29 de mai. de 2009

Chazinho de Coca - Erros pontuais de Luxemburgo impedem vitória palmeirense na Libertadores.

Vanderlei Luxemburgo é um treinador vencedor? Óbvio que sim. Isso faz dele um profissional intocável, incontestável? De jeito nenhum.

Infelizmente o ego do técnico palmeirense o impede de aceitar JUSTAS críticas após certos tropeços. Não acho que todo resultado negativo de um time seja culpa do técnico, isso é pensamento arcaico, retrogrado. Mas ontem a vitória palmeirense escapou por entre os dedos alviverdes, sobretudo nas alterações de seu treinador.

O time já saiu escalado de forma estranha. Jogando em casa, precisava isolar Keirrison na frente? “Ah mas ele avançou Diego Souza e fez de Cleiton Xavier o armador do time”. Errado 2, errado 3 vezes. Oras, Diego sempre rende melhor atuando como meia. Cleiton “Chico” Xavier tem suas atuações mais destacadas atuando como o 2º volante que, com qualidade na saída de jogo, arma o time desde a retaguarda.

Luxa deslocou todos eles, entrou com o bom, mas ontem desnecessário Souza e insistiu com Capixaba na lateral direita. Na base da empolgação inicial, até que teve um bom começo. Mas depois o esquema começou a falhar, o Nacional (que nem é tudo isso) colocou a bola no chão e a se atirar ao chão. A cera uruguaia foi espantosa. Só não foi mais espantosa do que o acréscimo de apenas 1 minuto ao final do 1º tempo.

O Nacional quase abriu o placar, mas São Marcos fez um dos seus milagres costumeiros em cabeçada a queima roupa, no canto esquerdo.

Aos 27 Luxa deixou o time da maneira que deveria ter entrado. Acertou? Sim, mas o seu erro inicial fez com que esse acerto trouxesse também alguns malefícios, pois ele queimou 2 alterações ainda no 1º tempo. Saíram Souza e Capixaba, para as entradas de Marquinhos e “Golbina” (não sei se alguém já cravou essa. Mas era a minha idéia de título para o post, caso ele marcasse o dele. De toda forma, quero créditos de agora em diante. RSS).

O estádio em uníssono gritou pelo nome de Obina. Sinal dos tempos? A atmosfera ao menos era bastante favorável.

Cleiton voltou a ser o 2º volante e Diego Souza o armador. Keirrison ganhou um companheiro de ataque. E Obina não foi mal. Passou a ser referência importante na área, combateu saída de jogo uruguaia e, ao contrário do que tenho lido por aí, a meu ver melhorou o jogo do K9.

Tabelas passaram a ser feitas na entrada da área do Nacional. Por vezes Obina, por outras Keirrison, se intercalavam na função de garçom, atuando de costas, facilitando a aproximação dos meias. Em uma delas, Obina recebeu de costas para a zaga, rolou para Cleiton, que tocou em Diego, que com um lindo toque de letra achou Keirrison entrando pela direita. O K9 finalizou bem e a bola passou rente a trave. Seria um golaço.

Quando as costuras não aconteciam pelo meio, Armero aparecia muito bem pela esquerda e os seus cruzamentos assustavam a zaga adversária. Não era uma atuação brilhante do Palmeiras, mas o jogo estava desenhado para uma boa vitória.

Na segunda etapa o Verdão voltou contundente. Marquinhos avançava bem pela direita, mas pecava demais nos cruzamentos.

Aos 10 minutos, Cleiton Xavier pelo meio achou Keirrison na ponta esquerda da área uruguaia e rolou, o camisa 9 deu um tapa de leve na bola e achou Diego Souza vindo de trás. O camisa 7 encheu o pé no canto direito de Munoz. Belo gol e até então, um bom jogo alviverde.

O jogo caminhava muito bem para os donos da casa, mas Keirrison dava sinais de cansaço. Volto a dizer, para mim ele não fez uma má partida ontem.

Aos 30 minutos mais um erro de Luxemburgo.

Sacar Keirrison foi boa pedida àquela altura do jogo. Mas chamar o adversário pra dentro colocando um volante? Tinha o sempre aceso Ortigoza no banco. Era segurar a bola lá no ataque e continuar pressionando o adversário. O 2º gol era questão de tempo. Mas Luxa mandou Jumar a campo. A torcida não perdoou e as vaias no estádio foram para o treinador e não para Keirrison.

Foi-se.

O Nacional avançou com a entrada de Morales e começava a se atrever na frente. Enquanto isso, Luxemburgo discutia avidamente com UM ÚNICO torcedor da turma do amendoim. Situação patética. O treinador sequer olhava para o campo.

E quase aos 40, num chute sem direção de Morales, Morro Garcia deu uma canelada na bola, sem marcação, sem nada para atrapalhá-lo. O Nacional empatou, o Palmeiras se apagou.

Ao final do jogo, o Nacional comemorou como se já tivesse liquidado a fatura. Nos vestiários a comemoração continuou, com música alta e tudo mais.

E na coletiva Luxemburgo sugeriu que os jornalistas tirassem suas camisas do Corinthians. Mostrando sua insatisfação em relação as criticas recebidas. Domingo ele mandou o juiz tirar a camisa do São Paulo.

A torcida do Santos está cabrera por ver que seu clube não tem representantes nessas esferas futebolísticas. Piadinha à parte, Luxemburgo teve uma péssima jornada. Precisa ele vestir a camisa do Palmeiras.

O retrospecto do Palmeiras nessa Libertadores permite que o time e a torcida acreditem na classificação, a fase de Marcos também. Mas o perrengue será, mais uma vez, enorme.

Confira os melhores momentos da partida:

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Deixo com vocês um clássico da banda que não aprendeu a fazer música ruim. Um clássico em meio a tantos. Uma delícia sonora chamada Under My Thumb, dos Rolling Stones. Acompanhe uma apresentação antigaça dos bonitos:


Cheers,

5 comentários:

Rene Crema disse...

Luxemburro !!!

Beto disse...

mais uma dele.. rsss

JPTB disse...

Grande Alberto Helena Jr.

Foi uma noite para Luxemburgo apagar de seu glorioso memorial, mas preservar viva em sua memória, para nunca mais repetir tamanho equívoco.

Contra um Nacional retrancado desde os tempos das Missões, Luxemburgo colocou seu Palmeiras no Palestra Itália com tr~es beques de ofício, mais dois volantes de contenção, um armador e dois atacantes. E naufragou nessa barca furada, abraçado a todos eles.

Nesse interregno, fez uma mixórdia, trocando ainda no primeiro tempo o volante Souza pelo centroavante estreante Obina e o ponta Marquinhos para atuar como lateral no lugar de Capixaba.

Não exatamente por isso, pois o time era um pastiche em campo, mas, sim, pelo talento individual de Diego Souza, o Palmeiras fez 1 a 0 aos 10 do segundo tempo.

Foi o bastante para Luxemburgo trocar o artilheiro Keirrison pelo volante Jumar. Resultado: 1 a 1, gol de Garcia.

Isso, sem contar as duas defesas providenciais de Marcos no primeiro tempo, muito mais do que fez o goleiro uruguaio (qual é mesmo o nome?). Quer dizer: com tanta gente para se defender de um time que jogava entrincheirado em seu campo, ainda assim, Marcos é forçado a praticar defesas difíceis.

E o mais patético era ver Luxemburgo à beira do campo esbravejando para seus zagueiros tocarem a bola, em vez de dispararem chutões a esmo.

Ora, ora, você enche o time de zagueiros e quer que seu time toque a bola? Isso não faz jus à história de Luxemburgo e de nenhum técnico medianamente perspicaz.

Fábio B. A. disse...

O Luxa fala demais e há tempos faz de menos.

E agora vem com essa de que qualquer um que o critique torce para outro time... esse é o grande profissional?

Fellipe disse...

É obrigação ganhar la, o cara precisa primeiro pensar no Palmeiras e não na sua imagem!


FORZA PALESTRA!