“Vagner Love, artilheiro do amor” – alcunha ganha após episódio amoroso que teve como figura principal o até então, Vagner. Molecote promissor dos juniores do Palmeiras.
Transformado em Love, Vagner logo se tornou sério candidato a ídolo de um clube gigantesco que vivia as amarguras da série B.
Foi fator decisivo da retomada da dignidade desse clube em seu retorno a elite. Uma vez lá, passou a brigar pelas artilharias dos campeonatos. Entretanto, seu sucesso gerou a cobiça de clubes do exterior.
Um senhor com nenhum trato para administrar um clube como o Palmeiras era o presidente da época e negociou Love com o 1º que apareceu - nesse caso, um clube russo - por meros trocados em notas de dólar – 8 milhões dessas notas, melhor dizendo.
Lá Love virou ídolo. Conquistou títulos locais e uma Copa da Uefa, o maior título da história dos russos.
Entre idas e vindas, mancadas feitas e perdões recebidos, Love voltou ao Palmeiras. A transação feita pela atual diretoria verde foi motivo de louvores de todas as partes. A contratação de Love era uma espécie de carimbo de “sim, queremos ser campeões”.
Mas para realizar a aquisição, o Palmeiras precisou abrir mão dos 10% que teria direito no caso de uma futura venda de Love para outro clube.
Bancou para Love um salário acima de qualquer padrão brasileiro. Ao contrário de Ronaldo, Love não tem grife para se “auto bancar” com reversão midiática. Logo a grana veio do bolso verde.
O valor extrapolava o teto do clube, que tinha como base o salário do maior ídolo do clube, o goleiro Marcos.
Love chegou, jogou, mas o time desandou justamente após a sua entrada. Diz a boca pequena que o elenco rachou devido ao alto valor de seu salário.
O carimbo de “sim, queremos ser campeões” passou a ser “sim, deixamos o título escapar por entre os dedos”.
Após a infeliz agressão que Love recebeu de “torcedores”, após a também infeliz forçada de barra do artilheiro do amor para sair do clube que tanto se esforçou, tanto se endividou para repatriá-lo, Love, enfim, conseguiu sua liberação. Vai distribuir seu “amor” no clube que, segundo o próprio, é o seu amor desde criancinha, desde que era só Vagner.
Para liberar Vagner, o Palmeiras acordou com ele a redução de uma dívida que gira em torno de 1,5 milhão de dólares, entre 13º e direitos de imagem – “Santa ironia, Batman” – depois de tudo, quem deve ainda é o clube.
A trajetória de Love no Palmeiras, no final das contas, foi de prejuízo para o clube. Prejuízo financeiro, prejuízo técnico, prejuízo histórico.
Sua trajetória no clube que o revelou chegou ao fim. Ao invés de marcar uma passagem vitoriosa, ficou a marca da ingratidão.
15 de jan. de 2010
Chazinho de Coca - Vagner, de "Love" a "Hate".
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