4 de mai. de 2009

Uma vez Flamengo... Três vezes Flamengo!


Depois de um segundo tempo de deixar mesmo o menos emocional dos torcedores tenso, o Flamengo conseguiu, nos pênaltis, faturar o Tri-Campeonato carioca – três vezes em cima do Botafogo, que se mostrou um rival à altura e, talvez dentro das 4 linhas, um time até melhor.

O jogo de ontem começou surpreendente, com o Flamengo abrindo uma vantagem de dois gols. O primeiro numa cabeçada de Kleberson, com um toquinho final de Angelim. Pouco tempo depois Kleberson bateu forte uma falta, que com um pequeno desvio ficou indefensável para Renan. O Botafogo teve lá sua chance, mandando um petardo na trave de Bruno.

O Fogão voltou para o segundo tempo tentado acoar Flamengo. E conseguiu. Nos primeiros minutos Juan cometeu pênalti, perdido por Vitor Simões. Daí, víamos surgir a estrela de Bruno, que fez defesa de puro reflexo com uma mão.

O Botafogo conseguiu, no entanto, o gol de empate, em cobrança de falta perfeita de Juninho. Minutos depois, após bobeira geral da zaga, o alvi-negro empatou com Túlio Souza.

Com o empate do Botafogo o jogo equilibrou-se e as deficiências dos dois times ficaram claras. O Flamengo chegava ao ataque mas não tinha quem concluir. O Botafogo, quando dominava a bola, não conseguia criar grandes oportunidades para seus atacantes. Dessa forma a partida encaminhou-se para os pênaltis. Com a defesa de duas cobranças por Bruno, o Flamengo levantou a taça do Tri e consagrou-se o maior campeão Regional do Rio De Janeiro, com 31 conquistas contra 30 do Fluminense.

O jogo foi esse. Depois da partida, já mais sereno, fiquei matutando em uma característica do Flamengo. É impressionante como o time da Gávea cresce em momentos decisivos e alimenta-se da rivalidade com seus antagonistas históricos. O fator torcida pesa ai: acredito que para o Flamenguista (especialmente do Rio) uma vitória sobre Botafogo, Vasco ou Fluminense tenha um sabor especial. Quando o time está na boca para decidir contra esses rivais a torcida se mobiliza e, por pior que seja o o esquadrão que ostenta a camisa rubro-negra, as chances de ganhar tornam-se reais.

Talvez isso explique a fabulosa hegemonia do Rubro-Negro no contexto do futebol do Rio nessa década – desde 2000 o flamengo faturou 6 dos 10 campeonatos disputados.

Em termos nacionais, no entanto, a torcida não pode se enganar. O campeonato brasileiro não é disputado somente pelos quatro grandes do Rio e não sua formula de disputa não inclui jogos, propriamente, de decisão. Mas deixemos as mazelas para um outro – e próximo – texto. Hoje é dia do Flamenguista comemorar.

Por fim, devo dizer: jogos como o de ontem e a decisão Paulista justificam plenamente a importância dos campeonatos estaduais.

13 comentários:

Rene Crema disse...

Fim aos inuteis estaduais !!!

Só assim o calendario do camp brasileiro vai poder se ajustar ao europeu !!!

Rene Crema disse...

Alguem ja viu na Inglaterra ter um campeonato Londrino... ou na espanha, campeonato Madrileño ... pois é !!!

Magnifiscent7 disse...

Rene, primeiro que nem Madri nem londres são estados. Ainda que fossem, O Campeonato Paulistano seria Mto melhor que o o Campeonato Madrilenho, ja que Madri tem um time que presta e São Paulo tem 3.

O Brasil tem mto mais times realmente relevantes que qq país da Europa. Inglaterra? Manchester e um bando de aspirantes. Italia? Juventus, Inter e Milan. Espanha? Real Mardid e Barcelona. Alemanha? Os Bayerns França? Nenhum.

JPTB disse...

2X0 no Gus. É o que eu sempre achei em relação aos estaduais.

Além do que, não teríamos GaloX Cruzeiro, GrêmioXInter, PalXCor, FlaXFlu, com a força que esses clássicos possuem, não fossem os estaduais.

Rene Crema disse...

Nao to entendendo, eu nao estou apoiando os estaduais, ou são vcs que estão, rs ... Quantos aos campeonatos londrinos, e madrileño, foi só uma forma de fazer uma analogia, vcs se prendem a muitos detalhes bobos, rs ... foca o conceito, kkk

Magnifiscent7 disse...

Mas nós estamos apoiando os estadiais. Releia. Rs.

Rene Crema disse...

Então os senhores estão completamente birutas!!!rs ... que façam, 5, 6, 7 divisoes , mas que sumam com essa praga de estadual, deixa pra história ... Que sentido tem fazer um estadual em Goiania por exemplo, no Para, Santa Catarina, Piaui....

Magnifiscent7 disse...

O sentido é justamente a rivalidade regional. É o mesmo que vc perguntar qual o sentido do Campeonato Espanhol, que só tem dois times capazes de se oporem - Equilibrio lá só nos campeonatos promovidos pela UEFA.

JPTB disse...

Aqui tem tbm a questão da logística a se considerar. Não adianta criar sexta, sétima e oitava divisão, se os times não terão dinheiro e estrutura para cruzar o país. Só isso já inviabiliza um brasileirão com trocentas divisões. Mais ainda para esses clubes desprovidos de mídia e de massas, os regionais são a salvação da lavoura.

Rene Crema disse...

Que façam seletivas regionais e promovam os melhores de cada região, de velhos costumes para novos costumes, os senhores estão muito conservadores com algo que não funciona mais como antigamente...

Fábio B. A. disse...

Os estaduais podem ficar, são um aperitivo. Mas que por favor sejam mais curtos, mais dinâmicos. Ninguém merece um Paulista se arrastando por 3 meses com um monte de timinho pra chegarem os quatro grandes nas semis.

Em tempo: na Inglaterra existem 3 ou 4 campeonatos no ano, mais a UEFA e a Champions. Tem Copa da Inglaterra, Copa da Liga, Campeonato Inglês... na Espanha a mesma coisa, na Itália são dois campeonatos mais UEFA e Champions...

É só ter vontade que dá. mas vontade é o que falta no futebol brasileiro.

Vocês querem rivalidade? Por que não ressuscitar os regionais?

Magnifiscent7 disse...

Mas já tem rivalidade cacete. Os estaduias servem justamente pra isso. Se vc acabar com os Estaduias enterra Ponte-Preta, Guarani, America, Juventude... Acho que não é a toa que esses times foram totalmente pro vinagre depois que o Brasileirão passou a ocupar mais da metade do ano...

Fábio B. A. disse...

Enterra nada. O que enterra esses times é a desorganização do calendário e a falta de estrutura de uma série C, série D.

O que enterra time é desorganização, não esse ou aquele campeonato.