Com Cleiton Xavier o Palmeiras é outro, definitivamente. Com ele em campo, Diego Souza joga como Diego Souza. O ataque rende como ataque de time candidato a título e o Palmeiras volta a jogar como Palmeiras. Como o Palmeiras que liderou o BR09 por 19 rodadas. Longe do Palmeiras que desandou e despencou da ponta para a 4ª colocação.
Muricy mandou muito bem ao escalar o time com 3 armadores. A bola foi bem tratada e Vágner Love a recebia sempre em boas condições.
"Queria trocar tudo que tenho por esse título do Palmeiras"
Com Mauricio Ramos ao lado do ótimo Danilo, ainda que a falta de ritmo de Maurício tenha atrapalhado no início, a postura é outra. O time não saiu atrás do placar como vinha acontecendo. Não se desesperou como com acontecia sistematicamente.
O gol do maestro Cleiton Xavier logo no 1º minuto de jogo, deu mostras de que aquele seria um Palmeiras diferente.
Goiás e Santo André ajudavam , e nem o gol de empate de Tardelli assustou o, até a rodada passada, assustado Palmeiras.
O gol antológico de Diego Souza do meio campo foi tão fora do comum que levou alguns segundos para crer no que se via. A rede balançando não era prova suficiente de que aquilo estava acontecendo de fato.
De desacreditado, apedrejado, de time humilhado em público e por parte do público, o Alviverde chega a última rodada do BR09 com chances de ter o título que esteve em suas mãos por mais tempo do que de qualquer outro.
Ainda que a combinação necessária para isso seja complicada. Ainda que tenhamos alguns times desonrando a própria tradição com a estampada e descarada falta de combatividade.
Com a descarada e desavergonhada possibilidade de se lesar o campeonato mandando-se times reservas para jogos decisivos. Ainda assim, sobrevive o verde. Ressurge o alviverde.
Embalado e embalando a feitura do post, tive como “companhia” o ótimo Muse, do não tão ótimo último disco dos figuras (tendo como base o padrão Muse de qualidade), mas com a centelha de genialidade de Matt Bellamy na sua “United States Of Eurasia”.
A duas rodadas do fim do campeonato o Corinthians se vê em uma dilacerante situação: joga, e para ganhar, do Flamengo; ou entrega de vez o jogo em detrimento dos rivais paulistas que disputam o título.
Ao menos é justamente isto que passa no ideário da maioria dos paulistanos, principalmente palmeirenses e sãopaulinos. Mano Menezes, porém, nega que o Timão faria algo do tipo. E não deveria mesmo, para o bem do futebol e do Corinthians. Seria feio, tosco, grosseiro. Se fosse o caso, melhor seria que nem se entrasse em campo. W.O. é mais honroso.
Segundo o site globo.com a escalação prevista é com Felipe, Jucilei, Chicão, Paulo André e Marcelo Oliveira; Edu, Boquita e Elias; Jorge Henrique, Ronaldo e Defederico. Algo como o time que disputou a segunda metade do campeonato, com alguns reservas - e algumas reservas, o que poderia despertar os olhares arregalados que recairão sobre esta partida.
Ronaldo declarou algo como "temos que ganhar". Parece ser pessoal, mas teria mesmo cobrado os companheiros para que se empenhassem mais neste jogo.
Não se enganem, a derrota pode acontecer. Mas mesmo com a vitória o Flamengo não viraria líder. Dependeria também do "STJFLA" (agradeço aqui ao Rene) para algumas punições de três jogos. Se bem que tenho a impressão de que se estes jogadores que estão no banco dos réus jogassem "no Flamengo não seriam punidos" (lembram, lembram, lembram?).
Mas que não se tire o passado do campeonato. O Palestra só perdeu o título por um tipo de desleixo espantoso, só menos assustador do que os egos de seus jogadores, já que chegou a ficar com 5 pontos de vantagem sobre os adversários durante algumas rodas mas, quando os adversários perdiam, também perdia.
O São Paulo teria a mesma parcela de culpa, aliás a culpa seria também de jogadores brigões, super egocêntricos que quase ("quase" até agora - dia26/11/2009, serve) jogou todo o trabalho pelo ralo. Deram sorte depois de perder do Botafogo, zumbi do campeonato, quando o Flamengo empatou.
Aguardemos então o embate que, fosse no início do ano, contando-se os times, me arrisco a dizer que o Corinthians levaria fácil. A partida que colocará Ronaldo e Adriano frente a frente, em lados opostos, deve mostrar mais do que mais um jogo. O time paulista nada mais quer neste campeonato, é fato, mas duvido que entregará.
Não vai entregar. Ao menos é o que faria qualquer pessoa com honra, ética, valor moral, chamem do que quiserem aquela coisa que nos torna seres humanos confiáveis de verdade.
Sem mais...
(fonte foto - www.lancenet.com. Créditos Ari Ferreira)
Acabou de sair o resultado esperado do STJD sobre o mando de jogo do SPFC e por unanimidade de votos o tricolor vai ter o direito ao seu último jogo do campeonato em casa.
O STJD julgou que o clube tomou todas providências cabíveis para evitar o acontecido quando um torcedor invadiu o campo interrompendo a partida.
O São Paulo tem a chance de ser campeão dentro de casa e com o apoio da torcida, enfrentando o já rebaixado Sport, o time está em primeiro lugar do campeonato brasileiro porém com 3 times em seu encalço, o tricolor só depende dele para ganhar o caneco pela quarta vez consecutiva e se tornar o único Hepta-Campeão, porém os desfalques do time e um esquema tático não está 100% é o que deixa todos com dúvida de como serão as rodadas finais.
Para animar a tarde de hoje sugiro que ouçam este petardo chamado Hot Hot Heat:
9ª rodada do Intervalo Musical com uma novidade antiga.
Acho maravilhoso viver cercada por amigos que gostam de futebol e música. A reta final do BR09 somada à quantidade de bandas que surgem a todo instante, são excelentes motivos para nos reunirmos, apreciarmos uma boa bebida com alguns petiscos e trocarmos muitas informações sobre estes dois assuntos tão aprazíveis. A melhor parte nisso tudo é que sempre sou apresentada a alguma novidade musical.
Algumas vezes é novidade só para mim, como aconteceu sábado passado. Estava em uma festa onde aconteceu um mini especial do The Smiths, e durante a música This Charming Man, um amigo ao lado, percebendo minha animação ao ouvi-la, disse: “Você conhece The Organ? Se você gosta de Smiths, Cure e Joy, você tem que ouvir”.
Claro que no dia seguinte eu procurei, encontrei e ouvi. Foi paixão à primeira audição !
The Organ, banda canadense, formada por: Katie Sketch (Vocais), Jenny Smyth (Orgão), Debora Cohen (Guitarra), Shmoo Ritchie (Baixo) e Shelby Stocks (Bateria), nasceu em 2001 com os 2 pés nos anos 80.
Eu sei, eu sei! A moda dos anos 80 foi embora, estamos todos cansados deste assunto e confesso que não é minha década musical preferida, mas não podemos esquecer que a década de 80 também deixou sua marca e influencia até hoje muitas bandas. Se Joy Division influenciou Interpol (adoro) e Jesus And Mary Chain influcenciou The Raveonettes e Black Rebel Motorcycle Club (2 bandas sensacionais), então porque não falar de uma banda que, além de Joy, tem influência de The Smiths, The Cure, Echo & the Bunnymen e Siouxsie & The Banshee?
Em 2004 lançaram o primeiro, majestoso e único álbum, o “Grab That Gun”, para o deleite de quem gosta das influências do The Organ. O teclado oportuno realça o ritmo dançante e torna as canções contagiantes.
Em 2006 The Organ assinou um contrato com a Too Pure Records, relançando e facilitando o acesso ao álbum. Mesmo assim eu só descobri em 2009, que infortúnio !
Para aumentar minha tristeza, eu acabei de conhecer a banda e já descobri que ela acabou em 2006 mesmo. Entre 2001 e 2006, temos o único albúm e mais 7 maravilhas entre Singles e EP’s.
“Brother”, a 1ª faixa do álbum, logo ‘de cara’ lembrou-me Joy. Na 2ª música, “Steven Smith”, senti um pouco de nostalgia. Quando chegou em “I Am Not Suprised” estava com muita vontade dançar. O disco encerra com “Hidden Track” e seus 37 segundos de órgão. Não é necessário pular nenhuma faixa, todas as músicas são ótimas.
Fica aqui minha breve dica, para quem gosta dos anos 80 e não conhecia esta velha novidade.
O Objetivo é o mesmo: Ouvir os bons sons; praticar air guitar a exaustão; cair pra cima sem dó; especular acerca da presença alheia; discutir futebol e/ou música com quem entende, com quem acha que entende e com quem gostaria de entender.
O DJ é o mesmo, mas a companhia, que beleza!
Mauro “Balada” Beting, honorário cidadão de Manchester e com formação musical desde os inesquecíveis “Bombons de Música para a Petizada”, ganha agora o reforço de Marília Ruiz, cidadã de Liverpool - apesar do seu Arsenal – intrépida representante da ótima presença feminina no mundo do Jornalismo Esportivo, e agora trazendo para a indefectível festa do blog Ferozes FC, o toque suave que irá botar fogo nas pick-ups da Toy Lounge – novidade também no local da festa.
O DJCesinha do projeto Rockscene + o pacote de Ferozes colunistas do blog FFC fecham a seleção que promete jogar no ataque do início ao fim da peleja de Fim de Ano.
O cotejo, digo, festança, é no dia 12 de dezembro, um sábado – novidade também no dia da semana.
Rock n Roll e os bons sons, aliado ao mais tesudo dos esportes é o tipo de coisa que só o Ferozes FC proporciona para o cidadão brasileiro, ainda que ele seja de Liverpool, de Manchester ou da Augusta de baixo.
Se liga no flyer e não vacile na data.
E como diria Zé Silvério “O Pai do Gol” – “Eeeeeeeeeeeeeeee, que golaço!”
Campeão Brasileiro de 1978 e vice em 1986. Responsável pelo surgimento de tantos personagens lendários do mundo da bola. Símbolo maior de uma era onde o futebol do interior assombrava os grandes das capitais e que muitas vezes tornava-se o grande da vez.
Cinco anos se passaram desde o seu rebaixamento. Cinco anos com cara de 50 para os que aprenderam a respeitar o grande Bugre Campineiro. Cinco anos com cara de 500 para seu o seu fiel torcedor. Cinco anos que quase se tornaram eternos, já que o clube esteve perto de encerrar suas atividades, de vender o seu Brinco de Ouro da Princesa para saldar dívidas deixadas por pessoas sem saldo histórico com o clube. Cinco anos de amargura, de humilhação.
Surgiu uma 3ª divisão na vida desse grande campeão. Mas divisão alguma foi suficientemente dura para quebrar uma tradição.
Perto do ano de seu centenário, enfim o Bugre está de volta ao seu lugar de origem. De onde um verdadeiro campeão não deve deixar de figurar - a elite.
Bem diz o PVC em seu blog que o BR09 pode ter o São Paulo campeão já na próxima rodada. Mas a grande possibilidade é de que tenhamos 4 clubes lutando pelo título na última rodada – São Paulo, Flamengo, Internacional e Palmeiras - Um recorde.
Situação também muito bem observada pelo Juca Kfouri em seu blog, quando ele salienta a real e nada improvável possibilidade de que na última rodada tenhamos esses 4 clubes com os mesmos 62 pontos. Para tanto, “basta” o São Paulo perder do Goiás no serra Dourada; o Flamengo empatar com o Corinthians em Campinas; O Internacional vencer o Sport na Ilha do Retiro e o Palmeiras vencer o Galo no Palestra Itália.
Resultados possíveis, ainda que a combinação de todos numa mesma rodada não seja a possibilidade mais real.
Mais uma demonstração de que o campeonato por pontos corridos pode sim ser emocionante até o seu final. Demonstração para os descrentes na fórmula, dentre os quais eu me incluo. O que também não impede a todos nós de termos opiniões e preferências paralelas.
Fato é que eu não sei dizer se esse BR09 é um campeonato de pontos corridos ou pontos parados. Vide a dificuldade que os favoritos ao longo da competição tiveram para disparar, ainda que oportunidades não tenham faltado a todos.
Nesse perde e ganha desenfreado na ponta do campeonato, uma surpresa apresenta-se nessa reta final – O Internacional.
Para mim o Inter já era carta fora do baralho, tendo inclusive me dado argumentos para sustentar minha tese de que o Inter é o eterno favorito que nunca chega. Por incompetência dos outros ou não, fato é que o Inter está em 3º, com os mesmos 59 pontos do Palmeiras, mas levando vantagem nos critérios de desempate.
Enquanto o São Paulo, ainda favorito, sai para encarar o imprevisível Goiás. O Flamengo vai a Campinas pegar o Corinthians e o Palmeiras recebe o Galo em casa, o Inter pega a “baba” e já rebaixado Sport. Na sequência pega o Santo André, que pode chegar a última rodada também já rebaixado.
O Inter tem, disparado, os jogos mais fáceis nessa reta final. Chegou e chegou com força na briga pelo título.
E até mesmo o Palmeiras, que era carta fora do baralho para quase todos, volta a ter chances.
Tudo vai depender de como o São Paulo sairá do confronto contra o Goiás e de como o Flamengo irá reagir ao péssimo resultado de ontem contra o mesmo Goiás.
“Haja coração, torcedor”, como já diria o famoso narrador.
Vou terminando a patacoada de hoje enquanto escuto o petardo do Babyshambles – Fuck Forever:
Não me deixa triste pelos jogadores que deram o máximo de si. Me deixa triste pois o esquema tático claramente desfavoreceu a vitória do São Paulo. Me deixa triste pelo juiz expulsar o Richarlison em um lance onde a imagem claramente mostra que o pé não encostou no jogador do Botafogo. Triste porque o técnico do meu time quando tira o jogador Marlos que fez uma excelente partida optou por colocar o Henrique ao invés do Oscar. Me deixa triste por ter visto um lance onde o jogador vem de fora do campo cruzar uma bola para um gol e o juiz finje que nada vê.
Como o próprio comandante Rogério Ceni disse, não temos o que reclamar da atuação dos jogadores, a trave foi responsável por quase me matar do coração duas vezes durante a partida. São coisas que acontecem.
Temos duas torcidas a fazer apartir de agora, uma é para o Flamengo empatar ou perder na partida que transcorre enquanto este mesmo escreve, e torcer para o STJD não suspender Richarlison até o final do campeonato, o que pelo que temos visto dificilmente vai acontecer.
Parabenizo os guerreiros tricolores por uma partida de suor e sangue, parabenizo um time que de longe não tem a técnica que teve nos três últimos gloriosos anos, mas que tem uma raça que é inestimável.
É verdade que estamos desfalcados, que nosso esquema tático não vai funcionar como deveria, mas tenho a certeza que se o tricolor jogar como jogou hoje tem grandes chances de levar a taça e que mesmo que não leve terminarei o campeonato achando que fizemos o melhor.
Vá tricolor que a taça te espera, não desista.
Para a arrancada final do campeonato deixo vocês com um som que gosto:
“Não vai escrever nada sobre o Palmeiras hoje, JP?”
A pergunta veio via MSN exatamente no momento em que eu deletava o que já havia sido escrito ontem. Subisse aquilo e o blog seria banido pela censura.
Preciso escrever, eu sei. Eu devo escrever, sei disso também. Mas acho que pela primeira vez não sei por onde começar e tenho medo de onde vou parar.
Posso falar da aplicação exemplar de uma regra que é clara para casos de agressão em campo, mas que serve para uns e para outros não.
Posso falar de Tribunais que de superiores só tem o nome. Que determinam, que impõe situações as quais ninguém pode contestar sob pena de ser impedido de realizar sua função, de ser extraditado, de ir para a cadeira elétrica. Tribunais que definem campeões, que consagram apitadores fanfarrões, que salvam alguns clubes sem salvação.
Posso mostrar fatos e números que mostram uma queda de rendimento que só pode ser explicada dentro da aceitação do descompromisso instaurado em jogadores que todos supunham ser decisivos, de comandantes que perderam a mão.
Apontar culpados seria uma saída. Mas quais? São tantos, são tolos.
Tolo sou eu e mais 15 milhões de pessoas que há pouco mais de 30 dias passaram da alegria extrema para a tristeza sem fim. Que erradamente, mas movidos pelo coração gritaram “É Campeão!”. Que pecam por torcer demais, por amar em demasia uma instituição, que em troca devolveu uma clamorosa e dolorosa decepção.
Acho que escolhi de que lado ficar. Na verdade sempre estive desse lado. Não gritei campeão a plenos pulmões – sou vivido nessa coisa de futebol – mas tinha essa certeza instalada em meus pensamentos, em meus planejamentos, em meus futuros festejos.
Devo escrever um texto motivado pela paixão, do ponto de vista de torcedor que viu seu coração ser estraçalhado por pés e mãos que estragaram uma história que tinha tudo para ser linda ao final do dia 06 de dezembro.
Afinal, quando esses mesmos personagens de pés e mãos que hoje mancham a história do Alviverde não mais estiverem por lá, os 15 milhões de apaixonados lá estarão, acertadamente ou não, mas sempre com paixão, empurrando o clube que é o seu eterno campeão. Um Alviverde cabisbaixo momentaneamente. Mas por convicção e imponente eternamente.
Alguém falou em 2010? A Libertadores é o mínimo que se espera em troca de todo o apoio dedicado ao longo do ano, ao longo da vida. O mínimo que se espera de gente que pensa em Europa, que pensa em Copa, que pensa que joga.
Se a Dona Globo pretende fazer o “seu” Campeonato Brasileiro voltar a ser disputado no sistema de “mata-mata”, está fazendo um excelente trabalho.
Levou tempo até que o torcedor brasileiro aprendesse a curtir os pontos corridos, e quando o sistema está plenamente aprovado pelo público, a detentora dos direitos de transmissão lesa um dos grandes tesões nesse tipo de disputa com adiantamentos de partidas e horários esdrúxulos.
Não é novidade esse tipo de ação, mas nessas rodadas finais ela passa a ser absurda.
Quando a moralidade diz que todos os jogos, sobretudo dos clubes que brigam por título, rebaixamento ou Libertadores, deveriam ser no mesmo horário, dado a impossibilidade de se trabalhar determinado clube já baseado em resultados ocorridos, a emissora do plim-plim antecipa partidas chaves e tira não só essa condição moral da competição, mas também detona a saborosa mistura explosiva de prazer, tensão, agonia e êxtase do torcedor, que acompanha o seu clube, sem tirar olhos e ouvidos dos concorrentes.
Mas não apenas os torcedores são lesados, como também os clubes. Pontualmente apontando como exemplo a partida entre Grêmio X Palmeiras hoje no Olímpico. O Verdão precisa vencer ou ganhar para continuar na luta pelo penta. Fosse respeitada a tabela original e esse jogo seria no final de semana, tendo o departamento médico do clube tempo hábil para recuperar Mauricio Ramos e Cleiton Xavier, peças chaves no time, além de dar melhores condições de jogo a Pierre, que hoje vai a campo no sacrifício.
Hoje é o Palmeiras, mas já foi o São Paulo, o Corinthians, já foram todos os lesados por essa prática.
Mas o meu emputecimento fica apenas em relação ao torcedor, já que os clubes aprovam essas ações Globais e baixam suas suaves orelhinhas ante as pretensões da Toda Poderosa.
Restando 5 dias para o término do prazo para votação em nossa enquete sobre a preferência do público feroz acerca da fórmula de disputa ideal para o BR, a parcial já mostra que o resultado final será uma goleada. Veja:
Qual a fórmula de disputa ideal para o Campeonato Brasileiro?
Pontos Corridos – 58% Mata-mata como no modelo anterior (1º contra 8º e assim por diante) – 23% Turno e returno com os 2 primeiros fazendo a final em melhor de 3 jogos – 18%
Após 4 meses de disputa chegam as finais do Torneio Touchdown - 1° Campeonato Brasileiro de Futebol Americano, nesse fim de semana, em São Paulo.
A competição vai pegar fogo com os confrontos de Cuiabá Arsenal x São Paulo Storm, e Rio de Janeiro Imperadores x Barigui Crocodiles. Os quatro times lutaram muito para chegar até aqui.
O Torneio Touchdown é divido em três conferências: Divisão Sul com os times Curitiba Brown Spiders, Barigui Crocodiles e Joinville Gladiators.
A Divisão Leste com São Paulo Storm, Rio de Janeiro Imperadores e Sorocaba Vipers, e a Divisão Oeste com Cuiabá Arsenal e Tubarões do Cerrado.
Com ampla cobertura de canais esportivos como ESPN e Bandsports, o torneio tem sido um sucesso de publico que cada vez mais gosta do esporte estadunidense. Com a entrada franca para os dois dias do evento, estão todos convidados.
Semana que vem eu volto com os resultados dos jogos. Abraços a todos.
Por Murilo "Muka" Blasich
Data: 21 e 22 de novembro Local: Estádio do Ibirapuera (Estádio Ícaro de Castro Melo)
Devido a demanda “afutebolada” (sem futebol, deu pra sacar?) a qual o elenco do Ferozes FC esteve inserido no final de semana, a análise do jogo que conduziu o São Paulo a liderança isolada do BR09 será trazida diretamente do blog do DJ da nossa festa de fim de ano, dia 12 de dezembro, na Toy Lounge (Mais infos em breve). Delicie-se, torcedor são paulino.
São Paulo 2 x 0 Vitória
por Mauro Beting
* Quando o São Paulo perdeu para o Corinthians no Pacaembu por 3 a 1, com Milton Cruz como interino, e a Libertadores perdida para o Cruzeiro no jogo anterior, aqui escrevi: “Desde 2004 eu não chegava ao estádio onde jogaria o São Paulo com a sensação que tive ao chegar à cabine da Rádio Bandeirantes, três horas e meia antes do clássico: o Tricolor já não era mais o mesmo. Já não impunha o respeito e até mesmo a admiração dos rivais”.
* Estava 3 a 0 no final do clássico, ótima parte do Pacaembu corintiano ensaiando o olé, até Richarlyson marcar um belo gol de raça e categoria. Na celebração, um grito de raiva e esperança. De dignidade de um tricampeão que parecia perdido não apenas no Majestoso. Parecia que não iria se reencontrar pela quarta vez no Brasileirão. Meu comentário no blag, então: “Richarlyson fez um belo gol, com a vontade e com a categoria que esse time ainda tem. Mas está escondida em algum lugar. E não deve voltar a apresentar em 2009. Ainda mais com a filosofia de jogo do novo treinador [Ricardo Gomes]”.
* A única coisa que não errei (e feio) foi dizer que aquele elenco é o mesmo grupo que, aqui no Morumbi cheio por mais de 53 mil pagantes, acaba de criar ao menos 11 chances de gol, conceder apenas uma ao Vitória, e sair de campo sob o coro não apenas de “o campeão voltou”. O berro confiante e mais que confiável de “é campeão”, entoado pelo Morumbi tricolor aos 46 minutos de uma ótima atuação são-paulina. Daquelas que o Tricolor parecia que não conseguiria realizar em 2009 depois da queda de Murivcy e do time na Libertadores.
* A sensação que tive naquele domingo de fim de junho no Pacaembu foi diferente deste sábado de calor sufocante e soteropolitano em Sampa. Cheguei à cabine da Bandeirantes do mesmo modo como nos últimos tantos anos tricolores. Ao menos desde 2005. Fosse como fosse a partida, a sensação era que, ao final dela, daria São Paulo. O palpite inicial era Tricolor 2 a 0: um gol de fora da área de Hernanes, e um golzão no final de Washington. Mas com uma atuação discutível como muitas, e com o sofrimento usual de todos os times no BR-09.
* Não foi assim. Mas foi 2 a 0 São Paulo. Jorge Wagner, aos 24 minutos, em rebote de desatenção baiana, fez um. Hugo, sempre Hugo, ampliou de cabeça, aos 3 minutos.
* Depois, mesmo com o Vitória se abrindo e tentando equilibrar o jogo num 4-2-2-2, o São Paulo voltou a ser São Paulo, mantendo o mesmo 3-1-4-2 de 2008 – mas com a variante do 4-2-2-2 sem a bola. O time de Ricardo Gomes foi mais perigoso no contragolpe, foi sério na defesa, foi comprometido em quase todo o tempo e todo o jogo. Fez o jogo que não fazia há um bom tempo. E seguiu como segue vencendo há um maravilhoso tempo tricolor. Voando em campo com o mesmo preparador físico que não “servia” para muitos corneteiros são-paulinos em junho – Carlinhos Neves.
* O São Paulo mereceu a festa belíssima no Morumbi (que pode ser última em 2009, pela mais que discutível punição ao estádio pela invasão de um bocó de mola na partida contra o Internacional). Mereceu a condição de favorito ao título (apesar do Flamengo) exatamente por não se achar. Exatamente por não se perder fora de campo. Poucos times na história recente têm tamanha consciência tática e tamanho conhecimento técnico para fazer os resultados necessários, reconhecendo as próprias limitações. Poucos times sabem decidir tão bem como o São Paulo.
* BOTA-TEIMA - O amarelo coube para André Dias e Hugo que, aos 16min, trocaram empurrões e tapas dentro da área tricolor. Poderiam ser expulsos? Sim. Claro que sim. Mas o amarelo me pareceu mais cabível para ambos.
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Alguém aí também acha que o “MURIVCY” - que soa Murivice - no texto, foi deixado de propósito? risos
Estivesse o Palmeiras verdadeiramente na liderança, vindo de resultados compatíveis a sua condição de favorito ao título e o empate de ontem contra o Sport, nas condições em que aconteceu, teria sido heróico, histórico, símbolo de uma arrancada rumo ao penta. Mas dos últimos 24 pontos disputados, somente 6 foram conquistados. Alguns jogadores fazem papel patético e covarde em campo. Muricy demora dias para alterar algo que todo mundo vê que não funciona e o esquema adotado pelo time nos últimos jogos é baseado no chuveirinho ou no “Muricyball”, como gosta de dizer um bom amigo.
Os gritos da arquibancada eram de “Pierre, Pierre, Pierre”, mas poderiam ser traduzidos como “raça, raça, raça”. Pegando leve na tradução, claro.
O começo até foi animador, mas bastou o primeiro revés e tudo veio ao chão. O 2º gol do Sport mostra um misto de desordem defensiva com apatia. Já reflexo da zona tática na qual o time se transformou. Armero estava atrás de Wilson quando esse dominou a bola livre dentro da área. Imediatamente atrás e não deu bote. Apaticamente perdido.
Na base desse “muricyball”, aos trancos e barrancos, o time criou chances, inúmeras chances. Bola na trave de Ortigoza e defesa espetacular de Magrão em cabeçada fulminante de Obina, foram espetadas doloridas no já combalido coração alviverde.
No 2º tempo Muricy trouxe a campo Dayvid Sacconi e Pierre. Com o camisa 5 voltou a raça, a disposição e a eficiência na marcação. E tudo isso estando ele visivelmente fora de ritmo. Ainda assim, ainda que estivesse com uma perna amarrada, Pierre joga mais do que aquele meio campo todinho. Sozinho ele tem mais coração do que o time todo, exceto Marcos.
A presença do Guerreiro fez muito bem ao time, que passou a dominar amplamente o jogo, mas ainda insistia no “muricyball”.
Sacconi também entrou muito bem, mais uma vez, preenchendo o buraco deixado por Cleiton Xavier. A bola passou a correr mais e Diego Souza conseguiu ser mais efetivo.
Aos 22 minutos Durval foi expulso, após receber 2º amarelo - Foi falta, mas pra amarelo? Não sei - No 1º momento eu daria. Vendo pela TV, não mais.
Imediatamente Muricy mandou Marquinhos a campo e sacou Edmilson, em péssima fase. Marquinhos foi o mesmo de sempre. Afobado, pecando nos fundamentos, mas deu velocidade pela esquerda. Virou jogo de ataque contra defesa.
Aos 26 minutos, Sacconi pegou sobra da zaga e diminuiu. O Palestra Itália quase veio abaixo.
Aos 39 minutos, outro dos que parece sempre dar algo mais pelo time, resolveu agir. Em bola alçada na área, a zaga saiu para deixá-lo em impedimento, mas Elder Granja ficou, dando condição para Danilo, o zagueiro herói, manter a chama da esperança alviverde acesa.
Contudo, o lance foi polêmico. No que a bola foi cruzada, o árbitro Elmo Alves Cunha apitou indicando impedimento. Seria mais um erro crasso, grotesco da arbitragem contra o Palmeiras. Mas o seu auxiliar apontou lance normal, fazendo com que Elmo validasse o gol.
Gol legal. Ilegal foi a ação do juiz na jogada. As reclamações de Elder Granja fazem sentido. Ele só parou por que o juiz apitou.
Fatos inexplicáveis, complicados de se aceitar, ações burras, estapafúrdias da péssima arbitragem brasileira. De uma arbitragem que erra mesmo quando acerta.
Engraçado, mas o Palmeiras é líder, momentaneamente, mas é. Apesar de tudo, apesar da ruindade que tem sido o time. Mas é uma liderança enganosa, já que pode terminar a rodada na 4ª colocação. Flamengo, Atlético e São Paulo não podem vencer seus jogos. O SP não pode nem empatar.
Mas de virtualmente fora da briga com a derrota que era iminente, com o empate o Verdão continua na briga, quase virtualmente.
Na saída do gramado, Marcos e Danilo foram os únicos a dar explicações, para variar. Marcão e Danilo não aliviaram.
– Eu ouvi o apito do árbitro, mas pimenta no c... dos outros é refresco. Não estava impedido e fiz o gol. Se não estava impedido, então vão reclamar do quê? O bandeirinha que correu para o meio. O Simon nos roubou e ninguém falou nada. (Fonte: Lancenet)
Já Marcão soltou o verbo contra o próprio time.
- Quando é contratado para jogar no Palmeiras, o cara acha que vai ganhar 40, 50 mil por mês, que a torcida vai só apoiar, vai sair na rua e pergar as menininhas, mas não sabe que o time vai ter cobrança para ganhar? Se tem capacidade para ganhar um filho, tem capacidade para suportar pressão. Ganha bem para isso. Eu fico muito aborrecido, porque os outros têm 20 anos e podem ser campeões brasileiros em outros lugares. Se não der certo no Palmeiras, vão para o Corinthians, para o Sport, para o Náutico... Para eu que tenho 36 anos é diferente, a gente vê o título desse ano ficar distante de novo. Acho que é uma das maiores decepções que eu vou ter na minha carreira futebolística. (Fonte: Lancenet)
Despeço-me da realeza que nos visita, não sem antes deixá-los na boa companhia musical de Cut Copy, com Lights & Music – Petardo!
Apita o árbitro. Entra em campo a seleção feminina da música !
Você já parou para pensar na quantidade de músicas que homens fizeram para mulheres? Quantas músicas você ouviu que homenageiam um homem? (neste momento só lembro de Fabio Jr. cantando “Pai”) Não, não sou feminista, só quero mostrar o quanto a mulher com suas qualidades e/ou defeitos, é importante para a música. Mas interessante mesmo, é quando a mulher aplica as suas qualidades compondo, cantando, tocando e dançando.
Um belo exemplo para começar é a poderosa diva Billie Holiday. Era negra, pobre, filha de pais adolescentes, vítima de abuso na infância, passou por todos os sofrimentos possíveis, e mesmo assim se consagrou como uma das melhores cantoras de jazz de todos os tempos. Dona de uma voz única, levemente rouca, tinha sensualidade à flor da voz, expressava tanta emoção que comovia qualquer pessoa apreciadora de música, com suas canções repletas de ‘swing’ e cumplicidade.
No futebol também temos uma mulher guerreira, assim como Billie Holiday foi e que, só depois de muita luta teve o merecido reconhecimento, Marta Vieira da Silva, nossa “Pelé de saia”, a Rainha Marta, a atacante da seleção brasileira.
Quando se fala de mulher musicalmente poderosa no Brasil, a primeira que lembro é Elis Regina. A primeira vez que assisti Elis interpretando “Atrás da Porta” confesso que fiquei perplexa. Aquele piano suave e a voz dela cantando “Quando olhaste bem nos olhos meus. E o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei. Eu te estranhei, me debrucei. Sobre o teu corpo e duvidei. E me arrastei, e te arranhei... “ me deu a sensação que ela estava realmente sofrendo. Elis era uma estrela com luz própria, sem dúvidas. Lembrei do Botafogo, a estrela solitária.
Como seria Mutantes sem Rita Lee? Não consigo imaginar. O mesmo seria imaginar o Corinthians sem o Sócrates no período de 1978 a 1984.
Para não ficar aqui escrevendo 1000 linhas sobre mulheres talentosas, e não tornar o assunto cansativo, vou lembrar de algumas mulheres que desempenham muito bem seu papel na música mundial, independente de data ou estilo, e que adoro !
Em 1976 surge ela, linda e loira, Debora Harry, com sua banda Blondie, para deleite dos marmanjos e a alegria de todos.
Uma música do Blondie, para ouvir enquanto você continua lendo:
Tracy Tracy da banda The Primitives, mais uma loira belíssima, trouxe inspiração ao grupo melhorando as melodias das canções.
The Pretenders, banda do Reino Unido liderada pela norte-americana Chrissie Hynde, cantora, compositora, guitarrista e notável ativista defensora dos direitos dos animais. Mulher rara, que obteve o respeito e admiração de músicos, críticos e fãs. (Quando crescer quero ser igual à Hynde).
A embaixadora cultural da Islândia, Björk, cantora, compositora, atriz e mãe, reconhecida pelo seu experimentalismo musical e excentricidade. Em 1977, com 13 anos, começa sua carreira solo, passa pelas bandas Spit and Snot, Exodus, Jam-80, Tappi Tikarras, KUKL, The Elgar Sisters e The Sugarcubes (pensei que não acabaria a lista de bandas), até que em 1992 volta a carreira solo. Mulher que sempre ‘respirou’ música.
Cantoras do universo pop tem muitas. Madonna a mais famosa. A inesquecível Cindy Lauper. Mas Kate Pierson, uma das vocalistas e fundadora do B-52’s tem a mais bela voz pop que conheço, além de tocar teclado, guitarra e baixo.
Susan Janet Ballion, conhecida como Siouxsie, vocalista da Siouxsie And The Banshees, outra mulher que demonstra todo o seu poder em um palco.
Beth Gibbons cantando no Portshead, acho incrível.
My Bloody Valentine, uma das bandas mais influentes da cena independente britânica, em boa parte responsável pela popularidade do estilo musical shoegaze e, uma das minhas bandas preferidas, tem no elenco Bilinda Butcher cantando e tocando guitarra, e Debbie Googe tocando baixo, ambas fantásticas.
Els Pynoo, a “fashionista” que brilha soberana e hipnotiza à frente do Vive La Fetê.
Já vibrei muito na pista ouvindo músicas do Superchunk, banda onde Laura Ballance toca baixo com louvor.
Impossível não lembrar das duas Kim, a Deal e a Gordon, a primeira outrora do Pixies e depois Breeders, e a segunda do Sonic Youth, duas referências quando o assunto é mulher e rock.
Cat Power, americana. PJ Harvey, inglesa. Sia, australiana (só poderia ser mulher para gravar uma música chamada “Death by Chocolate”). Isabel Monteiro, brasileira (que foi fazer sucesso na Inglaterra cantando no Drugstore). Enfim, não importa a nacionalidade, quando tem talento faz sucesso, e ponto final.
Bikini Kill, Veruca Salt, L7 e The Donnas, bandas 100% “riot girls”. Yo La Tengo, Velocity Girl, Yeah Yeah Yeahs e Bettie Serveert, bandas onde mulheres foram importantíssimas para o sucesso do grupo.
Não importa cor, nacionalidade, religião, estado civil, time do coração, estilo musical... nada impede quando uma mulher decide que vai fazer sucesso !
Tenho certeza que você lembra de alguma mulher que quando entra em campo bate um bolão, e não citei aqui. Fique à vontade.
Editora também é responsável pelos títulos AméricaEconomia, Aero Magazine e Rolling Stone
A Spring Editora lança no próximo dia 10, a versão brasileira da revista ESPN, que será mensal, com circulação nacional, tiragem de 50 mil exemplares e tem como manchete na sua primeira edição, uma reportagem com Pelé, o Rei do futebol.
Outros destaques dos exemplares são: uma entrevista com Luiz Gonzaga Beluzzo, presidente do Palmeiras, matéria sobre o cenário esportivo de Nova York, informações sobre a próxima temporada da NBA, focando nos jogadores brasileiros que atuam na liga norte-americana, reportagem com Bob Burnquist, que em vez de falar de skate, revelará seu cardápio - ele é vegetariano, entre outras informações que prometem agradar o público.
A escolha de Pelé para ilustrar a matéria de capa da revista é uma analogia com o desejo da publicação em se tornar uma referência na mídia impressa esportiva. Para isso, terá colunas com nomes conhecidos do público e dos canais ESPN, como: José Trajano,Paulo Vinícius Coelho (PVC) e Mauro Cezar Pereira.
A Spring vem se especializando em licenciar publicações estrangeiras, a editora também é responsável pela edição nacional da Rolling Stone, no mercado há três anos e que só perde em circulação para a versão americana. Outras publicações da Spring são a AméricaEconomia e Aero Magazine.
Infelizmente não pude comparecer ao Maquinaria Festival e nem ao Planeta Terra, no último sábado. No 1º o meu interesse eram o Faith No More e o Janes Addiction. No 2º o Primal Scream.
O Alex Rolim do “Ostentando a sua Fibra” foi ver ontem o show do FNM no Maquinaria Festival.
Em um momento do show, o baixista Billy Gould decretou: “This one is for PALMEIRAS !”. E o vocalista Mike Patton puxou um coro de Palmeiras, Palmeiras !
Há alguns pontos a se destacar nessa doída derrota palmeirense no RJ.
O time de Muricy Ramalho não começou a perder o título ontem. O péssimo futebol não aconteceu somente na partida contra o Fluminense. A ineficiência de jogadores chaves como Diego Souza, Armero e sobretudo Vagner Love já vem há algumas rodadas. Muricy não acerta a mão há tempos também.
É legítima a reclamação contra Simon. O gol anulado de Obina foi absurdo e não era passível de interpretação pois foi na lata do moribundo arbitro.
O pênalti em Danilo existiu, mas nesse lance sim a interpretação e a localização do péssimo árbitro pode justificar o seu erro.
Simon é o que há de pior na arbitragem brasileira. É péssimo tecnicamente, mas é o mais premiado árbitro de nosso quadro. Por quê?
O que faz Simon ser tão odiado pela opinião pública e ser ao mesmo tempo tão adorado pela CBF? O que faz o juiz que possui os erros mais bizarros dos últimos tempos ser premiado com a sua 3ª Copa do Mundo? Ele é o retrato da nossa arbitragem para o resto do planeta? Deus me livre!
Este é o "professô", brincalhão e árbitro nas horas vagas, Carlos Eugenio Simon.
E por que os árbitros ganham o direito de ficar em silencio, mesmo após patética atuação como a do infeliz árbitro de ontem no Maraca, enquanto técnicos, dirigentes e jogadores têm de dar a cara pra bater nas coletivas?
O Palmeiras não caminha para um fiasco por causa do Simon. Mas esse erro crasso do árbitro humorista é só mais um para sua extensa coleção e deveria ser suficiente para levá-lo a uma geladeira eterna e excluí-lo da próxima Copa. Além de servir como um pedido de desculpas da CBF para o futebol mundial, por ter aceitado e glorificado por tanto tempo e pateticamente, Carlos Eugênio Simon.
Quanto ao Palmeiras. Que junte seus cacos, que leve a campo Pierre, Cleiton Xavier. Que Muricy não seja injusto com Obina e saque V.Love do time quando necessitar. Que Diego Souza receba uma dose de adrenalina para ficar ligado. Que Armero volte para a base e treine fundamentos. Ou que todos eles peguem as fitas de seus jogos no 1º turno e vejam que bom futebol eles sabem desempenhar, falte talvez um pouco mais de gana nessa reta final.
Vamos aos palpites da trepidante e empolgante 34ª rodada do BR09.
Na briga pela improvável fuga da série B, o Sport recebe o Cruzeiro, mais para Libertadores do que para título. O 1º acredito já ter ido. O 2º não deve atingir o G4 derradeiro. Palpite: Sport x Cruzeiro - empate
Um jogo de 2 bons times, de campanhas dignas. Vitória e Avai devem carimbar presença na Sulamericana. O que não é um objetivo para ninguém no início do campeonato. Palpite: Vitória x Avaí – Vitória
Aqui a briga é pela permanência na série A - muito mais próxima do Peixe do que do Timbu. Palpite: Santos x Náutico - Santos
Jogaço! Partidaça! Classicaço! Eis o legítimo jogo com cara de anos 80. Um Galo renascido depois de temporadas de ostracismo, contra um Flamengo de melhor futebol no 2º turno. Melhor futebol, não melhor campanha. Palpite: Atlético x Flamengo – empate
Aqui o jogo do time que já pensa em 2010. Que pensa em Roberto Carlos, em Riquelme. Que esqueceu de 2009. Que esqueceu do BR09, mas que é Corinthians, que joga em casa. Contra o bravo Santo André que tenta se segurar na elite. Palpite: Corinthians x Santo André – empate
Esse é o outro jogaço da rodada. Mais tenso que o do Mineirão. Vale a liderança de 2 pontos ou de igualdade na pontuação, mas vale. Vale a confirmação de uma recuperação que pode e deve ser tardia na luta contra o rebaixamento, mas uma recuperação que elevou os ânimos tricolores. Pela obrigação de voltar a ganhar algo grande após 10 anos, de ganhar um BR após 15 anos. Palpite: Fluminense x Palmeiras – Palmeiras (apertadíssimo)
Aqui vai dar um certo sono. Atlético PR não deve cair, não deve dar em nada. O Goiás deve pegar Sulamericana e nem precisa se matar para isso. Palpite: Atlético-PR x Goiás - empate
Um time massacrado pela opinião pública por práticas estranhas nas últimas semanas. O outro briga mais por Libertadores do que por título. Palpite: Barueri x Internacional - Internacional
O Fogão briga para não deixar o espaço que é seu na elite, mas vem de uma eliminação feia na Sulamericana. O Coxa ainda pode cair, mas não deverá faze-lo. Palpite: Botafogo x Coritiba - empate
Dor é o que sentimos ao nascer. É a primeira manifestação dada por nós em vida, é o nosso “olá mundo”.
Sentimos dor ao longo de todas as fases da vida. São dores provocadas pelas vicissitudes de nossa existência.
Dói o crescer dos primeiros dentes. Dói a perda de pessoas e de seres queridos. Dói a consciência. Dói o cotovelo. Tudo dói. E como dói!
Dói o desencanto de um amor não correspondido. Dói a perda de um amor nutrido, amadurecido, vivido e que por razões que fogem as mãos, se vê diminuído. Dói - e nesse eu não gosto nem de pensar - a perda do amor maior, do que foi a sua vida, do que fez de você vivo, aquele que ao seu lado fez surgir vida.
Dores certas, queiram ou não, lá estarão. Fazendo sempre par com o amor.
Relação que facilita a criação de rimas, mas que torna difícil a dádiva divina da vida.
Mais ainda para aqueles que escolhem sofrer de certas dores que poderiam ser evitadas. Já não bastam todas essas?
Existe uma besta quadrada chamada torcedor , que também rima com dor, mas que rima com amor. Um não vive sem o outro e todos eles juntos dão sentido há algo que ninguém explica – o amor por um clube de futebol.
Ninguém nasce torcedor, na pureza da concepção do termo. Não existe o campo “torcedor do time tal” na certidão de nascimento de ninguém. Mas não conheço um único sofredor – digo, torcedor – que em seus momentos de exaltação clubistica não afirme ter nascido torcedor do time tal.
Torcer para um clube de futebol é experimentar na pele, no coração, na alma, a avassaladora força do amor, tanto quanto a desastrosa força da dor.
O clube não pede para você amá-lo, você simplesmente o ama. Ele não te promete nada em troca, mas você empurra, você o conduz a vitórias. Em troca disso, muitas vezes, o que se tem é dor.
Dói perder para o rival. Dói perder uma final. Dói ver a sua gloriosa bandeira erguer a meio-pau, e descendo, caindo – cair – ir do céu ao inferno, da luz as trevas, do estrelato ao limbo. Ser rebaixado dói. Como dói!
Você o leva a glórias e em troca ele te conduz, muitas vezes, a escória. Mas o torcedor é bravo, ele tem um amor infinito. Ele chora o desastre, ele enrola a bandeira, mas ele não enrola ninguém quando vai de peito aberto ver seu time trilhar aquele interminável caminho de dor.
O clube está rebaixado, mas não há vergonha no mundo que faça o torcedor abaixar sua cabeça.
O torcedor mantém alta a sua crista de galo, de periquito (de porco), de mosqueteiro(s), de manéquinho, de tantos e tantos com ou sem crista. Mas com o mesmo amor, sentindo todos a mesma dor, em busca de um sorriso de esperança ao final de cada espinhosa peleja.
Amanhã, sábado, 06 de novembro de 2009. A casa do futebol, o teatro maior do esporte será palco de mais uma demonstração explícita de um amor que foi ao longo de todo o ano, alimentado por muitas e inglórias situações de dor. A recondução de um gigante ao seu posto de origem. A retomada de uma dignidade que nunca foi indigna, mas que foi conduzida por alguns petulantes indignos.
O Vasco, o Vascão, O time dos portugas, o time do Bacalhau. O time do Dinamite, o time do Animal.
Bacalhau não tem crista, mas a do vascaíno está alta, está em alta. Por que nesse 06 de novembro, nenhum amor do mundo será maior do que da torcida do Gigantesco da Colina.
Retorne Vascão da Gama - " Por que o sentimento não pode parar".
Em um dos jogos mais emocionantes do campeonato brasileiro o São Paulo miraculosamente consegue 1 ponto para seguir na disputa do título.
No primeiro tempo vimos um jogo totalmente disputado, vimos um Grêmio que jogou muito mais do que já jogou em todo campeonato, os ataques se davam pelos dois lados, o atacante Maxi Lopes do Grêmio fez uma partida digna de respeito, talvez pelo suposto interesse do São Paulo em sua contratação, o tricolor paulista chegava por todos os lados, as duas defesas trabalharam muito.
O Grêmio abriu o placar explorando uma falha na defesa que ocorre há alguns jogos no time paulista, o segundo pau está sem cobertura, o esquema tático permite essa falha, isso sem contar que o zagueiro Rodrigo faz falta, o gremista Rafael Marques cabeceia sem pular e finaliza para alegria gaúcha.
O tricolor não demora a revidar e em um cruzamento perfeito do jogador Hernanes que tem sido o braço direito do time deixou Dagoberto de frente pro gol que finalizou com o desvio do zagueiro gremista.
Vira-se o tablado e o que vimos no segundo tempo até os 30 minutos foi um Grêmio mais ofensivo, porém o jogo continuava equilibrado. Até o fatídico lance onde pelo segundo jogo consecutivo o São Paulo foi favorecido por um pênalti claro não marcado. A revolta foi geral do lado gremista, e Souza (ex-São Paulo) corre do meio do campo para empurrar o juiz, que dá o cartão amarelo que saiu barato.
Eis que Borges entra no lugar de Washington, faz um falta e toma amarelo, em uma segunda que foi cometida o juiz (talvez para compensar o lance de pênalti) soltou um vermelhaço e Borges saiu com o papel de palhaço. Em seguida em uma entrada infantil Dagoberto dá um carrinho no mesmo jogador (Túlio) e é também expulso.
O circo está armado. Os dois atacantes do tricolor chutaram o balde, que voou pelo campo e acertou a barraca que se desmanchou e rolou barranco abaixo, e então já nos acréscimos Jean empurra a barraca rio abaixo.
O final de jogo mais emocionante impossível foi como a luta dos espartanos que em poucos contra um exército feroz e gigantesco defenderam o arco com unhas e dentes. Rogério foi mais que santo nesse final, para variar, o atacante Perea colombiano errou bolas improváveis na frente do gol e o torcedor tricolor quase morreu do coração a esta altura cardíaco em estado de risco quando Marlos quase vislumbra o barbante com a bola marota que sobrou na área adversária.
Este pode ter sido o ponto do campeonato para o tricolor.
Polêmicas de arbitragem vão cercar esta semana, porém continuo com a mesma opinião: a arbitragem nacional está um lixo, uma vergonha, e na dúvida de um lance o juiz sempre favorece os primeiros colocados.
Em homenagem ao jogo espartano de hoje minha dica fica com esta banda que é um dos braços que vieram do maravilhoso At the Drive-In:
Notícias tem sido ventiladas a respeito do interesse do Corinthians no lateral esquerdo Roberto Carlos, aquele mesmo, o das meias, jogador do Fenerbahce.
O (ex)jogador tem contrato com seu clube até maio/2010, mas já estaria 80% acertado, segundo Neto, comentarista da TV Bandeirantes, e sua esposa já procuraria casa em Higienópolis, se é que esta última informação vale de alguma coisa.
O problema é que o comandante Mano Menezes não se agradou com a possibilidade e já solicitou outro nome à diretoria. O comentário oficial, disparado por Rosemberg, é que por causa da grande identificação do jogador com o Palmeiras não interessa ao Corinthians.
Porém R.C. é grande amigo de Ronaldo, atacante do Timão, que pode exercer grande pressão pela contratação.
O fato é que um time previsto pelos mais otimistas com Roberto Carlos, Ronaldo e Riquelme daria muito trabalho para qualquer treinador. Não, não por causa da técnica apurada, mas as consequencias de egos inflados em conflito podem ser desastrosas, ainda mais em ano de Libertadores.
A diretoria que abra os olhos pois nem sempre trazer a melhor peça disponível é trazer a peça certa, e um erro assim, nestes termo, pode se converter em derrocada do time e fim da lua-de-mel entre diretoria, treinador e torcida.
Alguns clichês tornaram-se marcas registradas desse Campeonato Brasileiro dos pontos corridos: “O 1º jogo vale tanto quanto o último”, “notas de corte”, “tal time aprendeu a disputar o campeonato”, “campeão do 1º turno geralmente leva a taça”, “essa vitória será lembrada como um marco após o título” e etc e etc.
Nenhuma delas fala sobre um empate emblemático. Também não serei eu quem terá a pretensão de cravar um novíssimo jargão. Mas que o empate conseguido pelo Palmeiras diante do Corinthians foi o típico jogo que será lembrado, no mínimo como especial, no caso da conquista do título, disso eu não tenho dúvidas.
Time pressionado pela perda temporária da liderança. O maior rival como adversário, descompromissado com o campeonato, mas sedento para quebrar um tabu de resultados negativos que já é histórico. Além de poder ser o fiel (com o perdão do trocadilho) da balança na disputa pela Taça.
Já era pra ser um momento importante da competição. Tornou-se emblemática após a perda de seu ídolo, escudo, termômetro, Santo. Após a abertura do placar pelo rival. Ao ver que o grande nome do adversário estava inspirado. Ao ver que o seu correspondente em campo não dava sinais de brilho.
A derrota estava desenhada. A destituição de sua condição de líder estava praticamente celebrada pelo detentor provisório do posto.
O time jogava por uma bola, nas palavras de seu treinador. Teve de jogar por duas. As alcançou. Perdeu a tal “gordura” (opa, outro dos jargões) que havia adquirido. Mas ganhou ânimo. Readquiriu a confiança. Manteve a escrita dos últimos 3 anos. Permaneceu líder.
Suou sangue para se segurar onde está. Da mesma maneira que, dizem seus jogadores, os outros terão de fazer para tomar a liderança que é sua há tanto tempo.
Acompanhe os gols do grande clássico:
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Considerações elementares
-Nada disso ou boa parte do escrito acima teria sido possível caso o zagueiro Danilo tivesse sido expulso após a entrada violenta dada em Jorge Henrique;
-Há também de se ponderar que Jorge Henrique é dos grandes “cai-cais” do nosso futebol, o que pode fazer a juizada ponderar 317 vezes qualquer falta contra o jogador;
-Embora a marcação da falta, com a posterior punição de Danilo com o amarelo, deixa claro que o juiz viu a falta, a considerou passível de punição, mas não para expulsão. Consideração equivocada.
- O que não tira o brilho dos comandados de Muricy, da ótima performance ofensiva dos zagueiros palmeirenses e, sobretudo, da belíssima atuação do chileno Figueroa.
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Acerca da “malice alheia”
"Malice" e "malismo". Termos que não existem, mas que num futebol onde tudo pode, também ganham sua condição de uso.
Mala branca está longe de ser uma ação criminosa como é a mala preta. Mas atrela a si uma série de possibilidades que cheiram mal aos narizes de boa índole. Tanto que é passível de punição. Da pessoa, não do clube.
Mas a punição deve ser aplicada a quem arquitetou a referida detentora de alças, não a quem a delata. Não se deve com ações paralelas, afetar a normalidade do caminhar de uma competição que até então, mostrava-se livre de suposições tenebrosas e maldosas.
Pobre do São Paulo que, gaiato na história e que passou a figurar como candidato a vilão. Ainda que os personagens sejam cruzeirenses e baruerenses(??).
Pobreza de espírito de cartolas de um clube sustentado por prefeitura. Que afastam o artilheiro e o goleiro do time, mas os absolve imediatamente após a realização de importante peleja do certame brasileiro. Isso afeta a tabela. Isso afeta os olhos de quem se posta a acompanhar o mais delicioso dos esportes. Isso afeta uma série de sérios planejamentos.
Isso remete a reclamação de um passado bem recente, quando o hoje líder, contratou jogadores ainda no decorrer do campeonato passado (Marquinhos e Williams). Pratica hoje repetida pelo atual vice-líder, então campeão passado e que, dizem, já contratou Fernandinho, destaque do Barueri.
Ação que incide ainda mais na busca por conjunções e que, segundo Juca Kfouri, mostra os mesmos clubes já em tratativas adiantadas para a utilização da Arena Barueri pelo mesmo São Paulo, no decorrer das reformas do seu Morumbi.
Situações que passariam ao vento, caso a cartolagem do pequeno Barueri tivesse agido dentro do que se entende por normal.