Paulistano da Penha, zona leste da capital paulista. Ele é publicitário, apresentador e repórter esportivo. Na rádio Jovem Pan desde 1977, tornou-se referência nas transmissões esportivas. Criou um estilo único ao aliar a seriedade que a função lhe exige a um bom humor todo seu.
Além da Jovem Pan, hoje ele está na TV Gazeta, onde é um dos apresentadores do clássico programa Mesa Redonda. Além de tudo isso, é colunista do portal Terra.
Respeitado pelos companheiros de profissão e reverenciado pelo público que o acompanha. Não é possível criar a seleção brasileira da crônica esportiva e não escalá-lo como titular.
É com muito prazer, honra e orgulho que trazemos ao Ferozes Futebol Clube, um pouco da vida e da opinião desse grande nome, grande profissional e acima de tudo, grande sujeito.
Em dezembro de 2007, Wanderley Nogueira recebeu o prêmio Ford-Aceesp. Ele foi eleito o melhor repórter esportivo de rádio.
2- FFC: Aliando seriedade com pitadas de bom humor, você criou um estilo único nas transmissões esportivas no rádio. De certa forma você se sente “responsável” pelo surgimento de programas que hoje fazem grande sucesso ao misturar humor com o noticiário esportivo?
3-FFC: Nas mais acaloradas discussões no programa Mesa Redonda, Chico Lang e Dalmo Pessoa atingem decibéis suficientes para lesar os tímpanos alheios. Você utiliza alguma forma de proteção auricular ao longo do programa?
4-FFC: Você possui mais de 3000 jogos feitos só pela rádio Jovem Pan, confere? Você consegue nos listar as 3 finais mais sensacionais ou marcantes ao longo de todo esse tempo?
5- FFC: Pelé ou Maradona?WN: Pelé .
8- FFC: Você já lançou alguma espinafrada ao vivo ao ver um lance esdrúxulo durante a partida?
WN: Várias vezes. Mas faço um grande esforço para não ultrapassar limites do bom gosto . E , principalmente, não faltar com o respeito. Acho que é possível falar qualquer coisa, mas com jeito, com elegância , com bom humor e quando o caso exigir, contundência.
9- FFC: O assédio do público é grande? Qual a resposta que você recebe desse público?
WN: Felizmente. É ótimo ter esse tipo de contato. Vale como retorno, como orientação, como termômetro...é uma permanente tomada de pulso , diariamente.
Premiação no Rio de Janeiro, em 1986 - Israel Gimpel, Wanderley Nogueira, Milton Neves, Fernando Vieira de Mello, José Silvério e José Carlos Carboni.
WN: No interior dos vestiários permitia entrevistas muito mais agradáveis e saborosas para os repórteres e , certamente, para os ouvintes. Quase todas as coletivas são enfadonhas .
11- FFC: A Copa do Mundo no Brasil é uma piada e a Fifa vai se dar conta da besteira que está fazendo e mudar de idéia momentos antes ou você acredita que o país é capaz de realizar um grande evento, sem que os cofres públicos sejam lesados?
WN: Não tenho dúvidas, a Copa do Mundo 2014 será no Brasil. Mas, infelizmente, haverá uma grande vazão de dinheiro público. Descontroladamente.
12- FFC: Como fazer para tirar Ricardo Teixeira de seu trono na CBF?
WN: Não há nenhuma chance...lembre-se que os eleitores são os próprios cartolas.
13- FFC: Pra melhorar toda essa lama que está o futebol, com dirigentes inescrupulosos, politicagens, violência, é mais fácil começar tudo do zero ou você acredita que ainda tem jeito?
WN: Não nenhuma varinha mágica...é um processo . Etapa por etapa, passo a passo. Mas , é preciso começar. E não vejo ninguém com poder mostrar algum tipo de disposição para erguer a bandeira.
14-FFC: Qual o maior ‘perrengue’ que já passou na carreira? Como foi isso?
WN: Imagino que você queira dizer algum birrento, sem humor...se for isso, tive pela frente muitas pessoas assim. O importante é não perder a classe, ter cintura, inverter a situação, virar o jogo. E é tudo muito rápido.
15-FFC: Qual seu maior ídolo do futebol e da crônica esportiva?
WN: Dizem que se você quer continuar admirando alguém como ídolo , não deve se aproximar dele. Mas, certamente, há exceções. Como entrevistado, Pelé nunca mudou . Mas, é justo dizer que existem muitos grandes personagens do esporte que mantém um comportamento admirável. E como jogador, não é preciso dizer nada sobre o Pelé. Na crônica esportiva seria absolutamente injusto citar um nome. Admiro muitos, aprendi com inúmeros companheiros ao longo da minha caminhada. E tenho orgulho disso.
-Top 3 bandas ou músicos que lhe fizeram a cabeça ao longo dos tempos.
WN: Sim, além de jornalista ,sou publicitário e registrado no Mistério do Trabalho. Faço algumas campanhas elaboradas pela Jovem Pan e apresentadas pelo departamento comercial da emissora. A minha relação nessa área é apenas com a Jovem Pan...não sobra tempo , digamos, para trabalhar solo . Além disso, tenho sido convidado por empresas para apresentar - profissionalmente -muitos eventos corporativos. Essa é uma experiência que tenho vivido faz tempo...você conhece novas pessoas e de todos os segmentos. E como o primeiro critério exigido pela maioria dos contratantes é a credibilidade, fico muito feliz em ser lembrado para esse tipo de atividade.
17- FFC: Muitos criticam o merchandising nos programas esportivos. Mas ao mesmo tempo estamos vendo uma enxurrada de anúncios publicitários nas camisas dos grandes clubes do país e mesmo do mundo e, de certo modo, é quase impossível sobreviver sem que haja essa “entrega”. Você acha que existe um limite para essa prática, seja nos programas esportivos e mesmo nos clubes?
WN: Sobre muitas marcas nas camisas dos clubes é um problema de bom gosto. Reconheço que polui demais o uniforme mas, ao mesmo tempo, não é possível abrir mão de receitas que pagam dívidas e salários.No que diz respeito ao merchandising nos programas esportivos, é um assunto que provoca tantas discussões ...quase todas marcadas por posições radicais , de um lado e de outro. E com imenso componente pessoal. Todos os programas esportivos precisam de anunciantes, merchans e patrocinadores, do contrário não sobrevivem. E o faça o apresentador diretamente ou não o merchan isso não altera nada em relação à sua credibilidade. O ouvinte ou espectador inteligente sabe que a coisa é bem dividida. Recentemente, um patrocinador importante investiu muito na campanha para levar torcedores aos estádios e nos mesmos programas patrocinados por ele, os jornalistas criticavam as condições dos estádios e recomendavam que os torcedores só deveriam ir se fossem bem tratados e tivessem segurança. Caso contrário era melhor não ir aos estádios, por uma questão de segurança. Então ficava assim...O merchandising dizia para o torcedor ir ao estádio e logo depois, quando voltava o editorial , a recomendação era para não ir. Na minha opinião , a opinião pública sabe perfeitamente quem , na nossa profissão, merece respeito e tem credibilidade .
WN: A profissão é fascinante e ao mesmo tempo muito perigosa. Pode destruir honras e provocar danos irreparáveis. É preciso se ousado com responsabilidade. É preciso ser independente, sem ser leviano. Aos jovens é muito importante que não se transformem em predadores anônimos e aos mais vividos , que repudiem a arrogância, não se sintam acima do bem e do mal , não tenham delírio de grandeza e jamais pensem que se não tivessem nascido o mundo perguntaria por eles. E, claro, muito trabalho , todo dia, a vida toda...
4 comentários:
boa entrevista JPPP, ótimas perguntas e melhores ainda as respostas do grande Wanderley Nogueira
Abraçooooo
Lucas P Lavor
O Vanderlei é muito bom no radio e um santo de alguentar Chico Langi e Dalmo na mesma mesa kkkk
Lookaa de mais a entrevista...
Parabens soh mostra como o blog estah crescendo ainda mais...
parabens as vcs e ao entrevistado q despensas elogios...
abraços!!!
M-18
FFC só sucesso !!!!
marotissima a entrevista !
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