Texto publicado no UOL esporte: (http://esporte.uol.com.br/natacao/ultimas/2008/09/02/ult77u2053.jhtm)
Cielo desabafa e pede para não associar ouro olímpico à CBDA
Fernanda Brambilla
Em São Paulo
Em São Paulo
O nadador campeão olímpico Cesar Cielo compareceu nesta terça-feira ao Corinthians para prestigiar os colegas que disputam o Troféu Jose Finkel de natação. O atual recordista olímpico dos 50 m fez um desabafo à imprensa, e disse que não quer associar a sua conquista em Pequim à CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos).
"Não estou associando a minha conquista à CBDA, porque a Confederação pouco teve a ver com ela", disparou o nadador. "As pessoas vêem a festa depois da medalha na TV, mas a realidade é outra e é brutal", disse Cielo. "Eles vão ter que me agüentar. Vou ser campeão olímpico pelos próximos quatro anos. Pensando bem, ainda bem que veio essa medalha, viu?"
A rusga de Cielo com a CBDA teve seu ápice neste ano, quando alguns atletas foram se encontrar com o presidente Lula em evento promocional antes dos Jogos Olímpicos, na mesma época da renovação do patrocínio da Confederação com os Correios.
Cielo não compareceu porque estava treinando em Auburn (Estados Unidos), atitude bastante criticada pela cúpula da CBDA. "Na época o Coaracy [Nunes, presidente da CBDA] ficou ligando para os meus pais e queria que eu largasse tudo para ir ao evento", reclamou o nadador, que manteve a decisão de não ir.
O conflito entre as duas partes teve início em 2006, quando Cielo decidiu deixar o Clube Pinheiros para treinar em Auburn, cidadezinha do Alabama (EUA). À época, a CBDA cortou o patrocínio em represália à atitude do atleta.
"Eles ficaram loucos quando eu decidi ir treinar fora. E quando eu não vim para o Troféu Maria Lenk antes do Pan, foi outra chuva de reclamação. E olha que eu nem tinha mais patrocínio. Mas tive que escutar...", lembra Cielo. "A Confederação é assim. Quando está descontente, liga para os meus pais cobrando, liga pra mim. Eu nunca vi dirigente ligar para atleta para reclamar. Até meu técnico (Brett Hawke) comentou que era uma atitude estranha."
No ano seguinte, o patrocínio voltou à época dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. "Ah, eles foram obrigados a voltar a me patrocinar, né?", afirmou o nadador. O nadador conta que dependeu do pai para bancar sua preparação olímpica. "É difícil falar assim porque meus pais trabalham e tiveram que bancar tudo. Nem os ingressos que prometeram aos meus pais foram dados. Minha mãe perdeu a final dos 100 m livre."
O único dirigente que escapou das críticas de Cielo foi o coordenador técnico Ricardo de Moura, que ajudou o nadador a levar seu o técnico, o australiano Brett Hawke, junto com a delegação da natação brasileira, o que gerou críticas da cúpula da CBDA, que não achava justo ter um técnico não brasileiro na equipe.
César Cielo disse que voltará aos treinos nesta segunda-feira no Pinheiros, onde deve ficar até o fim do ano.
A rusga de Cielo com a CBDA teve seu ápice neste ano, quando alguns atletas foram se encontrar com o presidente Lula em evento promocional antes dos Jogos Olímpicos, na mesma época da renovação do patrocínio da Confederação com os Correios.
Cielo não compareceu porque estava treinando em Auburn (Estados Unidos), atitude bastante criticada pela cúpula da CBDA. "Na época o Coaracy [Nunes, presidente da CBDA] ficou ligando para os meus pais e queria que eu largasse tudo para ir ao evento", reclamou o nadador, que manteve a decisão de não ir.
O conflito entre as duas partes teve início em 2006, quando Cielo decidiu deixar o Clube Pinheiros para treinar em Auburn, cidadezinha do Alabama (EUA). À época, a CBDA cortou o patrocínio em represália à atitude do atleta.
"Eles ficaram loucos quando eu decidi ir treinar fora. E quando eu não vim para o Troféu Maria Lenk antes do Pan, foi outra chuva de reclamação. E olha que eu nem tinha mais patrocínio. Mas tive que escutar...", lembra Cielo. "A Confederação é assim. Quando está descontente, liga para os meus pais cobrando, liga pra mim. Eu nunca vi dirigente ligar para atleta para reclamar. Até meu técnico (Brett Hawke) comentou que era uma atitude estranha."
No ano seguinte, o patrocínio voltou à época dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. "Ah, eles foram obrigados a voltar a me patrocinar, né?", afirmou o nadador. O nadador conta que dependeu do pai para bancar sua preparação olímpica. "É difícil falar assim porque meus pais trabalham e tiveram que bancar tudo. Nem os ingressos que prometeram aos meus pais foram dados. Minha mãe perdeu a final dos 100 m livre."
O único dirigente que escapou das críticas de Cielo foi o coordenador técnico Ricardo de Moura, que ajudou o nadador a levar seu o técnico, o australiano Brett Hawke, junto com a delegação da natação brasileira, o que gerou críticas da cúpula da CBDA, que não achava justo ter um técnico não brasileiro na equipe.
César Cielo disse que voltará aos treinos nesta segunda-feira no Pinheiros, onde deve ficar até o fim do ano.
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