gol do tricolor em um contra-ataque rápido, o time tricolor avançou com Lucas que esperou Fernandão se posicionar entre os zagueiros e lançou por cobertura para o atacante concluir.

Depois tivemos algumas mudanças no Palmeiras, mas sem muita efetividade.
Com essa vitória o São Paulo quebrou um tabu de 13 anos sem ganhar do Palmeiras no Pacaembu.

E agora o que esperar? Teremos um time mais competitivo, teremos ao menos garra para conquistar os resultados, podemos esperar uma classificação para a Liberta do ano que vem???

Minha opnião é a seguinte:

O time vai continuar nessa oscilação, de ganha 1 perde 2 e etc. Copa do Brasil ano que vem? Por que não? É melhor jogar a Copa do Brasil do que disputar a segundona.

Dica musical do dia:

Ouvi essa música semana passada e confesso que fiquei maluco... Um dos maiores produtores do gênero na atualidade sem dúvida!!!!

Example- Last One Standing (TC Remix)

19 de set. de 2010

Café com Leite: Brad Pitt


Texto: Beto Almeida
Foto: Fabio Braga/Folhapress

Pois é, gente... O Timão jogou no sábado o jogo bem jogado, aquele que dá pro gasto e ganhou do lanterna – o Grêmio Itinerante, hoje em Presidente Prudente – por um placar de 3 gols a zero, num Pacaembu tão gelado quanto meus pés.
Com a vitória alcançamos a liderança isolada do campeonato, sacramentada com o empate do Fluminense diante do Flamengo no dia seguinte. Ê coisa boa, torcer pro Timão! E a gente ainda tem um jogo a menos que o resto, olhaí.
Tenho um amigo que acha perigoso assumir a liderança agora na metade da competição: “O ideal era ser segundo colocado até umas cinco rodadas pro final, aí sim a gente decolava pra ser campeão, sem aquela pressão de ser líder. Todo time cai matando em quem tá em primeiro lugar”.
“Bobagem”, eu falo. “Todo time cai matando em cima do Corinthians do mesmo jeito, não importa a colocação. A gente é o eterno primeiro lugar presses caras, o rival que todos adoram ter, o Mais Querido e Mais Odiado – a dualidade das querenças”.
“Taí uma verdade”, ele olha pro alto pensativo e aproveita pra entornar o resto de cerveja que sobra no copo.
Ah, Coringão... Triste sina essa, ser inimigo de todo mundo.
Sintam o drama que se desenrola na padaria onde tomo café e saboreio meu pão na chapa, lugar onde todos os brasileiros duma parcela da Lapa se encontram para sorver sua cafeína matinal que dará ânimo para o resto do dia e jogar conversar fora:
- Aí corinthiano, a CBF já tá ajudando vocês de novo, hein? O juizão garfou o Cruzeiro lá nó Engenhão. Ano do Centenário, né?
- Pois é, que nem 2005, que roubaram do Inter pra dar o título pro Corinthians, você numviu que o André Sanches é amigão do Ricardo Teixeira, foram pra Copa juntos?
“É agora que vão falar do Lula...”, penso, logo sinto – fantástico blog da minha amiga Nina, recomendo!
- E o Lula que é corinthiano e deu um estádio pros caras, puta imoralidade isso aí, o meu tricolor tem casa própria, não precisou de esmola do governo, não...
- Sabe como é, ano de centenário dos caras, né?
- É, ano do semtênada, rárárárá...
Eu, na minha, tomo meu café de boa.
Nós, corinthianos, maloqueiros e sofredores já estamos acostumados com esse tipo de provocação. O Corinthians nunca é vencedor por mérito próprio: sempre é preciso armar uma conspiração gigante para ganhar um campeonato, temos todos os juízes, bandeirinhas e congêneres em nossa folha de pagamento, nossa influência é tão grande e poderosa que nossos tentáculos se espalham por CBF e Governo Federal, Estadual e Municipal, quiçá (adoro essa palavra) a ONU. O Timão é mais poderoso que os Estados Unidos da América. É o Corinthians que vai conseguir a paz no Oriente Médio.
Claro, não se trata disso. É o que chamo de "efeito Brad Pritt" – o cara não tá nas cabeças porque é um excelente ator. Ele é só mais um rostinho bonito, sem talento nenhum, sacumé... No fundo, todos sentem um pouco de inveja dele. Todos querem ser um pouco Brad Pitt. Todos querem ser um pouco corinthianos.

 

16 de set. de 2010

Café com Leite: Aquele abraço!


Texto: Beto Almeida
Foto: Alex Carvalho/UOL

E o Coringão foi pro Rio de Janeiro, a “Cidade Maravilhosa”, ganhar do Fluminense, rival direto pelo título de campeão do campeonato brasileiro de futebol, jogando uma boa bola e conquistando a mesma pontuação do tricolor carioca e a segunda colocação no torneio.
Tudo bem, o alvinegro tem um jogo a menos por causa de uma partida adiada em virtude das comemorações pelos cem anos do clube em 1º de setembro, evento mais comemorado que o Dia da Independência aqui pelos lados da capital paulista.
Pois meninos, eu vi. Mais de cem mil corinthianos festejando e cantando os “parabéns pra você, nesta data querida” ao time que do Brasil é o mais brasileiro. Mas isso é outra história, pra outra mesa de bar.
Que a história de hoje começa no sábado passado quando eu calçado da minha bota de gelo fui ao estádio do Pacaembu assistir a peleja entre Corinthians e Grêmio. Todo mundo sabe que o Timão perdeu esta perdida, mas não por esta coluna – entrei em depressão e não consegui escrever sobre isso e se o faço agora é por sugestão do psicólogo.
Bem, o fato é que, noves fora a derrota, o Jucilei se destacou na partida. Muito bem nos desarmes e no apoio ao ataque mostrou porque foi convocado por Mano Menezes para a seleção brasileira. O garoto jogou muito e o Todo-Poderoso só não ganhou dos gaúchos por conta de uma tarde infeliz de Iarley, que perdeu um pênalti e outros gols feitos, como dizem na gíria ludopédica e futebolística.
Não se pode ganhar todas, assim é a vida mundana, quem ganha sempre não faz parte do meu círculo de amizades – eu que freqüento a Virada do Centenário no Anhangabaú e não as mesas do Leopoldo.
Pois as derrotas deixam os homens mais fortes e firmes em seus propósitos também, senão veja a raça e garra que o Coringão desfilou nos gramados do Engenhão ontem. Os jogadores disseram que encaravam a partida como uma final de campeonato, e era mesmo, perder para o Fluminense seria uma estocada fatal nas pretensões do alvinegro ao título. Apesar de ainda ter muito campeonato pela frente, o Fluminense abriria uma vantagem perigosa em relação ao clube do Parque São Jorge, além de iniciar um processo de quebra de confiança dentro da equipe. Com a vitória corinthiana acontece tudo isso aí que falei com sinal trocado, ou seja, os cariocas que ficaram com essa brocha na mão, como dizem na gíria paterna e vôterna.
O importante é que o time jogou muito bem, superando os primeiros 20 minutos iniciais de alguma pressão do adversário. Depois dominou o meio-campo e daí pra fazer o primeiro gol foi um exercício de paciência. O Timão tinha maior posse de bola e foi cozinhando o pó-de-arroz até o final do primeiro tempo quando fez um gol com Jucilei – o craque que matou a bola no peito e fuzilou no canto direito do goleiro Jorge Henrique. Énóis.

Aí vamos pro intervalo.

Comentário do intervalo: “O Corinthians ganha muito com a volta de Roberto Carlos e Alessandro à equipe. Esses jogadores precisam de substitutos à altura, não de jogadores improvisados em seus lugares quando não podem jogar.” Eu

Voltamos pro segundo tempo. Em uma frase.

O Fluminense voltou pro segundo tempo com Rodriguinho no lugar de André Luis com a intenção de jogar no ataque, o Corinthians se segura e num contragolpe rápido faz o segundo gol aos 21 minutos num cruzamento de Alessandro para Iarlei que logo é substituído por Boquita que tem a função de prender a bola no meio-campo, o Fluminense diminui com Washington, o Corinthians segura o placar de 2x1, apita o final de jogo o juiz Carlos Eugênio Simon!
O trio de arbitragem foi muito bem, também.
Pois é, se o Coringão continuar batendo essa bola, não vai ter outra: será campeão. Jogou um futebol redondo e consciente, de gente grande. Para uma equipe que não havia ganho um jogo fora de casa, nada melhor que obter essa primeira vitória sobre o principal concorrente no campeonato. Isso deu uma moral pro time que é monstra, como dizem na gíria jóvi e descolada da moçada e rapaziada.
Agora é aproveitar a buena onda e ir com tudo pra cima do Grêmio que hoje é Prudente no sábado. Vai Coríntia, não para de lutar!

 

CHAZINHO DE COCA - FELIPÃO CONTINUA INVICTO CONTRA O GRÊMIO.


Texto: João Paulo Tozo
Imagem: Ricardo Rimoli (p/ o Lancenet)


Felipão não retornava ao Olímpico desde 2000, quando ainda treinava o Cruzeiro. Voltou hoje, no dia em que o Grêmio comemorou 107 anos de existência.

No estádio gremista Felipão tem história. Multicampeão pelo tricolor gaúcho, virou ídolo com a conquista da Libertadores de 1995. Gremista de coração, Scolari foi hoje recebido pela torcida da casa como ídolo que é. E como técnico rival, que também é, Felipão acertou a mão na armação de seu Palmeiras, o clube que ele escolheu gostar depois de passagem também vitoriosa, onde também conquistou uma Libertadores.

No Olímpico, o Palmeiras de Felipão não tomou conhecimento da festa e da pressão dos gremistas. Parece também ter dado uma bica nos fundilhos da crise que vinha rondando e já quase se instalando pelos lados alviverdes.

O esquema foi o mesmo, com 4 volantes no meio campo. Kleber e Everthon bem abertos no ataque. Parece que atuar assim fora de casa funciona. Sobretudo contra um adversário que estava em festa e que não podia decepcionar seu torcedor. O ferrolho Verde anulou as investidas de Souza , Douglas e cia.

Marcos Assunção que vive momento de graça com seu pé calibrado, meteu mais um petardo indefensável, dessa vez para o ótimo Vitor.

Na base do contra-ataque o Verdão poderia ter ampliado ainda no 1º tempo. Mas o aproveitamento do ataque ainda deixou a desejar.

O início de 2º tempo que poderia ser de lamentação pelo 3º amarelo de Kleber e que o tirou do clássico de domingo contra o São Paulo, passou a euforia quando Assunção, sempre ele, colocou a bola na cabeça de Everthon, que dessa vez não perdeu o gol feito.

Valdívia entrou no lugar de Everthon e Pierre entrou na vaga de Tinga para fechar ainda mais o meio-campo. A vitória estava praticamente assegurada.

Mesmo o gol do Grêmio não diminuiu a boa atuação do Palmeiras. Cabe agora ponderar se esse é mesmo o esquema ideal para esse time de Felipão, ou se adaptar o esquema para partidas em casa é uma saída.

Domingo contra o Vasco o time atuou com 3 atacantes e nada criou. Pode ser que a postura dos jogadores – os mesmos do último domingo - tenha sido outra hoje.

O que não pode mais é o time ter medo de atuar em casa e desabrochar fora. O clássico contra o São Paulo é mando verde e vencer significa efetivamente um novo e bom momento no campeonato. Um revés traz de volta a desconfiança.

É hora do Palmeiras decidir de quer viver de cravo ou de ferradura. Por hora, a vitória contra o Grêmio deve ser sim muito comemorada.

OBS: Felipão, que deixou o Olímpico fazendo juras de amor ao Grêmio, deu mais um presente de grego ao tricolor dos pampas. Dirigindo o Verdão, essa foi a 4ª partida de Felipão contra o Grêmio, e nunca saiu derrotado. Em casa um 5X0 e um 6X1 e no Olímpico um 1X1 e agora esse 2X1.
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Vou me despedindo dos camaradas que me acompanham por aqui com um clássico oitentista do Soft Cell – Torch:

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Cheers,

13 de set. de 2010

Sampa-Noise - Freio na ladeira!!!!




Ontem o São Paulo sofreu uma freada em sua ascensão para o G4.

O São Paulo entrou em campo pelo certame nacional contra o Botafogo de Loco Abreu e foi derrotado por 2 a 0 no Engenhão. Essa derrota custou ao São Paulo uma posição na tabela, que de oitavo caiu para nono.

No primeiro tempo o Tricolor conseguiu segurar o ataque do Botafogo que veio pra cima. Apesar da boa atuação da defesa do São Paulo no primeiro tempo, o ataque pouco produziu, foram muitas bolas tocadas para Marcelinho o que facilitou a marcação do Botafogo sobre o Tricolor.

Aconteceram algumas modificações estranhas no time, como por exemplo, colocar o Rycharlisson na lateral no lugar de Junior Cesar. No começo pensei que o lateral são-paulino estivesse machucado, mas não estava. Ele estava no banco e isso foi uma opção de Baresi. Opção que não surtiu efeito algum.

Com a esperança do meio-campo pra frente do São Paulo funcionar, começou o segundo tempo. Mas nada. O time não melhorou em nada e continuou apagado do meio pra frente, facilitando assim a entrada do time do Botafogo na área são-paulina. E tanto atacaram que fizeram seu primeiro gol. Numa falha da defesa Tricolor, Loco Abreu tocou para o gol e marcou.

O São Paulo até teve a chance de empatar o jogo, mas desperdiçou várias oportunidades com Dagoberto e Fernandão. Muitas bolas cruzadas na área e nenhuma jogada de efeito pelo chão.

Apesar de ter ganhado 3 partidas seguidas, o time do São Paulo ainda tem muito o que melhorar. A chegada de Ilsinho ainda não surtiu efeito e ele que começou a jogar no São Paulo pela lateral direita ontem, entrou para compor o meio-campo, posição que
jogava no Shaktar, e pouco pegou na bola.

Um jogo feio, sem vontade por parte do São Paulo, mas com muita garra do time do Botafogo que saiu vitorioso de campo e se aproxima do Fluminense e Corinthians na ponta da tabela.

Dica Musical do dia: Noisia - My World ft. Giovanca

CHAZINHO DE COCA - KLEBER, VALDÍVIA…..E SÓ.




Texto: João Paulo Tozo
Imagem: Ari Ferreira (p/ o Lancenet)

Adianta lamentar ao final de cada rodada e lembrar de que há jogadores atuando como titulares e que não tem, ou pelo menos não estão, em condições de defender o Palmeiras?

Que Valdívia, apesar de estar fora de forma, ainda não estar em plenas condições de desempenhar todo o seu jogo, ainda assim é MUITO superior aos que ocupam hoje a posição de titular que deveria ser sua?

E que um Kleber só não faz verão?

Mais do que tudo isso, é triste pensar em termos de time e elenco. Não é o melhor do BR10? Não é.

Mas é pior do que, por exemplo, ao do Botafogo? Não é também.

Então porque o Botafogo está firme no G4 e faz grande campanha e o Palmeiras patina num universo de incontáveis e insossos empates?

O Botafogo tem em seu elenco jogadores que até pouco tempo eram odiados pela torcida, mas que hoje recuperaram prestígio e o moral do time.

O Palmeiras também tem esses jogadores que não geram empatia no torcedor. Podemos enumerá-los até: Luan, Everthon, Rivaldo, Vitor.

Luan foi destaque no São Caetano, saiu cedo do país e voltou como esperança de velocidade no ataque. Mas no ataque teoricamente com 3 atacantes que Felipão armou ontem, ele foi uma camisa vagando pelo gramado. Sem vibração, sem atitude, fugindo do jogo.

Vítor vem de duas excelentes temporadas onde foi eleito o melhor lateral direito do país. Sabe jogar. Mas estranhamente no Palmeiras é omisso em sua faixa de campo. Não faz aproximação dos meias, não trabalha jogadas de ultrapassagem e ainda deixa sempre uma avenida as suas costas

Rivaldo é uma incógnita. Veio do Avaí após atuação contra o próprio Palmeiras e que encheu os olhos de Felipão.

Sinceramente, nem naquela partida em que o Avaí venceu o Verdão por 4X2 eu vi esse futebol todo que encantou Scolari. E no Palmeiras vem sendo de uma inutilidade ímpar. Espero que me faça pedir desculpas. Mas até aqui, de Rivaldo, esse Rivaldo não faz por merecer nem o nome.

Felipão havia encontrado uma boa formação quando mandava o time com um falso esquema de 3 zagueiros, sendo Fabrício um lateral esquerdo quando atacava, mas que compunha muito bem o tripé defensivo quando o time se defendia.

Não é da posição? E daí. Os que de fato são estão em fase medíocre. Não entendi até hoje a razão da alteração de Scolari.

Kleber, que não é centroavante, não tem altura de para centroavante, mas que reúne não só condições técnicas, mas boa vontade para surtir mais efeito do que peças efetivamente d setor, vem tentando do jeito que dá. Tentando arredondar bolas quadradas que recebe.

O Palmeiras teve 15 minutos de bom futebol. Os 15 primeiros minutos do 2º tempo. Exatamente quando Valdívia entrou no jogo. E então triangulações começaram a acontecer e até Everthon apareceu para o jogo. Parecia que o gol iria sair. Só que mais uma vez o o torcedor estava fadado a acompanhar um tenebroso empate sem gols.

11º empate do time.

Dá vontade de comentar novamente que se metade disso fossem vitórias, ainda que o resto fossem derrotas, o time estaria brigando pelo G4. Mas ser redundante não é muito a minha cara.

Por sorte o Vasco da Gama é o Vasco do atacante Nunes. Por sorte também o sistema defensivo alviverde não tem sido o problema. Então vamos de empates, empates e empates.
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Para aliviar mais essa dor de cabeça dos camaradas palestrinos, vos deixo com um petardo sonoro do Oasis – Morning Glory

CONVITE: Hoje, às 20:00, ao vivo, rola o Programa Ferozes Futebol Clube, na rádio web da Universidade Cidade de São Paulo. Eu e meus comparsas comentaremos a rodada do final de semana ao som de muita boa música. Acompanhe pelo link:
http://comunicacidade.unicid.br/radiotape_ferozes.htm

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Cheers,

9 de set. de 2010

Café com Leite: Da psicologia, religião, Beatles e o papel da mulher na sociedade


Texto: Beto Almeida

Vailá que não tem jeito, o Coringão não consegue ganhar fora de casa, justificando a alcunha de time caseiro: coisa que os rivais, ou seja, todo mundo, querem imputar ao glorioso clube do Parque São Jorge já faz um tempo.
A verdade é que qualquer time desse meu Brasil brasileiro já tem escrita no estatuto aquela regra que diz que quando enfrentar o Corinthians o elenco deve fazê-lo com gana redobrada: a maior rivalidade do futebol é essa, meus amigos e amigas, uma nação contra outra nação - a nação do resto versus a nação corinthiana – fato documentado e comprovado em qualquer mesa de boteco no interior e no exterior também.
Ninguém quer perder pro Timão, muito menos em casa. E dá-lhe retranca, ferrolho e botinada. Não tem jogo fácil pro Todo-Poderoso, até o Palmeiras jogou bem contra a gente - arrancou um empate! Sentiu o nível da parada?
E não ia ser diferente em Curitiba contra o Atlético Paranaense. Nessas horas o Paulo Baier tem uma atuação digna de convocação pra seleção brasileira. É cada coisa que até Deus duvida.
Mas, naboa... Demorou pro time perceber isso, né?
Vamos ser justos: o técnico e o time sabem disso faz tempo, ontem mesmo vi jogadores comentando isso nas entrevistas. Então porque a vitória não vem? Mesmo jogando contra times inferiores tecnicamente?
A resposta é simples e complicada, como tudo nessa vida de meu Deus e dos diabim que ficam urucando a nossa desdita, e tem explicação na psicologia freudiana, lacaniana, cognitiva ou fenomenológica: a culpa é da mulher.


:O


Brincadeira, pessoal! Só ia falar disso caso quisesse fundar uma nova religião, ou pra arrumar uma explicação do porquê os Beatles se separaram, a velha história de que foi por causa da Yoko Ono e tal. Convenhamos, tá na cara que o problema era o Lennon: ou você acha que um cara que casa com uma mina que tem a bunda mais feia que a dele tá batendo bem da cachola?

A verdade é que o time está muito ansioso quando joga fora de casa. Sai pra matar o jogo logo, acaba se descuidando na defesa e toma um gol. Aí o adversário recua e só joga no contra-ataque. Foi assim com o Cruzeiro. Ou então, o time supera essa ansiedade inicial e sai na frente, mas sente falta do apoio da torcida e sei lá, toma um gol. O Coringão precisa de uma vitória fora pra adquirir confiança. É normal.
Mas isso tem de acontecer logo. Se o Timão pretende ser campeão brasileiro este ano, tem de ganhar fora de casa. Apesar do ânimo redobrado dos adversários.

CHAZINHO DE COCA - O 10º EMPATE DO PALMEIRAS.



Texto: João Paulo Tozo


O Vitória foi mais um empate no caminho palmeirense no BR10. Mais um, em meio a 10. DEZ empates em 20 jogos. Metade da participação do Palmeiras no BR10, de empates.

Não é o time dos sonhos? Não é.

É time para brigar na metade debaixo da tabela? Não é também.

Precisa jogar sempre com 3 zagueiros e volantes?

Olhando pelo jogo de hoje, sobretudo pelo de hoje, a impressão é de que não.

Um 1º tempo burro, para não dizer outra coisa. Maus tratos em relação a bola dignos de prisão por agressão. Tamanho o desespero em se desfazer daquela que deveria ser o objeto de desejo da boleirada.

Alguém precisa avisar o Felipão de que o Valdívia, esteja 5% e com uma das pernas amarradas, joga mais do que qualquer um dos que ele vem escalando no meio campo.

A mesma pessoa pega e avisa ao Rivaldo de que de Rivaldo ele só tem o nome.

O Vitória não é nenhuma maravilha, longe disso. Mas tem Ramon, que chama o jogo, que não tem medo da bola e que torna, muitas vezes, o frágil ataque do Vitória em um ataque muito mais letal do que, por exemplo, o do Palmeiras.

Diferente do Rivaldo, o genérico. Com ele a bola pega fogo. A bola tem espinhos. A bola é perdida e não há conseqüente combate para seu resgate.

No intervalo Felipão entrou com Valdívia no lugar de Pierre e Tadeu no de Luan.

A simples presença de Valdívia, que prende a bola, buscas as melhores opções e que pensa o jogo, já tornou o Palmeiras mais perigoso.

Kleber enfim ganhou a companhia qualificada que lhe faltou em todo o 1º tempo. Com isso o Palmeiras passou a trabalhar as jogadas próximo da área do adversário e deixou de ter a troca de passe acéfala no meio campo.

Ainda assim, o 10º empate do Verdão só veio graças a presença de Viafara no gol, que mais uma vez falhou feio e entregou a Tadeu o gol feito.

O Palmeiras é o time que mais empatou no BR10. Se desses 10 empates, pelo menos 5 deles fossem vitórias, ainda que o restante fosse convertido em derrotas, hoje o time teria 35 pontos e estaria brigando cabeça a cabeça pela ponta do campeonato.

Felipão pegou o bonde andando no BR10. Boa parte do elenco não se dedica como de um profissional se espera. Estão longe de ter a entrega do Kleber. Há também os problemas nos atrasos dos direitos de imagem, enfim. Há uma série de problemas que ajudam no momento negativo do time.

Mas pensar ofensivamente os 90 minutos ao invés de ter de correr atrás do resultado tendo apenas 45 minutos para fazê-lo, as vezes pode transformar a busca pelo empate na busca pelo gol da vitória.

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Para esfriar a cabeça dos amigos alviverdes que nos acompanham, deixo a dica musical de hoje: Lobão – Noite e Dia:

http://www.youtube.com/watch?v=AXD5xOYW8N4

Cheers


3 de set. de 2010

Sampa Noise - Ufaaa!!!!!!



Sem ganhar a 5 jogos, o Tricolor Paulista quebra jejum e respira um pouco.

Ainda não da para deixar de se preocupar, porque o futebol ainda não convenceu em nada.

Uma vitória apertada, suada e com gol de um dos integrantes do elenco mais criticados depois da eliminação da Copa Libertadores.

O São Paulo enfrentou na noite de ontem o Atlético Goianiense, o bicho papão dos times grandes de São Paulo.

Aos 23 minutos do primeiro tempo, Jean cobrou escanteio curto, recebeu a bola de volta na lateral e cruzou na medida. Xandão só teve o trabalho de desviar de cabeça, marcando um bonito gol.

Daí para o final do primeiro tempo, vimos um São Paulo jogando melhor, buscando o gol e com boas oportunidades. O São Paulo foi para o vestiário com a vantagem.

Na volta para o segundo tempo, aos 5 minutos, Elias enfiou a bola para Juninho que invadiu a área, driblou Rogério Ceni e marcou o gol.

Algumas substituições foram feitas no time Tricolor. Saiu Marcelinho e entrou Cleber Santana e saiu Fernandinho para a entrada de Dagoberto. Aos 23 minutos a substituição fez efeito. Marlos cruzou da direita, Dagoberto de cabeça, deixou o São Paulo com a vantagem.

Mais uma modificação no São Paulo. Saiu Jean e entrou Samuel. Naquele momento para o São Paulo só interessava a vitória e, se a mudança foi para segurar o resultado, eu concordo com a atitude do técnico interino do Tricolor.

Ontem o jogo foi bom, não perdemos para o time que anda tirando o sono de nossos rivais paulistas e ainda subimos 2 posições na tabela.

O grande nome da partida sem dúvida alguma foi Dagoberto, que mesmo criticado, mesmo
com o São Paulo tentando vendê-lo, mesmo com os torcedores torcendo o nariz com ele em campo, ele ficou e ontem mostrou que ainda pode fazer muito pelo São Paulo.

Tendo dito isso, encerro a coluna de hoje com uma dica musical bem antiga, uma música que marcou as baladinhas de São Paulo na década de 90.

Paroles - Mike Inc.

1 de set. de 2010

Café com Leite: Timão, 100 anos



Texto: Beto Almeida

Tem coisas que não conseguimos transmitir em palavras, não dá. Como explicar o que é ser corintiano? Me rendo, não tenho o talento dos mestres, essa pena fabulosa, sou pequeno  diante dessa Nação – pois o Corinthians é a massa de milhões de torcedores vestindo o preto e o branco – cantando em coro que este sim, é do Brasil o clube mais brasileiro, na comunhão de raças e classes sociais, ponto comum entre tantas diferenças e indiferenças que grassam nessa terra, a religião que abraça todos os crentes e descrentes, homens e mulheres e crianças que corintianos, são iguais.
O Corinthians é o time do chefe e do peão, e este odeia aquele, mas na hora do gol se abraçam como se fossem grandes amigos – e nessa hora eles são – porque quando o Corinthians entra em campo todos somos corintianos.
E é teu símbolo que carregam tatuado no peito, esse amor que nunca há de acabar, o amor perene e eterno, posto que transcende o humano. É imortal.
Salve, Corinthians! Parabéns pelos 100 anos.
Parabéns, corintianos!