Texto: Leandro A. C. Rosa
Ferozes e felinas do Brasil, loucos e loucas da República Popular do Corinthians, é com prazer quase sexual que retorno aos gramados do FFC, para um segundo post de muitos vindouros. O tema é a vitória do Timão no majestoso, o passado, a cerveja e o futuro, não necessariamente ordem nessa.
O Timão aumentou o tabu, que perdura desde os remotos tempos de Betão Eterno, teve direito a picardilha de Dentinho e provocação no site oficial (CPF na nota?). O SPFC bambiou mais uma vez.
Apesar da freguesia recente, vale salientar que o escréte do Jardim Leonor é um adversário que impõe respeito, mesmo não estando aonde mais gostaria, nas cabeças. O Majestoso quase sempre é um duelo tático estudado, e assim o foi mais uma vez.
Clássico é clássico e vice-versa, já dizia o outro, e a ansiedade pelo duelo havia começado na quarta-feira, após a goleada em cima do Avaí. Domingo de sol, as geladas imploravam pela minha garganta enquanto ensaiava ferozmente com a minha banda. Sessada a explosão musical, vesti a farda e parti de encontro ao campo de batalha, um buteco deveras agradável na Av. Robert Kennedy em minha SBC natal. Frituras e geladas avançavam incisivas como o ataque Tricolor, mas encarnei nosso Júlio Cesar Kurilin e não deixei escapar uma.
Perto dos 40 min do primeiro tempo, a felicidade transbordou das mesas alvi-negras e a garganta rouca gritou GOOOOL e outros impropérios impublicáveis. Bolão de Jucilei, o MONSTO Jucilenda, Jucilampard, Juci-lei-do-mais-forte. Elias Corinthians penetrou a pequena e mandou uma bomba por cima de um goleiro de pijamas, que se ajoelhou como de costume.
1x0 Timão e embriagado como nosso camisa 7 parece estar na foto que abre o post, tive uma emoção de quem revê um velho amigo perdido na madrugada. Era o MEU Corinthians que havia voltado. O time que joga o melhor futebol do Brasil desde 2009. O time montado por Mano, campeão paulista e da Copa BR, 100% de aproveitamento na primeira fase da Libertadores. Time que joga com a bola no pé, que controla o jogo e explora o erro do adversário. Esse Corinthians tinha sumido com o famigerado Adílson "Burro" Batista, que inexplicávelmente ainda tem crédito com parte da imprensa e público. Ao impor seu estilo "bumba meu boi", o ex-zagueiro campeão mundial conseguiu perder jogos incríveis, até em casa, contra potências como Atlético de Goiás e Ceará de Ceará. Aos que culpam as lesões, eu culpo novamente Adíl Filho. Com sua cara de bêbado e voz embargada, conseguiu fazer nossos heróis jogar com o R1 do video-game sempre apertado, estourando jogadores e a paciência deste que vos escreve. Tivéssemos nós conquistado metade dos pontos que disputamos sob a batuta de Louco Batista, seríamos líderes isolados.
Não choremos sobre a cevada derrubada porém. Trouxemos de volta o gelado Tite, que com frieza de ânus de foca gaúcha, retomou o estilo sóbrio, cadenciado e vencedor de seu conterrâneo Mano, o Menezes. O clássico com o SPFC continuou quente, elas tendo maior volume de jogo, parando porém no paredão poderoso do Time do Povo. Nos contra-ataques, ou nas jogadas bem trabalhadas, o Timão chegava, e assim o fez novamente, depois de jogada iniciada por Dentinho, passando por Paulinho até chegar em Alessandro, que cruzou pra trás e correu pro abraço. Dentinho havia completado. 2x0 e caixão fechado. O garçon corinthiano trouxe a conta. Paguei feliz. Fim de um domingo excelente.
Agora o futuro continthiano parece mais azul.
Em uma semana decidiremos com o Cruzeiro quem segue à caça do ainda líder Fluminense.
Com a possível volta de São Jorge Henrique, acredito ainda mais no time que voltou a jogar o futebol mais consistente do Brasil. O Coringão voltou. E voltou para ficar!
TRILHA SONORA: Ska-core maroto do saudoso REEL BIG FISH - BEER.
8 de nov. de 2010
FUTECORE - SÓBRIO
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2 comentários:
Mandou bem.
Continue escrevendo.
Abraço.
Valeu Galvão, grande Bordeaux Tricolor! Obrigado pela visita virtual, mas ainda precisamos tomar aquela gelada. Abraço!
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