14 de dez. de 2010

IMORTALIZANDO O PAI DO GOL

O futebol nos concede craques dos campos que se tornam ídolos para uma vida inteira. Mas de tão generoso que é, nos dá também craques e gênios das palavras, dos textos, do gol falado, do gol narrado.

Tenho hoje 31 anos e desde a infância os gols da minha vida tem uma voz. Sempre a mesma voz.

Aprendi a admirá-lo através de uma paterna e alviverde influência. No início da adolescência, já devidamente influenciado, mas sem a companhia do influenciador, o adotei como o ídolo de fora dos campos.

Na tarde fria de 12 de junho de 1993 ele narrou O GOL da minha vida de tantos outros gols de uma vida.

Por causa dele tornei-me um viciado em rádio AM. Um louco pelas transmissões esportivas que chegam aos ouvidos pelas ondas do rádio. Tornei-me adepto do rádio na orelha e da TV no mudo em dias de jogos do Palmeiras. Do rádio na orelha e olhos no campo quando estou no Palestra ou onde quer que o Palmeiras esteja.

Não há paralelos vivos ou atuantes para exemplificar José Silvério. Na história são poucos. Na minha história não há nenhum.

Silvério, o Pai do Gol, agora é um imortal. É o campeão entre todos os campeões da narração esportiva. De tão fenomenal, deixa de ser concorrente no prêmio ACEESP e passar a ser troféu.

De agora em diante o Troféu de Melhor Narrador Esportivo passa a se chamar José Silvério. Os vencedores a partir de agora serão “José Silvério” por uma temporada.

Foram 10 premiações, sendo 7 consecutivas. Incomparável Silvério.

Ao Pai de todos os meus gols, os meus parabéns e o agradecimento por eles - por ele - por aquele do dia 12 de junho de 1993 em que ele soltou a sua voz.

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